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ESTRUTURAS_POSDEPOSICIONAIS_3

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*
ESTRUTURAS PÓS-DEPOSICIONAIS
*
CONCEITO: 
estruturas de deformação penecontemporanea 
formadas no tempo ou logo após a deposição, e em alguns casos, antes da consolidação do sedimento, por: 
 movimentos de massas de sedimento  escorregamentos (slumping) e deslizamentos (sliding)
 reorganização interna por desidratação e sobrecarga 
processos químicos e físico-químicos
*
TIPOS:
1- ESTRUTURAS DE CARGA OU SOBRECARGA (Load 		structures) 
2- ACAMAMENTO DEFORMADO 
3- ESTRUTURAS DE ESCORREGAMENTOS E DESLIZAMENTOS (Slumps and slides structures)
4- ESTRUTURAS DE ESCAPE DE ÁGUA (water-scape structures)		
5- ESTRUTURAS DE DISSOLUÇÃO POR PRESSÃO E COMPACTAÇÃO (Pressure solution and Compaction)
6- NÓDULOS E CONCREÇÕES (Nodules and Concretions)
*
1- ESTRUTURAS DE CARGA OU SOBRECARGA
 marcas de sola geralmente preservadas na parte mais inferior de camadas arenosas sobrepostas a camadas de lama
 formadas pela diferença de afundamento de uma camada dentro da outra (devido a diferenças de densidades) deposição de areia sobre camada de lama hidroplástica
também produzidas pela deposição diferencial  caso de ripples  cristas das ripples afundam na camada lamosa subjacente  empilhamento das ripples aumenta o afundamento originando  load-casted ripples
*
Esquema mostrando a origem de estruturas de sobrecarga na superfície inferior de uma camada de areia sobreposta a uma camada de lama
*
FIG. 2
*
*
Estruturas de sobrecarga preservadas como moldes na base de uma camada
*
 diferenciadas das marcas de flauta pela grande irregularidade 
variam em tamanho de poucos cm a vários m 
não são confinadas a nenhum ambiente particular; conhecidas em ambientes de águas rasa e profunda
Tipos:
marcas de carga (load casts) 
estruturas de chama (flame structures ) 
bolas e almofadas (bolas e travesseiros) (balls and pillows) 
pseudo-nódulos
*
 Marcas de carga
comuns na base de arenitos sobrepostos a lamitos
por efeito de sobrecarga, areia mergulha na lama subjacente  estruturas arredondadas com um alongamento preferencial  forma de bulbo (massa arredondada)
mostram variações e forma e tamanho
lobos de sedimentos podem ser desprendidos de um horizonte arenoso formando bolas de carga (load baals)  pseudonódulos
Estruturas de chama
injeção de lama na camada de areia sobrejacente
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Marca de carga 
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Estrutura de chama
*
Estrutura de chama
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Bolas e Almofadas 
por efeito de sobrecarga, areia mergulha na lama subjacente e se parte em pedaços semelhantes a bolas e almofadas  massas mais ou menos elipsoidais 
2- ACAMAMENTO DEFORMADO
 acamamento plano- paralelo, estratificações e laminações cruzadas deformadas subseqüentemente à deposição, sem movimento lateral, de sedimento em grande escala
*
Esquema mostrando o desenvolvimento de estruturas de bolas e almofadas em experimento de laboratório
*
Estrutura de bola e almofadas em uma camada de arenito
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Esquema mostrando o desenvolvimento de ondulações fundidas por sobrecarga em 5 estágios
*
Estruturas de carga produzidas por empilhamento de ondulações “fundidas” . 
*
 originado por diversos processos: 
cisalhamento por correntes, sobre superfície sedimentares e arrasto friccional exercido por movimento de areia saturada  acamamento convoluto e cruzado invertido
desidratação, como fluidização e liquefação (liquidização) provocada por abalos sísmicos  convoluções, contorções e rompimento.
*
Tipos:
acamamento convoluto (convolute bedding) 
acamamento contorcido e rompido (contorted and disrupted bedding)
estratificação cruzada invertida (overturned cross stratification) 
*
Acamamento convoluto
ocorre em sedimentos com laminações cruzadas  laminações deformadas em “rolo” (roll), anticlinais pequenos e sinclinais pontudos, normalmente simétricos; laminações invertidas na direção da corrente
gênese associada à liquefação 
observado em seqüências turbidíticas, sedimentos fluviais e de planície de maré
*
*
*
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Acamamento contorcido e rompido
deformações menos regulares dentro de uma camada, envolvendo  dobramento irregular, 	contorções e rompimentos sem orientação preferencial, brechação local de camadas
estratificação cruzada invertida
presente na parte mais superior de camadas cruzadas 
 inversão na direção de jusante 
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3- ESTRUTURAS DE ESCORREGAMENTOS E DESLIZAMENTOS
originam-se quando sedimentos são depositados em declives variáveis  sujeitos a escorregamentos e deslizamentos de pequena e grande escala, em camadas individuais ou espessos pacotes de estratos
 maior parte desses processos iniciada por abalos sísmicos
 resultam deformações e dobramentos
 deformações internas pequenas  transporte de massa por deslizamento (ocorrendo em sedimentos mais compactados), Ex: brechação
*
massa de sedimento deformada internamente  escorregamento  dobramento  dobras recumbentes, antinclinais e sinclinais assimétricos, dobras de empurrão, (em todas as escalas), com eixos orientados paralelos à direção do mergulho e direção da inversão é para baixo 
 medição da orientação dos eixos e planos axiais  determinação direção de escorregamento e paleodeclive
 
 escorregamentos e deslizamentos podem ocorrer em escalas de m a km 
*
 a presença dessas estruturas pode ser deduzida pela ocorrência de camadas não perturbadas abaixo e acima e um contato inferior cortando o acamamento 
 importante se certificar se convoluções e brechações foram originadas por esses movimentos de massas ou por desidratação ou outros processos 
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*
CAMADAS DOBRADAS ESCORREGAMENTO
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BRECHAÇÃO
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4- ESTRUTURAS DE ESCAPE DE ÁGUA
estruturas formadas em sedimentos frouxos, inconsolidados, resultantes do escape de água do poro levando a consolidação do sedimento
escape de água causa rearranjo dos grãos levando à deformação da laminação existente ou originando novas estruturas
a formação destas estruturas é controlada pelo tamanho do grão, empacotamento do sedimento, resistência e permeabilidade e instabilidade hidrodinâmica
*
formadas em areias médias a finas com alta porosidade e depositadas rapidamente
abundantes em áreas com rápida deposição de areia alternadas com deposição de lama  flysch de mar profundo, prodelta e algumas áreas de sedimentação fluvial
processos de escape de água (Lowe, 1975):
infiltração (seepage)  movimento ascendente, lento da água do poro sem perturbar os grãos
*
liquefação  colapso do empacotamento frouxo dos grãos  grãos suspensos no próprio fluido e depositados; o fluido é deslocado para cima e um arcabouço fechado, grão suportado é formado
fluidização  movimento que o fluido do poro exerce sobre os grãos do sedimento, como uma força de arrasto para cima, suspendendo os grãos e destruindo o arcabouço 
*
Lowe (1975) reconhece algumas variedades geométricas de estruturas de escape de água:
1- corpos misturados de sedimento plástico  camadas de sedimentos rearranjadas durante escape de água mas sem deslocamento significativo em relação aos sedimentos adjacentes  incluem: acamamento convoluto, estratificação cruzada deformada e estruturas de pilar 
*
2- intrusões de sedimento plástico  formados quando sedimentos hidroplásticos, liquefeitos ou fluidizados são mobilizados e penetram em estratos adjacentes  diques e sils clásticos
intrusões hidroplásticas são concordantes a maioria das vezes
intrusões fluidizadas são tipicamente discordantes 
intrusões liquefeitas podem ser concordantes ou discordantes 
*
DIQUES DE ARENITO E VULCÕES DE AREIA
 estruturas relativamente raras e facilmente identificáveis
 
causadas por desidratação provocada por abalos sísmicosDiques de Arenitos
relação de cruzamento e corte com acamamento e preenchimento de areia	 
*
resultam de injeção de sedimento proveniente de uma camada subjacente e raramente sobrejacente, por evento rápido quando a camada fonte e a hospedeira apresentam condições de fraqueza
 
internamente podem apresentar laminação paralela aos lados, sendo menos desenvolvida em direção ao centro 
liquefação da camada fonte produzida por abalos
Vulcões de Areia
formados quando areia movimenta-se para cima em um dique e atinge a superfície
*
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*
*
identificados pela forma cônica com depressão central, ocorrendo sobre um plano de acamamento
seções verticais mostram acamamento interno paralelo aos flancos
 podem ser confundidos com estruturas de acamamento e laminação cruzada
*
ESTRUTURAS DE PRATO e PILARES
 lâminas côncavas para cima, com poucos cm de comprimento, separadas por pequenas zonas (pilares)
 formadas pela passagem, lateral e para cima, de água através de um sedimento 
estruturas comuns em depósitos de fluxo, em sequências de leques submarinos.
*
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7- ESTRUTURAS DE DISSOLUÇÃO POR PRESSÃO E COMPACTAÇÃO
efeito de sobrecarga e pressão tectônica  dissolução dentro das rochas, ao longo de certos planos
Dissolução por pressão:
	efeitos comumente observados nos contatos e dentro de camadas de calcários  formas suturadas ou irregulares com material insolúvel concentrado ao 	longo delas  estilólitos (stylolites) 
em calcários argilosos dissoluções apresentam menos relevo e passam a clivagem plana em lamitos adjacentes 
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Estilólitos em rochas carbonáticas
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ESTILÓLITOS (LPL)
*
dissolução por pressão extrema pode dar ao calcário aparência brechada 
estilolitos podem ocorrer em arenitos e entre seixos em conglomerados.
Compactação
ocorre em sedimentos lamosos logo após deposição 
 efeitos: esmagamento de fósseis e redução de espessura do sedimento 
mais realçada nos contatos calcários/lamitos 
*
8- NÓDULOS E CONCREÇÕES
formas mais esféricas (concreções) e mais irregulares (nódulos)
dimensões variáveis  minúsculas até com dezenas de cm
estrutura interna  radial e/ou concêntrica e sem estrutura 
minerais incluídos  calcita, dolomita, siderita, pirita, colofana, silexito (chert) e fosfato de Ca
*
*
nódulos de pirita, calcita, siderita e fosfato de Ca (dezenas de cm de diâmetro)  comuns em lamitos
nódulos de chert  comuns em calcários
nódulos de calcita e dolomita (diâmetro em m)  arenitos  dispõem-se aleatoriamente ou concentrados ao longo de um horizonte particular
alguns são nucleados  em volta de fósseis
outros se formam dentro de sistemas de tocas de organismos
*
maioria relacionada a alguma heterogeneidade no sedimento 
ocasionalmente possuem fendas radiais e concêntricas, originadas por contração (desidratação), preenchidas por matéria mineral  calcita ou siderita  septárias 
origem: formam-se em diferentes estágios da diagênese  diagênese precoce e tardia
*
*
Diagênese precoce 
formam-se antes da fase principal de compactação
laminação no sedimento hospedeiro é defletida em torno do nódulo, podendo preservar a espessura original da lâmina
servem para deduzir a intensidade da compactação
fósseis e tocas, dentro desses nódulos, são protegidos da compactação, logo não se quebram nem são comprimidos; 
*
tipos: nódulos de calcários em lamitos (podendo se formar em solos  calcretes), nódulos de pirita em sedimentos lamosos marinhos ricos em MO, de siderita em sedimentos não marinhos ricos em MO, de sílex em calcários e de carbonatos em arenitos
	Diagênese tardia  nódulos epigenéticos 
formam-se após a compactação do sedimento hospedeiro
laminação no sedimento passa através do nódulo sem ser afetada
*
Calcrete ou Caliche (nódulos carbonáticos) 
desenvolvem-se em solos de regiões semi-áridas, evaporação > precipitação
resultam do movimento da água através do sedimento  movimento descendente da água de chuva e ascendente do lençol freático
encontradas em seqüências de “red-bed”, em siltitos fluviais da planície de inundação; podendo ocorrer em sedimentos marinhos que foram expostos
*
*
no campo: nódulos micríticos de coloração pálida, poucos cm de diâmetro, alongados verticalmente, dispersos aleatoriamente a densamente empacotados, podem apresentar textura pisolítica; feição claramente observada é a ruptura de seixos e grãos, quando se desenvolvem em sedimentos grossos 
presença confirmada por estudos pretrográficos
usados como indicadores paleoclimáticos, refletindo longos períodos de não deposição (dezenas a centenas de anos) durante os quais a pedogênese operou. 
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ESTRUTURAS DE CONE-EM-CONE
consiste de conjunto de cones encaixados
de calcita fibrosa, siderita, raramente ankerita
orientados com eixo normal ao acamamento 
conjunto constituí um nódulo ou camada não contínua 
base do cone dirigida para cima 
*
cones separados por filmes de argila
comum em lamitos 
ângulo apical em torno de 30º e 60º 
altura variando de 10 mm a 10 cm 
lado, freqüentemente, com nervuras, estriados ou sulcados
*
marcados por depressões anulares e cristas mais ou menos 	pronunciadas próximas as bases e mais finas e obscuras próximas ao ápice
originadas por stress ajudada por cristalização e dissolução (intemperismo); origem semelhante a da gipsita fibrosa  formada pelo “ensopamento” do sedimento, com a natureza fibrosa da calcita refletindo crescimento sob stress. 
*
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