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Alterações nos canais iônicos que levam a patologias estruturais. As alterações podem ser: Mutações genéticas Alteração do sistema regulador – proteínas Toxinas Canal de sódio • Paralisia periódica hipercalêmica doença de gamstrop) • Miotonia atípica • Síndrome QT longo Canal de cloreto • Fibrose cística • Miotonia congênita ( doença de thomsen) Canal de cálcio • Paralisia periódica hipocalêmica • Hipertermia maligna QP: Tosse há 3 anos. HPMA: Paciente refere que há 3 anos vem apresentando tosse persistente com períodos de exacerbação cada vez mais frequentes. A tosse é produtiva, com secreção amarelo- esverdeada e bastante espessada, chegando a apresentar laivos de sangue em alguns momentos. Nos períodos de exacerbação, que com o passar do tempo são cada vez mais frequentes, é comum a presença de febre. O paciente já procurou atendimento médico inúmeras vezes, tendo recebido tratamento para pneumonia com grande variedade de antimicrobianos, por vezes com alguma melhora, outras sem sucesso. Decidiu então procurar médico para realizar investigação mais detalhada do quadro. AP: NDN AF: Mãe hipertensa ISDA: cab/pesc: sinusites de repetição gastrintest: diarréia persistente EXAME FÍSICO: BEG, Descorado +/4+, HAAAE, Otoscopia/ Oroscopia: sem alterações Rinoscopia: pólipo nasal em narina direita sem linfonodos palpáveis em cadeias cervicais MV presentes, com roncos e sibilos difusos BRNF 2t s/sopros Abdome: RHA presentes, sem massas palpáveis, indolor à palpação; fígado e baço não palpáveis. Demais aparelhos sem alterações Valores que se mostraram alterados: Hb = 9.8 g/dL Dosagem de cloro no suor: 84 mmol/L (até70) Exames Laboratoriais Brônquios dilatados e de paredes espessadas, predominantemente em campos posteriores; Presença de áreas hipoatenuantes esparsas ao longo dos pulmões bilateralmente, compatíveis com aprisionamento aéreo; Quadro compatível com doença das vias aéreas com bronquiectasias. Padrão autossômico recessivo Causa de 50% dos casos de bronquiectasia 1/3000 caucasianos 1/17000 afro-americanos 1/90000 asiáticos do Havaí Não é mais doença exclusivamente pediátrica (1/3 dos pacientes sobrevivem à idade adulta) Mutação que resulta em processamento inadequado da proteína FCTR (regulador de condução transmembrana da fibrose cística), que é o próprio canal de cloreto Efeitos diversos sobre os padrões de transporte hidroeletrolítico de acordo com o tecido afetado Epitélio respiratório: FCTR deixa de inibir a absorção de sódio; Devido à disfunção do canal, o cloreto deixa de ser secretado Resultado: secreções desidratadas e não depuradas nas vias aéreas, o que favorece infecções de repetição. Sinusite crônica Polipose nasal Tosse persistente Escarro espessado e esverdeado Hemoptise Períodos de exacerbação, de caráter progressivo Infecções repetidas por Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus Íleo meconial Insuficiência pancreática exócrina (diarréia, esteatorréia, pancreatite) Insuficiência pancreática endócrina (5%) Déficit de vitaminas K e E Puberdade tardia Azoospermia Critérios clínicos associados à concentração de cloro no suor acima de 70 mmol/L Análise de DNA: promissor FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA Antibioticoterapia, N-acetil-cisteína DNAse Beta-adrenérgicos Cápsulas de enzimas pancreáticas Reposição vitamínica Orientações psicossociais
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