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SONO Estado de inconsciência do qual podemos ser acordados por estimulação sensorial tendo características eletroencefalográficas próprias Função do sono Motivo histórico-evolutivo Sobrevivência Animais dependentes da visão para busca de alimentos e preservação da espécie Redução do metabolismo Reposição de glicogênio Ciclo Circadiano Sono-Vigília Relógio biológico detecta a alteração de luz Receptores da camada externa da retina células ganglionares Melanopsina Trato Retino-hipotalâmico Núcleo supra-quiasmático (NSQ) hipotálamo anterior ciclos circadianos Núcleo paraventricular hipotálamo Zona intermédio-lateral corno lateral ME torácica neurônios simpáticos pré-ganglionares Coluna intermédio-lateral da ME Gânglios cervicais superiores Glândula Pineal N-acetil- 5metoxtriptamina = Melatonina Importância do NSQ Principal elemento do padrão circadiano Ciclo vigília-sono Controle da temperatura Secreção hormonal PA ↑ADH - ↓Urina A – vigília B – intermediário C- Sono FR – neurônios colinérgicos - vigília Locus ceruleus – neurônios noradrenérgicos Núcleos da rafe - serotonina Núcleo túbero-mamilar – histamina Hipotálamo lateral posterior - produz orexina vigília Núcleo pré-óptico-ventrolateral Inibe os 3 circuitos acima e induz o início do sono Dois Tipos de Sono — Sono de Ondas Lentas e com M ovimentos Rápidos dos Olhos (REM) A cada noite, a pessoa percorre estágios de dois tipos de sono, que se alternam um com o outro. Eles são chamados (1) sono de ondas lentas, no qual as ondas cerebrais têm grande amplitude e baixa frequência e (2) sono com movimentos rápidos dos olhos (sono REM), no qual os olhos realizam movimentos rápidos, apesar de a pessoa ainda estar dormindo. Fase 1 - Sono de ondas lentas (Não-REM) Estágio I - sonolência Estágio II – fusos do sono Estágio III – sono profundo moderado Estágio IV – sono de ondas lentas 60min Fase 2 - Sono com movimentos rápidos dos olhos (REM – rapid eyes movement) 25% do sono total 10min O sono REM tem várias características importantes: É a forma ativa de sono, geralmente associada a sonhos e a movimentos musculares corporais ativos. É mais difícil despertar o indivíduo por estímulo sensorial do que durante o sono de ondas lentas, e as pessoas em geral despertam espontaneamente pela manhã, durante episódio de sono REM. O tônus muscular está excessivamente reduzido, indicando forte inibição das áreas de controle da medula espinhal. Comumente, as frequências cardíaca e respiratória ficam irregulares, o que é característica dos sonhos. Apesar da inibição extrema dos músculos periféricos, movimentos musculares irregulares podem ocorrer. Isso ocorre além dos movimentos rápidos oculares. O encéfalo fica muito ativo no sono REM, e o metabolismo encefálico global pode estar aumentado por até 20%. O eletroencefalograma (EEG) mostra padrão de ondas cerebrais semelhante ao que ocorre durante o estado de vigília. Esse tipo de sono por isso é também chamado sono paradoxal, porque é um paradoxo que a pessoa possa ainda estar dormindo, apesar dessa grande atividade encefálica. Em resumo, o sono REM é o tipo de sono em que o encéfalo está bem ativo. Entretanto, a atividade cerebral não está canalizada para a direção apropriada, de tal forma que a pessoa fique totalmente consciente em relação ao ambiente, e, portanto, a pessoa está na verdade adormecida EECG 1ª hora de sono: EEG- SONO O que explica essa oscilação REM- Não-REM? Atividade colinérgica da FR = despertar e sono REM colinérgica= sono NREM Quando o centro do sono não está ativado, os núcleos mesencefálico e reticular pontino superior ativador são liberados de sua inibição, o que permite que os núcleos reticulares ativadores fiquem espontaneamente ativos. Isso, por sua vez, excita tanto o córtex cerebral, como o sistema nervoso periférico e ambos mandam inúmeros sinais de feedback positivo de volta para o mesmo núcleo reticular ativador para ativá-lo ainda mais. Consequentemente, após o início do estado de vigília, ele tem tendência natural de se manter por si só, devido a essa atividade de feedback positivo. Então, após o cérebro permanecer ativado por muitas horas, mesmo os neurônios do sistema ativador presumivelmente ficam fatigados. Consequentemente, o ciclo de feedback positivo entre o núcleo reticular mesencefálico e o córtex desaparece e os efeitos promotores do sono, dos centros de sono, tomam conta, levando à transição rápida da vigília de volta para o sono. Paralisia durante sono REM ↑ GABAérgica FR pontina Inibição trato descendente para núcleos da coluna dorsal → NMI resposta aos estímulos sensoriais provenientes do NMI Ativação de áreas corticais Distúrbios do Sono Incidência: 40% população Sexo feminino> masculino Piora com a idade Anamnese: Dados Relevantes Hábitos Horário de deitar/despertar Início do sono Rotina durante a noite Despertares Noturnos Horário, duração, Frequência Rotina diurna Cochilos Sonolência ao dirigir Performance trabalho/escolar Paralisia do sono Outras queixas INSÔNIA Dificuldade em iniciar o sono, manter o sono ou para acordar pela manhã, interferindo nas atividades diárias Crônica pelo menos 3x semana por pelo menos 3 meses Curta-duração < 3 meses Outros tipos nenhum critério acima Nova classificação elimina tipos primário/secundário (2014) Fisiopatologia Estado de “hipervígilia” Aumento do cortisol Aumento da frequência cardíaca Aumento da temperatura corporal Características Forma Crônica 10% da população 11% adolescentes Sexo feminino – Co-morbidades Mais velhos Baixo nível socioeconômico Curta duração Prevalência em 1 ano: 15 – 20% Sexo feminino Mais velhos Fatores de predisposição “light-sleepers” Stress Ansiedade e alterações de humor Fatores Precipitadores Condições desencadeadoras de stress Medicações Doenças agudas Fatores perpetuadores Hábitos de sono inadequados Cafeína Álcool Muito tempo deitado na cama Telas de computador APNEIA Apneia Obstrutiva – grego “vontade de respirar”>10s Sinais Roncos Cansaço ao despertar Sonolência diurna Cefaleia, boca seca, congestão nasal Generalidades 2 – 24% da população em gera Crianças 1-13% Fatores Idade Homem Obesidade – IMC>30kg/m2 Anormalidades crâniofaciais Álcool, fumo, sedativos Co-morbidades associadas HAS Diabete tipo 2 Doenças Cardiovasculares Riscos HAS Doença coronariana ICC AVC Diabete Arritmia Cardíaca Morte Depressão Acidentes Baixa qualidade de vida Tratamento CPAP – Continuous Positive Airway Pressure Indicação Quadros moderados e graves Sintomáticos Não farmacológico Perder peso Uvuloplastia Terapia ortodôntica Terapia Posicional Pressão positiva expiratória nasal Pernas Inquietas Quadro clínico = formigação MMII Mecanismo fisiopatológico = desconhecido Tratamento Massagem, banho quente Suspender cafeína Benzodiazepínicos Parassonias Sonilóquio Sonambulismo Terror Noturno Enurese Noturna Narcolepsia Homens> Mulheres 1/250.000 pacientes “ataques de sono-REM” Duração 30’’ a 30’ Cataplexia Mutação gen Orxs (receptor da orexina2) Tratamento com estimulantes Fisiopatologia Em ratos, a inativação de receptores de hipocretina (orexina) induzem a narcolepsia Mutação do gen que codifica a Hipocretina HLA-DQ (B1 06-02) Ocorre uma inversão no início do sono REM-NREM Diminui Estágios 3 e 4 do NREM Tempo total de sono Latência do sono Diagnóstico Teste Ouro (gold standart test) – Polissonografia (PSG) Latência do sono < 8min 2 ou + início de sono em REM (SOREM – Sleep Onset REM) Tratamento Estimulantes Drogas supressoras do sono-REM Distúrbios do Ciclo Circadiano Delayed Sleep Phase Disorder = DSPD Advanced Sleep Phase Disorders = ASPD
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