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BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Prof. Msc. André Brasil de Carvalho BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA UNIDADE 2: ECONOMIA BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Por que pagamos tantos impostos? – Por que os salários em uma determinada região são menores que em outras? – Por que os juros pagos nos financiamentos são tão elevados? – Por que viajar para o exterior pode ficar mais barato do que viajar para o meu próprio país? 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA A economia apareceu como ciência a partir de 1776 com o lançamento da obra de Adam Smith (A Riqueza das Nações). Anteriormente, a Economia não passava de um reduzido ramo da Filosofia Social e do Direito. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Grécia e Roma A produção era fundamentalmente para sobrevivência. A economia era quase unicamente agrícola; o meio urbano não passava de uma fortaleza com algumas casas. A expansão agrícola beneficiou a economia de Roma e a agricultura foi um dos motivos da expansão do poderio político do Império. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Idade média A terra transformou-se na riqueza por excelência (regime feudal). Eram médias ou enormes propriedades rurais, autossuficientes econômica e politicamente, obedientes à autoridade do senhor ou proprietário, e nas quais os servos exerciam suas funções agrícolas ou artesanais. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Mercantilismo O Mercantilismo colaborou decisivamente para estender as relações comerciais do cenário regional para o âmbito internacional. Ele formou uma fase de transferência entre o feudalismo e o capitalismo moderno. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Os fisiocratas Foram um grupo de economistas franceses (século XVIII) que combateu as ideias mercantilistas e elaborou a Teoria do Liberalismo Econômico. Pela doutrina fisiocrática, a sociedade é constituída: - Classe produtiva (agricultores). - Classe dos proprietários de terras. - Classe improdutiva (comércio, da indústria e dos serviços). 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Escola clássica A Escola clássica definiu a produção, deixando a procura e o consumo para o segundo plano. Em suma, defendia: (i) A mais vasta liberdade individual; (ii) O direito de não transmitir à propriedade; (iii) A livre iniciativa e a livre concorrência; (iv) A não interferência do Estado na economia. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA O Pensamento Neoclássico Os fenômenos econômicos são encarados como um método mecânico, matematicamente evidente e determinado. Supõe-se que a economia é composta por um enorme número de pequenos produtores e consumidores, incapacitados de influenciar em separado os preços e as quantidades no mercado. No século XX, a Economia passou a seguir dois grandes pontos de vista: a Microeconomia e a Macroeconomia. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA O Pensamento Keynesiano Na obra, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, (1936), J. M. Keynes contestou a ideia de equilíbrio com repleto emprego de fatores, pela austeridade de salários e preços. Segundo ele, para elevar os níveis de emprego e de renda, potencializando o bem-estar social, torna-se primordial estimular a tendência a investir dos empresários. O Estado exerce, nesse sentido, realizando políticas monetárias e fiscais. 2.1 - Pensamento econômico BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA A economia tem por finalidade estudar como os indivíduos e as sociedades decidem utilizar os recursos produtivos escassos, na produção de bens e serviços, de forma a distribuir esses recursos entre os vários indivíduos e grupos para satisfazer às necessidades humanas. 2.1.1 - Definição: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - O que produzir? - Como produzir? - Para quem produzir? 2.1.2 - Questões Econômicas Fundamentais: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA • Quantidade? • Bens de consumo ou bens de produção? • Produtos de baixa qualidade ou de alta qualidade? • A produção de serviços ou a de produtos? I - O que produzir? BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA • Metodologia de produção dos bens e serviços? • Recursos utilizados? • Tecnologia empregada? • Distribuição das atividades para os funcionários? • Empresa estatal ou da iniciativa privada? II - Como produzir? BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA • A quem se destinará a produção? • Quem consumirá os bens e serviços? • Distribuição da produção na sociedade? • Distribuição de renda de forma igualitária ou desigual entre os cidadãos? III - Para quem produzir? BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA São os recursos básicos empregados na produção de bens e serviços, recursos que podem ser divididos em insumos, terra, trabalho e capital. Fatores de Produção Processo de Produção Bem ou serviço BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA • Terra: recursos naturais. • Mão de obra (físico ou intelectual): tempo de trabalho. • Capital: conjunto dos bens produzidos visando produzir novos bens ou serviços. • Insumos: matéria-prima. 2.1.3 - Recursos ou fatores de produção: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Necessidades humanas ilimitadas escassez de recursos produtivos Economia liberal (sem intervenção estatal): • Concorrência dos mercados • Mecanismo de preços. 2.2 - Mercado e formação de preços: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Mercado: onde se executam as transações entre compradores e vendedores. Lei da oferta e da procura: - Quando há mais produtos que as necessidades dos habitantes, os preços tendem a reduzir. - Quando há menos produtos que a demanda, os preços tendem a subir. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Os mercados crescem quando há crescimento econômico (desenvolvimento da economia). - Os mercados entram em encolhimento quando há desaceleração do crescimento econômico. - Os preços no mercado são a expressão monetária do preço de mercadoria (custos de produção e o lucro dos empresários). BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA A procura no mercado: A procura de um produto está associada às quantidades que os consumidores estão dispostos a conseguir em função dos preços. a) Quanto mais baixos os preços, maiores quantidades os consumidores inclinam a procurar. Quanto mais altos os preços, menores quantidades são procuradas. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA b) Efeito substituição: Quando o preço de definido produto aumenta, continuando invariável o preço dos seus suplentes, os consumidores tendem a trocá-lo. c) Utilidade marginal: Quanto maiores forem as quantidades de uma mercadoria qualquer, menores serão os níveis de utilidade de cada nova unidade extra. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Elasticidade-preço da procura: É a relação entre as alterações notadas, nas quantidades procuradas decorrentes das modificações de preço. Fatores determinadas da elasticidade-preço: I - Essencialidade: está ligada ao nível de necessidade do produto. Os produtos de maior precisão têm tendência a ter coeficientes de elasticidade baixos. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Fatores determinadas da elasticidade-preço: II – Hábitos (rigidez do consumo): Muitos hábitos sólidos se transformaram em vício e faz com que os consumidores tenham pouca sensibilidade (alteração nos preços). III - Periodicidade da aquisição: Enormes intervalos de tempo entre uma compra e outra do produto tende a “apagar” da memória os preços de referência. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Demandade Mercado (consumidores) Produção (oferta) 2.2 - Mercado e formação de preços: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA CONCORRÊNCIA PRODUÇÃO (eficiente/eficaz) MERCADO 2.3 - Produção e Custos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Eficiência: indica que a organização utiliza de maneira produtiva (econômica) seus recursos. - Eficácia: indica que a organização realiza seus objetivos. - Eficiência econômica: é um processo de trabalho que permite a conquista da maior quantidade de produtos com o menor custo. 2.3 - Produção e Custos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.3.1 - Fatores fixos e variáveis de produção: I - Fatores fixos: São aqueles cujas quantidades usadas não variam quando o volume da produção se modifica. II - Fatores variáveis: São aqueles cujas quantidades variam quando o volume de produção se modifica. 2.3 - Produção e Custos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.3.2 - Custo de produção: Retrata a soma das despesas da instituição, quer relacionado com o capital fixo, quer com o capital variável. I - Custos fixos totais (custos indiretos): Equivalem aos recursos de produção que não alteram em função das mudanças nas quantidades produzidas (edifícios, máquinas, equipamentos, etc.). 2.3 - Produção e Custos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II - Custos totais variáveis (custos diretos): Dizem respeito aos recursos variáveis usados no processo produtivo e consistem da quantidade a ser produzida (matérias primas, mão de obra, energia, etc.). III - Custo total médio: É adquirido mediante a divisão do custo fixo total pela quantidade produzida. 2.3 - Produção e Custos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA IV - Receita da empresa: É adquirida por meio da multiplicação da quantidade de bens e serviços vendidos pelo respectivo preço de venda. V - Economia de escala: Acontece quando a empresa aumenta o método produtivo e atingem ganhos de produtividade. 2.3 - Produção e Custos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Os agentes econômicos são os responsáveis pela atividade econômica. I - As empresas. II - As famílias III - Setor público 2.3.3 - Agentes econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA I - Empresas: é a unidade de produção básica. - Contratam trabalho e compram fatores de produção com a finalidade de produzir e vender bens e serviços. - Têm capacidade de organizar os complexos processos de produção e distribuição para consumo da população. - Decidem quais produtos e serviços irão produzir e como produzi-los. 2.3.3 - Agentes econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA I - Famílias: - Tem a função de consumir bens e serviços; assim como de oferecer seus recursos (trabalho e capital) às empresas. - Decidem que produtos e serviços irão consumir, a que profissão irão se dedicar e quanto dinheiro irão guardar. 2.3.3 - Agentes econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA I - Setor Público: - Atua regulamentando a atividade econômica por meio das políticas fiscal, monetária e cambial (impostos, subsídios, taxa de câmbio). - Atua ainda em atividades produtivas, por meio de empresas estatais (energia, estradas, saneamento básico, saúde, etc.). 2.3.3 - Agentes econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA I - Economia de mercado (capitalista): sem intervenção do Estado: Produtores/consumidores o que e quanto, como e para quem produzir empresas maximizar o lucro. 2.3.3 - Sistemas econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Problemas: a) Os preços nem sempre flutuam livremente, controlados somente pelo mercado. b) O mercado sozinho não consegue promover a alocação perfeita dos recursos. c) O mercado não consegue distribuir perfeitamente a renda. Críticas: simplificação da realidade econômica. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Críticas: simplificação da realidade econômica. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II – Economias Mistas: Mercado e Estado. O Estado nesta caso: - Regula o preço dos produtos. - Promove os bens à sociedade que o mercado não consegue ofertar (bens públicos). - Distribui renda através da tributação maior sobre quem tem renda maior. 2.3.4 - Sistemas econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA III – Economias Central ou Planificada : Todos os bens pertencem ao governo (sem propriedade privada). - O Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção e define o que é necessário ser produzido para a sociedade. - Os problemas centrais são definidos por uma agência ou órgão central de planejamento, e não pelo mercado. - Não há a preocupação com a geração de lucro. 2.3.4 - Sistemas econômicos: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA As principais estruturas de mercado podem ser classificadas por ordem decrescente de competição. 2.4 - Estrutura de Mercado: Concorrência perfeita Concorrência monopolística Oligopólio Monopólio Mais competitiva Mais concentrada BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4.1 - Concorrência perfeita: – Mercado atomizado: Há um número muito grande de consumidores e produtores, que não tem poder de determinar preços. Cada um aceita o preço de mercado e decide acerca da produção e consumo. - Transparência de mercado: Os participantes do mercado possuem todas as informações referentes a preços, lucro, processo de produção etc. 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4.1 - Concorrência perfeita: – Produtos idênticos ou homogêneos: O produto oferecido por A é o mesmo produto oferecido por B, sendo considerados bens substitutos perfeitos. Ex.: produtos agrícolas, hortifrutícolas, alguns minérios, etc. - Inexistência de barreiras: As empresas possuem total liberdade no seu segmento, podendo migrarem para os setores com maiores lucros. 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4.2 - Monopólio: Tipo de estrutura de mercado onde não existe concorrência (Concessionária de energia, Petrobrás). - Existência de um único ofertante. - Não há produtos substitutos. - Existência de barreiras à entrada de outras empresas no segmento (naturais, patentes, controle de matérias-primas, regulação estatal). 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4.2 - Monopólio: Os monopólios podem estar sob controle de preços do governo (evitar práticas de preço abusivas). 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4.3 - Concorrência monopolística: - Produto diferenciado. - Mercado com grande número de participantes. - Grande concorrência extra preço. - Inexistência de barreiras à entrada de novas firmas participantes. 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4.4 - Oligopólios: - Pequeno número de empresa em um determinado setor ou um grande número de empresas (poucas dominam o mercado). - Produtos idênticos ou diferenciados. - Existência de barreiras à entrada de novas firmas. 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4 - Estrutura de Mercado: Concorrência perfeita Concorrência monopolística Oligopólio Monopólio Número de ofertantes muitos muitos poucos um Tipo de produto idêntico diferenciado idêntico/ diferenciado não existe/ substituto Existência de barreiras não não sim sim Lucro normal normal extraordinário extraordinário Tabela 3.1 – Características das estruturas de mercado BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.4 - Estrutura de Mercado: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA O estudo da economia é feito sob dois enfoques: o da microeconomia e o da macroeconomia. I - Fenômenos microeconômicos Abordam aspectos de unidadesindividuais da economia: - O comportamento de consumidores, famílias, empresas; - O ambiente no qual esses agentes interagem. 2.5 - Micro e macroeconomia: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II - Fenômenos macroeconômicos Relacionam-se à explicação dos agregados ou globais: - produção do país, contas do governo, contas externas etc. 2.5 - Micro e macroeconomia: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.5 - Micro e macroeconomia: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica. I - Pleno emprego. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: 10,50 10,00 9,50 9,00 8,50 10,48 Taxa de desemprego: Brasil, 2003 a 2007 10,20 9,72 9,22 8,92 8,00 2003 2004 2005 2006 2007 Figura 12 – Taxa de desemprego no Brasil (%)2 Fonte: IPEA BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica. II - Crescimento econômico. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica. III - Estabilidade de preços. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica. IV - Distribuição mais igualitária de renda. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA A política macroeconômica envolve desempenho do governo no conjunto da economia, visando o alcance das metas macroeconômicas. 2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos: I - Política fiscal: Conjunto de medidas que envolvem a arrecadação de impostos e os gastos públicos. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA I - Política fiscal: - Seu uso deve objetivar a promoção do bem-estar da população através de gastos em áreas de interesse social e do financiamento desses gastos assentado em um sistema de arrecadação tributária eficiente. - A política fiscal pode ser expansionista ou restritiva. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos. I.i - Política fiscal expansionista: Objetiva expandir o nível de atividade econômica (benefícios fiscais). 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA I.ii - Política fiscal restritiva: Corresponde a um conjunto de medidas que envolvem impostos e gastos do governo visando à contenção da atividade econômica e ao desaquecimento (pressões inflacionárias). Ex: corte nos gastos do governo ou um aumento da tributação. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos. II - Política monetária: Refere-se ao conjunto de ações do governo que visa controlar a quantidade de moeda e de títulos em circulação e a taxa de juros. - Diz-se que política monetária corresponde à atuação das autoridades monetárias para regular a liquidez do sistema. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II.I - Instrumentos de política monetária: – Operações de Open Market: Realizadas pelo Banco Central e que consistem em vender ou comprar títulos públicos para alterar a quantidade de moeda em circulação. As operações de mercado aberto afetam a taxa de juros: - compras de títulos reduzem e vendas de títulos aumentam a taxa de juros. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II.I - Instrumentos de política monetária: – Operações de Redesconto: Taxa cobrada por empréstimos realizados pelo Banco Central a outros bancos; que pode também, regular a própria quantidade de empréstimos que deixa à disposição dos bancos. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II.I - Instrumentos de política monetária: - Reservas ou depósitos compulsórios: Correspondem a parcela dos depósitos à vista e de títulos contábeis (cheques administrativos, depósitos em juízo etc.) que os bancos são obrigados a reter ao Bacen. Além de regular a quantidade de moeda que circula na economia, são uma garantia de que os bancos terão reservas suficientes para os saques dos clientes. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA II.I - Instrumentos de política monetária: - Regulamentação sobre o crédito e a taxa de juros:: O Bacen também controla diretamente a taxa de juros, o volume de crédito e o prazo dos empréstimos bancários. - Meta inflacionária (1999): a taxa de juros deve servir como instrumento para que se alcance a meta predeterminada. 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: III - Política cambial e comercial: São políticas focadas para o setor externo da economia. Política cambial: Refere-se à competência do governo de determinar a taxa de câmbio, por meio do banco central. A taxa de cambio pode ser estabelecida pelo mercado se assim o governo determinar. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal, Cambial e de Rendas: Política comercial: Têm como instrumentos os estímulos à exportação, de incentivo ou desestímulo às importações, por meio de instrumentos fiscais e creditivos além dos obstáculos tarifários. A política de rendas: Está ligada à competência do governo de exercer na formação e apropriação da riqueza, por meio da fixação dos salários e o monitoramento dos preços. BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de organizações financeiras e instrumentos financeiros que tem como meta regulamentar, fiscalizar e executar as ações relacionadas à gestão da moeda e do crédito. É conduzido por três órgãos normativos: - Conselho Monetário Nacional - Conselho Nacional de Seguros Privados. - Conselho Nacional de Previdência Complementar. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.7.1 - Estrutura do sistema financeiro nacional: O Sistema Financeiro Nacional é dividido em Subsistema de Supervisão e Subsistema Operativo. Subsistema de supervisão: Sistema normativo constituído por instituições que determinam as regras de funcionamento. Tem como função designar os parâmetros para a intermediação financeira e controlar as instituições operativas. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA O Subsistema de Supervisão tem a seguinte formação: -Conselho Monetário Nacional; -Banco Central do Brasil; -Comissão de Valores Imobiliários; -Superintendência de Seguros Privados; -Secretaria de Previdência Complementar; -Instituições Especiais (Banco do Brasil, BNDES e CEF). 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Subsistema operativo: Sistema de mediação, sua função é tornar operacional a transferência de recursos entre os poupadores e os tomadores, a partir dos parâmetros estabelecidos pelo subsistema de supervisão.2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Subsistema operativo: É formado por: -Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias; -Instituições Financeiras não Bancárias ou não Monetárias; -Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo; -Agentes especiais; -Intermediários Financeiros ou Auxiliares. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.7.2 - Autoridades do sistema financeiro nacional: As autoridades do Sistema Financeiro Nacional podem ser separadas em Autoridades Monetárias e Autoridades de Apoio. Autoridades monetárias: As Autoridades Monetárias são instituições responsáveis tanto pela padronização quanto pela execução das operações referentes ao envio de moeda. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA As principais Autoridades Monetárias no Brasil são: - CMN: Conselho Monetário Nacional Instituição superior do Sistema Financeiro Nacional. Desempenha a função de órgão regulador e é responsável pela definição das orientações da política monetária, creditícia e cambial. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - BACEN: Banco Central do Brasil Tem o encargo de cumprir e fazer cumprir as normas que conduzem o SFN enviadas pelo CMN. Atua como uma espécie de defensor da moeda nacional, para assegurar o equilíbrio do mercado financeiro e da economia do país. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.7.3 - Autoridades de apoio: As Autoridades de Apoio são entidades que podem atuar tanto como organizações financeiras normais, ajudando na execução da política monetária, como na padronização de um setor específico – como a Comissão de Valores Mobiliários. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA As principais Autoridades de apoio no Brasil são: -CVM (Comissão de Valores Mobiliários): é um órgão normativo voltado para o controle e desenvolvimento do mercado de valores mobiliários. -BB (Banco do Brasil): atua como agente financeiro do governo federal, sendo o principal responsável dos serviços bancários de interesse do governo. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA -BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social): Principal entidade financeira de fomento do Brasil. - Impulsiona o crescimento econômico. - Diminui desequilíbrios regionais. - É o responsável de gerir o processo de privatização das empresas estatais. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA -CEF (Caixa Econômica Federal): É a entidade financeira que funciona como ferramenta governamental. - Tornar operacional políticas federais para financiamento habitacional e saneamento básico. - É o banco de suporte ao trabalhador de baixa renda. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Instituições financeiras: São pessoas jurídicas, públicas ou privadas que exercem a intermediação financeira ou uso de recursos financeiros próprios ou de terceiros, além de: - Diminuir os riscos, viabilizando segurança e agilidade no julgamento e intuição de melhores retornos. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Os principais tipos de entidades financeiras são: - Bancos Comerciais: intermediários financeiros que transmitem recursos dos agentes superavitários para os deficitários, e cria moeda por meio do efeito multiplicador. - Bancos de Desenvolvimento: agentes de financiamento do governo federal, apoiando empreendimentos e colaborando no crescimento do país. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Cooperativas de Crédito: atuam em setores primários da economia, possibilitando a comercialização dos produtos rurais; ou atuam nas instituições oferecendo crédito aos funcionários que colaboram para a manutenção da mesma. - Bancos de Investimentos: agem na captação de recursos, que são encaminhados a empréstimos e financiamentos. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Associações de Poupança e Empréstimo: sociedades civis em que os membros têm direito à participação nos resultados e tem como principal meta o financiamento imobiliário. - Agências de Fomento: agem na concessão de financiamento de capital fixo e capital de giro. - Bancos Cooperativos: bancos comerciais que apareceram a partir de cooperativas de crédito. 2.7 - Sistema Monetário e Financeiro: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.1 – PIB (Produto Interno Bruto): Define a atividade econômica por meio do valor final de todos os bens e serviços fornecidos em uma região e em uma janela de tempo. Assim, produtos intermediários e o comércio entre instituições, que estejam no centro da cadeia de produção, são desconsiderados. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.1 - PIB: O PIB descontado da inflação, ou PIB real, é preferível para essa função de análise ao longo do tempo. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA O cálculo do PIB é relativamente simples, sendo que o PIB estabiliza variáveis interessantes, tais como: - consumo privado final, - parte do consumo público, - investimentos privados (não a poupança para investimentos futuros), - exportações e importações (variável com sinal negativo). 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.2 - PIB Per Capita: O PIB pode mostrar vieses ao longo do tempo em função de diferentes variáveis, internas ou externas à região. Um fato simples é a população. O PIB per capita se divide o PIB nacional ou regional pela população média do país ou da região naquele período. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.3 - Produto Nacional Bruto (PNB): O PNB interessa a perspectiva da propriedade dos elementos de produção, sendo que também calcula a produção (somente de cidadãos da região). Ex.: - Produção estrangeira dentro do país: faz parte do PIB, mas não do PNB. - Produção nacional fora do país: faz parte do PNB, mas não do PIB. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA A avaliação da qualidade de vida de uma população somente por PIB, PNB ou PIB per capita não é possível (má distribuição de renda). 2.8.4 - Renda pessoal disponível: O indicador de renda pessoal que está à disposição (RPD) mostra a parcela da renda das pessoas que é exercida pelo: - Consumo. - Poupança. - Consumo futuro em bens de maior valor. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.5 - Inflação: . Diz respeito ao aumento do valor de bens e serviços com relação à moeda; ou, em outras palavras, é a diminuição do valor do bem moeda com relação a diferentes bens e serviços. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Indicadores de taxa de inflação: I - IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - IBGE. II – INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) - IBGE. III - IGPM ((Índice Geral de Preços de Mercado) - FGV. IV - INCC (Índice Nacional da Construção Civil) – FGV/IBRE. IV - IPC (Índice de Preços ao Consumidor) - FIPE. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Causas para Variação de Preços: I - Sazonalidade: faz com que a oferta de produtos se modifique ao longo do ano. II - Problemas com o clima: podem acarretar problemas a lavouras ou desabastecimento de outros produtos por erros logístico. III - Acidentes Ambientais: podem ocasionar um aumento repentino na procura por água e medicamentos. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARAENGENHARIA Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários: I - Inflação de Demanda: É aquela em que a causa do aumento de preços está relacionada ao aumento do consumo de alguns bens. - Neste caso, o aumento de preços está relacionado a uma demanda superior à oferta de bens e serviços. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários: II - Inflação de oferta: Está relacionado à elevação nos custos de produção, seja devido a aumentos salariais, escassez de mão de obra, pressão sindical, adversidades climáticas, desvalorizações cambiais, etc. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários: III - Inflação inercial: Neste caso, a inflação passada contamina a inflação futura por meio dos mecanismos de indexação (contratos de aluguéis, de salários, reajuste de tarifas públicas, etc.). 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários: IV - Inflação estrutural (inflação de oferta): O aumento de preços está relacionado à estrutura dos países subdesenvolvidos: a oferta de produtos é incapaz de satisfazer a aumentos na demanda (oferta de alimentos inelástica), a estrutura de mercado tem predominância de oligopólios, etc. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA Custos da inflação: - Redistribuição de riqueza e renda. - Distorção dos preços relativos (destruição da informação). - Desestímulo ao investimento produtivo. - Dificulta contratos de longo prazo. - Elevação de custos. - Efeito sobre a balança comercial. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.6 - Deflação: A deflação é a descida generalizada do preço dos bens e dos serviços num largo período de tempo. - Deflação e Inflação: A deflação é uma realidade inversa à inflação. Na deflação há uma redução prolongada do índice de preços no consumidor. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Deflação e Desinflação A deflação é também diferente da desinflação, que equivale ao abrandamento do ritmo do aumento de preços num processo inflacionário. - Causas da Deflação A deflação pode ser criada pela redução da procura de certos produtos ou serviços, pela oferta maior, ou então pelo menor volume de moeda em circulação. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA - Situação de Deflação e Consequências Em uma situação de deflação as empresas e os consumidores adiam as suas compras, com o intuito de serem beneficiados pela baixa dos preços no futuro, o que leva a economia a estagnar. 2.8 - Inflação e PIB: BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA 2.8.7 - Outros indicadores: Os indicadores econômicos devem ser analisados em conjunto com outros para representar com maior eficácia a economia como um todo. - Indicadores de Emprego e Desemprego. - Níveis de Poupança. - Níveis de Confiança. - Investimentos Públicos e Privados. - Distribuição para o Consumo. 2.8 - Inflação e PIB:
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