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Unidade 2 Economia

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BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
Prof. Msc. André Brasil de Carvalho
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
UNIDADE 2: ECONOMIA
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
- Por que pagamos tantos impostos?
– Por que os salários em uma determinada região são menores
que em outras?
– Por que os juros pagos nos financiamentos são tão elevados?
– Por que viajar para o exterior pode ficar mais barato do que
viajar para o meu próprio país?
2.1 - Pensamento econômico
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A economia apareceu como ciência a partir de 1776 com o
lançamento da obra de Adam Smith (A Riqueza das Nações).
Anteriormente, a Economia não passava de um reduzido ramo da
Filosofia Social e do Direito.
2.1 - Pensamento econômico
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Grécia e Roma
A produção era fundamentalmente para sobrevivência. A
economia era quase unicamente agrícola; o meio urbano não
passava de uma fortaleza com algumas casas.
A expansão agrícola beneficiou a economia de Roma e a
agricultura foi um dos motivos da expansão do poderio político do
Império.
2.1 - Pensamento econômico
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Idade média
A terra transformou-se na riqueza por excelência (regime feudal).
Eram médias ou enormes propriedades rurais, autossuficientes
econômica e politicamente, obedientes à autoridade do senhor ou
proprietário, e nas quais os servos exerciam suas funções agrícolas
ou artesanais.
2.1 - Pensamento econômico
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Mercantilismo
O Mercantilismo colaborou decisivamente para estender as
relações comerciais do cenário regional para o âmbito
internacional. Ele formou uma fase de transferência entre o
feudalismo e o capitalismo moderno.
2.1 - Pensamento econômico
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Os fisiocratas
Foram um grupo de economistas franceses (século XVIII) que
combateu as ideias mercantilistas e elaborou a Teoria do
Liberalismo Econômico.
Pela doutrina fisiocrática, a sociedade é constituída:
- Classe produtiva (agricultores).
- Classe dos proprietários de terras.
- Classe improdutiva (comércio, da indústria e dos serviços).
2.1 - Pensamento econômico
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Escola clássica
A Escola clássica definiu a produção, deixando a procura e o
consumo para o segundo plano. Em suma, defendia:
(i) A mais vasta liberdade individual;
(ii) O direito de não transmitir à propriedade;
(iii) A livre iniciativa e a livre concorrência;
(iv) A não interferência do Estado na economia.
2.1 - Pensamento econômico
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O Pensamento Neoclássico
Os fenômenos econômicos são encarados como um método
mecânico, matematicamente evidente e determinado.
Supõe-se que a economia é composta por um enorme número de
pequenos produtores e consumidores, incapacitados de
influenciar em separado os preços e as quantidades no mercado.
No século XX, a Economia passou a seguir dois grandes pontos
de vista: a Microeconomia e a Macroeconomia.
2.1 - Pensamento econômico
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O Pensamento Keynesiano
Na obra, A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda,
(1936), J. M. Keynes contestou a ideia de equilíbrio com repleto
emprego de fatores, pela austeridade de salários e preços.
Segundo ele, para elevar os níveis de emprego e de renda,
potencializando o bem-estar social, torna-se primordial estimular
a tendência a investir dos empresários.
O Estado exerce, nesse sentido, realizando políticas monetárias e
fiscais.
2.1 - Pensamento econômico
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A economia tem por finalidade estudar como os indivíduos e as
sociedades decidem utilizar os recursos produtivos escassos, na
produção de bens e serviços, de forma a distribuir esses
recursos entre os vários indivíduos e grupos para satisfazer às
necessidades humanas.
2.1.1 - Definição:
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- O que produzir?
- Como produzir?
- Para quem produzir?
2.1.2 - Questões Econômicas Fundamentais:
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• Quantidade?
• Bens de consumo ou bens de produção?
• Produtos de baixa qualidade ou de alta qualidade?
• A produção de serviços ou a de produtos?
I - O que produzir?
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• Metodologia de produção dos bens e serviços?
• Recursos utilizados?
• Tecnologia empregada?
• Distribuição das atividades para os funcionários?
• Empresa estatal ou da iniciativa privada?
II - Como produzir?
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• A quem se destinará a produção?
• Quem consumirá os bens e serviços?
• Distribuição da produção na sociedade?
• Distribuição de renda de forma igualitária ou desigual entre
os cidadãos?
III - Para quem produzir?
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São os recursos básicos empregados na produção de bens e
serviços, recursos que podem ser divididos em insumos, terra,
trabalho e capital.
Fatores de Produção 
Processo de Produção 
Bem ou serviço
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• Terra: recursos naturais.
• Mão de obra (físico ou intelectual): tempo de trabalho.
• Capital: conjunto dos bens produzidos visando produzir
novos bens ou serviços.
• Insumos: matéria-prima.
2.1.3 - Recursos ou fatores de produção:
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Necessidades humanas ilimitadas 
escassez de recursos produtivos
 Economia liberal (sem intervenção estatal):
• Concorrência dos mercados
• Mecanismo de preços.
2.2 - Mercado e formação de preços:
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Mercado: onde se executam as transações entre compradores e
vendedores.
Lei da oferta e da procura:
- Quando há mais produtos que as necessidades dos habitantes,
os preços tendem a reduzir.
- Quando há menos produtos que a demanda, os preços tendem
a subir.
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- Os mercados crescem quando há crescimento econômico
(desenvolvimento da economia).
- Os mercados entram em encolhimento quando há
desaceleração do crescimento econômico.
- Os preços no mercado são a expressão monetária do preço de
mercadoria (custos de produção e o lucro dos empresários).
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A procura no mercado:
A procura de um produto está associada às quantidades que os
consumidores estão dispostos a conseguir em função dos
preços.
a) Quanto mais baixos os preços, maiores quantidades os
consumidores inclinam a procurar. Quanto mais altos os
preços, menores quantidades são procuradas.
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b) Efeito substituição:
Quando o preço de definido produto aumenta, continuando
invariável o preço dos seus suplentes, os consumidores tendem a
trocá-lo.
c) Utilidade marginal:
Quanto maiores forem as quantidades de uma mercadoria
qualquer, menores serão os níveis de utilidade de cada nova
unidade extra.
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Elasticidade-preço da procura:
É a relação entre as alterações notadas, nas quantidades
procuradas decorrentes das modificações de preço.
Fatores determinadas da elasticidade-preço:
I - Essencialidade: está ligada ao nível de necessidade do
produto. Os produtos de maior precisão têm tendência a ter
coeficientes de elasticidade baixos.
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Fatores determinadas da elasticidade-preço:
II – Hábitos (rigidez do consumo):
Muitos hábitos sólidos se transformaram em vício e faz com que
os consumidores tenham pouca sensibilidade (alteração nos
preços).
III - Periodicidade da aquisição:
Enormes intervalos de tempo entre uma compra e outra do
produto tende a “apagar” da memória os preços de referência.
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Demandade Mercado (consumidores) Produção (oferta)
2.2 - Mercado e formação de preços:
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CONCORRÊNCIA 
PRODUÇÃO (eficiente/eficaz) 
MERCADO
2.3 - Produção e Custos:
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- Eficiência: indica que a organização utiliza de maneira
produtiva (econômica) seus recursos.
- Eficácia: indica que a organização realiza seus objetivos.
- Eficiência econômica: é um processo de trabalho que
permite a conquista da maior quantidade de produtos com
o menor custo.
2.3 - Produção e Custos:
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2.3.1 - Fatores fixos e variáveis de produção:
I - Fatores fixos:
São aqueles cujas quantidades usadas não variam quando o
volume da produção se modifica.
II - Fatores variáveis:
São aqueles cujas quantidades variam quando o volume de
produção se modifica.
2.3 - Produção e Custos:
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2.3.2 - Custo de produção:
Retrata a soma das despesas da instituição, quer relacionado
com o capital fixo, quer com o capital variável.
I - Custos fixos totais (custos indiretos):
Equivalem aos recursos de produção que não alteram em
função das mudanças nas quantidades produzidas (edifícios,
máquinas, equipamentos, etc.).
2.3 - Produção e Custos:
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II - Custos totais variáveis (custos diretos):
Dizem respeito aos recursos variáveis usados no processo
produtivo e consistem da quantidade a ser produzida (matérias
primas, mão de obra, energia, etc.).
III - Custo total médio:
É adquirido mediante a divisão do custo fixo total pela
quantidade produzida.
2.3 - Produção e Custos:
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IV - Receita da empresa:
É adquirida por meio da multiplicação da quantidade de bens e
serviços vendidos pelo respectivo preço de venda.
V - Economia de escala:
Acontece quando a empresa aumenta o método produtivo e
atingem ganhos de produtividade.
2.3 - Produção e Custos:
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Os agentes econômicos são os responsáveis pela atividade
econômica.
I - As empresas.
II - As famílias
III - Setor público
2.3.3 - Agentes econômicos:
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I - Empresas: é a unidade de produção básica.
- Contratam trabalho e compram fatores de produção com a
finalidade de produzir e vender bens e serviços.
- Têm capacidade de organizar os complexos processos de
produção e distribuição para consumo da população.
- Decidem quais produtos e serviços irão produzir e como
produzi-los.
2.3.3 - Agentes econômicos:
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I - Famílias:
- Tem a função de consumir bens e serviços; assim como de
oferecer seus recursos (trabalho e capital) às empresas.
- Decidem que produtos e serviços irão consumir, a que
profissão irão se dedicar e quanto dinheiro irão guardar.
2.3.3 - Agentes econômicos:
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I - Setor Público:
- Atua regulamentando a atividade econômica por meio das
políticas fiscal, monetária e cambial (impostos, subsídios, taxa
de câmbio).
- Atua ainda em atividades produtivas, por meio de empresas
estatais (energia, estradas, saneamento básico, saúde, etc.).
2.3.3 - Agentes econômicos:
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I - Economia de mercado (capitalista): sem intervenção do
Estado:
 Produtores/consumidores o que e quanto, como e para
quem produzir
 empresas maximizar o lucro.
2.3.3 - Sistemas econômicos:
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 Problemas:
a) Os preços nem sempre flutuam livremente, controlados
somente pelo mercado.
b) O mercado sozinho não consegue promover a alocação
perfeita dos recursos.
c) O mercado não consegue distribuir perfeitamente a renda.
 Críticas: simplificação da realidade econômica.
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 Críticas: simplificação da realidade econômica.
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II – Economias Mistas: Mercado e Estado.
O Estado nesta caso:
- Regula o preço dos produtos.
- Promove os bens à sociedade que o mercado não consegue
ofertar (bens públicos).
- Distribui renda através da tributação maior sobre quem tem
renda maior.
2.3.4 - Sistemas econômicos:
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III – Economias Central ou Planificada : Todos os bens
pertencem ao governo (sem propriedade privada).
- O Estado é o detentor dos recursos, dos meios de produção
e define o que é necessário ser produzido para a sociedade.
- Os problemas centrais são definidos por uma agência ou
órgão central de planejamento, e não pelo mercado.
- Não há a preocupação com a geração de lucro.
2.3.4 - Sistemas econômicos:
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As principais estruturas de mercado podem ser classificadas
por ordem decrescente de competição.
2.4 - Estrutura de Mercado:
Concorrência perfeita Concorrência monopolística Oligopólio Monopólio 
Mais competitiva Mais concentrada 
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2.4.1 - Concorrência perfeita:
– Mercado atomizado:
Há um número muito grande de consumidores e produtores, que
não tem poder de determinar preços. Cada um aceita o preço de
mercado e decide acerca da produção e consumo.
- Transparência de mercado:
Os participantes do mercado possuem todas as informações
referentes a preços, lucro, processo de produção etc.
2.4 - Estrutura de Mercado:
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2.4.1 - Concorrência perfeita:
– Produtos idênticos ou homogêneos:
O produto oferecido por A é o mesmo produto oferecido por B,
sendo considerados bens substitutos perfeitos.
Ex.: produtos agrícolas, hortifrutícolas, alguns minérios, etc.
- Inexistência de barreiras:
As empresas possuem total liberdade no seu segmento,
podendo migrarem para os setores com maiores lucros.
2.4 - Estrutura de Mercado:
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2.4.2 - Monopólio: Tipo de estrutura de mercado onde não
existe concorrência (Concessionária de energia, Petrobrás).
- Existência de um único ofertante.
- Não há produtos substitutos.
- Existência de barreiras à entrada de outras empresas no
segmento (naturais, patentes, controle de matérias-primas,
regulação estatal).
2.4 - Estrutura de Mercado:
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2.4.2 - Monopólio:
Os monopólios podem estar sob controle de preços do governo
(evitar práticas de preço abusivas).
2.4 - Estrutura de Mercado:
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2.4.3 - Concorrência monopolística:
- Produto diferenciado.
- Mercado com grande número de participantes.
- Grande concorrência extra preço.
- Inexistência de barreiras à entrada de novas firmas
participantes.
2.4 - Estrutura de Mercado:
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2.4.4 - Oligopólios:
- Pequeno número de empresa em um determinado setor ou
um grande número de empresas (poucas dominam o
mercado).
- Produtos idênticos ou diferenciados.
- Existência de barreiras à entrada de novas firmas.
2.4 - Estrutura de Mercado:
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2.4 - Estrutura de Mercado:
 Concorrência 
perfeita 
Concorrência 
monopolística 
Oligopólio Monopólio 
Número de 
ofertantes 
muitos muitos poucos um 
Tipo de 
produto 
idêntico diferenciado 
idêntico/ 
diferenciado 
não existe/ 
substituto 
Existência de 
barreiras 
não não sim sim 
Lucro normal normal extraordinário extraordinário 
 
Tabela 3.1 – Características das estruturas de mercado
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2.4 - Estrutura de Mercado:
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O estudo da economia é feito sob dois enfoques: o da
microeconomia e o da macroeconomia.
I - Fenômenos microeconômicos
Abordam aspectos de unidadesindividuais da economia:
- O comportamento de consumidores, famílias, empresas;
- O ambiente no qual esses agentes
interagem.
2.5 - Micro e macroeconomia:
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II - Fenômenos macroeconômicos
Relacionam-se à explicação dos agregados ou globais:
- produção do país, contas do governo, contas externas etc.
2.5 - Micro e macroeconomia:
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2.5 - Micro e macroeconomia:
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2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica.
I - Pleno emprego.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
 
 
 
 
10,50 
 
10,00 
 
9,50 
 
9,00 
 
8,50 
 
 
10,48 
Taxa de desemprego: Brasil, 2003 a 2007 
10,20 
9,72 
 
9,22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8,92 
 
8,00 
2003 
 
2004 2005 2006 2007 
Figura 12 – Taxa de desemprego no Brasil (%)2
Fonte: IPEA
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2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica.
II - Crescimento econômico.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica.
III - Estabilidade de preços.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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2.6.1 - Objetivos de política macroeconômica.
IV - Distribuição mais igualitária de renda.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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A política macroeconômica envolve desempenho do governo
no conjunto da economia, visando o alcance das metas
macroeconômicas.
2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos:
I - Política fiscal:
Conjunto de medidas que envolvem a arrecadação de impostos
e os gastos públicos.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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I - Política fiscal:
- Seu uso deve objetivar a promoção do bem-estar da população
através de gastos em áreas de interesse social e do
financiamento desses gastos assentado em um sistema de
arrecadação tributária eficiente.
- A política fiscal pode ser expansionista ou restritiva.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos.
I.i - Política fiscal expansionista:
Objetiva expandir o nível de atividade econômica (benefícios
fiscais).
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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I.ii - Política fiscal restritiva:
Corresponde a um conjunto de medidas que envolvem impostos
e gastos do governo visando à contenção da atividade
econômica e ao desaquecimento (pressões inflacionárias).
Ex: corte nos gastos do governo ou um aumento da tributação.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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2.6.2 - Instrumentos Macroeconômicos.
II - Política monetária:
Refere-se ao conjunto de ações do governo que visa controlar a
quantidade de moeda e de títulos em circulação e a taxa de
juros.
- Diz-se que política monetária corresponde à atuação das
autoridades monetárias para regular a liquidez do sistema.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
II.I - Instrumentos de política monetária:
– Operações de Open Market:
Realizadas pelo Banco Central e que consistem em vender ou
comprar títulos públicos para alterar a quantidade de moeda
em circulação.
As operações de mercado aberto afetam a taxa de juros:
- compras de títulos reduzem e vendas de títulos aumentam a
taxa de juros.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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II.I - Instrumentos de política monetária:
– Operações de Redesconto:
Taxa cobrada por empréstimos realizados pelo Banco Central a
outros bancos; que pode também, regular a própria quantidade
de empréstimos que deixa à disposição dos bancos.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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II.I - Instrumentos de política monetária:
- Reservas ou depósitos compulsórios:
Correspondem a parcela dos depósitos à vista e de títulos
contábeis (cheques administrativos, depósitos em juízo etc.) que
os bancos são obrigados a reter ao Bacen.
Além de regular a quantidade de moeda que circula na
economia, são uma garantia de que os bancos terão reservas
suficientes para os saques dos clientes.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
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II.I - Instrumentos de política monetária:
- Regulamentação sobre o crédito e a taxa de juros::
O Bacen também controla diretamente a taxa de juros, o volume
de crédito e o prazo dos empréstimos bancários.
- Meta inflacionária (1999): a taxa de juros deve servir como
instrumento para que se alcance a meta predeterminada.
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
III - Política cambial e comercial:
São políticas focadas para o setor externo da economia.
Política cambial:
Refere-se à competência do governo de determinar a taxa de
câmbio, por meio do banco central.
A taxa de cambio pode ser estabelecida pelo mercado se assim o
governo determinar.
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2.6 - Políticas Econômicas: Monetária, Fiscal,
Cambial e de Rendas:
Política comercial:
Têm como instrumentos os estímulos à exportação, de incentivo
ou desestímulo às importações, por meio de instrumentos fiscais
e creditivos além dos obstáculos tarifários.
A política de rendas:
Está ligada à competência do governo de exercer na formação e
apropriação da riqueza, por meio da fixação dos salários e o
monitoramento dos preços.
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
O Sistema Financeiro Nacional é um conjunto de organizações
financeiras e instrumentos financeiros que tem como meta
regulamentar, fiscalizar e executar as ações relacionadas à
gestão da moeda e do crédito.
É conduzido por três órgãos normativos:
- Conselho Monetário Nacional
- Conselho Nacional de Seguros Privados.
- Conselho Nacional de Previdência Complementar.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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2.7.1 - Estrutura do sistema financeiro nacional:
O Sistema Financeiro Nacional é dividido em Subsistema de
Supervisão e Subsistema Operativo.
Subsistema de supervisão:
Sistema normativo constituído por instituições que determinam
as regras de funcionamento. Tem como função designar os
parâmetros para a intermediação financeira e controlar as
instituições operativas.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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O Subsistema de Supervisão tem a seguinte formação:
-Conselho Monetário Nacional;
-Banco Central do Brasil;
-Comissão de Valores Imobiliários;
-Superintendência de Seguros Privados;
-Secretaria de Previdência Complementar;
-Instituições Especiais (Banco do Brasil, BNDES e CEF).
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
- Subsistema operativo:
Sistema de mediação, sua função é tornar operacional a
transferência de recursos entre os poupadores e os tomadores, a
partir dos parâmetros estabelecidos pelo subsistema de
supervisão.2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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- Subsistema operativo:
É formado por:
-Instituições Financeiras Bancárias ou Monetárias;
-Instituições Financeiras não Bancárias ou não Monetárias;
-Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo;
-Agentes especiais;
-Intermediários Financeiros ou Auxiliares.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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2.7.2 - Autoridades do sistema financeiro nacional:
As autoridades do Sistema Financeiro Nacional podem ser
separadas em Autoridades Monetárias e Autoridades de Apoio.
Autoridades monetárias:
As Autoridades Monetárias são instituições responsáveis tanto
pela padronização quanto pela execução das operações
referentes ao envio de moeda.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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As principais Autoridades Monetárias no Brasil são:
- CMN: Conselho Monetário Nacional
Instituição superior do Sistema Financeiro Nacional.
Desempenha a função de órgão regulador e é responsável pela
definição das orientações da política monetária, creditícia e
cambial.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
- BACEN: Banco Central do Brasil
Tem o encargo de cumprir e fazer cumprir as normas que
conduzem o SFN enviadas pelo CMN. Atua como uma espécie de
defensor da moeda nacional, para assegurar o equilíbrio do
mercado financeiro e da economia do país.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
2.7.3 - Autoridades de apoio:
As Autoridades de Apoio são entidades que podem atuar tanto
como organizações financeiras normais, ajudando na execução
da política monetária, como na padronização de um setor
específico – como a Comissão de Valores Mobiliários.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
As principais Autoridades de apoio no Brasil são:
-CVM (Comissão de Valores Mobiliários): é um órgão normativo
voltado para o controle e desenvolvimento do mercado de
valores mobiliários.
-BB (Banco do Brasil): atua como agente financeiro do governo
federal, sendo o principal responsável dos serviços bancários de
interesse do governo.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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-BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social): Principal entidade financeira de fomento do Brasil.
- Impulsiona o crescimento econômico.
- Diminui desequilíbrios regionais.
- É o responsável de gerir o processo de privatização das
empresas estatais.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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-CEF (Caixa Econômica Federal): É a entidade financeira que
funciona como ferramenta governamental.
- Tornar operacional políticas federais para financiamento
habitacional e saneamento básico.
- É o banco de suporte ao trabalhador de baixa renda.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
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Instituições financeiras:
São pessoas jurídicas, públicas ou privadas que exercem a
intermediação financeira ou uso de recursos financeiros próprios
ou de terceiros, além de:
- Diminuir os riscos, viabilizando segurança e agilidade no
julgamento e intuição de melhores retornos.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
Os principais tipos de entidades financeiras são:
- Bancos Comerciais: intermediários financeiros que
transmitem recursos dos agentes superavitários para os
deficitários, e cria moeda por meio do efeito multiplicador.
- Bancos de Desenvolvimento: agentes de financiamento do
governo federal, apoiando empreendimentos e colaborando
no crescimento do país.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
- Cooperativas de Crédito: atuam em setores primários da
economia, possibilitando a comercialização dos produtos
rurais; ou atuam nas instituições oferecendo crédito aos
funcionários que colaboram para a manutenção da mesma.
- Bancos de Investimentos: agem na captação de recursos,
que são encaminhados a empréstimos e financiamentos.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
- Associações de Poupança e Empréstimo: sociedades civis em
que os membros têm direito à participação nos resultados e
tem como principal meta o financiamento imobiliário.
- Agências de Fomento: agem na concessão de financiamento
de capital fixo e capital de giro.
- Bancos Cooperativos: bancos comerciais que apareceram a
partir de cooperativas de crédito.
2.7 - Sistema Monetário e Financeiro:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
2.8.1 – PIB (Produto Interno Bruto):
Define a atividade econômica por meio do valor final de todos
os bens e serviços fornecidos em uma região e em uma janela
de tempo.
Assim, produtos intermediários e o comércio entre instituições,
que estejam no centro da cadeia de produção, são
desconsiderados.
2.8 - Inflação e PIB:
BASES DE GESTÃO PARA ENGENHARIA
2.8.1 - PIB:
O PIB descontado da inflação, ou PIB real, é preferível para essa
função de análise ao longo do tempo.
2.8 - Inflação e PIB:
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O cálculo do PIB é relativamente simples, sendo que o PIB
estabiliza variáveis interessantes, tais como:
- consumo privado final,
- parte do consumo público,
- investimentos privados (não a poupança para investimentos
futuros),
- exportações e importações (variável com sinal negativo).
2.8 - Inflação e PIB:
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2.8.2 - PIB Per Capita:
O PIB pode mostrar vieses ao longo do tempo em função de
diferentes variáveis, internas ou externas à região. Um fato
simples é a população.
O PIB per capita se divide o PIB nacional ou regional pela
população média do país ou da região naquele período.
2.8 - Inflação e PIB:
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2.8.3 - Produto Nacional Bruto (PNB):
O PNB interessa a perspectiva da propriedade dos elementos
de produção, sendo que também calcula a produção (somente
de cidadãos da região).
Ex.:
- Produção estrangeira dentro do país: faz parte do PIB, mas
não do PNB.
- Produção nacional fora do país: faz parte do PNB, mas não
do PIB.
2.8 - Inflação e PIB:
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A avaliação da qualidade de vida de uma população somente
por PIB, PNB ou PIB per capita não é possível (má distribuição
de renda).
2.8.4 - Renda pessoal disponível:
O indicador de renda pessoal que está à disposição (RPD)
mostra a parcela da renda das pessoas que é exercida pelo:
- Consumo.
- Poupança.
- Consumo futuro em bens de maior valor.
2.8 - Inflação e PIB:
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2.8.5 - Inflação: .
Diz respeito ao aumento do valor de bens e serviços com
relação à moeda; ou, em outras palavras, é a diminuição do
valor do bem moeda com relação a diferentes bens e serviços.
2.8 - Inflação e PIB:
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Indicadores de taxa de inflação:
I - IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) - IBGE.
II – INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) - IBGE.
III - IGPM ((Índice Geral de Preços de Mercado) - FGV.
IV - INCC (Índice Nacional da Construção Civil) – FGV/IBRE.
IV - IPC (Índice de Preços ao Consumidor) - FIPE.
2.8 - Inflação e PIB:
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Causas para Variação de Preços:
I - Sazonalidade: faz com que a oferta de produtos se modifique
ao longo do ano.
II - Problemas com o clima: podem acarretar problemas a
lavouras ou desabastecimento de outros produtos por erros
logístico.
III - Acidentes Ambientais: podem ocasionar um aumento
repentino na procura por água e medicamentos.
2.8 - Inflação e PIB:
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Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários:
I - Inflação de Demanda:
É aquela em que a causa do aumento de preços está relacionada
ao aumento do consumo de alguns bens.
- Neste caso, o aumento de preços está relacionado a uma
demanda superior à oferta de bens e serviços.
2.8 - Inflação e PIB:
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Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários:
II - Inflação de oferta:
Está relacionado à elevação nos custos de produção, seja devido
a aumentos salariais, escassez de mão de obra, pressão sindical,
adversidades climáticas, desvalorizações cambiais, etc.
2.8 - Inflação e PIB:
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Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários:
III - Inflação inercial:
Neste caso, a inflação passada contamina a inflação futura por
meio dos mecanismos de indexação (contratos de aluguéis, de
salários, reajuste de tarifas públicas, etc.).
2.8 - Inflação e PIB:
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Causas Determinantes dos Fenômenos Inflacionários:
IV - Inflação estrutural (inflação de oferta):
O aumento de preços está relacionado à estrutura dos países
subdesenvolvidos: a oferta de produtos é incapaz de satisfazer a
aumentos na demanda (oferta de alimentos inelástica), a
estrutura de mercado tem predominância de oligopólios, etc.
2.8 - Inflação e PIB:
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Custos da inflação:
- Redistribuição de riqueza e renda.
- Distorção dos preços relativos (destruição da informação).
- Desestímulo ao investimento produtivo.
- Dificulta contratos de longo prazo.
- Elevação de custos.
- Efeito sobre a balança comercial.
2.8 - Inflação e PIB:
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2.8.6 - Deflação:
A deflação é a descida generalizada do preço dos bens e dos
serviços num largo período de tempo.
- Deflação e Inflação:
A deflação é uma realidade inversa à inflação. Na deflação há
uma redução prolongada do índice de preços no consumidor.
2.8 - Inflação e PIB:
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- Deflação e Desinflação
A deflação é também diferente da desinflação, que equivale ao
abrandamento do ritmo do aumento de preços num processo
inflacionário.
- Causas da Deflação
A deflação pode ser criada pela redução da procura de certos
produtos ou serviços, pela oferta maior, ou então pelo menor
volume de moeda em circulação.
2.8 - Inflação e PIB:
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- Situação de Deflação e Consequências
Em uma situação de deflação as empresas e os consumidores
adiam as suas compras, com o intuito de serem beneficiados
pela baixa dos preços no futuro, o que leva a economia a
estagnar.
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2.8.7 - Outros indicadores:
Os indicadores econômicos devem ser analisados em conjunto
com outros para representar com maior eficácia a economia
como um todo.
- Indicadores de Emprego e Desemprego.
- Níveis de Poupança.
- Níveis de Confiança.
- Investimentos Públicos e Privados.
- Distribuição para o Consumo.
2.8 - Inflação e PIB:

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