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CCE0370 - Teoria das Estruturas I Aula 01 – Introdução Mapa Conceitual 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 2 Material didático e Bibliografia Maria Cascão Ferreira de Almeida, Estruturas Isostáticas, editora: Oficina de Textos, edição: 1, ano: 2009 MARTHA, L. F. C. R. Análise de estruturas: conceitos e métodos básicos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 3 • SAVA – Sala de Aula Virtual no SIA • http://apoio.nascimento.eng.br/teo_estruturas1/ 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 4 Usuário: aluno Senha: estacio FTOOL: www.tecgraf.puc-rio.br/ftool/ 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 5 Introdução a Análise de Estruturas (Material do Prof. Luiz Fernando Martha – PUC-Rio) • Processo do Projeto Estrutural – Concepção (arquitetônica) da obra Þ atendimento às necessidades funcionais e econômicas – Anteprojeto estrutural Þ plantas de forma (concreto armado) Þ orçamento – Análise Estrutural Þ previsão do comportamento da estrutura – Dimensionamento Þ verificação das hipóteses do anteprojeto – Detalhamento Þ especificação detalhada da construção – Documentação Þ informações necessárias para construção 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 6 Introdução a Análise de Estruturas (Material do Prof. Luiz Fernando Martha – PUC-Rio) • Análise Estrutural – É a etapa do projeto estrutural onde é feita uma previsão sobre o comportamento da estrutura. – Isto é uma simulação de como a estrutura responde a todas as solicitações. – Para esta simulação é criado um modelo matemático, denominado Modelo Estrutural. • Quatro níveis de abstração da estrutura na Análise Estrutural: 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 7 Modelo Discreto Estrutura Real Modelo Estrutural Modelo Computacional Métodos de Análise Implementação Idealização Estrutura Real Modelo estrutural bidimensional (fatia do prédio) (Concreto Armado Eu te amo, pag. 17) 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 8 Resultados da Análise Estrutural: – O comportamento estrutural é caracterizado por: – Deslocamentos e deformações – Esforços internos (momentos fletores, esforços normais, esforços cortantes, etc.) e tensões – Reações de apoio Configuração Deformada Diagrama de Momentos Fletores 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 9 Hipóteses (simplificações) adotadas na criação do Modelo Estrutural • Com respeito à geometria: Modelo de barras ou contínuo, modelo bi ou tridimensional, etc.? Como representar os elementos estruturais: vigas, pilares, lajes, etc.? • Sobre as condições de suporte: Como a estrutura se conecta com o meio externo? Que tipos de apoio considerar? • Com respeito ao comportamento dos materiais: Como representar matematicamente um material? • Sobre as solicitações: Como representar as cargas que atuam na estrutura? Quais são os tipos de solicitação: peso próprio, vento, cargas de ocupação de prédios, variação de temperatura? 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 10 Modelo de estruturas reticuladas • É o modelo de estruturas formadas por barras (elementos estruturais que têm um eixo claramente definido). Estes são os tipos mais comuns de estruturas, tais como a estrutura de uma cobertura ou o esqueleto de um edifício metálico. Mesmo em casos de estruturas nas quais nem todos os elementos estruturais podem ser considerados como barras (como é o caso de edifícios de concreto armado), é comum analisar o comportamento global ou parcial da estrutura utilizando-se um modelo de barras. • No caso de estruturas reticuladas, o modelo estrutural tem características que são bastante específicas. • O modelo matemático deste tipo de estrutura usa o fato de os elementos estruturais terem um eixo bem definido e está embasado na Teoria de Vigas de Navier, que rege o comportamento de membros estruturais que trabalham à flexão, acrescida de efeitos axiais e de torção. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 11 Classificação dos modelos de estruturas reticuladas • Quadro plano • 𝑥 - deslocamento na direção do eixo global X; • 𝑦 - deslocamento na direção do eixo global Y; • 𝑧 - rotação em torno do eixo global Z. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 12 X Y HA MA VA HB VB P q x CD x DD y CD y DD X Y z Cq z Dq z Bq Classificação dos modelos de estruturas reticuladas • Treliça plana • Ligações entre barras articuladas (rótulas) Þ as barras só estão solicitadas as esforços axiais (normais) 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 13 X Y N N Classificação dos modelos de estruturas reticuladas • Grelha • 𝑧 - deslocamento na direção do eixo global Z; • 𝑥 - rotação em torno do eixo global X; • 𝑦 - rotação em torno do eixo global Y. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 14 VA VB q zD X Y Z x AM y AM xq yq Comparação entre quadro plano e grelha 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 15 VA VB q zD X Y Z x AM y AM xq yq X Y HA MA VA HB VB P q x CD x DD y CD y DD X Y z Cq z Dq z Bq Quadro Plano Grelha Deslocamento em X x 0=x Deslocamento em Y y 0=y Deslocamento em Z 0=z z Rotação em torno de X 0=x x Rotação em torno de Y 0=y y Rotação em torno de Z z 0=z Classificação dos modelos de estruturas reticuladas • Quadro espacial • Cada ponto de um quadro espacial pode ter três componentes de deslocamento ∆&, ∆( 𝑒 ∆* e três componentes de rotação 𝜃&, 𝜃( 𝑒 𝜃* . 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 16 X Y Z zP xP yP zq Condições básicas da Análise Estrutural • As condições matemáticas que o modelo estrutural tem que satisfazer para representar adequadamente o comportamento da estrutura real podem ser dividas nos seguintes grupos: • Condições de equilíbrio. São condições que garantem o equilíbrio estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura como um todo. • Condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações. São condições geométricas que devem ser satisfeitas para garantir que a estrutura, ao se deformar, permaneça contínua (sem vazios ou sobreposição de pontos) e compatível com seus vínculos externos. Tipos de condições de compatibilidade: – Continuidade interna • No interior das barras • Nas ligações das barras – Compatibilidade externa (modelo tem que satisfazer as condições de suporte adotadas). • Condições sobre o comportamento dos materiais que compõem a estrutura (leis constitutivas dos materiais) 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 17 Princípios físicos básicos para as condições de equilíbrio • As condições de equilíbrio garantem o equilíbrio estático de qualquer porção isolada da estrutura ou da estrutura como um todo. Elas estão baseadas nas três leis de Newton: – 1ª Lei de Newton (Princípio da Inércia): “Todo corpo permanece em seu estado de repouso ou de movimentos retilíneo uniforme até que uma ação externa, não equilibrada, atue sobre ele.” – 2ª Lei de Newton: “A partir do momento em que o corpo ficar submetido à ação de uma força resultante F, o corpo irá adquirir uma aceleração a, de tal forma F = ma, sendo m a massa do corpo.” – 3ª Lei de Newton: “A toda ação corresponde uma reação de mesma intensidade e de sentido contrário.” 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 18 Unidades de força 1 N (Newton) é a força cuja intensidade é capaz de deslocar uma massa de 1 kg com a aceleração de 1m/seg2. 1 kN (kilo-Newton) = 1000 N. 1 kgf (kilograma-força) é a força cuja intensidade é capaz de deslocar uma massa de 1 kg com a aceleração da gravidade: 1 kgf = kg g. Para conversão, será adotada a aceleração da gravidade g = 10 m/seg2. 1 kgf = 10 N. 1 tf (tonelada-força) é a força cuja intensidade é capaz de deslocar uma massa de 1 tonelada (1000 kg) com a aceleração da gravidade: 1 tf = 1000 kg g = 1000 kgf 1 tf = 10 kN. Discussão sobre as leis de Newton no contexto da análise de estruturas • Estruturas civis estão sempre em estado de repouso (velocidade e aceleração nulas). Portanto, “a força resultante em uma estrutura deve ser nula”. • Lembre-se que uma força é uma grandeza vetorial, com intensidade, direção e sentido. • Para o caso de quadros planos, a imposição de resultante de força nula fornece duas condições para o equilíbrio global da estrutura: 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 19 Discussão sobre as leis de Newton no contexto da análise de estruturas • Uma estrutura tem dimensões grandes e tem comportamento diferente de uma partícula sem dimensão. • Além disso, as cargas atuam em uma estrutura em vários pontos de aplicação. Nesse caso, a ação à distância de uma força deve ser considerada. • O efeito de uma força F atuando à distância h é chamado de momento: M = F x h 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 20 Discussão sobre as leis de Newton no contexto da análise de estruturas • Assim, a 2ª lei de Newton, para estruturas em repouso, pode ser estendida para momentos: “o momento resultante em uma estrutura deve ser nulo”. No caso de quadros planos, isso resulta em mais uma condição para o equilíbrio global da estrutura: • Essa condição de equilíbrio garante que o corpo não vai girar: 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 21 Estruturas civis se deformam quando submetidas a solicitações (cargas, etc.). Mas as deformações e os deslocamentos de estruturas são muito pequenos, a ponto de serem desprezados quando são impostas condições de equilíbrio. Isto é, as condições de equilíbrio são impostas para a geometria original (indeformada) da estrutura. Esta hipótese é chamada de hipótese de pequenos deslocamentos. A 3ª lei de Newton (princípio de ação e reação) é aplicável a todas as estruturas recebendo cargas e que estejam em equilíbrio. Esse princípio vale para forças em qualquer direção e para momentos. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 22 As 2ª e 3ª leis de Newton também se aplicam para qualquer porção isolada da estrutura. Isto é, qualquer barra, qualquer nó ou qualquer trecho da estrutura tem que isoladamente satisfazer as condições de equilíbrio. Isso vai resultar no conceito de esforço interno. Veja, por exemplo, o esforço interno axial em um cabo: • Tração de um cabo • Esforço interno axial (esforço normal) 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 23 Mais adiante os esforços internos vão ser definidos para cada tipo de modelo estrutural: quadro plano, treliças, grelhas e quadros espaciais. Vínculos externos (restrições de apoio) • Em um modelo estrutural, as ligações com o meio externo têm que ser especificadas. • Isso é feito através de restrições de apoios, também denominadas vínculos externos. • Em um quadro plano, um apoio pode restringir o deslocamento horizontal 𝒙, o deslocamento vertical 𝒚, ou a rotação 𝒛 no ponto da estrutura onde está posicionado. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 24 Lembre-se que:𝑥 - deslocamento na direção do eixo global X;𝑦 - deslocamento na direção do eixo global Y;𝑧 - rotação em torno do eixo global Z. Vínculos externos (restrições de apoio) • Um apoio pode impedir cada componente de deslocamento ou rotação em separado, aos pares, ou todos juntos. Os tipos mais comuns de apoios estão indicados abaixo, onde também estão indicadas as suas representações no modelo estrutural. Estrutura Real Representação Representação (Concreto Armado Eu te amo) (adotada) 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 25 SIMBOLOGIA E RESTRIÇÕES IMPOSTAS • Reações de apoio – Cada restrição de apoio está associada a uma reação de apoio, que é a força ou momento que o vínculo externo exerce sobre a estrutura. – O impedimento a um deslocamento está associado ao aparecimento de uma reação força. – O impedimento de uma rotação está associado ao aparecimento de uma reação momento. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 26 Reações de apoio • Um apoio do 1º gênero está associado a uma reação força vertical. • Um apoio do 2º gênero está associado está associado a uma reação força horizontal e uma reação força vertical. • Um engaste está associado a três reações de apoio: uma reação força horizontal, uma reação força vertical e uma reação momento: 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 27 q q VA HA VB VA HA MA VB HB Aplicação das condições de equilíbrio para determinação de reações de apoio • Conforme dito anteriormente, um dos objetivos da Análise Estrutural é a determinação das reações de apoio de uma estrutura. • De uma maneira geral, para se calcular as reações de apoio é necessário considerar todos as condições matemáticas que o modelo estrutural tem que atender: condições de equilíbrio, leis constitutivas dos materiais e condições de compatibilidade entre deslocamentos e deformações. • Entretanto, existe um caso especial de estruturas para as quais é possível determinar as reações de apoio (e também os esforços internos) utilizando apenas condições de equilíbrio. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 28 Aplicação das condições de equilíbrio para determinação de reações de apoio • Esses tipos de estruturas são denominados estruturas isostáticas. • O caso mais geral de estruturas é o de estruturas hiperestáticas, para as quais só é possível determinar reações de apoio utilizando todas as condições do modelo: equilíbrio, leis constitutivas e compatibilidade. A análise de estruturas hiperestáticas é bem mais complexa do que a análise de estruturas isostáticas. • A determinação de reações de apoio é considerada apenas para estruturas isostáticas. • Os exemplos estudados são de vigas horizontais e barras verticais ou inclinadas, que se enquadram como modelos de quadros planos. Para esses tipos de modelos estruturais, existem três equações de equilíbrio disponíveis. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 29 Aplicação das condições de equilíbrio para determinação de reações de apoio • Portanto, a condição para que quadros planos sejam isostáticos é que tenham apenas três reações de apoio. • Deve-se salientar que a presença de articulações internas (rótulas) acarreta equações de equilíbrio adicionais (isso será visto mais tarde). • Portanto, um quadro plano isostático pode ter mais do que três reações de apoio quando tiver rótulas. 2 August 2017 CCE0370 - Teoria das Estruturas I 30
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