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Fluroscopia Digital Prof. Msc. David Sousa x • O tubo intensificador de imagem serve como receptor da imagem fluoroscópica. Esses tubos costumam ser acoplados eletronicamente a um monitor de televisão a fim de serem vistos remotamente, conforme descrito no. • A fluoroscopia digital (FD) é um sistema de imagem de raios X digital que produz imagens dinâmicas com um feixe de raios X de área. • A diferença entre fluoroscopia convencional e FD é a natureza da imagem e a forma como ela é digitalizada. x • Os grupos de pesquisa em física médica da Universidade de Wisconsin e da Universidade do Arizona iniciaram, independentemente, estudos sobre fluoroscopia digital (FD) na década de 70. Esses estudos foram continuados pelos grupos, de pesquisa e desenvolvimento, da maioria dos fabricantes de equipamentos de raios X. • A estratégia consistia em usar o equipamento de fluoroscopia enquanto se colocava um computador entre a câmera e o monitor da televisão. O sinal de vídeo que sai da câmera de televisão passa pelo computador, que as manipula de várias maneiras, e transmite para o monitor da televisão, pronto para visualização. • As vantagens da FD em comparação à fluoroscopia convencional são velocidade de aquisição da imagem e pós-processamento para aumentar o contraste da imagem. • Os primeiros pesquisadores da FD provaram que subtrações de imagem de alto contraste podem ser obtidas, quase instantaneamente, depois da injeção de meios de contraste. Embora o caminho intravenoso seja ainda usado, injeções intra-arteriais são também usadas em FD. • Às vezes, descreve-se uma matriz de imagem 1024 × 1024 como um sistema de 1.000 linhas. Em FD, determina-se a resolução espacial tanto pela matriz de imagem quanto pelo tamanho do intensificador de imagem. A resolução espacial é limitada pelo tamanho do pixel. x • A Figura 27-4 mostra a representação de um console de operação para sistema de imagem FD. Esses consoles possuem funções alfanuméricas e teclas de funções especiais no módulo direito para entrada de dados do paciente e comunicação com o computador. • A parte direita do console contém teclas com funções adicionais para aquisição de dados e exibição de imagem. • O módulo direito também dispõe de controle interativo de vídeo e um bloco para manipulação do cursor para indicar uma região de interesse para manipulação (ROI, region of interest). • Outros sistemas usam trackball, joystick ou um mouse instalado no bloco. Pelo menos, dois monitores são usados. Os monitores da direita são usados para editar os dados do paciente e do exame e para registrar a imagem final. O monitor da esquerda exibe as imagens subtraídas. x • Durante a FD, o tubo de raios X que se encontra embaixo da mesa opera em modo radiográfico. Mede-se a corrente no tubo em centenas de mA em vez de um valor abaixo de 5 mA, como em um equipamento de fluoroscopia de imagem intensificada. • Entretanto, isso não é um problema. Se o tubo estivesse funcionando continuamente, ele poderia ser danificado, por causa da sobrecarga térmica, e a dose no paciente poderia ser excessivamente alta. • Obtêm-se imagens de FD pulsando-se o feixe de raios X de uma maneira chamada fluoroscopia de pulso progressivo, conforme mostra a Figura 27-5. x • Taxas de aquisição de uma a dez imagens por segundo são comuns em muitos exames. • Como 33 ms são necessários para produzir um sinal de imagem de vídeo, então grandes exposições aos raios X podem resultar em uma desnecessária dose no paciente. Isso é uma limitação teórica, e grandes exposições podem ser necessárias para assegurar um nível baixo de ruído e uma melhor qualidade da imagem. • Se uma placa plana é o receptor de imagem fluoroscópica instalado no tubo II, os tempos de exposição aos raios X podem ser variados continuamente para até mesmo favorecer uma maior redução na dose do paciente. • Cada vez que a placa plana é exposta, isto é, “lida” imediatamente, projeta-se a imagem até aparecer a próxima. x • Desse modo, o gerador de raios X deve ser capaz de alternar on (ligado) e off (desligado) muito rapidamente. O tempo necessário para o tubo de raios X ser alterado para on (ligado) e alcançar os níveis de kVp e mA selecionado é chamado de tempo de apuração. • O tempo necessário para o tubo de raios X ser alterado para off (desligado) é chamado tempo de extinção (Fig. 27-5). Sistemas FD devem incorporar geradores de alta frequência com tempos de interrogação e extinção abaixo de 1 ms. • A fração de tempo que o tubo de raios X está energizado é chamada de ciclo ativo. A Figura 27-5 mostra que o tubo de raios X fica energizado por 100 ms a cada segundo. Isto representa 10% do ciclo ativo. • Esta característica de pulso progressivo da FD pode resultar em uma significativa redução de dose de radiação no paciente • IMAGEM CAPTURADA • Dispositivo de Carga Acoplada • Uma grande mudança da fluoroscopia convencional para a FD é o uso de dispositivos de carga acoplada (DCA) em vez do tubo da câmera de televisão. x • As demandas das imagens médicas são muito mais rigorosas que essas aplicações. • Isto explica o porquê das aplicações do DCA em fluoroscopia serem desenvolvidas apenas recentemente. • O componente sensível do DCA é a camada de silicone cristalino. • Quando se ilumina esse silicone, gera-se uma carga elétrica, que é então verificada pixel por pixel e manipulada para produzir uma imagem digital. Tubo Intensificador de imagem e características físicas. • O intensificador de imagem é o componente da cadeia de imagem que diferencia um equipamento fluoroscópico de um radiográfico. • Sistemas de fluoroscopia usam intensificadores de imagem para converter uma imagem de baixa intensidade em uma imagem minimizada de alta intensidade de brilho. • Este dispositivo é responsável pela transformação dos fótons de raios X em um sinal luminoso. • Os principais componentes de um tubo intensificador de imagem são: • Tela fluorescente de entrada: composta de cristais de CsI ativado com sódio (15- 40 cm de diâmetro) que converte os fótons de raios X em luz visível; • Fotocátodo: fina camada de compostos de Cs e Sb, de onde são liberados elétrons por fotoemissão; • Lentes eletrostáticas: Entre o fotocatodo e o anodo é aplicada uma diferença de potencial para que os elétrons emitidos pelo fotocatodo sejam acelerados em direção ao anodo. À medida que os elétrons passam pelo tubo intensificador, estes são multiplicados milhares de vezes em relação ao número original, através do uso de lentes eletrostáticas no tubo. As lentes eletrostáticas são placas de metal positivamente carregadas que focam e aceleram os elétrons até a tela de saída2,17. • Anodo: placa carregada positivamente que atrai os elétrons até a tela de saída. Diferença de potencial ente anodo e catodo: 25- 35 kV; • Tela fluorescente de saída: peça de vidro ou alumínio de 2,54 cm de diâmetro, coberta com fina camada de sulfeto de Cd e Zn. Emite luz (amarelo/verde) de 500- 650 nm. x • Observe que o dispositivo na Figura 27-9 está rotulado como “sensor SBA”. Com uma lente acoplada ao DCA, um feixe de luz é medido e usado para direcionar o sistema estabilizador de brilho automático (SBA). Quando o DCA está acoplado ao intensificador de imagem, o sinal DCA completo é verificado e direciona o sistema SBA. • • A principal vantagem do DCA em muitas aplicações, tal como em uma filmadora, é seu pequeno tamanho e rugosidade. Outras vantagens importantes em imagensmédicas estão listadas no Quadro 27-1. QUADRO 27-1 Vantagens do Dispositivo de Carga Acoplada para Imagens Médicas • Alta resolução espacial • Alta taxa de sinal-ruído • Alta eficiência quântica de detecção (EQD) • Não requer aquecimento • Não atrasa nem “floresce” a imagem • Não apresenta distorção espacial • Não exige manutenção • Vida ilimitada • Impassível a campos magnéticos • Apresenta resposta linear • Baixa dose no paciente Receptor de Imagem de Placa Plana • A melhoria posterior neste tipo de imagem de FD foi desenvolvida rapidamente: receptores de imagem de placa plana (RITPs) são compostos de iodeto de césio (CsI)/amorfo e detectores de silício, conforme descrito no Capítulo 26 para a radiografia digital. Logo, todos os tubos de câmera de televisão serão substituídos pelos DCAs, e os DCAs começarão a ser substituídos pelos RITPs. • Um RITP instalado em um sistema fluoroscópico é mostrado na Figura 27-11. Várias características são imediatamente identificáveis. • O RITP é muito menor e mais leve que o intensificador de imagem, podendo ser manipulado mais facilmente. A sala de imagem com RITP promove fácil manipulação do paciente e movimentação dos radiologistas e tecnólogos em radiologia, e não necessita de cassetes radiográficos. • Entretanto, facilidade de uso não é a principal razão pela qual o RITP prevalecerá como o equipamento de fluoroscopia digital do futuro. O Quadro 27-2 lista algumas vantagens do RITP sobre o intensificador de imagem fluoroscópico. • EXIBIÇÃO DA IMAGEM Sistema de Vídeo • O sistema de vídeo usado em fluoroscopia convencional costuma ser um de 525 linhas. Ele é inadequado para a FD. • O vídeo convencional tem duas limitações que restringem sua aplicação em técnicas digitais. Primeiro, o modo entrelaçado de leitura e o alvo da câmera de televisão podem degradar significativamente uma imagem digitalizada. Segundo, o tubo de câmera de televisão convencional é relativamente ruidoso. Eles têm um RSR de cerca de 200:1, enquanto se necessita de um RSR de 1.000:1 na FD. • Na FD, o tubo de câmera de televisão lê em modo progressivo. Quando o sinal de vídeo é lido em modo progressivo, o feixe de elétrons do tubo da câmera de televisão alcança o conjunto-alvo continuamente desde o início até o fim em 33 ms (Fig. 27-13).
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