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ARTIGOS RAA E DEF TECOMAT

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Minimize os riscos de fissuração em elementos de concreto nas fundações
Postado em: 21/01/2016
Desde 2005, quando começaram a ser realizadas inspeções em edifícios de múltiplos pavimentos no Recife, tem se observado uma incidência muito grande de casos de deterioração dos elementos de concreto em fundações. As patologias têm comumente degradado blocos de coroamento, sapatas ou qualquer produto de concreto armado ou simples com características massivas (que possuem menor relação entre a área de dissipação de calor e seu volume, cuja menor dimensão é superior a 0,80 cm). 
Até o momento não existem relatos de estruturas que colapsaram devido a mecanismos de deterioração, já que eles evoluem gradativamente, possibilitando que se façam reparos e reforços estruturais para garantir a estabilidade da estrutura. “Quando o construtor se depara com o problema, no entanto, ele deve avaliar de pronto uma alternativa de reabilitação, inclusive para que não haja necessidade de intervenções emergenciais e para que os custos das correções sejam menores”, alerta o consultor da Tecomat, Tibério Andrade. 
Até então, os casos mais diagnosticados no Recife foram da Reação Álcali Agregado – RAA. Eles, inclusive, serviram de referência para a elaboração da NBR 15577/2008, que trata do assunto. A novidade é que recentemente foram detectadas patologias que surgiram precocemente, antes mesmo de o empreendimento ter sido entregue aos proprietários. “Isso é totalmente incompatível com o que se conhece da RAA, em que a reação e a expansão são lentas. Com isso surgiu a suspeita de outro mecanismo, menos comum, chamado DEF – Formação da Etringita Tardia”, afirma Tibério Andrade. 
A informação é decorrente de um estudo avançado que utilizou técnicas de microanálise estrutural do concreto, dos agregados, cimentos e das adições minerais, realizado na Universidade Federal da Paraíba - UFPB, em parceria com o consultor. O DEF está associado à existência de temperaturas elevadas nas primeiras horas após a concretagem, devido ao calor gerado e acumulado nos elementos massivos. Segundo Andrade, o primeiro caso do mecanismo foi identificado na década de 70, mas até o momento nenhuma norma técnica brasileira o contempla, o que dificulta seu conhecimento e a forma de mitigar o problema. “Mas estamos conseguindo avançar no estado d’arte desse mecanismo, bem como da RAA, através dessas análises junto à UFPB, que envolvem especialistas nas áreas de materiais, informática, elétrica e mecânica”, opina. 
Elementos de fundação propícios a serem degradados por mecanismos endógenos, como a RAA e a DEF, são aqueles que se encontram abaixo do solo, em contato permanente com a água. Nesses elementos,passa a ter uma importância grande,o consumo e o tipo de cimento utilizado, o calor gerado, e a reatividade potencial do agregado. Para o consultor Tibério Andrade, a NBR 6118, que é utilizada pelos projetistas para dimensionamento das estruturas de concreto, é omissa em seus dois capítulos referentes à durabilidade do concreto. “Ela não dá ênfase a esses mecanismos de deterioração e isso dificulta a percepção dos projetistas, que são os responsáveis pela especificação do concreto em projeto,, acerca do problema de fissuração dos elementos de concreto nas fundações”, explica. A atenuação do problema passa, primeiramente, pela inclusão desse mecanismo nas normas brasileiras relativas a concreto armado, informando como ele atua e quais as ações que poderiam ser tomadas para mitigá-lo, ressaltando a vulnerabilidade dos elementos massivos em contato permanente com a água a esse mecanismo.
Monitoramento das Fundações da Tecomat pode evitar surgimento de patologias
Postado em: 20/04/2015
A construção civil local tem desenvolvido alguns procedimentos técnicos quanto à execução das estruturas de concreto que devem ser repensadas no que tange às fundações. Desde 2004, ano em que se começou a ter conhecimento dos inúmeros casos de Reação Álcali Agregado (RAA) em edifícios e outras edificações do Recife, a resistência do concreto foi gradativamente elevada nos projetos, sendo comum em nossa cidade o emprego de fcks 40, 45 e até mesmo 50 MPa em blocos de fundação. Esse aumento se deve, em parte, a conceitos de durabilidade, que define que quanto menor a relação água/cimento e maior a resistência do concreto, menos permeável e mais durável é o concreto, como também se deve à necessidade de resistências mais elevadas, em função das maiores cargas atuantes nos pilares, em prédios cada vez mais altos na cidade do Recife. Essa redução da relação água/cimento e aumento da resistência dos concretos levam invariavelmente ao aumento do consumo de cimento. 
De outro lado, os blocos de coroamento, que podem ser classificados como elementos massivos, possuem naturalmente maior dificuldade de dissiparem o calor gerado pela hidratação do cimento, sendo que, quanto maior o consumo maior será esse calor. A massividade das peças de concreto está relacionada ao seu volume, como também a geometria da peça. Começou-se a aumentar o fck por uma questão de durabilidade, muito relacionado à corrosão de armaduras, que é o principal mecanismo de deterioração do concreto, que em peças enterradas, com excesso de umidade no solo, não passa a ser um grande problema em função de que o mecanismo de corrosão não é favorecido. “Mas na hora em que se começa a aumentar o fck em um elemento massivo, como os blocos, eles chegam facilmente a 80, 85 ou até mesmo 90oC, o que não é bom do ponto de vista técnico para o concreto, porque favorece o desenvolvimento de RAA e de outro mecanismo de expansão interna chamado Formação de Etringita Tardia (Delayed Etringita Formation - DEF)”, explica o consultor da Tecomat Engenharia, Tibério Andrade.
Para o especialista em concreto, deve-se ter um cuidado maior com a massividade. Por conta disso, a Tecomat tem realizado o monitoramento de fundações em várias obras. Primeiramente, ainda na fase de projeto, deve-se estabelecer um fck de projeto em consenso com o engenheiro projetista, que atenda às necessidades do cálculo estrutural – mas que se tente fixar em 30 ou 35 MPa. Em seguida, é feito o acompanhamento técnico da produção do concreto na concreteira, para que se consiga obter o fck desejado com o menor consumo de cimento possível. “Para isso, é preciso trabalhar com tecnologia do concreto, com o uso de adições minerais, de aditivos super plastificantes, de um mix de aditivos que tente reduzir o consumo de cimento”, afirma o consultor Tibério Andrade. 
Posteriormente, a equipe da Tecomat acompanha a execução da fundação, para monitorar as temperaturas e, se preciso, sugerir soluções que venham a dissipar o calor, como o uso de gelo e a concretagem em camadas. “Tudo isso é para não elevar muito a temperatura e minimizar as patologias relacionadas, não com as armaduras, mas com o concreto”, alerta Andrade.

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