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AS FONTES DO DIREITO Definições estruturadas

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AS FONTES DO DIREITO: Definições estruturadas.
MENEZES NETO, José Amaury de [1: Graduando do Curso Tecnológico de Serviços Jurídicos e Notariais do Centro Universitário Internacional – UNINTER - GO, amaurymenezesneto@gmail.com]
INTRODUÇÃO 
Neste trabalho, serão definidas as fontes do direito de forma estruturada e ordenada de modo de maior importância a partir de um entendimento pessoal.
ORDEM DE IMPORTÂNCIA DAS FONTES E SUAS DEFINIÇÕES
Emprega-se o termo “fonte do direito” como equivalente ao fundamento de validade da ordem jurídica. A teoria kelseniana, por postular a pureza metódica da ciência jurídica, libera-a da análise de aspectos fáticos, teleológicos, morais ou políticos que, porventura, estejam ligados ao direito. Com isso essa doutrina designa como “fonte” o fundamento de validade jurídico-positiva da norma jurídica, confundindo a problemática das fontes jurídicas com a noção de validez das normas de direito. O fundamento de validade de uma norma, como assevera Kelsen, apenas pode ser a validez de uma outra, figurativamente denominada norma superior, por confronto com uma norma que é, em relação a ela, inferior. Logo, é fonte jurídica a norma superior que regula a produção da norma inferior. A fonte jurídica só pode ser o direito, pelo fato de que ele regula a sua própria criação, já que a norma inferior só será válida quando for criada por órgão competente e segundo certo procedimento previsto em norma superior. Para essa concepção, entende-se, também por fonte jurídica a norma hipotética fundamental que confere o fundamento último de validade da ordem jurídica, por ser impossível encontrar na ordenação jurídica o fundamento positivo para a Constituição. Essa norma básica foi, por Kelsen, designada constituição no sentido lógico-jurídico, diferenciando-a assim da Constituição em sentido lógico-positivo. Essa norma fundamental diz apenas que se deve obedecer ao poder que estabelece a ordem jurídica, mantendo a ideia de que uma norma somente pode originar-se de outra, da qual retira sua validez. [2: KELSEN, Hans. Teoria pura do direito, p. 84; SAMPAIO, Nelson de Souza. Fontes do direito-II. Enciclopédia Saraiva do direito, p. 52 e 53; DINIZ, Maria Helena. A ciência jurídica, pp. 18 e ss., 145 e ss., 155 e 156.]
Seguindo essa linha de raciocínio, segue a ordem e as definições das fontes de direito.
Lei constitucional – Sobrepondo-se a todas as demais normas integrantes do ordenamento jurídico. 
(i) consagrar um sistema de garantia da liberdade (esta essencialmente concebida no sentido do reconhecimento dos direitos individuais e da participação do cidadão nos atos do poder legislativo através dos Parlamentos); (ii) a constituição contém o princípio da divisão de poderes, no sentido de garantia orgânica contra os abusos dos poderes estaduais; (iii) a constituição deve ser escrita. (J. J. GOMES CANOTILHO – Direito Constitucional, p. 62-63.)
Jurisprudência – Pela palavra "jurisprudência" (stricto sensu) devemos entender a forma de revelação do direito que se processa através do exercício da jurisdição, em virtude de uma sucessão harmônica de decisões dos tribunais. É a razão pela qual o Direito jurisprudencial não se forma através de uma ou três sentenças, mas exige uma série de julgados que guardem, entre si, uma linha essencial de continuidade e coerência. Para que se possa falar em jurisprudência de um Tribunal, é necessário certo número de decisões que coincidam quanto à substância das questões objeto de seu pronunciamento. Se uma regra é no fundo, a sua interpretação, isto é, aquilo que se diz ser o seu significado, não há como negar à Jurisprudência a categoria de fonte do Direito, visto como ao juiz é dado amar de obrigatoriedade aquilo que declara ser ”de direito” no caso concreto. O magistrado em suma interpreta a norma legal situada numa “estrutura de poder”, que lhe confere competência para converter em sentença, que é uma norma particular, o seu entendimento da lei.[3: REALE, Miguel. Lições Preliminares de direito, p. 158 – 160.]
Atividade científico jurídica: A Doutrina – O direito científico compõe-se de estudos e teorias, desenvolvidas pelos juristas, com o objetivo de sistematizar e interpretar as normas vigentes e de conceber novos institutos jurídicos, reclamados pelo momento histórico. É acervo de conhecimentos resultados da experiência de juristas, mestres de jurisprudência e dos juízes. Tais estudos, localizam-se nos tratados, monografias, teses e sentenças dos mais sábios juízes. A doutrina deriva de obra cientifica dos juristas comentando as leis, os costumes, a jurisprudência, construindo um sistema jurídico coerente.[4: Nader, p. 181]
Poder Negocial – Entre as normas particulares, assim chamadas por só ligarem os participantes da relação jurídica, estão as normas negociais e, dentre estas, por sua fundamental importância, as normas contratuais, comumente denominadas cláusulas contratuais. Nada impede que as partes constituam estruturas negociais atípicas, isto é, não correspondentes aos tipos normativos elaborados pelo legislador. Muito frequente é, outrossim, a combinação de dois ou mais modelos normativos, bem como modificações nos esquemas consagrados nas leis, a fim de melhor atender às múltiplas e imprevistas exigências da vida contemporânea, tanto no plano interno, como no internacional.[5: REALE, Miguel. Lições Preliminares de direito, p. 169 – 170.]
Prática consuetudinária: O Costume – Dentre as mais antigas formas de expressão do direito temos o costume. A lei, por mais extensa que seja em suas generalizações, por mais que se desdobre em artigos, parágrafos e incisos, nunca poderá conter toda a infinidade de relações emergentes da vida social que necessitam de uma garantia jurídica, devido à grande exuberância da realidade, tão variável de lugar para lugar, de povo para povo. Por isso, ante a insuficiência legal, é mister manter a seu lado, quando for omissa e quando impossível sua extensão analógica, as fontes subsidiárias do direito que revelem o jurídico.[6: SILVEIRA, Alípio. O costume jurídico no direito brasileiro, pp. 631-632; DE DIEGO, Clemente. Fuentes del derecho civil español, pp. 285-287.]
Lei complementar – Alusiva à estrutura estatal ou aos serviços do Estado, constituindo as leis de organização básica, cuja matéria está prevista na Constituição e, para sua existência, exige-se o quórum qualificado do art. 69 da Constituição Federal, ou seja, a maioria absoluta nas duas Casas do Congresso Nacional, para que não seja fruto de uma minoria. Fundamentação: Artigos 7º, I; 14, §9º; 18, §§ 2º, 3º e 4º; 21, IV; 22, parágrafo único; 23, parágrafo único; 25, §3º; 59, II e parágrafo único; 61; 69, entre outros, da Constituição Federal.
Lei ordinária – Editada pelo Poder Legislativo da União, Estados e Municípios, no campo de suas competências constitucionais, com a sanção do chefe do Executivo. Complementa as normas constitucionais que não forem regulamentadas por lei complementar, decretos legislativos e resoluções. Deve ser aprovada por maioria simples, ou seja, pela maioria dos presentes à reunião ou sessão da Casa Legislativa respectiva no dia da votação. Fundamentação: Artigos 59, III; e 61; da Constituição Federal.
Lei delegada – Estando no mesmo plano da lei ordinária, como pondera Michel Temer, deriva de exceção ao princípio do art. 2º da Constituição Federal. A lei delegada é elaborada e editada pelo Presidente da República (delegação externa corporis-CD/1988, art. 68, §2º), por Comissão do Congresso Nacional ou de qualquer de suas Casas (delegação interna corporis-CF/1988, art. 68), em razão de permissão do Poder Legislativo e nos limites postos por este. A lei delegada tem restrições e não pode ter como seu objeto, por exemplo, as seguintes matérias: a) atos de competência exclusiva do Congresso Nacional; b) matéria reservada a lei complementar; c) legislação sobre planos plurianuais; d) diretrizes orçamentárias e orçamentos. Fundamentação: Artigos 59, inciso IV;e 68, ambos da Constituição Federal.[7: TEMER, Michel. Elementos de direito constitucional, pp. 166 e 167]
Medidas provisórias – Estão no mesmo escalão hierárquico da lei ordinária, embora não sejam leis. São normas expedidas pelo Presidente da República, no exercício de competência constitucional (CF, art. 84, XXVI) em caso de relevância do interesse público e urgência. As medidas provisórias terão força de lei e deverão ser submetidas de imediato à apreciação do Congresso Nacional. O Plenário de cada uma das casas do Congresso verificará se os pressupostos constitucionais de urgência e relevância da medida foram observados, sendo que em caso afirmativo a medida será transformada em lei. Fundamentação: Art. 62 da CF.
Decreto legislativo – É norma aprovada por maioria simples pelo Congresso, sobre matéria de sua exclusiva competência (CF, art. 49), como ratificação de tratados e convenções internacionais e de convênios interestaduais, julgamento de contas do Presidente da República etc. Em suma, ele constitui ato normativo primário veiculador da competência exclusiva do Congresso Nacional, cujo procedimento é disciplinado pelo próprio Congresso, já que não está previsto na Constituição. Fundamentação: Art. 59, VI da CF.
Resolução do Senado – Têm força de lei ordinária, por serem deliberações de uma das Câmaras, do Poder Legislativo ou do próprio Congresso Nacional sobre assuntos do seu peculiar interesse, como questões concernentes à licença ou perda de cargo por deputado ou senador, à fixação de subsídios, à determinação de limites máximos das alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação (CF, art. 155, II, e § 2º, IV), por proposta de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos senadores.
Decreto regulamentar – São normas jurídicas gerais, abstratas e impessoais estabelecidas pelo Poder Executivo da União, dos Estados ou Municípios, para desenvolver uma lei, minudenciando suas disposições, facilitando sua execução ou aplicação.
Poder normativo dos grupos sociais – Não é apenas o poder estatal que é fonte de normas de direito; também o são as associações de pessoas que se encontram dentro das fronteiras do Estado, mas é a sociedade política que confere efetividade à disciplina normativa das instituições menores. É ele que condiciona a criação das outras normas jurídicas, que não existem fora da sociedade política. A organização rudimentar de homens em sociedade para alcançar o seu bem comum corresponde a um Estado in fieri - a sociedade política. Logo, vários são os grupos, mas todos pertencem a uma sociedade global, que é a sociedade política; múltiplas são as ordenações jurídicas (direito estatutário, direito esportivo e direito religioso), mas todas são vistas como partes de uma mesma ordem jurídica. Assim sendo, é necessário que as normas dos agrupamentos sociais ocupem um lugar apropriado no ordenamento jurídico da sociedade política.[8: DINIZ, Maria Helena. Fontes do Direito. Enciclopédia Jurídica da PUCSP - 2017]
Instruções ministeriais – Previstas na Constituição Federal, art. 87, parágrafo único, II, expedidas pelos Ministros de Estado para promover a execução de leis, decretos e regulamentos atinentes às atividades de sua pasta.
Portarias – São normas gerais que o órgão superior (desde o Ministério até uma simples repartição pública) edita para serem observadas por seus subalternos. Veiculam comandos administrativos gerais e especiais, servindo ainda para designar funcionários para o exercício de funções menores, para abrir sindicâncias e inaugurar procedimentos administrativos.
Circulares – Consistem em normas jurídicas que visam ordenar de maneira uniforme o serviço administrativo.
Ordem de Serviço – Constituem estipulações concretas para um certo tipo de serviço a ser executado por um ou mais agentes credenciados para isso.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essa ordem foi elabora de acordo com o cunho particular, seguindo a linha de pensamento do que seria mais justo e viável para a população.
REFERÊNCIAS 
	
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/constitui%C3%A7%C3%A3o-e-seus-sentidos-sociol%C3%B3gico-pol%C3%ADtico-e-jur%C3%ADdico-qual-o-sentido-que-melhor-refl
https://aprender.ead.unb.br/pluginfile.php/40071/mod_resource/content/1/Livro%20Miguel%20Reale
https://professorahaas.files.wordpress.com/2012/05/3c2b0-texto-de-apoio_2c2ba-bim1.pdf
http://www.direitonet.com.br/
https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-direito

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