Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
O PAGADOR DE PROMESSAS DIAS GOMES UNIMONTES: Universidade Estadual de Montes Claros Centro de Ciências Humanas – CCH Disciplina: Introdução à Literatura I CURSO: Letras/Português Acadêmicos: Ana Cledja Carlos Henrique Géssica Ludymila Rosely Valquíria Tópicos do Seminário Obra; Autor; Títulos; Repercussão; Resumo do Filme; Personagens Principais; Personagens Secundários ; Dogmatismo; Sincretismo Religioso. O Pagador de Promessas de Dias Gomes Gênero Literário: Dramático (Peça teatral). Data de Publicação: 1959. Espaço narrativo: Salvador (BA). Especificamente na praça, em frente à Igreja de Santa Bárbara. Tempo: Contemporâneo. Linguagem: Simples, regionalista; frases curtas. Dias Gomes inclui em seu texto palavras do linguajar popular. Além disso, há fragmentos de versos populares declamados e cantigas da capoeira. Alfredo de Freitas Dias Gomes Nasceu em Salvador, Bahia, a 19/10/1922. Residiu no RJ a partir de 1935. Cursou várias carreiras, entre as quais Direito e Engenharia, sem concluir nenhuma delas. Sua primeira peça – aos 15 anos: A comédia dos moralistas. Revela preocupação em questionar a realidade brasileira. Trabalha um tempo em emissoras de rádio e edita alguns romances. Retorna definitivamente ao teatro, em 1960, com O Pagador de Promessas. Foi apresentada, pela primeira vez, no Teatro Brasileiro de Letras e sob a direção de Flávio Rangel Prêmios “O Pagador de Promessas” Nacionais e Internacionais Prêmio Nacional de Teatro (I.N.L.), 1960 Prêmio Governador do Estado (SP), 1960 Prêmio Melhor Peça Brasileira (A.P.C.T.), 1960 Prêmio “Padre Ventura” (C.I.C.T.), 1962 Prêmio Melhor Autor Brasileiro (A.B.C.T.), 1962 Prêmio Governador do Estado da Guanabara, 1962 Laureada no III Festival Internacional de Teatro, em Kalsz, Polônia Versão Cinematográfica “Palma de Ouro”, do Festival de Cannes, 1962 1° Prêmio do Festival de S. Francisco (EUA), 1962 “Critics Award” do Festival de Edimburgo, Escócia, 1962 I Prêmio do Festival da Venezuela, 1962 Laureada no Festival de Acapulco, México, 1962 Prêmio “Saci” (S. Paulo), 1962 Prêmio Governador do Estado (SP), 1962 Prêmio Cidade de S. Paulo, 1962 Prêmio Humberto Mauro Resumo do obra O Pagador de Promessas traz á tona uma série de conflitos entre o Brasil rural e o urbano, muito evidente na onda de modernização que atravessa o país ao longo da década de 50 e 60. Tais conflitos, na peça, são sintetizados pelo embate entre a crença popular: Sincretismo – que formou a tradição religiosa brasileira; Dogmatismo – ritualismo rigoroso e a burocratização da igreja. A ideia do conflito central desta história é a questão religiosa. No texto teatral de Dias Gomes, o enfrentamento religioso ocorre entre Zé-do-Burro e Padre Olavo. Zé-do-Burro pode ser entendido como o espirito livre do povo simples. Sua dificuldade em se comunicar e em compreender a rejeição do padre ao sincretismo entre Iansã e Santa Barbara. Zé-do-Burro não representa apenas o homem da fé, ele simboliza também o que chamamos de sincretismo religioso. Esse homem é a personificação da fé católica misturada com elementos do culto africano, enquanto Padre Olavo é o representante rígido da igreja, lembrando os clérigos dos tempos palacianos que tornavam Deus em ente inatingível. Com isso, é possível dizer, portanto, que Dias Gomes expõe a fé em três níveis: o catolicismo rígido, o sincretismo e o candomblé. Se pela fé católica de Padre Olavo, Zé não encontrava a acolhida esperada, é justamente no candomblé, sobre o olhar de Minha Tia, que o devoto encontra a tolerância. Percebemos nessa passagem como os interesses da igreja, assim como os do estado, ainda são comuns um ao outro. Em uma sociedade corrompida, onde até mesmo a igreja compactua com o estado em prol de interesses próprios, torna-se impossível visualizar a presença de um homem simples, sem interesses, um homem que pretende apenas pagar uma promessa. Dias Gomes mostra como todos nós estamos “contaminados” pela ideia de que em tudo há uma segunda intenção. As Personagens e suas classificações em o Pagador de Promessas Personagens: Zé do burro, Rosa, Marli, Bonitão, Padre, Sacristão, Guarda, Beata, Galego, Minha Tia, Repórter, Fotógrafo, Dedé Cospe Rima, Secreta, Delegado, Monsenhor, Manoelzinho Sua Mãe. 1º- Grau de Importância Para o desenvolvimento do conflito da história narrada Personagens Principais Zé do Burro, claramente o protagonista da história, e também, Rosinha visto que acompanha o Zé em toda a sua trajetória, está presente em quase todo o enredo e desperta grande atenção por parte do leitor. Personagens Secundários Padre, Bonitão, estes apesar de serem secundários são de extrema importância para o decorrer da fábula, o Padre, pois proíbe o Zé de entrar na igreja com a cruz e assim cumprir sua promessa, Bonitão, porque além de seduzir Rosinha ainda denuncia o Zé para a polícia. Os demais personagens secundários são: Marli Sacristão, Guarda, Beata, Galego, Minha Tia, Repórter, Fotógrafo, Dedé Cospe Rima, Secreta, Delegado, Monsenhor, Manoelzinho Sua Mãe. 2º- Classificação das personagens segundo grau de densidade psicológica Personagem Plana Tipo: Marli, Bonitão, Galego, sacristão, Padre, Galego, Dedé Cospe Rima, Guarda, Reporte, fotógrafo, Monsenhor. Personagem Plana Estereótipo: Beata, Minha Tia, Coca, Secreta, Manoelzinho sua mãe. Personagem Plana com Tendência redonda: Rosa, apesar de parece à primeira vista uma personagem plana tipo, Rosa por vezes surpreende o leitor, inicialmente ao trair Zé do burro com o Bonitão, e depois ao se arrepender da traição, e tentar a todo custo persuadi-lo a desistir e ir embora antes que fosse tarde de mais. Personagem Redonda: Zé do Burro, personagem que apresenta a maior densidade psicológica do livro, surpreende o leitor à todo momento, principalmente pela dificuldade da professa feita pela vida de um burro, por dividir seu sítio com os pobres, e pela sua extrema determinação em cumprir sua promessa, entregando até mesmo a sua própria a vida. Classificação do Narrador O Narrador do pagador de promessas pode ser assim classificado: Heterodiegético e Extradiegético : Uma vez que, não participa da historia narrada, apenas a narra como um observador distante. Quanto ao foco narrativo, o texto classifica-se no modo Dramático, pois por se tratar de uma peça teatral a narrativa e a história se desenvolvem a partir do encadeamento de cenas, nas quais somos informados pelo discurso direto, as situações e os objetivos nos quais estão envolvidos os personagens. OBRIGADA FIM
Compartilhar