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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
	CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº, com inscrição no Ministério do trabalho e Emprego sob nº, com sede na endereço completo, representada por seu presidente, nome, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito no RG sob nº, inscrito no CPF sob nº, residente na endereço completo, endereço eletrônico , vem por seu advogado que esta subscreve, conforme procuração anexa, com endereço profissional endereço completo, endereço eletrônico, para fins do Art. 77 V do CPC, perante Vossa Excelência com fulcro no art. 102 I a da CRFB/88, no art. 5º XIII da CRFB/88 , bem como no art.2º IX da Lei n. 9.868/99, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR
pelo procedimento especial da Lei 9868/99, em face de lei estadual editada pela ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO KWY, promulgada pelo GOVERNADOR DO ESTADO, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas: 
I - DA COMPETENCIA DO ORGÃO JULGADOR
	O art. 102, I, alínea a, d a CRFB/88 estabelece que compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Supremo Tribunal Federal.
II - DA LEGITIMIDADE ATIVA 
	O autor da presente ação é a Confederação Nacional do Comércio, e desse modo, nos termos do art. 103, IX, CRFB e art. 2.º, IX, da Lei 9.868/1999 é parte legítima para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade, sendo considerada legitimada especial, motivo que justifica a propositura da presente ação e preenche o requisito da pertinência temática, uma vez que a norma questionada causa lesão aos seus associados. 
III - DOS FATOS 
	O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers. 
	A referida norma estabeleceu também a imposição de multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. 
	No entanto, resta evidente que tal norma viola expressamente o que é preconizado pela Constituição Federal, a matéria em comento é reservada a competência privativa da União, razão pela qual não resta outra alternativa aos estabelecimentos a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade através da entidade que lhes representa, qual seja Confederação Nacional do Comércio. 
IV - DOS FUNDAMENTOS 
	Primeiramente, resta salientar que o art. 5º, XXII, da CRFB/88 garante o direito de propriedade. E a propriedade, por ser um direito real pleno e exclusivo, admite que o seu titular estabeleça as condições para que a coisa possa ser desfrutada por parte de terceiros. Sendo assim, do mesmo modo que o proprietário do apartamento locado está autorizado a cobrar aluguéis do inquilino, também o empresário tem o direito de exigir dos seus clientes o pagamento de uma certa quantia pelo uso do estacionamento. 
	Por outro lado, reza o art. 22 I da CRFB/88, que compete privativamente à União legislar sobre direito civil. E o contrato de estacionamento, que envolve características de depósito, locação e prestação de serviço, é um instituto típico de direito civil, a impedir, consequentemente, possa ter seus efeitos regulamentados através de lei estadual. Assim exigir que tais vagas permaneçam compulsoriamente vinculadas a um regime de gratuidade é flagrantemente inconstitucional. 
	Ainda no mesmo diploma legal em seu Art. 5º XIII temos firmado que é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer, não podendo assim lei estadual suprimir de maneira frontal o que dispõe nossa constituição, além de afrontar princípios constitucionais tais como o da proporcionalidade, da razoabilidade e o princípio da separação dos poderes.
V - DA MEDIDA CAUTELAR 
	É evidente no caso em tela, a possibilidade de Medida Cautelar nos termos do art. 102, I, p, da CRFB/88, corroborada pelos art. 10 e 12 da Lei n. 9.868/99, por serem identificáveis e notórios os requisitos para a concessão de tal.
	Tais requisitos se evidenciam ao passo que a referida lei estadual restringe a livre iniciativa, propriedade privada e livre concorrência, além de ferir a competência da União no que diz respeito ao art. 22, I, da CRFB/88. 
	 Podemos verificar também a possibilidade de dano irreparável aos empresários envolvidos representados por esta confederação.
	Em face da relevância da matéria e segurança jurídica, evitando, desta forma, danos e prejuízos advindos da norma estadual ora vigente, de acordo com o art. 12 da Lei n. 9.868/99, merece ser concedida medida cautelar visando suspender os efeitos do referido diploma estadual.
IV - DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
a) A concessão da medida cautelar inaudita altera partes para suspender a norma impugnada até a sentença definitiva com fulcro nos art. 10 a 12 da Lei n. 9.868/99. 
b) A notificação da assembleia legislativa estadual e do governador do estado, para prestar informações no prazo legal, 
c) A intimação do Procurador-Geral da República para que atue como custos legis, conforme o art. 8º da Lei 
9.868/99. 
d) A intimação do Advogado- Geral da União, em conformidade com o art. 8º da Lei n. 9.868/99. 
e) Procedência do pedido, com a ratificação da cautelar, para que seja declarada a inconstitucionalidade com efeitos erga omnes.
V - DAS PROVAS
	Requer a juntada da cópia da lei impugnada e dos documentos necessários para comprovar a impugnação.
VI- VALOR DA CAUSA
	Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), para fins fiscais
Nestes termos, pede deferimento
Local, Data
Advogado/OAB

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