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Trabalho de Direito penal

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Trabalho de Direito penal: Teoria do Crime
1.Conceitos Genéricos de Crime 
Em decorrência do caráter dogmático do Código Penal,o conceito de crime é essencialmente jurídico.E diferentemente das leis antigas, o Código Penal não foi claro em conter uma definição de crime, logo a Doutrina o elaborou, com aspectos externos puramente nominal do fato, obtendo-se o conceito formal, com a análise do aspecto do fato punível tem-se a definição material e observando as características do crime chegou-se ao conceito analítico.
Conceito formal: Segundo Mirabete em sua obra, seguindo definição de alguns doutrinadores citados ,Giuseppe Maggiore descreve “Crime é qualquer ação legalmente punível” e na sequencia Manoel Pedro Pimentel “Crime é uma conduta (ação ou omissão) contrária ao Direito, a que a lei atribui uma pena.” Logo essas definições alcançam somente os aspectos do fenômeno criminal, o mais aparente, ou seja , sua ilegalidade como fato contrário à norma penal.
Conceito Material: Como Noronha disse o conceito material é definido tendo em vista o bem protegido pela lei penal, logo pode-se definir crime materialmente como “Crime é a ação ou omissão que, a juízo do legislador, contrasta violentamente com valores ou interesses do corpo social, de modo a exigir seja proibida sob ameaça de pena, ou que considere afastável somente através de sanção penal.
2.Conceitos Analíticos 
O conceito de crime tem evoluído, e passou-se a conceituar o crime como a “ação típica, antijurídica e culpável.” Essa definição vem consignada tanto pelos autores que seguem a teoria causalista, como pelos adeptos da teoria finalista da ação.No conceito analítico de crime a conduta abrange o dolo (querer ou assumir o risco de produzir o resultado) e a culpa em sentido estrito(dar causa ao resultado).Se a conduta é um dos componentes do fato típico, deve-se definir o crime como “fato típico e antijurídico”.O crime existe e msi mesmo, por ser um fato típico e antijurídico, e a culpabilidade não contem o dolo ou a culpa em sentido estrito, mas significa apenas a reprovabilidade ou censurabilidade de conduta.O agente só será responsabilizado por ele se for culpado, ou seja, se houver culpabilidade.Pode existir, portanto, crime sem que haja culpabilidade, ou seja, censurabilidade ou reprovabilidade da conduta, não existindo a condição indispensável à imposição de pena.
3.A teoria Causalística 
A teoria causalista( naturalista, tradicional, clássica, causal-naturalistica ), entende que a conduta é um comportamento humano voluntário no mundo exterior, que consiste em fazer ou não fazer. Como Mirabete diz em seu livro, é um processo mecânico, muscular e voluntario (porque não é um ato reflexo), em que se prescinde do fim a que essa vontade se dirige.É necessário apenas a certeza de que o agente atuou voluntariamente, sendo irrelevante o que queria, para confirmar a pratica da ação típica. Um exemplo seria: se um homem pressiona voluntariamente o gatilho de uma arma, que dispara, vindo o projetil a atingir uma pessoa, causando-lhe a morte, essa pessoa praticou uma ação típica de “matar alguém” inscrita no art.121 do CP. Embora não neguem os causalistas que a conduta implica uma finalidade, estes entendem que, para se concluir pela existência de ação típica, deve-se apreciar o comportamento sem qualquer indagação a respeito de sua ilicitude ou de sua culpabilidade, ou seja, considerem que a ação é a manifestação da vontade sem conteúdo finalístico.Esse conteúdo (fim da conduta) deve ser analisado como elemento da culpabilidade.
4.A teoria Finalista 
Para a teoria Finalista da ação (ou da ação finalista), como todo comportamento do homem tem uma finalidade, a conduta é a atividade final humana e não um comportamento simplesmente causal.Como ela é um fazer(ou não fazer) voluntário, implica em necessariamente uma finalidade.Logo não se concebe vontade de nada ou para nada, e sim dirigida a um fim.A manifestação da vontade é a forma de realizar-se a conduta.O conteúdo da vontade esta na ação, é a vontade dirigida a um fim, e integra a própria conduta e assim deve ser apreciada juridicamente. Então conclui-se em suma que a vontade se constitui como elemento indispensável à ação típica e qualquer crime, sendo seu próprio cerne.Entretanto, isso não tem o condão de deslocar para o âmbito da ação típica, igualmente, o exame do conteúdo de formação dessa vontade, estudo que há de se reservar à culpabilidade.
5.A teoria Social 
Para a teoria da ação (ou da socialmente adequada, da adequação social ou normativa) surgiu com intuito de ser uma ponte entre as teorias causalista e finalista. Segundo essa teoria a ação é conduta socialmente relevante, dominada ou dominável pela vontade humana.A relevância social da ação é o critério conceitual comum a todas as formas de comportamento e, portanto, também ao crime.Para esta teoria , o “comportamento” é a resposta do homem a uma exigência posta em determinada situação conhecida, ou pelo menos passível de ser conhecida , constituindo-se na realização de uma possibilidade de reação, de que dispõe em razão. O direito penal só comina penas aquelas condutas socialmente danosas e como socialmente relevante é toda conduta que afeta a relação do individuo para com seu meio, sem relevância não há relevância jurídico-penal. Só haverá fato típico, portanto, segundo relevância social da ação.
6.A teoria da Imputação Objetiva
Busca estabelecer o nexo de causalidade baseando-se na avaliação dos antecedentes do resultado sob a ótica do que possa ser considerado um comportamento juridicamente proibido e intolerável. Afinal, quem realiza conduta lícita não poderia ser incluído na relação de causalidade. O Direito Penal deve punir apenas condutas ilícitas e não as que forem lícitas, embora potencialmente danosas. Estas fazem parte do risco tolerado pela própria sociedade. Quem vende um revólver ao autor dos tiros, que deram causa à morte da vítima, numa visão objetiva, se realizou tal venda em loja, expedindo-se nota fiscal, sob controle estatal, jamais pode ter a sua conduta considerada causa do evento morte. O vendedor nada mais fez que cumprir a lei; se a venda de revólver é perigosa, cuida-se de um risco admitido pelo Estado. Logo, não importa nem mesmo verificar se o referido vendedor agiu com dolo ou culpa. A principal crítica da teoria reside justamente no fato de se afastar do nexo causal o sujeito que atuou dolosa ou culposamente, ainda que sob o manto da licitude aparente da conduta. Convém ressaltar que a imputação objetiva transcende as fronteiras do nexo causal, impondo-se como uma alternativa ao finalismo, consistindo parte do funcionalismo. Em nosso entendimento, a imputação objetiva é excessivamente condescendente com a política criminal estatal, o que pode provocar abusos e lesões a direitos individuais. Além disso, lastrear o critério da imputação sobre bases exclusivamente objetivas pode afastar a punição de partícipes, que agem dolosamente, em delitos graves, merecedores de compor o concurso de pessoas.
7.Sujeitos e Objetos do Crime
Sujeito ativo: é aquele que pratica a conduta descrita na lei, ou seja, o fato típico.Podem ser sujeitos do crime, o homem isoladamente ou associado a outros (coautoria e participação).A capacidade geral para praticar crime existe em todos os homens, é a capacidade de ação em sentido jurídico, como Wessels afirma “é toda pessoa natural independentemente de sua idade ou de seu estado psíquico, portanto também doentes mentais.Então também são considerados sujeitos ativos o coautor e o participe que colaboram de alguma forma na conduta típica.
Capacidade penal do sujeito ativo:é o conjunto das condições exigidas para que um sujeito possa tornar-se titular de direitos ou obrigações no campo do Direito Penal.Então, há diferença entre capacidade penal (que se verifica inclusive em momentos anteriores ou posteriores ao crime) e imputabilidade (contemporânea do delito). Existe incapacidade penal quando se faz referência aos mortos, aos entes inanimados e aos animais,que podem ser apenas objeto ou instrumentos do crime.Lembrando-se que a pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo de crime, quer se entenda ser ela ficção legal (Savigny,Ihering) , realidade objetiva (Gierke, Zitelmann), realidade técnica (Planiol,Ripert) ou se adote a teoria institucionalista (Hauriou).
Capacidade especial do sujeito ativo: Os crimes em sua maioria podem ser praticados por qualquer pessoa, bastando para isso a capacidade geral.Porém, alguns delitos, entretanto, é necessária a existência de uma capacidade especial, ou seja, certa posição jurídica( ser funcionário público, no crime previsto no art.312, ser médico, no delito inscrito no art.269 etc.) ou posição de fato no delito do artigo 124, ser mãe da vítima no infanticídio.Nesses casos os sujeitos ativos são chamados de pessoas qualificadas, logo sem essas pessoas respectivas o crime não existe.
Sujeito Passivo: é o titular do bem jurídico lesado ou ameaçado pela conduta criminosa.Nada impede que, em um delito, dois ou mais sujeitos passivos existam:desde que tenham sido lesados ou ameaçados em seus bens jurídicos referidos no tipo, são vitimas do crime. Alguns exemplos disso são:aquele que morre (no homicídio), aquele que é ferido (na lesão corporal), o Estado ( na prevaricação).Ha duas espécies de sujeitos passivos: 1.constante ou formal; o Estado que, sendo titular do mandamento proibitivo, é lesado pela conduta do sujeito ativo; 2.Eventual ou material; éo titular do interesse penalemente protegido, podendo ser o homem, a pessoa jurídica,o Estado, e uma coletividade destituída de personalidade jurídica.
Objeto do Crime: podem ser considerados o objeto Jurídico e o Material;
O objeto do delito é entendido por tudo aquilo contra o que se dirige a conduta criminosa.O objeto jurídico é o bem-interesse protegido pela lei penal ou, como diz Novulone, “O bem ou interesse que o legislador tutela, em linha abstrata de tipicidade (fato típico), mediante um incriminação penal.
O objeto material ou substancial do crime é a pessoa ou coisa sobra a qual recai a conduta criminosa, ou seja, aquilo que a ação delituosa atinge.Ele esta direta ou indiretamente indicado na figura penal.Logo se alguém (o ser humano) é o objeto material do crime de homicídio (art.121), a coisa alheia móvel o é dos delitos de furto (art.155) .
8.Do crime Doloso
O conteúdo do dolo é estabelecido por três teorias: a da vontade, a da representação e a do assentimento.
A teoria da vontade: entende que age dolosamente quem provoca a ação consciente e voluntariamente. É necessário para sua existência, portanto, a consciência da conduta e do resultado e que o agente a pratique voluntariamente.
Já teoria da representação: o dolo é a simples previsão do resultado. Embora não se negue a existência da vontade na ação, o que importa para essa posição é a consciência de que a conduta provocará o resultado.Entretanto, argumenta-se que a previsão do resultado, sem a vontade de causar o resultado evidentemente tem a representação deste.
Para a teoria do assentimento: faz parte do dolo a previsão do resultado a que o agente adere, não sendo necessário que ele o queira, ou seja, existe dolo simplesmente quando o agente consente em causar o resultado ao praticar a conduta.
Conceito e elementos do dolo: Dolo pode ser definido como a consciência e a vontade na realização da conduta típica, ou a vontade da ação orientada para a realização do tipo.São seus elementos a consciência (conhecimento do fato- que constitui a ação típica) e a vontade (elemento volitivo de realizar esse fato).A consciência do autor precisa referir-se a todos os elementos do tipo, prevendo ele os dados essenciais dos elementos típicos futuros em especial o resultado e o processo causal.Já a vontade consiste em resolver executar a ação típica, estendendo-se a todos os elementos objetivos conhecidos pelo autor que servem de base a sua decisão em praticá-la.
9.Do crime culposo
Conceito de culpa: Não se chegou a um conceito perfeito de culpa em sentido estrito, logo segundo o que expressa o artigo 18, inciso II, que será culposo o crime “quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia”. A doutrina conceitua este como “a conduta voluntária( ação ou omissão) que produz resultado antijurídico não querido, mas previsível, e excepcionalmente previsto, que podia, com a devida atenção, ser evitado”.
Modalidades de culpa ,discriminadas no artigo 18, inciso II,CP.:
 a)Imprudência:é uma atitude em que o agente atua com precipitação, inconsideração, com afoiteza, sem cautelas, não usando de seus poderes inibodores.Um exemplo: Caçar em local de excursões.
b)Negligência: é a inercia psíquica, a indiferença do agente que, podendo tomar as cautelas exigíveis, não o faz por displicência ou preguiça mental.Exemplo:Não deixar o freiado automóvel quando estacionado.
c)Imperícia: é a incapacidade, a falta de conhecimentos técnicos no exercício de arte ou profissão, não tomando o agente em consideração o que sabe ou deve saber.Exemplo: saber dirigir um veículo, não estar habilitado para uma cirurgia que exija conhecimentos apurados.
10.Do crime Preterdoloso
O crime preterdoloso é um crime misto, em que a conduta que é dolosa, por dirigir-se a um fim típico, e que é culposa pela causação de outro resultado que não era objeto do crime fundamental pela inobservância do cuidado objetivo. Não há um terceiro elemento subjetivo mas sim a combinação de dois elementos -dolo e culpa- que se apresentação sucessivamente no decorrer do fato delituoso: logo a conduta inicial é dolosa , enquanto final dela advindo é culposo. É conhecido pela frase : “dolo no antecedente e culpa no consequente.”
11.Do crime consumado
Será consumado o crime quando o tipo esta inteiramente realizado, ou seja, quando o fato concreto se submete no tipo abstrato descrito na lei penal.Se todos os requisitos do tipo objetivo pelo fato natural forem preenchidos , ocorreu a consumação.Não se pode confundir a consumação com o crime exaurido, pois neste após a consumação, outros resultados lesivos ocorrem.Um exemplo claro disso seria o recebimento de vantagem indevida no crime de corrupção passiva do art.317, é o exaurimento do delito que se consumara com a solicitação.
Nos crimes materiais ocorre a consumação com o evento (morte ,lesão,dano) ;Já nos formais é dispensável o resultado naturalístico, e nos de mera conduta, este não existe.
Nos crimes permanentes, é necessário observar que a consumação se protrai, prolonga no tempo, dependente do sujeito ativo.
Nos crimes habituais, a consumação só existe quando houver a reiteração de atos , logo com a habitualidade, já que cada um deles, isoladamente, é indiferente à lei penal.
Na tentativa do crime complexo, configura-se com o começo da execução do crime que inicia a formação de todo unitário e, salvo expressa disposição legal em contrário, a consumação comente ocorre quando os crimes componentes estejam integralmente realizados.
Nos crimes omissivos, a consumação ocorre no local e no momento em que o sujeito ativo deveria agir, mas não o fez.Já no crime omissivo impróprio,pela omissão ser formada ou meio de se alcançar um resultado, a consumação ocorre com o resultado lesivo e não com a simples inatividade do agente, como nos delitos omissivos puros.
Nos crimes culposos, só há consumação com o resultado;Se houver inobservância do dever de cuidado, mas o evento não se realizar, não haverá crime.
Nos crimes qualificados pelo resultado, ocorre a consumação quando estiver concretizado o resultado acrescido ao tipo fundamental. Não havendo este , o agente responde pelo tipo doloso.
12.Da ilicitude
 A ilicitude, segundo Francisco de Assis Toledo pode ser entendida como a relação de contrariedade entre o fato e a norma jurídica, tem sido qualificada de conceito puramente formal.Já outros autores como Jeschek, desenvolve que a ilicitude não se esgota na relação existente entre a ação e a norma, afirma que a ilicitude material leva em consideração a lesão ao bem jurídicoprotegido pela respectiva norma.Logo, esse autor extraiu o “relevante sentido prático”:
a)a ilicitude material seria o ponto de referencia para a criação de tipos legais e sua aplicação no caso concreto, para a graduação do injusto e sua influência na dosimetria da pena, finalmente, para interpretação teleológica dos tipos;
b)consequência da ilicitude material seria a possibilidade de admissão de causas supralegais de justificação, com base no principio da ponderação de bens.
Ilicitude penal e extrapenal;
A ilicitude penal não se restringe ao campo do direito penal: projeta-se para todo o direito. Welzel , define a ilicitude como sendo a “a contradição da realização do tipo de uma norma proibitiva com o ordenamento jurídico como um todo”.Logo um fato ilícito penal não pode deixar de ser igualmente ilícito em outras áreas do direito, pois um ato licito civil, administrativo não pode ser ao mesmo tempo um ilícito penal.
Porém, há aqueles também que Francisco de Assis considera-os enganados , uma vez que não consideram que a ilicitude penal só existe enquanto típica, que a ilicitude é sempre a mesma par todo o direito.Trata-se de uma conclusão válida somente para a ilicitude penal, não para o que se reputa licito, localizadamente, apenas em áreas extrapenais , hipóteses em que , na ausência de tipicidade, inexistira ilicitude penal.Exemplo disso, seria o dano culposo, um ilícito civil ,por não estar tipificado como crime em nossa legislação penal, não se considera um ilícito penal.
13.Da culpabilidade 
Teoria essa criada por Frank, pode-se sintetizar o conceito normativo de culpabilidade pela seguinte frase: “Culpabilidade é pois, essencialmente, um juízo de reprovação ao autor do fato, composto dos seguintes elementos: imputabilidade; dolo ou culpa stricto sensu (negligência, imprudência, imperícia); exigibilidade, nas circunstâncias. De um comportamento conforme ao direito.
Então a censura a culpabilidade pode ser feita ao agente de um injusto penal se ele, ao praticar a ação punível, não agiu de outro modo, conformando-se às exigências do direito, quando, nas circunstâncias, podia tê-lo feito, isto é: estava dotado de certa dose de autodeterminação e de compreensão (imputabilidade) que o tornava apto a frear, reprimir, ou desviar sua vontade, ou o impulso que o impelia para o fim ilícito (possibilidade de outra conduta) e que, apesar disso, consciente e voluntariamente (dolo), ou negligencia, imprudência ou imperícia (culpa strito sensu), desencadeou o fato punível.
Referencia : Manual de Direito Penal,Nucci ,Guilherme 
Manual de Direito Penal, Mirabete, Julio Fabbrini ; Fabbrini,Renato N.
Princípios Básicos de Direito Penal,Toledo, Francisco de Assis.

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