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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO JAINE OPPERMANN MEURER Colider-MT 2017 AMBEV situação financeira Colider-MT 2017 SUMÁRIO INTRODUÇÃO........................................................................................................ 4 DESENVOVIMENTO............................................................................................ 5 Contabilidade aplicada a administração...................................................................5 Planejamento Tributário...........................................................................................6 Matemática Financeira.............................................................................................8 CONCLUSÃO...........................................................................................................10 REFERÊNCIAS.........................................................................................................10 1.INTRODUÇÃO A Cervejaria Brahma e Companhia Antarctica se uniram e criaram a Companhia de Bebidas das Américas, Ambev. A Ambev é uma empresa de capital aberto brasileira, produtora de bens de consumo fundada em 01 de julho de 1999 por Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles. Hoje a Ambev opera em 17 países da América com 52 mil funcionários sendo 34 mil no Brasil com 100 executivos brasileiros atuando no mundo. A empresa possui 32 fabricas e 2 maltarias no Brasil gerando 30 marcas de bebidas entre cervejas, refrigerantes, chá gelado e água mineral com 100 centros de distribuição direta e 5 centros de excelência. A Ambev tem como objetivo impulsionar o setor de bebidas brasileiro, possibilitar a entrada no mercado de novas marcas, ampliar o leque de produtos de qualidade a preços acessíveis, estimular a inovação, gerar empregos e recursos. Hoje a Ambev é parte da Anheuser-Busch Inbev N. V/S.A (ABI), maior grupo cervejeiro do mundo. 2 DESENVOLVIMENTO CONTABILIDADE APLICADA A ADMINISTRAÇÃO 1. Por que a Ambev está obrigada a publicar seus demonstrativos financeiros? A Ambev é uma sociedade anônima (Ambev S.A) e a lei 6.404 das S.A diz que a sociedade Anônima, segundo a CVM está obrigada a publicar suas demonstrações contábeis, pois todas as empresas de grande porte, assim consideradas as que têm patrimônio superior a 240 milhões de reais ou receita bruta anual acima de 300 milhões de reais com sede no estado de São Paulo estão obrigadas a publicar o balanço anual e as demonstrações financeiras no Diário Oficial e em um jornal de grande circulação. 2. Qual a diferença entre o que está apresentado no Balanço Patrimonial e o que a Demonstração do Resultado apresenta em termos de contas e tipos de informações? Procure no próprio conceito dessas demonstrações explicação para essa resposta. A diferença fundamental entre a Demonstração do Resultado (DRE) e o Balanço Patrimonial é que o Balanço Patrimonial tem natureza patrimonial e financeira, ou seja, se expressa os bens, direitos e obrigações e por consequência o PL das entidades. A DRE apresenta as contas patrimoniais, ou seja, as contas de resultado. O resultado é zerado todo final de um determinado período e é levado para o balanço patrimonial para a conta lucros acumulado ou lucros do exercício para fazer a distribuição do lucro. Outra diferença é que o Balanço Patrimonial apresenta uma situação estática da empresa num determinado momento, e a DRE apresenta um resultado de um determinado período ao longo de um custo do período, por exemplo, um ano. 3. Elabore a Análise Vertical e Horizontal com base nos demonstrativos da Ambev. Discorra sobre a evolução da situação econômica e, se necessário, aponte quais seriam suas decisões caso fosse diretor da empresa. Com base na análise vertical e horizontal do balanço patrimonial da AMBEV 2012 a 2014, pode se observar um crescimento de 16,67% no ativo total e patrimônio líquido da empresa, sendo 11,06% de 2012 para 2013 e 5,05 de 2013 para 2014, além do ativo total, podemos observar também um crescimento de 27,12% no Ativo Circulante de 2012 para 2014, assim como 12,93% no ativo não circulante para o mesmo período. Já o passivo circulante obteve um crescimento de 40,55% de 2012 para 2014 e o Passivo Não Circulante uma queda de -26,14% em comparação com o ano de 2012. O patrimônio líquido obteve um crescimento de 17,10% em comparação com o mesmo período. Já com relação ao DRE, podemos observar que a Receita de vendas teve um crescimento de 18,14% no acumulado, sendo 7,94% de 2012 para 2013 e 9,45% de 2013 para 2014. E nítido que os custos de bens e serviços, assim como as despesas operacionais subiram, bens e serviços subiram 22,51% de 2012 para 2014 e as despesas operacionais 15,72% para o mesmo período. No entanto o resultado líquido do exercício foi positivo e com comparação ao ano de 2012, cresceu 18,63%, média de 8,92% ao ano. Com base nos resultados, observamos que é uma empresa solida e com crescimento exponencial, seu eu fosse direito da Ambev, manteria a estratégia atual, aumentando os investimentos que para o período foi de 68,44% maior que o investimento de 2012, e tentar baixar os custos operacionais, refletindo diretamente no resultado líquido do exercício. . PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Diante a contabilidade da Ambev, um fato ocorrido em 2011 na empresa referenciou o planejamento tributário. A empresa desejou abrir sua fábrica em Ponta Grossa porem solicitou ao Estado do PR redução de tributo. “A Ambev pedia a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para abrir uma nova planta no estado”. A alíquota paranaense é de 29%, superior à cobrada em São Paulo (27%) e em Santa Catarina (18%). A Secretaria de Fazenda não confirmou se aceitou ou não reduzir o tributo, mas, segundo o deputado estadual Plauto Miró Guimarães Filho (DEM), que participou do encontro, sinalizou para um desfecho positivo. "Eles chegaram, enfim, a um denominador comum, que beneficia a indústria e que não prejudica o estado", comentou. Neste contexto, comente de que forma um planejamento tributário pode trazer benefícios fiscais para uma empresa? Podemos caracterizar o Planejamento Tributário como uma construção de um conjunto de operações, consubstanciadas em negócios ou atos jurídicos ou situações materiais que visam reduzir a incidência de tributos, onde o contribuinte pode estruturar o seu negócio da maneira menos onerosa, visando diminuir os custos de seu empreendimento e principalmente dos impostos, sem sonegar ou fraudar o fisco. De um modo geral o Planejamento é imprescindível para o alcance e manutenção de bons resultados. É importante esclarecer que o planejamento tributário passa longe da sonegação fiscal, pois é realizado em cima da legalidade, dispensando assim quaisquer dúvidas com irregularidades fiscais. Planejar é uma ferramenta administrativa, que possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, construir um referencial futuro, estruturando o tramite adequado e reavaliando o processo que o planejamento se destina para dar melhores resultados a empresa. Enquanto sonegar é o ato realizado visando suprir ou reduzir tributo, mediante omissão, fraude, falsificação, alteração, adulteração ou ocultação. A evasão fiscal, também conhecida como sonegação fiscal é o uso de meios ilícitos para evitar o pagamento de taxas, impostos e outros tributos. Entre os métodos usados para evadir tributos, estão à omissão de informações, as falsas declarações e a produção de documentos que contenham informações falsas ou distorcidas. Já a elisão fiscal configura-se num planejamento que utiliza métodos legais para diminuir o peso da carga tributária num determinado orçamento. Respeitando o ordenamento jurídico, oadministrador faz escolhas prévias (antes dos eventos que sofrerão agravo fiscal) que permitem minorar o impacto tributário nos gastos do ente administrado. Diferentemente da evasão fiscal (onde ocorre o fato gerador do tributo e o contribuinte não paga uma obrigação legal), na elisão fiscal, através do planejamento, evita-se a ocorrência do fato gerador. E, por não ocorrer o fato gerador, o tributo não é devido. Dessa forma, o planejamento não caracteriza ilegalidade, apenas usa-se das regras vigentes para evitar o surgimento de uma obrigação fiscal. Para realizar o Planejamento Tributário devemos verificar a estrutura da empresa e o tipo de tributação que mais poderá vir a favorecê-la se pelo MEI (Microempreendedor Individual), Simples Nacional, Lucro Real ou Presumido, isso deverá ser feito através de uma análise criteriosa por parte do contabilista, verificando as modalidades dos tributos federais, estaduais e municipais a serem escolhidos, de acordo com o porte da empresa, volume de seus negócios e a situação econômica. Através de um estudo apurado podemos optar pela melhor forma de pagamento dos tributos. Cada regime tributário possui sua individualidade e uma legislação própria, com as suas regras definindo os procedimentos a serem exercidos pela empresa como declarações, obrigatoriedades e a forma de apuração de impostos por isso a necessidade de todo um planejamento envolvendo o conhecimento e competência na área contábil e fiscal. MATEMÁTICA FINANCEIRA Diante da importância da Matemática financeira para a análise contábil de uma empresa e considerando o demonstrativo financeiro da AMBEV, analise as situações abaixo e responda apresentando todos os cálculos. 1. Considerando o valor a receber no Ativo Circulante e o empréstimo e financiamentos no Passivo Circulante do ano de 2014, qual seria a taxa de juros compostos mais adequada para que a empresa tenha um acréscimo de 5% no valor das suas disponibilidades no Ativo Circulante em um período de 12 meses? Valor a receber no Ativo Circulante = 3.028.854 Empréstimo e financiamento no Passivo Circulante = 988.056 Disponibilidade no Ativo Circulante = 9.722.067 Acréscimo = 5 % Período = 12 meses I =? M = C * (1 + i) n2 2. Se o empréstimo e financiamento no Passivo Circulante de 2013 tivessem que ser pagos em 5 parcelas iguais e mensais: a) Qual tipo de amortização seria a mais adequada? SAC – Sistema de Amortização Constante. Geralmente o mais utilizado, os juros e o capital são calculados uma única vez e divididos para o pagamento em várias parcelas durante o período. b) Qual seria o valor das parcelas considerando uma taxa de 1,7% a. m.? R$ 1.040.603 (valor empréstimo e financiamento). Seriam 5 parcelas de R$ 211.658,70. 3. Imagine que o valor a receber no ativo circulante de 2012 não ocorreu até dezembro 2012, então é feito um novo planejamento para que esse valor seja pago a empresa em junho de 2013. Qual o novo valor a receber pela empresa considerando uma taxa de juros compostos de 2% a. m.? Valor a receber: R$ 2.935.692 (dezembro de 2012) Janeiro: R$ 2.994.405 Fevereiro: R$ 3.054.294 Março: R$ 3.115.380 Abril: R$ 3.177.687 Maio: R$ 3.241.241 Receber em Junho 2013: R$ 3.306.66 4. Para o empréstimo no Passivo Exigível a Longo Prazo não Circulante em 2013, qual forma de pagamento abaixo é mais interessante para a AMBEV, por quê? I) Juros simples I = 0,65% a.m. N = 8 m. II) Juros compostos I = 0,75% N = 5 m. Na forma I, para juros simples, temos: J = C. 0,0065. 8 = 0,052C. Na forma II, para juros compostos, temos: M = C. (1 + 0,0075) ^5 = 1,038C Ou seja, juros de 0,038C. 3-CONCIDERAÇÕES FINAIS Portanto, a forma de pagamento mais interessante para a AMBEV tomar um empréstimo a juros compostos para pagamento em 5 meses. O regime de juros compostos é o mais comum no sistema financeiro, e, portanto, o mais útil para cálculos de problemas do dia-a-dia. Os juros gerados a cada período são incorporados ao principal para o cálculo dos juros do período seguinte. Chamamos de capitalização o momento em que os juros são incorporados ao principal. Dessa forma ele é o mais interessante 4-REFERÊNCIAS https://cesartiburcio.wordpress.com/category/lei-11638/page/2/ http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/balancopatrimonial.htm unipvirtual.com. br/material/UNIP/BACHARELADO/.../mod_8.doc http://administracaonoblog.blogspot.com.br/2013/04/diferenca-entre-o-balanco-e-o-dre.html http://www.classecontabil.com.br/consultoria-gratuita/ver/139832 http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/demonstracaodoresultado.htm http://www.treasy.com.br/blog/planejamento-tributario http://www.administradores.com.br/noticias/negocios/planejamento-tributario-algumas-vantagens-e-desvantagens/28260/ ANEXOS Demonstrações Financeiras da AMBEV BALANÇO PATRIMONIAL 2014 2013 2012 ATIVO TOTAL 72.143.203 68.674.019 61.832.875 ATIVO CIRCULANTE 20.728.421 20.470.013 16.305.865 Disponibilidades 9.722.067 11.285.833 8.974.320 Aplicações Financeiras 712.958 288.604 476.607 Valores a Receber 3.028.854 3.613.506 2.935.692 Estoques 3.411.284 2.795.490 2.466.341 Outros Ativos Circulantes 3.853.258 2.486.580 1.452.905 ATIVO NÃO CIRCULANTE 51.414.782 48.204.006 45.527.010 Ativo Realizável a Longo Prazo 4.376.472 4.005.113 3.570.368 Ativo Permanente 47.038.310 44.198.893 41.956.642 Investimentos 40.448 26.452 24.012 Imobilizado 15.740.058 13.937.759 12.351.284 Intangível 31.257.804 30.234.682 29.581.346 2014 2013 2012 PASSIVO TOTAL E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 72.143.203 68.674.019 61.832.875 PASSIVO CIRCULANTE 21.824.783 17.180.582 15.527.240 Obrigações Sociais e Trabalhistas 598.360 722.090 566.084 Fornecedores 8.708.739 7.925.421 6.560.687 Obrigações Fiscais 3.543.689 3.122.569 3.074.425 Empréstimos e Financiamentos 988.056 1.040.603 837.772 Outros Passivos de Curto Prazo 7.846.705 4.224.941 4.350.820 Provisões 139.234 144.958 137.452 Passivos sobre Ativos Não-Correntes a Venda e Descontinuados 0 0 0 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 6.673.751 7.496.039 9.036.637 Passivo Exigível a Longo Prazo 6.673.751 7.496.039 9.036.637 Empréstimos e Financiamentos 1.634.567 1.853.452 2.305.957 Tributos Diferidos 1.737.631 2.095.686 1.367.708 Provisões de Longo Prazo 543.220 431.693 518.076 Outros Passivos de Longo Prazo 2.758.333 3.115.208 4.844.896 Passivos sobre Ativos Não-Correntes a Venda e Descontinuados 0 0 0 Lucros e Receitas a Apropriar 0 0 0 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 43.644.669 43.997.398 37.268.998 Capital Social 57.582.349 57.000.790 249.061 Reservas de Capital 55.023.269 55.362.431 0 Reservas de Reavaliação 0 0 0 Reservas de Lucros 4.883.945 5.857.853 51.649 Ajustes de Avaliação Patrimonial -75.267.969 -75.382.296 24.905.890 Lucros/Prejuízos acumulados 0 0 0 Participação de acionistas não controladores 1.423.075 1.158.620 12.062.398 Ajustes Acumulados de Conversão 0 0 0 Outros Resultados 0 0 0 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 20142013 2012 (=) RECEITA DE VENDAS 38.079.786 34.791.391 32.231.027 (-) Custo dos bens e serviços vendidos (12.814.588) (11.397.801) (10.459.786) (=) RESULTADO BRUTO 25.265.198 23.393.590 21.771.241 (-) Despesas Operacionais (9.421.217) (8.018.480) (8.140.921) Despesas com Vendas (9.158.701) (8.025.779) (7.350.920) Despesas Gerais e Administrativas (1.820.046) (1.736.457) (1.603.549) Perdas pela Não Recuperabilidade de Ativos - - - Outras Receitas Operacionais 1.837.393 1.993.003 969.777 Outras Despesas Operacionais (297.241) (260.666) (156.710) Resultado da Equivalência Patrimonial 17.378 11.419 481 (=) RESULTADO ANTES DOS JUROS E NÃO OPERACIONAL 15.843.981 15.375.110 13.630.320 (+) Receitas Financeiras 1.173.223 932.492 666.763 (-) Despesas Financeiras (2.648.627) (2.495.918) (1.556.440) (=) RESULTADO ANTES IR/CSSL E DEDUÇÕES 14.368.577 13.811.684 12.740.643 (-) Provisão para IR e CSLL (2.006.558) (2.457.614) (2.320.065) (=) RESULTADO LÍQUIDO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS 12.362.019 11.354.070 10.420.578 (+) Resultado Líquido de Operações Descontinuadas - - - (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 12.362.019 11.354.070 10.420.578
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