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caso 6 sem jurisprudência

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO nn
 (LEI 9.099/95 ART 4O , I)
BERNARDO, brasileiro, residente e domiciliado na rua Bauru, 371, Dourados/MS, portador da cédula de identidade nº..., expedida pelo..., inscrito no CPF/MF sob nº..., usuário do endereço eletrônico..., telefone...vem, respeitosamente perante V. Exa., por seu advogado que esta subscreve, com escritório na rua..., nº..., bairro..., cidade..., CEP..., e-mail..., telefone... para fins do artigo 77, V do Código de Processo Civil, propor pelo RITO da LEI 9.099/95.
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE REPARAÇÃO DE PERDAS E DANOS MATERIAIS E MORAIS
em face de SAMUEL, brasileiro..., estado civil..., profissão..., portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob nº..., usuário do endereço eletrônico..., residente na rua dos Diamantes, nº123, CEP..., Campo Grande/MS, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I – DOS FATOS
O autor estabeleceu contrato escrito de compra e venda com o RÉU, Sr. SAMUEL, cujo objeto do negócio era um CAVALO MANGALARGA de alcunha “Tufão”, avaliado em R$10.000,00(dez mil reais). A data acordada para a tradição era dia 02/10/2016, na cidade de Dourados/MS, onde mora o AUTOR. Porém, até o mês de JANEIRO de 2017, Samuel ainda não havia entregue o cavalo por pura DESIDIA. E, piorando a situação, o correu uma forte chuva que causou a morte do cavalo, o que foi inevitável devido a altura atingida pela água, bem como sua força.
II – DO DIREITO
O negócio jurídico avençado, trata-se de relação de consumo conforme estabelecido nos arts. 2o e 3o do CDC, onde o AUTOR figura como consumidor do contrato feito com o RÉU.
O art.14 do supramencionado Diploma Legal determina a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços que responde independentemente de culpa pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Ainda, observa-se no caso em comento a concordância legal que traz o art. 233 do CC, que reforça a obrigação de dar coisa certa, abrangendo os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou circunstâncias do caso. O art. 236 do mesmo código, reflete perfeitamente a situação da presente ação, pois nele consta que, sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou outro caso, indenização das perdas e danos, combinando com o art. 389, também do C.C que resguarda que quando não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualizações monetárias segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorário de advogado. E, por fim, não sendo suficiente as razões positivadas legais elucido ainda um dos Princípios das Relações de Consumo, que trata do Princípio da Boa-fé objetiva que estabelece obrigações como iníquas, abusivas quando colocam o consumidor em desvantagem exagerada, incompatível com a boa-fé. (lei 8.078/90. Art.51, IV).
Levando em consideração a DESIDIA por parte do RÉU, a qual resta demonstrada a iniquidade para com o AUTOR, que honrou seu compromisso e confiou piamente em contrato firmado com o RÉU, averigua-se nesta ação, a falta de LISURA do RÉU. 
III – DO DANO MATERIAL E MORAL
O dano material restou caracterizado no momento em que o AUTOR efetuou o pagamento de R$10.000,00(dez mil reais) para a compra do cavalo “Tufão”, o qual não foi feita a tradição por DESIDIA do REU, descumprindo a obrigação de dar coisa certa, causando ao AUTOR, prejuízos e frustrações.
Assim, considerando o caráter dúplice da reparação, e que para que este venha a atingir os seus fins, e levando ainda em consideração a função estatal de restabelecimento do equilíbrio do meio social, abalo pela repercussão do evento danoso, o AUTOR entende que a condenação do RÉU deve ser aplicada como medida punitiva ao dano causado 
O AUTOR faz jus ao lídimo direito de ser indenizado, tendo em vista os transtornos, frustações, expectativas não correspondidas, e pela falta de dignidade com a qual lhe tratou o RÉU, tolhendo-lhe o direito de desfrutar do bem adquirido. Assim, a indenização pleiteada tem o cunho não meramente compensatório, mas também, e principalmente punitivo, como forma de coibir tamanho desrespeito ao consumidor, parte fraca da relação e que por isso mesmo merece tratamento pretencionista. Por esta razão, o Autor recorre a este DOUTO JUIZO afim de pedir: 
IV – DOS PEDIDOS
A citação do RÉU para responder a presente e sua intimação para comparecer à AUDIÊNCIA de CONCILIAÇÃO, que poderá ser imediatamente convolada em audiência de Instrução e Julgamento, caso cheguem às partes a acordo, sob pena de revelia;
 A inversão do ônus da prova, com fulcro no art. 6o , VIII do CDC, em benefício da parte autora;
Seja julgado procedente o pedido para condenar o RÉU ao pagamento a título de danos materiais no valor de R$10.000,00(dez mil reais), referente ao pagamento para aquisição do cavalo “Tufão”, acrescido de juros e correção monetária, desde a data de seu efetivo desembolso, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este DOUTO JUIZO, em caso de descumprimento da obrigação, e pagamento de R$5.000,00(cinco mil reais) a título de danos morais. 
a condenação do réu nos ônus sucumbência.
IV – DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios as provas em direito admitidos, na amplitude do art 32 da lei 9.099/95 em especial documental superveniente, testemunhal, depoimento pessoal do Representante Legal do RÉU, sob pena de confissão.
V – DO VALOR DA CAUSA
Dá–se à causa o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), nos termos do art. 292, VI, do CPC.
Nestes termos 
Pede deferimento,
Campo Grande, 24 de setembro de 2017.
ADVOGADO
OAB

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