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Resumo 2 prova direito Empresarial

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Estabelecimento Empresarial
Conceito: Art. 1142cc - “todo complexo de bens organizado, para o exercício da empresa, por empresário, ou sociedade empresária”. 			Bens: Compreende aos bens corpóreos e incorpóreos.
Embora seja integrada por bens corpóreos a doutrina entendo o estabelecimento como bem incorpóreo, pois, permite compreender a extensão das operações a que se sujeita.
Os elementos do estabelecimento empresarial são os meios através dos quais o empresário irá exercer a sua atividade econômica para cumprir a sua finalidade principal, a obtenção de lucro. Eles são, em última análise, os instrumentos de que dispõe o empresário realizar sua atividade empresarial.
Matriz, Filial e Sucursais
 As expressões sucursais filiais e agências não possuem distinção jurídica, referem-se a uma só realidade: o estabelecimento subordinado a um principal.
 Ao estabelecer filial que demande outro registro, deve ser feito mediante apresentação da inscrição original (sede). É a inscrição secundaria deve ser averbada na margem do registro original. Se o local da sede e da filial sujeitam-se a um mesmo órgão de registro de empresa, nele se fará tanto o arquivamento dos órgãos constitutivos quanto a averbação da filial.
Trespasse de estabelecimento
Trespasse indica a cessão ou alienação do estabelecimento empresarial.
A alienação, o usufruto e o arrendamento só produzem efeitos contra terceiros depois de averbado do contrato a margem da inscrição do empresário e o ato for publicado em imprensa oficial. 
Art. 1.144. O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá efeitos quanto a terceiros depois de averbado à margem da inscrição do empresário, ou da sociedade empresária, no Registro Público de Empresas Mercantis, e de publicado na imprensa oficial.
A alienação só será eficaz se não houver dividas. Havendo credores, estes deverão ser notificados e consentir, em até 30 dias, de modo expresso ou tacito quanto a alienação.
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
 A notificação deverá ser realizada judicialmente ou pelo oficial de registro de títulos e documentos, sob pena, de ocorrendo a falência, o ato vir a ser declarado ineficaz em relação a massa falida, sofrendo o adquirente prejuízo com a perda do estabelecimento.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
Na alienação ou trespasse, o estabelecimento é transferido em sua totalidade, compreendendo todos os seus bens corpóreos e incorpóreos e seu ativo e passivo. O adquirente assume a responsabilidade, perante os credores da empresa, pelas dívidas devidamente contabilizadas na data da alienação. O alienante do estabelecimento, devedor primitivo, ficará solidariamente responsável junto ao adquirente pelas dívidas vencidas e vincendas contabilizadas na data da alienação, pelo prazo de um ano. 
Para as dívidas vencidas, esse prazo é contado da data da publicação do ato de arquivamento da alienação no Registro Público de Empresas Mercantis. 
Para as dívidas vincendas, o prazo de um ano se inicia a partir do vencimento do título correspondente.
Trespasse e Sub-rogação dos Contratos não pessoais
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência importa a sub-rogação do adquirente nos contratos estipulados para exploração do estabelecimento, se não tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir o contrato em noventa dias a contar da publicação da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste caso, a responsabilidade do alienante.
Os contratos de obrigações de trato sucessivo vinculados à atividade do estabelecimento, ativos e passivos, celebrados perante terceiros, são transferidos para o adquirente do estabelecimento, que se sub-roga em seus direitos e obrigações. Quando esses contratos tiverem caráter pessoal, ou seja, estiverem vinculados ao aviamento subjetivo do alienante do estabelecimento, somente por este podendo ser executados, tais contratos não se transferirão automaticamente. Os terceiros que contrataram com a empresa antes da alienação poderão, no prazo de noventa dias a contar da publicação do ato de transferência, denunciar ou rescindir o contrato, desde que exista justa causa, ficando, neste caso, ressalvada a responsabilidade do alienante.
Art. 1.149. A cessão dos créditos referentes ao estabelecimento transferido produzirá efeito em relação aos respectivos devedores, desde o momento da publicação da transferência, mas o devedor ficará exonerado se de boa-fé pagar ao cedente.
Com a alienação ocorre a a cessão dos creditos, negocio jurídico que produz efeitos desde a publicação do trespasse no órgão oficial. É possível, contudo, que algum devedor pague a divida diretamente ao antigo titular do estabelecimento, desconhecendo a cessão. Nesse caso, se caracterizado a boa-fé, o devedor dica desobrigado da divida.
Aviamento
Aviamento é atribuído do estabelecimento empresarial, resultado do conjunto de vários fatores de ordem material ou imaterial que lhe conferem capacidade ou aptidão de gerar lucros. 
É o item integrante do estabelecimento empresarial resultante da boa organização dos elementos e fatores produtivos decorrente da atividade empresarial e presentes no próprio estabelecimento empresarial. Conjunto de técnicas empregadas por um empresário na administração de seu estabelecimento que representam a capacidade deste de gerar lucros.
Diz-se que o aviamento é pessoal ou subjetivo quando a capacidade de gerar lucro resulta das qualidades do titular da empresa. É será real ou objetivo se decorrente da qualidade do estabelecimento empresarial.
O aviamento objetivo está relacionado ao negócio em si, ao Estabelecimento Empresarial, este sim, pode ser transferido
Clientela ou Freguesia 
É o conjunto de pessoas que, de fato, mantém com o estabelecimento relações continuadas de procura de bens e de serviços.
O cliente não pode ser objeto de direito, mas mera situação de fato. Dessa forma, não é correta a expressão “cessão de clientela”, como se fosse possível contratar clientela. Contrata-se o trespasse de estabelecimento empresarial, na expectativa de que seus atributos (aviamento e clientela) representem boa perspectiva de lucro.
Cláusula de Interdição de Concorrência
Art. 1.147. Não havendo autorização expressa, o alienante do estabelecimento não pode fazer concorrência ao adquirente, nos cinco anos subseqüentes à transferência. Parágrafo único. No caso de arrendamento ou usufruto do estabelecimento, a proibição prevista neste artigo persistirá durante o prazo do contrato.
A hipótese tratada na norma é denominada doutrinariamente cessão da clientela. Junto com o estabelecimento comercial e seus atributos, a alienação ou arrendamento abrange a clientela que normalmente com ele realizava negócios, em razão de seu nome empresarial, do seu ponto comercial, das marcas de seus produtos e de outros elementos corpóreos e incorpóreos que servem de referencial para a prática mercantil. Na alienação do estabelecimento, o alienante fica obrigado, pelo prazo de cinco anos, a não continuar exercendo a mesma atividade que era objeto do estabelecimento, no mesmo ramo de atividade comercial, salvo disposição expressa no contrato de alienação permitindo que o alienante possa concorrer, na mesma praça, disputando clientela com o adquirente. 
Nas hipóteses de arrendamento ou usufruto do estabelecimento comercial, a cessão da clientela deverá ser observada pelo mesmo prazo de vigência do contrato queinstituiu o arrendamento ou usufruto.
Ponto Empresarial
O ponto empresarial integra o estabelecimento. É o local onde o empresário fixa seu estabelecimento para ali exercer a sua empresa.
Duas espécies de direito protegem o ponto empresarial:
a) a indenização por responsabilidade civil comum: 1) indenização pelos danos emergentes e por lucros cessantes, se o imóvel pertence ao empresário individual, sociedade empresária ou sociedade simples e ocorrer privação de uso, embaraço ou dano causado ao imóvel; 2) se o imóvel não pertence ao empresário individual, sociedade empresária ou sociedade simples: ao titular do domínio é devida a indenização pelo dano e, ao locatário, os lucros cessantes; 
b) o direito à permanência no imóvel ou à indenização devida pela não renovação do contrato de locação firmado no prazo e nas condições fixadas em lei.
No tocante ao último, a Lei de Locações estabelece que o locatário tem direito à renovação compulsória, uma vez cumpridos os requisitos legais, que são os seguintes:
1) Subjetivo: o locatário deve ser empresário, sociedade empresária ou sociedade simples. Na ocorrência de evento morte, estende-se a proteção ao sucessor ou ao sócio sobrevivente. Se ocorrer sublocação total, cessão, arrendamento ou usufruto do estabelecimento empresarial, por ato inter vivos, assiste o mesmo direito ao sublocatário, cessionário, arrendatário, usufrutuário, desde que consentida pelo locador. Na hipótese de o contrato autorizar que o locatário utilize o imóvel para as atividades de sociedade de que faça parte, o direito de locação poderá ser exercido por ambos, locatário e sociedade, indistintamente.
2) Formal: o contrato deve ser escrito e com prazo determinado e estabelecer um período mínimo de cinco anos, admitindo-se a soma dos intervalos, em contratos sucessivamente renovados, e o uso da contagem pelo sucessor – sublocatário total. A jurisprudência admite que, na soma dos prazos, se incluam períodos de locação verbal, desde que breves.
3) Funcional: o locatário deve explorar o mesmo ramo de atividade econômica pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos, à data da propositura da ação renovatória.
4) Processual: decai do direito de promover a ação renovatória o contratante que não o fizer no intervalo entre um ano e seis meses anteriores ao término do contrato a renovar. A demora na citação não acarreta a decadência, salvo se imputável ao próprio autor do pedido.
Exceção de Retomada
O proprietário do imóvel pode exercer sua defesa na ação renovatória de aluguel, mediante exceção de retomada, em algumas situações, apresentando como fundamento, além da ausência dos requisitos legais:
a) realização de obra por determinação do Poder Público, desde que estas importem em mudança radical (LL, art. 52, I);
b) realização de obras para modificação que aumente o valor do negócio ou da propriedade (LL, art. 52, I);
c) utilização do imóvel para uso próprio ou para transferência de fundo de comércio já existente há mais de um ano, quando o detentor do capital social for o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente (LL, art. 52, II). Neste último caso, é vedado o uso para o mesmo ramo do locatário, salvo se a locação envolver o arrendamento do próprio estabelecimento empresarial (LL, art. 52, § 1º). A permissão (exceção de retomada para transferência de estabelecimento próprio) não abrange imóvel localizado em shopping center (LL, art. 52, § 2º) porque a atividade do locador é a de administrar o pool e locatários e não de exercer atividade varejista (Restiffe Neto, 2000 (b):262); 
d) insuficiência da proposta apresentada pelo locatário, considerando o valor locatício real, excluída a valorização decorrente do ponto (LL, art. 72, II); 
e) existência de melhor proposta de terceiro (LL, art. 72, III), permitida contraproposta pelo autor no momento da réplica (LL, art. 72, § 1º).
Ocorrendo a conversão (falta de renovação do contrato de locação) o locatário terá direito à indenização, em três situações:
 a) na aceitação de melhor proposta; 
b) na retomada para realização de obra pelo Poder Público e o proprietário que dar-se inerte por prazo igual ou superior a três meses da data da entrega do imóvel; 
c) na retomada para construção mais útil. 
Nos primeiros casos, a indenização inclui o efetivo prejuízo e os lucros cessantes e, no último, limita-se às despesas de mudança.
Somam-se a estas situações a inércia ou insinceridade (desvio de uso) na retomada por parte do locador (LL, art. 44, parágrafo único), circunstâncias que implicam imposição, em ação própria, de multa a ser fixada pelo magistrado, equivalente a um mínimo de 12 e a um máximo de 24 meses do valor do último aluguel atualizado ou do que esteja sendo cobrado do novo locatário, se realugado o imóvel.
Franquia 
 
Conceito: Franquia empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistemas operacionais desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício.”.
Resumidamente franquia é a concessão, a uma determinada empresa, de marcas de produtos conhecidas do consumidor e aceitas por seu preço, qualidade e praticidade.
As características da franquia são: um contrato bilateral, oneroso, comutativo, formal, intuitu personae, de execução continuada. 
A celebração por escrito, assinado na presença de duas testemunhas.
A franquia tem por fim a exploração de marca ou produto com a assistência técnica do franqueador. Esta assistência técnica poderá ser em relação ao bom funcionamento dos aparelhos quanto a publicidade da marca e produtos e até mesmo a assistência contábil, apesar de tudo depender da vontade das partes expressa no contrato.
Resumo dos Pontos mais Importantes da Empresa de Responsabilidade Individual Limitada – EIRELI
Já tratamos em diversos textos sobre a mais nova espécie de pessoa jurídica que é a EIRELI, neste texto vamos  resumir alguns pontos importantes sobre elas para condensar informações a respeito dessa modalidade de pessoa jurídica e ter um estudo mais objetivo para sua preparação.
Dispomos as informações por meio de tópicos e caso seja necessário maiores esclarecimentos click sobre o links que estão em cada frase pois eles irão redirecionar você para aprofundar seu conhecimento sobre as Empresas de Responsabilidade Limitada – EIRELI, vejamos:
EIRELI é abreviação de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada e foi Criada em 2011 pela Lei 12.441/2011;
Modalidade de pessoa jurídica composta por uma pessoa física;
Não pode ser constituída ou administrada por pessoa jurídica, conforme instrução normativa 117 do DNRC;
Pode ser administrada por pessoas físicas distintas da pessoa física que a constituiu, conforme instrução normativa 117 do DNRC;
Não pode ser constituída por:
militares;
magistrados e  membros do Ministério Público;
incapaz;
estrangeiro sem visto permanente;
pessoa impedida por norma constitucional ou lei especial;
pessoa condenada por crime falimentar;
entre outras;
Patrimônio da sociedade e do proprietário são distintos;
Difere do empresário individual (patrimônio do proprietário todo em risco) pela responsabilidade do sócio limitada ao patrimônio que a constituiu;
Patrimônio do sócio não sofre impactos das atividades da empresa, diferente do empresário individual que poderá ter seu patrimônio pessoal comprometido;
Criada para facilitar o desenvolvimento de atividades econômicas individualmente e para evitar criação de sociedades fictícias (em que um dos sócios tem 99% do capital e outro 1% sendo esse último mero “laranja”)
O único titular deve ser pessoa física, conforme Instrução Normativa 117 do DNRC;
Capital social deve ser constituído por no mínimo 100 saláriosmínimos da sua época de criação;
Só há integralização de capital social (não há subscrição, nem realização como ocorre nas sociedades limitadas, por exemplo);
Capital social não pode ser integralizado por serviços devendo ser bens ou capital;
É subsidiariamente regida pela normas pertinentes ao Código Civil aplicadas às Sociedades Empresariais Limitadas;
Como nome empresarial essa espécie de Pessoa Jurídica Empresarial poderá ter tanto FIRMA como DENOMINAÇÃO;
Independe de ser Denominação ou Firma no nome da empresa deverá constar a expressão EIRELI;
Pode existir EIRELI não empresária que será constituída com a finalidade de prestação de serviços de natureza não empresária;
Prepostos e colaboradores
Art. 1.169.0 preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente peles atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
São prepostos, em geral, os colaboradores permanentes ou temporários da empresa, com ou sem vínculo empregatício, aos quais são delegados, pelo empresário ou pela sociedade empresária, poderes de representação da empresa perante terceiros. O preposto pratica atos negociais em nome do preponente, a exemplo do vendedor, do balconista ou do caixa de uma loja comercial, agindo em nome da empresa, nos limites dos poderes e das funções dos cargos que exerce. O exercício da função de preposto é de caráter pessoal e não pode ser transferido a terceiros estranhos à empresa, salvo se expressamente autorizado pelo preponente, titular da empresa, sob pena de responder pessoalmente pelos atos e obrigações contraídas pelo substituto não autorizado, O preponente, todavia, é considerado responsável pelos atos praticados por seus prepostos no respectivo estabelecimento comercial, desde que esses atos estejam dentro de suas atribuições normais, cuja legitimidade é presumida por aqueles que se relacionam com a empresa. 
Art. 1.170. O preposto, salvo autorização expressa, não pode negociar por conta própria ou de terceiro, nem participar, embora indiretamente, de operação do mesmo gênero da que lhe foi cometida, sob pena de responder por perdas e danos e de serem retidos pelo preponente os lucros da operação.
O preposto representa a empresa com a finalidade de realizar negócios em nome do preponente. Não pode. assim, fazer concorrência à própria empresa a que se vincula, seja direta ou indiretamente, atuando em operação no mesmo ramo de atividade, salvo se expressamente autorizado pelo titular da empresa. Se assim proceder, promovendo atos de concorrência, de modo ilícito, poderá vir a pagar perdas e danos em relação aos prejuízos suportados pelos negócios que o preponente deixou de realizar, podendo este, conforme o caso, reter os lucros que seriam obtidos pelo preposto que agiu dessa forma.
Art. 1.171. Considera-se perfeita a entrega de papéis, bens ou valores ao preposto, encarregado pelo preponente, se os recebeu sem protesto, salvo nos casos em que haja prazo para reclamação.
O preposto, ao receber do preponente, titular da empresa, documentos, bens ou valores para o exercício das atividades a ele delegadas, poderá contestar ou protestar contra tal entrega, se for cometida além de suas atribuições e responsabilidades. Não apresentando qualquer protesto no momento do recebimento, considera-se perfeita a entrega, principalmente de bens e valores, para que o preposto cumpra as obrigações da relação de preposição.

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