1 fios e fibras

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Processo Produtivo Têxtil 
-Materiais e Processos na Indústria 
Têxtil
/ FIC – Faculdade Integrada do Ceará
por: Vera Lúcia Lins Soares
A cadeia produtiva têxtil, integra a
produção de:
-FIBRAS
-FIAÇÃO
-TECELAGEM E MALHARIA
- ACABAMENTO / BENEFICIAMENTO
Abastecendo as indústrias do
setor de confecções.
CADEIA PRODUTIVA TÊXTIL
ARTIFICIAIS
FIAÇÃO
TECELAGEM MALHARIA
ACABAMENTO
CONFECÇÃO
SINTÉTICASNATURAIS
FIBRAS
FONTE: (IEL: 2000)
FLUXOGRAMA 
DA CADEIA 
PRODUTIVA 
TÊXTIL
PETROQUÍMICA AGROINDÚSTRIA QUÍMICA
FIBRA TÊXTIL
A fibra têxtil é o termo 
genérico para vários tipos 
de material, naturais ou 
Químicos que formam os 
elementos básicos para 
fins têxteis. 
CONCEITO
(Kuasne: 2008)
FIBRAS NATURAIS
FONTE:www.paraiba1.com.br
ALGODÃO
RAMI
LINHO BAMBU
DE ORIGEM VEGETAL
MILHO
A FIBRA PLA –
(Poliláctico)
Surgiu a partir da 
polimerização 
do ácido láctico do 
milho.
FIBRAS ECOLOGICAMENTE CORRETAS
(BIODEGRADÁVEIS)
SOJA
conhecida 
“fibra têxtil verde”, desenvolvida 
através da sua reutilização. 
As fibras de soja são 
resistentes aos ácidos e aos 
raios ultravioleta. São também 
resistentes aos fungos, 
apresentando uma resistência 
semelhante à da seda e lã, e 
uma maior resistência ao mofo 
que a lã, seda e algodão.
CAPIM DOURADO
Não se produz tecidos desta fibra, mas é muito utilizada na moda
FONTE: brasil.acambiode.com
LÃ
NATURAL DE ORIGEMORIGEM ANIMAL
De acordo com a raça da 
ovelha, obtêm-se fibras de 
cores, comprimentos e 
qualidades diferentes. A 
qualidade da fibra varia, 
também, conforme a sua 
extração: A lã "de pelego", 
extraída de um animal 
morto é mais dura e 
quebradiça; a lã "viva", 
extraída por tosquia 
manual, é mais resistente 
e macia.A lã é a mais 
higroscópica das fibras.
É UMA FIBRA NATURAL, 
BRILHANTE, FEITA 
PELO BICHO-DA-SEDA 
PARA 
FORMAR SEU CASULO
FONTE: www.essencialnet.com.br
SEDA
AMIANTO
FONTE: www.brasilescola.com/curiosidades/o-amianto-u
BASALTO
NATURAL DE ORIGEM ORIGEM MINERAL
São encontradas em depósitos 
subterrâneos. Essa fibra mineral é 
usada no isolamento das casas, na 
proteção ao fogo (em roupas de 
segurança), caixas d’água, pisos, 
telhas, componentes de freios de 
automóveis, revestimentos de 
máquinas e alguns tipos de material 
plástico.
São resistentes ao fogo e à 
corrosão, pouco peso e baixo custo 
de produção.
Provem da rocha de próprio 
nome. 
Possui estabilidade térmica, 
isolamento do calor e do som, 
resistente à vibrações, é 
durável e leve.
Resiste ao fogo. É empregada 
na tecnologia aeroespacial e 
na indústria automobilística)
FIBRAS QUÍMICAS
FIBRAS ARTIFICIAIS
•produzidas pelo homem, utilizando como matéria-
prima produtos da natureza, como a celulose e a 
Proteína, juntamente com substâncias químicas.
VISCOSE (CV) ACETATO (CA) 
FONTE:www.paraiba1.com.br
Dividem-se em artificiais e sintéticas.
VISCOSE (CV) 
Em 1905 teve início a produção da Viscose, que juntamente com 
o Acetato, foram as primeiras fibras artificiais produzidas. É feita 
a partir da celulose do algodão, junto a outras substâncias 
químicas.
É uma fibra bastante ao mofo, mas muito sensível ao ataque das 
traças.
Bastante utilizada na fabricação de tecidos planos malhas e não 
tecidos.
A fibra da viscose misturada à do acetato dá origem ao tecido 
conhecida como ¨seda javanesa¨.
ACETATO (CA) - RAYON
Miles, em 1905, descobre o processo de fabricação do Acetato. Em 
pouco tempo, são notáveis as aplicações desta fibra no mercado. 
Foram utilizadas para revestimentos das asas dos aviões na 
primeira guerra mundial (1914-1918) e, a partir de 1924, é 
implementada na indústria do vestuário, experimentando vários 
segmentos deste mercado. 
Estas fibras são mais leves que o algodão. Tem ótimo 
desenvolvimento da cor e um brilho e toque semelhantes ao da 
seda; conferem uma sensação de comodidade. 
Os tecidos desta fibra fornece um excelente drapeado e retenção de 
plissados.
MODAL(CP).LYOCEL (CLY)
São obtidas através de uma série 
de processos químicos a partir da 
regeneração da celulose natural 
com solvente orgânico (óxido de 
amina) e outras substâncias 
Químicas.
Possui alto grau de resistência, 
com um toque macio e Sensação 
de conforto.
Fabricadas pelo processo
Viscose. Absorve 50% a 
mais de umidade 
do que o algodão. Possui 
elevada tenacidade. Obtêm-
se dessa fibra tecidos 
planos e malhas
FIBRAS QUÍMICAS SINTÉTICAS
Produzidas a partir da indústria 
petroquímica e do carvão mineral
Polipropileno
Nylon
Poliéster
Poliuretano
FONTE:www.paraiba1.com.br
NYLON
Foi a primeira fibra têxtil sintética a ser produzida. 
(1935). O náilon (ou nylon) é um nome genérico para a 
família das poliamidas ( polímero termoplástico).
Dos fios desse polímero fabricam-se o velcro e os 
tecidos usados em meias femininas, roupas 
íntimas, maiôs, biquínis, bermudas, shorts e outras 
roupas esportivas .
POLIÉSTER
Segunda fibra sintética a ser desenvolvida. Suas características são: 
resistência à ruga, durabilidade e retenção de cor. 
As fibras de poliéster são muito misturadas com as fibras naturais para 
produzir um tecido com propriedades das fibras sintéticas sem perder o 
toque das fibras naturais.
Os Tecidos e malhas feitos com fios de fibras de poliéster são usados 
extensivamente em confecções e têxteis-lar, de camisas e calças a casacos, 
chapéus, lençóis, cortinados e móveis estofados. Fibras fios e cordas de 
poliéster são usados em reforços para pneus, tecidos para correias 
transportadoras, cintos de segurança. Fibras de poliéster são usadas como 
material isolante térmico e enchimento de almofadas, edredons e estofos.
POLIPROPILENO
O polipropileno é
um polímero ou termoplástico derivado 
do propeno ou propileno e é reciclável. 
Possui resistência ao impacto, mas é 
pouco utilizado nos Têxteis. Sua 
aplicação se destina à produção de 
sacaria para grãos, brinquedos, 
artigos de plástico em geral; materiais 
hospitalares, como seringas de 
injeção, etc.
POLIURETANO
Fibra sintética desenvolvida pela Du Point . A partir dessa fibra se 
desenvolveu também a lycra ( elastano ou spandex) em1970, 
Por essa mesma indústria.
Trata-se uma fibra muito utilizada na confecção de calças, maiôs
ou fato de banho, sungas, cintas e biquínis, fitness ou roupas de 
ginástica e social , em geral.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DAS FIBRAS
Flexibilidade: propriedade de suportar a flexão.
Comprimento:determinado naturalmente ou 
mecanicamente
Resistência: capacidade de suportar carga
Finura: quanto menor a espessura do diâmetro 
maior maciez e flexibilidade
Existem outras propriedades que 
determinam as características 
das fibras têxteis como, a 
resiliência, absorção, elasticidade, 
termoplasticidade, alongamento, 
toque, brilho, durabilidade, etc. 
que irão influenciar sobre a 
performance final do artigo têxtil.
FIAÇÃO
É o conjunto de operações que 
tem por finalidade transformar 
em fio as diferentes espécies de 
Fibras Têxteis.
Spinning jenny, fiandeira 
mecânica criada em 1764 por 
James Hargreaves.
Roda de fiarFuso de fiar
Empresa de fiação da 
década 50
Indústria de fiação automatizada
Fonte: http://histoblogsu.blogspot.com
TIPOS DE FIOS
Os fios se dividem em quatro grupos principais:
Fio Penteado: as fibras mais curtas são eliminadas.
Fio Cardado: Não são penteados, possui fibras 
curtas, gerando alterações na regularidadedo fio e 
dos tecidos, como o “neeps” e o “pilling”.
Fio Fantasia: Passam por beneficiamentos, 
adquirindo aspecto e toque que valorizam o tecido.
Fio Tinto: Tingido antes de entrar na tecelagem.
Fio Penteado Fio Cardado
Fio FantasiaFio Tinto
TIPOS DE FIAÇÃO
FIAÇÃO A ANEL OU CONVENCIONAL: possui 
quatro fases distintas, a saber:
Abertura e Limpeza: separação das impurezas 
(cardagem).
Paralelização: orientação das fibras num único 
sentido. (Passador) 
Estiragem: deslizamento da fibras uma sobre a outra, 
afinando o feixe de fibras. (Maçaroqueira)
Torção: operação que dá ao feixe de fibras um 
certo número de voltas ( torções ). 
FIAÇÃO DESCONTÍNUA
Fiação a Rotor (Open End)
método não-convencional mais bem sucedido 
comercialmente, sobretudo na fiação de fibras 
de comprimento muito curto.
PROCESSOS DE FIAÇÃO
FIAÇÃO DE FIBRAS CONTÍNUAS OU 
FILAMENTOS CONTÍNUOS 
Método para obter os fios a partir das fibras 
artificiais e sintéticas.
Torção do Fio
usada para fixar as fibras entre si, dando 
resistência ao fio. Quanto menor a torção mais 
suave é o fio, quanto maior a torção mais 
resistente ele é.
TECELAGEM
Tecelagem é o ato de tecer, entrelaçar 
fios de trama (transversal) e urdume, 
(longitudinal) formando tecidos.
Conceito
Fonte: (Wikipédia)
A Tecelagem pode ser artesanal utilizando 
de teares manuais ou em processo industrial, 
(teares automatizados).
Fonte: www.quimiparque.pt/Museu_Galeria.htm
TEAR 
– Princípio de funcionamento 
a –urdidura
b - trama
c - tecido
d - pente
e - cala
f - navete com 
a trama
MALHA LAÇADAPLANOSNÃO TECIDOSESPECIAIS
RENDAS
TRAMA
URDUME
MISTAS
LISO
MAQUINETADO
JACQUARD
FOLHEADOS
FELTROSLAMINADOS
EMBORRACHADOS
PLASTIFICADOS
ESTAMPADOS
BORDADOS
TECIDO
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS QUANTO A ESTRUTURA
Fonte: (do autor)
Tecidos produzidos no processo 
de tecelagem (também conhecidos 
como tecidos planos ) não podem ser 
confundidos com tecidos de malha. Nos 
tecidos planos há somente duas 
posições possíveis para os fios de 
trama: ou ele passa por baixo ou passa 
por cima dos fios de urdume.
CLASSIFICAÇÃO DOS TECIDOS QUANTO 
A COLORAÇÃO
Tecidos Crus: não sofrem acabamento após a 
tecedura.
Tecidos Alvejados: sofrem processos de alvejamento 
/ clareamento.
Tecidos Tintos: recebem uma coloração única em 
toda a sua extensão.
Tecidos Mesclados: Resultam da mistura de fibras ou 
fios de diferentes coloração.
.
Tecidos Estampados: desenhos obtidos por meio 
da aplicação de corantes em áreas específicas.
Tecidos Listrados: apresentam listras que podem 
ser formadas somente pelo fio urdume ou 
somente pelo fio trama.
Tecidos xadrezes: mostram a combinação de 
listras formdas tanto pelo fio urdume quanto 
pelo fio trama.
Ligação de malha simples
MALHARIA
Os tecidos em malha não
resultam de um trabalho de
tecelagem Plana no qual os
fios se cruzam. Eles surgem
do entrelaçamento de
laçadas de um ou mais fios.
fonte>: (Wikipédia)
TIPOS DE MALHA
Malhas de trama: obtidas pelo entrelaçamento de um 
fio, podendo resultar num tecido circular.
Malha de Teia ou Urdume: Um ou mais conjuntos de 
fios são colocados lado a lado, lembrando os fios do
urdume num tear
Malhas Mistas: são as malhas de teia ou urdume
na qual é feita a inserção periódica de um fio trama, 
com o objetivo de dar mais firmeza ao produto.
BENEFICIAMENTO TÊXTIL / ACABAMENTOS
O beneficiamento Têxtil,Constituído por várias 
etapas, tem por finalidade melhorar as 
características físico-químicas de fibras, fios e 
tecidos. Na Etapa final (Acabamento), ele 
confere propriedades particulares aos tecidos.
Após a tecelagem, as etapas seguintes visam 
preparar o tecido para a coloração total (tintura)
ou parcial (estampagem).
Acabamentos
São inúmeros os acabamentos finais, que 
modificam a aparência dos tecidos ou 
acrescentam – lhes novas propriedades.
Eis alguns:
Antifogo, antimanchas,antimicrorganismo, 
Anti – rugas; Aplicação de amaciantes e de 
encorpantes, calandragem, escovagem; 
Aplicação de desenhos em alto relevo 
(Cloquet), sanforização; lavagem com 
enzimas, stonagem, resinagem, etc.
NANOTECNOLOGIA TÊXTIL
A Nanotecnologia atua na área têxtil modificando 
macromoléculas da fibras, resultando em tecidos 
com novas propriedades. 
INOVAÇÕES:
-Tecidos que evitam o odor causado pelo suor;
- Roupas que repelem 95% dos raios Ultravioleta;
- Tecidos que ativam a circulação sanguínea;
-Tecidos que repelem insetos;
-Tecidos com cápsulas hidratantes.
SUSTENTABILIDADE TÊXTIL
-Produção de tecidos orgânicos;
-Reduçãoe poluentes, água e energia,;
-Reciclagem de fibras e fios com a produção 
de novos tecidos;
-Pigmentos que reduzem a utilização da água, 
-corantes e tempo de confecção;
-- E utros processos, sem contar com as medidas de 
sustentabilidade quesão adotadas pela cadeia de 
tecnologia da confeçção.
COM A TROCA DE 
CONHECIMENTO E IDÉIAS, 
ESSA DISCIPLINA PROPÕE 
INTEGRAR O TALENTO 
CRIATIVO DOS ALUNOS 
COM TODOS OS ELOS DA 
CADEIA TÊXTIL – DA FIBRA 
AO DESENVOLVIMENTO DE 
DESIGN, LEVANDO EM 
CONSIDERAÇÃO A 
RESPONSABILIDADE 
AMBIENTAL.
REFERÊNCIAS:
CHATAIGNIER, Gilda. Fio a Fio – Tecidos, Moda e linguagem. Estação das Letras, 
São Paulo, 2006.
ÉPOCA, Revista N º 6811. Junho 20101 Pg.144. Ed. Globo, 2011.
PEZOLO, Dinah Bueno . Tecidos- História, Tramas, Tipos e Usos. Senac. São 
Paulo, 2007.
SOUZA, Walkiria Guedes. Apostilha de Tecnologia Têxtil. Ce, 2007.
VERLAG Aenne Burda GmbH & Co. Burda – A Costura tornada Fácil. ISBN 3-
88978-0431.Portugal, 2010.
NANOTECNOLOGIA. http://pt.wikipedia.org/wiki/Nanotecnologia Acesso: 
19/07/2011.
TECELAGEM-BASICO. http://www.scribd.com/doc/6966772/tecelagembasico. 
Acesso em 18/07/2011.
FIBRAS TÊXTEIS. http://www.slideboom.com/presentations/176041/Fibras-
T%C3%AAxteis.. Acesso em 17/07/2011.