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FAB 2 OPIOIDES

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FAB 2 - OPIÓIDES
Conceitos:
- Opioide: compostos sintéticos, semi-sintéticos, naturais ou endógenos que interagem com os receptores opioides no SNC.
- Opiáceos: analgésicos estruturalmente relacionados à morfina. Ex. morfina, codeína, papaverina.
Indicações dos Analgésicos Opioides:
- Dores agudas severas de origem traumática. Ex. morfina, fentanil
- Dores leve/moderada de origem inflamatória. Ex. codeína, propoxifeno.
- Dores crônicas severas. Ex. morfina, oxicodona
- Dor oncológica
A dor crônica deve ser avaliada porque nem todo paciente vai ficar tomando opioide para resolver.
NÃO HÁ BOA RESPOSTA PARA DOR NEUROPÁTICA
AÇÃO DOS OPIOIDES ENDÓGENOS NA MODULAÇÃO DA DOR
No neurônio pré-sináptico, as endorfinas, encefalinas, dinorfinas agem impedindo a liberação de vesículas contendo neurotransmissores (glutamato, substancia P) que iriam propagar o impulso nervoso porque evita que o cálcio entre.
No neurônio pós-sináptico, as substâncias opioides agem hiperpolarizando a membrana pós-sináptica através do influxo de potássio para o interior do neurônio, bloqueando assim a transmissão do impulso nervoso.
Resumindo, os mecanismos pelos quais os opioides produzem analgesia são:
Inibição da transmissão ascendente da Dor
Ativação da Via Descendente Inibitória (Mesencéfalo - Núcleo Ventromedial Rostral - Corno Dorsal da Medula Espinhal)
Inibição discreta dos nociceptores periféricos
Receptores Opioides e relação com Efeitos Adversos:
Os receptores estão localizados em córtex, amigdala, septo, tálamo, hipotálamo, mesencéfalo e medula.
Receptores Mi: analgesia supraespinhal, depressão respiratória, euforia e dependência física. Agonistas principais: morfina, fentanil, buprenorfina. Afinidade com endorfinas e encefalinas.
Receptores Kappa: analgesia medular (analgesia moderada), miose e sedação. Agonistas principais: etorfina.
Receptores Sigma: disforia, alucinações, estimulação vasomotora e respiratória. Agonistas principais: etorfina, morfina.
Receptores Delta: alterações de comportamento afetivo. Agonistas principais: pentazocina, nalorfina.
Receptor OLR1: envolvido com o glutamato, não tem aplicação clínica.
IMPORTANTE: Diferenciar uma intoxicação por BZP ou opioides pela característica da pupila. Opioides fazem MIOSE. Analisar também pele para detectar se o paciente usa agulhas para se automedicar.
CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS OPIOIDES
1. De acordo com a ação em receptores
- Agonistas Puros: agem preferencialmente nos receptores mi
- Agonistas Mistos: atuam em mais de um receptor opioide
2. Quanto a origem
- Análogos da Morfina ( se ligam preferencialmente a receptores mi)
Agonistas: morfina, heroína, codeína
Agonistas parciais: nalorfina, levalorfan. Produz uma resposta parcial do medicamento.
Antagonistas: naloxona
- Derivados Sintéticos
Exemplos: Fenilpiperidinas (Meperidina e Fentanil), Derivados da Metadona (Metadona e Dextropropoxifeno), Derivados do Benzoforman (Pentazocina), Derivados da Tebaina (Etorfina).
- Antagonistas
Exemplos: nalorfina, naloxona, naltrexona
3. De acordo com a potência (comparado a morfina)
Opioides Fracos: Tramadol, Codeína, Propoxifeno
Semelhantes a morfina: meperidina, oxicodona, metadona
Opioides Fortes: Sufentanila (1000x superior a morfina), Fentalina (100x potencia da morfina)
AÇÕES FARMACOLÓGICAS DOS OPIOIDES
- Analgesia: mediado principalmente por receptores mi
- Euforia poderosa sensação de bem-estar e contentamento, dependendo da situação do paciente. É mediada por receptores mi.
- Disforia: sensação de mal-estar, mediada por receptores kappa.
- Depressão respiratória: mediado por receptores mi, essa ligação com o opioide provoca diminuição da sensibilidade à elevação da pCO2 no centro respiratório e inibição da geração e ritmo respiratório
- Depressão do reflexo da tosse: 
- Náuseas e vômitos: estímulo da zona emética na área postrema do bulbo
- Miose: estimulo do núcleo oculomotor pelos receptores µ e κ
- Efeitos no TGI: mediados por receptores mi e kappa
Aumento do tônus e redução da motilidade constipação
Deve ser evitado o uso de opioides em pacientes com cálculos biliares, pois a dor pode aumentar
- Outras ações:
Liberação de histamina dos mastócitos, podendo causar urticária e prurido local, assim como broncoconstrição
Hipotensão
Espamos musculares
Efeitos imunossupressores (em uso crônico)
Desenvolvimento de TOLERÂNCIA pelo uso de opioides: 
Trata-se de uma redução dos efeitos farmacológicos geralmente entre 12 e 24 horas. A euforia tem tolerância rápida, enquanto que analgesia, depressão respiratória tem tolerância moderada. Ocorre dessensibilização dos receptores por adaptação.
Desenvolvimento de DEPENDÊNCIA pelo uso de opioides
A dependência está relacionada aos receptores mi nos sistemas mesolímbico e dopaminérgico. 
A diferença do adicto é que esse usa o medicamento sem fim terapêutico, somente por necessidade.
A retirada do opioide gera aumento da atividade da adenilato ciclase, gerando irritabilidade, perda de peso, febre, náuseas, diarreia, insônia e convulsões, o que caracteriza a SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA.
- Estágio I (até 8 horas): ansiedade, necessidade da droga
- Estágio II (de 8 a 24 horas): ansiedade, insônia, distúrbios GI, rinorreia, midríase, diaforese
- Estágio III (até 3 dias): taquicardia, náusea, hipertensão, diarreia, febre, calafrios, tremores, convulsões e espasmos musculares
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS DOS OPIOIDES
- Absorção: principalmente em intestino delgado, sofre metabolismo de primeira passagem hepática e intestinal, resultando em baixa disponibilidade oral.
- Distribuição: a elevada lipossolubilidade facilita sua disponibilidade para o sítio efetivo
- Metabolização: feita no fígado, criando metabólitos ativos e inativos. A morfina sofre metabolização extra-hepática, sendo conjugada nos rins.
- Excreção: na bile e na urina
TABELA DE FÁRMACOS
	FÁRMACO
	POTÊNCIA
(Classificação)
	AFINIDADE PELO RECEPTOR
	ASPECTOS 
FARMACOCINÉTICOS
IMPORTANTES
	INDICAÇÕES
CLÍNICAS
	EFEITOS ADVERSOS COMUNS/ TOXICIDADE
	VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
	Morfina
	+++
	Receptor mi kappa, delta
(mais mi)
	- meia vida de 3-4 horas
- convertida em metabólito ativo
- pouca biodisponibilidade
	Dor Crônica e Aguda
	- Sedação
- Depressão Respiratória
- Constipação
- Náuseas e Vômitos
- Tolerância e Dependência
	- VO
- IV
- Intratecal
	Oxicodona
	++
	Receptores mi, delta e kappa
	- meia vida de 3-5 horas
- excreção renal (cuidar com portadores de Insuficiência)
	Dor Crônica e Aguda
	IGUAIS AO DA MORFINA
- Euforia
	- VO
- IV
	Codeína
	+
	Receptor mi
	- é um pró-farmaco
- metabolizada em morfina e outros opioides
	Dor Leve a Moderada
	- CONSTIPAÇÃO
	- VO
- IM
	Meperidina/ Petidina
	++
	Receptor mi
	- meia vida de 2-4 horas
- produz metabólito ativo que prolonga os efeitos, gerando SÍNDROME EXCITATÓRIA
	Dor Aguda:
- Dor de Parto
- Pós-cirúrgico
	IGUAIS AO DA MORFINA
- Efeitos Anticolinérgicos
- Risco de Convulsões, Agitação
	- VO
- IM
- EV
	Metadona
	++
(menor ação sedativa que a morfina)
	Agonista do receptor mi e delta, antagonista dos receptores NMDA
	- meia vida LONGA (24-48 horas), portanto AÇÃO PROLONGADA
	Dor Crônica e MANUTENÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS
	IGUAIS AO DA MORFINA, porém menor efeito eufórico
	- VO
- EV
	Fentanil
	+++++
	Receptor mi
	- meia vida de 1-2 horas
- muito lipossolúvel então produz EFEITO RÁPIDO
	Dor Aguda e ANESTESIA
	IGUAIS AO DA MORFINA
	- IV
- EPIDÉRMICA
- ADESIVO TRANSDÉRMICO
	Tramadol
	+
	Agonista fraco do receptor mi
	- meia vida de 4-6 horas
- inibe recaptação de serotonina-noradrenalina, então NÃO DEVE SER ASSOCIADO A ANTIDEPRESSIVO
- pacientes idosos e com IR tem possibilidade de acumulo do fármaco
	Dor Aguda (Pós-Operatório) e
Dor Crônica
	- VÔMITOS E NÁUSEAS
- Tontura
- Convulsões
	- VO
- EV
	Nalbufina
	++
	Antagonista mi e agonista kappa
	- meia vida de 1-2 horas
	Dor Aguda e Anestesia
	IGUAIS AO DA MORFINA
	- EV
- EPIDÉRMICANaloxona
	- - - - 
	Antagonista dos receptores 
Mi > kappa > delta
	- o antagonismo efetivo dura cerca de 30 minutos
- atravessa a barreira placentária
	Tratamento de Depressão Respiratória por Opioides
	- Estado de Abstinência Aguda com hipertensão
- Edema Pulmonar
- Arritmias Cardíacas
	- EV

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