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FIBRAS E DISLIPIDEMIA

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Artigo de Revisão
Fibras dietéticas solúveis 
e suas funções nas dislipidemias
Soluble dietary fibers and their functions in the dislipidemy
Fibras dietéticas solubles y sus funciones en las dislipidemias
Resumo
Os estudos sobre a relação das fibras com a saúde começaram na década de 1970, com 
pesquisas demonstrando que, em comunidades nas quais consumiam poucos alimentos pro-
cessados industrialmente, eram raras as doenças como hipertensão, infarto do miocárdio, 
obesidade e distúrbios gastrintestinais. Enquanto as fibras insolúveis são importantes para 
fornecer a massa necessária para a ação peristáltica do intestino, as fibras solúveis têm a 
propriedade de se ligarem à água, formando um gel que reduz a absorção de lipídios e açúca-
res, tornando-se substrato para a formação de rica flora bacteriana. Elas são potencialmente 
eficazes na regulação dos níveis plasmáticos de glicose, colesterol e triglicerídeos, além de 
constituírem fator preventivo de certas enfermidades degenerativas ou crônicas como, por 
exemplo, câncer de cólon e reto, aterosclerose e diabetes. Considerando a importância do 
tema, este trabalho de revisão teve como objetivo abordar a função das fibras dietéticas solú-
veis nas dislipidemias, por meio da leitura de 34 artigos científicos inerentes à área.
Abstract
Studies about the relationship between fibers and healthy began in the decade of 1970, with 
researches demonstrating that communities which consumed few foods industrialist made 
were rare to appear diseases as hypertension, myocardium’s infarct, obesity and intestinal 
disturbances. While the insoluble fibers are important to supply the necessary mass for the 
intestine peristaltic action, the soluble fibers have property of tie to the water forming a gel 
which reduces the lipids and sugars absorption, becoming a substratum for the formation 
of a rich flora bacterial. They are potentially effective in regulation of glucose, cholesterol 
and triglycerides plasmatics levels; over there, they constitute a preventive factor of same 
degenerative or chronic diseases, as colon and straight cancer, atherosclerosis and diabetes. 
Considering the importance of this theme, this revision work had as the main point the discus-
sion about the soluble dietary fibers function in the dislipidemy, through the reading thirty and 
four of scientifics articles about this subject.
Resumen
Los estudios con fibras dietéticas y salud empezaran en la década de 1970, con las pesqui-
sas demostrando que, en las comunidades que consumían pocos alimentos procesados por 
la industria las enfermedades como hipertensión, infarto del miocardio, obesidad y enferme-
dades gastrointestinales eran raras. Las fibras insolubles son importantes para fornecer a 
masa necesaria para la acción peristáltica del intestino y las fibras solubles tienen la pro-
piedad de ligaren con el agua, formando un gelatina que disminuye la absorción de lípidos y 
azúcares y tornase sustrato para la formación de una importante flora bacteriana. Ellas son 
potencialmente eficaces en la regulación de los niveles de glucosa, colesterol y triglicéridos en 
la sangre y también constituyen factor preventivo de algunas enfermedades degenerativas o 
crónicas como, por ejemplo, cáncer de colon y recto, aterosclerose y diabetes. Considerando 
la importancia del tema, este estudio de revisión, tuvo como objetivo abordar la función de las 
fibras dietéticas solubles en las dislipidemias, por medio de la lectura de 34 artículos científi-
cos relacionados con el área. 
Maria da Conceição Rodrigues Gonçalves1
Maria José de Carvalho Costa2
Luiza Sonia Rios Asciutti3
Margareth de Fátima Formiga Melo Diniz4
1 Doutora em Farmacologia pela Universidade Fe-
deral da Paraíba (UFPB) e professora adjunta do 
Departamento de Nutrição e Centro de Ciências 
da Saúde da UFPB
2 Doutora em Nutrição e Alimentação pela Universi-
dade de Bogonha e professora adjunta do Departa-
mento de Nutrição e Centro de Ciências da Saúde 
da UFPB
3 Doutora em Nutrição e Alimentação pela Univer-
sidade de Bogonha e professora da Faculdade de 
Ciências Médicas da Paraíba (FCM-PB)
4 Doutora em Farmacologia pela UFPB e professora 
adjunta do Departamento de Ciências Farmacêuti-
ca do Centro de Ciências da Saúde da UFPB
Unitermos
Fibra alimentar; dislipidemias; nutrição enteral
Key words
Dietary fiber; dyslipidemias; enteral nutrition
Unitérminos
Fibra dietética; dislipidemias; nutrición enteral
Endereço para correspondência: 
Maria da Conceição Rodrigues Gonçalves
Av. Argemiro de Figueiredo, 2586 – Apto.301 
Bessa – CEP 58036-030 – João Pessoa/PB 
E-mail: raulceica@ig.com.br
Submissão 
13 de fevereiro de 2007
Aceito para publicação 
24 de maio de 2007
Rev Bras Nutr Clin 2007;22(2):167-73
Gonçalves MCR, Costa MJC, Asciutti LSR, Diniz MFFM
168
Introdução
Devido ao importante papel das fibras dietéticas no equi-
líbrio metabólico do organismo, considera-se como um dos 
fatores decisivos para o agravamento do quadro das doenças 
crônico-degenerativas, a adoção da chamada “dieta ociden-
tal”, que contém pouco resíduo. Por desconhecer este aspecto 
funcional das fibras, o homem passou a processar e refinar 
cada vez mais seus alimentos: aprendeu a extrair o açúcar da 
cana, a polir os grãos de trigo e de arroz e a substituir as frutas 
pelo seu suco bem peneirado.
Os estudos sobre a relação das fibras com a saúde co-
meçaram na década de 1970, com pesquisas demonstrando 
que, em comunidades as quais consumiam poucos alimentos 
processados industrialmente, eram raras as doenças como hi-
pertensão, infarto do miocárdio, obesidade e distúrbios gas-
trintestinais1,2, tendo sido essa descoberta um dos fatos pro-
pulsionantes para a revalorização da dietoterapia e da própria 
nutrição pela comunidade científica.
No Brasil, não existe uma avaliação precisa do consumo 
de fibras dietéticas, mas alguns trabalhos já alertam para um 
baixo consumo em todas as classes sociais, como conseqüên-
cia da ingestão reduzida de frutas e hortaliças3. 
Fibra dietética ou alimentar é a parte comestível de plan-
tas ou análogos aos carboidratos que são resistentes à diges-
tão e absorção pelo intestino delgado humano, com fermen-
tação parcial ou total no intestino grosso4. É definida também 
como o somatório de polissacarídeos e substâncias relaciona-
das indigeríveis mais a lignina e, ainda, como constituinte de 
alimentos e de produtos alimentícios que resiste à hidrólise 
dos sucos digestivos do homem2.
Existem dois tipos de fibras dietéticas quanto à solubi-
lidade: insolúveis, representadas por celulose, hemicelulose 
e lignina, e solúveis, representadas pela pectina, goma guar, 
fibras da aveia e das leguminosas, como psyllium. Enquanto 
as fibras insolúveis são importantes para fornecer a massa ne-
cessária para a ação peristáltica do intestino, as fibras solúveis 
têm a propriedade de se ligarem à água, formando um gel que 
reduz a absorção de lipídios e açúcares, tornando-se substrato 
para a formação de rica flora bacteriana5.
A fibra ingerida na alimentação humana não é hidrolisa-
da até o intestino delgado, mas já a partir da porção terminal 
do intestino delgado e, principalmente, ao alcançar o intesti-
no grosso, a fração solúvel é extensamente fermentada pela 
flora natural microbiana, enquanto que a fração insolúvel 
permanece quase que totalmente intacta2. 
No processo de fermentação da fibra, são produzidos 
ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) voláteis, principal-
mente propionato e butirato, além de gases (dióxido de car-
bono, hidrogênio e metano) que, dilatando as porções dis-
tais do cólon, atuam como uma bomba de propulsão sobre 
a massa fecal2.
Nem toda fibra tem a mesma capacidade de fermentação 
pelas bactérias anaeróbicas presentes no cólon. Aposição das fi-
bras quanto a sua capacidade de fermentação baseada na produ-
ção total de AGCC, in vitro, em grau decrescente, é pectina cítrica, 
fibra da soja, fibra da beterraba, fibra da ervilha e fibra da aveia6,7.
Em linguagem bem coloquial, a fibra solúvel (pectina) 
tem, no organismo, um papel de “limpa tudo”, carregando 
substâncias em excesso e nocivas para fora do corpo8.
Existem inúmeras teorias para explicar como a fibra so-
lúvel pode reduzir o colesterol sérico9: a viscosidade natural 
da fibra solúvel pode diminuir a absorção de colesterol pelo 
intestino; a fibra solúvel pode aumentar a excreção de ácidos 
biliares nas fezes e, para compensar, o fígado produz mais áci-
dos biliares a partir da degradação do colesterol; os propiona-
tos produzidos quando da fermentação da fibra solúvel pelas 
bactérias do cólon são absorvidos e convertidos em succinil-
coenzima A no fígado, podendo inibir a síntese de colesterol. 
De acordo com Marlett et al.4, as fibras dietéticas solú-
veis (viscosas) são potencialmente eficazes na regulação dos 
níveis plasmáticos de glicose, colesterol e triglicerídeos, além 
de constituírem fator preventivo de certas enfermidades de-
generativas ou crônicas como, por exemplo, câncer de cólon e 
reto, arteriosclerose e diabetes. 
Considerando este fato, pesquisadores têm estudado 
muitos alimentos conhecidos, científica e popularmente, por 
apresentarem um elevado teor de fibras e possuírem efeito 
hipolipemiante, tais como: aveia, feijão, maçã, tomate, abó-
bora, cenoura, berinjela, chicória, laranja, entre outros.
A importância do tema levou à elaboração deste traba-
lho de revisão, que teve como objetivo abordar a função das 
fibras dietéticas solúveis, através da leitura de 34 artigos cien-
tíficos inerentes à área.
Fibras solúveis: ação hipolipemiante
Os efeitos das fibras solúveis sobre as concentrações 
sangíneas de lipídios têm sido relatados em diversos estudos, 
tanto em animais quanto em humanos.
Estudos com animais
Garcia-Diez et al.10 investigaram os efeitos da pectina 
sobre o metabolismo do colesterol e dos ácidos biliares. Ratos 
foram alimentados com dietas sem fibras ou com dietas su-
plementadas com 7 g/100 g de pectina. A adição de pectina 
à dieta resultou na redução das concentrações de colesterol 
sérico e hepático e no aumento da excreção fecal de ácidos 
biliares, da atividade da enzima colesterol 7 α hidroxilase e 
da 3-hidroxi-3-metil-glutaril-CoA (HMG-CoA) redutase. Os 
autores concluem que a pectina, devido à grande excreção 
fecal dos ácidos biliares, pode causar aumento da síntese he-
pática de novos ácidos biliares, com conseqüente depleção de 
Fibras dietéticas solúveis e suas funções nas dislipidemias
169
colesterol no fígado dos animais, resultando na redução da 
concentração de colesterol plasmático. 
Seguindo a mesma linha, Kumar et al.11 realizaram um 
estudo para avaliar o efeito hipolipemiante de diferentes ali-
mentos contendo pectina: Citrus limon (limão), Carica papaya 
(mamão papaya), Cucumis sativus (pepino), Annacardium oc-
cidentale (caju), Psidium guajava (goiaba), Annoma squamosa 
(maçã) Cucurbita maxima (abóbora) e Lycopersicum esculentum 
(tomate). Os ratos foram distribuídos em 12 grupos, sendo 
que o grupo 1 foi alimentado com a dieta controle e, do gru-
po 2 ao grupo 12, com dieta acrescida de 5% de pectina de 
cada um desses alimentos. A redução do colesterol na concen-
tração sanguínea foi demonstrada em todos os grupos com 
relação ao controle, sendo que, no fígado, a maior redução 
ocorreu nos animais que ingeriram mamão papaya, maçã e 
tomate e, na aorta, esta redução ocorreu nos grupos tratados 
com mamão papaya, goiaba e tomate. 
Kim e Shin12 investigaram a influência da fibra solúvel 
da chicória nos lipídios séricos e hepáticos e sua excreção fe-
cal em ratos. Animais alimentados com o extrato da chicória 
tiveram um aumento significativo do colesterol HDL, uma 
diminuição do colesterol LDL, maior excreção fecal de lipídios 
e de sais biliares quando comparados com o grupo-controle. 
De forma semelhante, González et al.13 estudaram os 
efeitos da pectina sobre o metabolismo do colesterol em ratos 
alimentados com dietas que continham 2,5 ou 5% de pectina 
de maçã ou laranja. A concentração de colesterol nas fezes au-
mentou nos ratos alimentados com as dietas que continham 
5% de pectina de maçã ou laranja; a concentração hepática 
de colesterol diminuiu significativamente em todos os grupos 
alimentados com pectina e os níveis de colesterol sérico dimi-
nuíram consideravelmente nos grupos alimentados com die-
tas que continham pectina de maçã. Os autores confirmam, 
portanto, que as fibras solúveis, como a pectina, possuem um 
efeito de redução do colesterol hepático e plasmático, aumen-
tando sua excreção nas fezes. 
No estudo de Ribeiro Jorge et al.14 foram avaliados o efei-
to do suco da berinjela sobre os lípides plasmáticos, o coles-
terol tecidual e a peroxidação lipídica em coelhos hipercoles-
terolêmicos. Nos animais hipercolesterolêmicos alimentados 
com ração acrescida de colesterol, gordura de babaçu e suco de 
berinjela, observou-se redução significante do colesterol total 
plasmático em 19% quando comparado ao grupo hipercoles-
terolêmico, que fez uso da mesma ração suprimindo-se o suco 
de berinjela. Os níveis de VLDL-C e HDL-C não apresenta-
ram modificações significantes: o colesterol LDL foi reduzido 
em 29% e os triglicerídeos, em 38%. Houve redução do peso 
corpóreo que foi interpretado como conseqüência do teor de 
fibras solúveis encontrado na berinjela.
Alvarado et al.15, ao estudarem o efeito da fibra dietética 
do resíduo industrial de tomate (RIT) sobre o colesterol sérico 
em ratas, observaram que o colesterol total sérico diminui 
proporcionalmente com o aumento do consumo deste produ-
to (RIT). É importante ressaltar que os animais alimentados 
com dietas contendo maior teor de RIT consumiram quan-
tidades significativamente maiores de colesterol. Os autores 
sugerem que o resíduo industrial de tomate é uma boa fonte 
de fibras dietéticas, que impedem a elevação de colesterol sé-
rico conseqüente a um aumento de sua ingestão.
Plate e Arêas16 testaram o possível efeito hipocolestero-
lêmico da extrusão de amaranto (Amaranthus caudatus L.) 
em ratos hipercolesterolêmicos, quando foram administra-
dos 500 g de amaranto extrusado (AE) ou 20 g de óleo de 
amaranto (AO). Os resultados obtidos mostraram que essas 
quantidades promoveram uma redução de 50% e 18% nos 
níveis de colesterol, respectivamente. Estudos anteriores fo-
ram realizados, mostrando o potencial hipocolesterolêmico 
do amaranto. Os autores atribuem seus efeitos ao alto teor de 
fibras solúveis, à presença de substâncias antioxidantes como 
tocoferóis e tocotrienois e à alta concentração de proteínas 
(ricas em aminoácidos essenciais).
Piedade et al.17, investigando o efeito da ingestão do 
resíduo do abacaxizeiro no nível do colesterol total, coles-
terol HDL e colesterol LDL em ratos em comparação com a 
pectina cítrica, observaram que o tratamento com a pectina 
foi mais efetivo na redução do colesterol total do que o tra-
tamento com o resíduo. A concentração plasmática do co-
lesterol HDL foi aumentada em quase todas as dietas, com 
exceção da dieta com 25% de pectina, que reduziu a concen-
tração aos 15 dias; aos 30 dias, esta se manteve igual ao da 
dieta-controle; as dietas do resíduo proporcionaram redução 
e manutenção do teor do colesterol HDL aos 45 dias, quan-
do comparadas à dieta-controle. O colesterol LDL foi redu-
zido em todos os tratamentos, principalmente naqueles das 
dietas contendo pectina.
Em coelhos, Odetola et al.18 estudaram o efeito hipolipe-
miante de frutas frescas maduras, de Solanum melongena e de 
Solanum gilo. A hipercolesterolemia foi induzida, e foi admi-
nistrada aos animais uma alimentaçãocontendo 10% de cada 
fruta durante seis semanas. Quando comparados ao grupo 
controle, houve redução dos níveis séricos de colesterol total, 
triglicerídios e fração LDL-C, e aumento da fração HDL-C. 
S. melongena e S. gilo reduziram significativamente esses ní-
veis sendo, respectivamente, os de colesterol total de 65,4% e 
52,7%, de triglicerídeos de 47,7% e 27%, e de LDL-C de 85% e 
83%. Houve aumento dos níveis de HDL-C de 24,7% e 25%, 
respectivamente. Os autores concluiram que S. melongena e S. 
gilo têm forte efeito hipolipemiante e podem ser utilizadas no 
tratamento de doenças associadas ao aumento do colesterol.
Em outros estudos, porém, os resultados não indicam 
efeitos tão animadores. Trautwein et al.19 estudaram em 
hamsters os efeitos de duas diferentes variedades de pecti-
na, uma de alta esterificação e outra de baixa esterificação, 
e dois tipos de goma guar, um de alta viscosidade e outro de 
Gonçalves MCR, Costa MJC, Asciutti LSR, Diniz MFFM
170
baixa viscosidade, nas taxas de colesterol, no metabolismo 
de ácidos biliares e na inibição da formação de cálculos de 
colesterol. Hamsters machos dourados Syrian foram alimen-
tados com uma dieta rica em colesterol (4 g/kg) e uma dieta 
indutora de cálculos durante seis semanas. As dietas foram 
suplementadas com 80 g de cada um dos tipos de pectina ou 
goma guar e adicionadas de 80 g de celulose/kg.
Os autores observaram que as concentrações plasmáti-
cas de colesterol e de triglicerídeos aumentaram significati-
vamente devido ao excesso de colesterol na dieta. A concen-
tração de colesterol hepático foi notadamente elevada pelas 
pectinas e goma guar. Dos dez hamsters alimentados com a 
dieta indutora de cálculo ou com a dieta suplementada com 
celulose, sete apresentaram cálculo de colesterol ou cristais 
de colesterol. Concluíram, então, que a pectina e a goma guar 
produziram apenas pequenos efeitos de diminuição do coles-
terol e falharam em prevenir a formação de cálculos de coles-
terol nos hamsters alimentados com os dois tipos de dieta. 
Da mesma forma, em um estudo realizado por Fernandes 
et al.20, mostra-se que a suplementação de goma guar parcial-
mente hidrolisada em camundongos deficientes no receptor 
LDL levou ao aumento do colesterol hepático e plasmático, 
mas sem aumento na área de lesão aterosclerótica na aorta.
Apesar dos benefícios propagados da ingestão de alimen-
tos ricos em fibras solúveis, alguns efeitos indesejáveis tam-
bém foram relatados. Silveira et al.21, por exemplo, realizaram 
um estudo sobre o efeito da alta ingestão de abóbora desi-
dratada no metabolismo do colesterol e na histologia hepá-
tica de ratos. Demonstraram que esta, quando administrada 
em altas concentrações na dieta, reduz os níveis de colesterol 
plasmático e hepático, porém, podem causar lesões relevantes 
ao fígado, como esteatose hepática e necrose dos hepatócitos. 
Os autores sugerem que essa necrose seja devida à intoxicação 
por uma substância chamada tanino, presente na abóbora.
Da mesma forma, o efeito das proteínas de arroz (RP), 
de soja (SP) e de batata (PP) na redução de colesterol em ratos, 
comparado com o da caseína, também foi avaliado por Morita 
et al.22. A concentração de colesterol sérico e de LDL+VLDL-
colesterol foi menor nos três grupos alimentados com RP, SP e 
PP do que naqueles alimentados com caseína; a concentração 
de colesterol HDL foi menor nos grupos SP e PP; e a excreção 
fecal de ácidos biliares foi maior nos grupos RP, SP e PP do 
que naqueles alimentados com caseína. Os resultados desse 
estudo sugerem que as proteínas de arroz, de soja e de bata-
ta diminuem a concentração de colesterol sérico de maneira 
similar, porém a concentração de colesterol HDL também foi 
menor em ratos tratado com a proteína de soja e de batata, 
representando este dado um efeito indesejável.
Estes resultados foram observados quando da utilização 
do feijão preto. Rosa et al.23 realizaram um estudo sobre o 
efeito do feijão preto com (FPI) e sem (FPSC) casca na redu-
ção do colesterol sanguíneo de ratos hipercolesterolêmicos. A 
dieta com FPI diminuiu os níveis totais de colesterol sérico 
em 15%, e a dieta com FPSC diminuiu em 35%, em relação ao 
grupo controle. A dieta com FPSC promoveu maior excreção 
de colesterol nas fezes em relação ao grupo controle, o que 
sugere que o FPSC promove maior eliminação do colesterol 
do organismo, e o FPI o conserva mais na circulação êntero-
hepática. Apesar desses efeitos benéficos, os níveis de HDL-C 
também foram reduzidos pelas duas dietas de feijão.
Em outro estudo, os mesmos autores24 compararam os 
efeitos dos feijões preto, carioquinha e vermelho na redução 
do colesterol sanguíneo de ratos hipercolesterolêmicos. Foi 
verificado que a dieta com feijão preto reduziu o colesterol 
sanguíneo em 16%, com o feijão vermelho em 12% e com 
o carioquinha em 11%, em relação ao grupo controle; entre-
tanto, concluíram que essa redução foi promovida por maior 
retenção de colesterol no fígado dos animais. 
Outro resultado preocupante foi relatado por Duarte et 
al.25, que avaliaram o efeito de quatro formulações dietéticas 
ricas em fibras solúveis na redução do colesterol sanguíneo em 
ratos. As formulações foram preparadas com farinha de soja 
desengordurada, farelo de aveia, cebola desidratada, fibra de 
soja, condimentos e aromas. Dessas formulações, duas con-
tinham feijão preto, FP(+) e FP(-), e outras duas continham 
feijão vermelho, FV(+) e FV(-). Os níveis de colesterol HDL 
dos grupos de animais tratados com formulações, contendo 
feijão vermelho e feijão preto, foram significativamente redu-
zidos, em torno de 34%, quando comparados ao grupo con-
trole, não ocorrendo diferença estatística nos resultados entre 
as formulações. A relação colesterol HDL/colesterol total no 
grupo controle foi de 0,49 e, entre os grupos recebendo as for-
mulações, foi de 0,45. Isso denota que a redução de colesterol 
total nos grupos que receberam as formulações foi, em grande 
parte, devida à redução dos níveis de colesterol HDL. Esse re-
sultado não é positivo, pois quanto menor essa relação, maior 
é o risco de ocorrer doenças cardiovasculares. A redução de co-
lesterol no fígado pelas dietas FV(+), FV(-), FP(+) e FP(-) foi 
significativa, em torno de 5,7%, comparada à dieta controle, 
e as dietas de feijão vermelho levaram à redução de colesterol 
no fígado maior do que as de feijão preto.
Estudos com humanos
Em estudos com humanos, os resultados, em geral, são 
semelhantes, não havendo consenso sobre o interesse das fi-
bras solúveis na saúde.
Olson et al.26 conduziram um estudo para determinar 
o efeito do consumo de cereais enriquecidos com psyllium 
nos níveis de colesterol total sérico, colesterol LDL e coles-
terol HDL, como também estimar a magnitude desse efeito 
entre 404 adultos com hipercolesterolemia de leve a mode-
rada. Aqueles que consumiram os cereais enriquecidos com 
psyllium apresentaram níveis mais baixos de colesterol sérico 
Fibras dietéticas solúveis e suas funções nas dislipidemias
171
e de colesterol LDL, quando comparados ao grupo controle. A 
concentração de colesterol HDL não foi afetada.
Outro alimento que apresenta teores elevados de fibras 
solúveis é o abacate. Este fato levou Carranza-Madrigal et al.27 
a avaliarem o efeito de dietas vegetarianas enriquecidas com 
abacate em pacientes hipercolesterolêmicos, demonstrando 
redução significante da concentração sanguínea de colesterol 
LDL, de triglicerídeos, mas também de colesterol HDL. Consi-
derando que a redução das taxas sanguíneas de colesterol HDL 
é um efeito indesejável no perfil lipídico, os autores não reco-
mendam essa prática para pacientes hipercolesterolêmicos.
Em 2002, Jenkins et al.28 realizaram um estudo rando-
mizado, com 68 pacientes, a fim de compararem a eficácia da 
ingestão de fibra solúvel em um grupo,durante um mês, com 
a de outro grupo que seguiu apenas uma dieta com baixo teor 
de gordura (25% do valor energético total) e baixo teor de 
colesterol (< 150 mg/dia). De acordo com a equação de Fator 
de Risco (FR) para doença cardiovascular elaborada no estudo 
de Framingham, houve redução de 4,2 ± 1,4% (p = 0,003) no 
risco cardiovascular; os parâmetros avaliados foram pressão 
arterial, colesterol total, LDL, HDL e a relação entre eles.
Em 2004, Oliveira et al.29 testaram o efeito da adição 
de frutas ou fibras na dieta de 49 mulheres com excesso de 
peso, não fumantes, na faixa etária de 30 a 50 anos, e com 
colesterol sérico maior ou igual a 240 mg/dl, e da inclusão de 
uma dieta contendo maçã, pêra, ou biscoitos de aveia, com 
igual teor de fibra, por dez semanas. Avaliaram a variação da 
concentração de colesterol sérico, segundo modificação no 
número de refeições diárias. Após 14 semanas de acompanha-
mento, observaram que houve redução da concentração séri-
ca de colesterol total e de colesterol LDL das participantes que 
relataram aumento médio de três ou mais refeições diárias, 
sem alteração do colesterol HDL.
Jenkins et al.30, em um estudo comparativo com pacien-
tes usando a medicação Statin (lovastatina) mais dieta po-
bre em gorduras saturadas, com um grupo usando uma pasta 
confeccionada com alimentos funcionais, contendo berinjela, 
leite e carne de soja, amêndoas, quiabo, aveia, psyllium e ceva-
da, e com um grupo controle, usando dieta pobre em gordu-
ra saturada, encontraram no sangue dessas pacientes níveis 
de colesterol diminuído em 33,3 ± 1,9%, 29,6 ± 1,3% e 8,5 ± 
1,9%, respectivamente, após quatro semanas de experimen-
to. Concluíram que a pasta confeccionada com alimentos 
funcionais pode não possuir a mesma potência da medicação 
lovastatina, porém representa uma abertura para novos estu-
dos e também uma opção terapêutica viável para a prevenção 
primária de pacientes portadores de doenças cardiovasculares, 
que apresentam taxa sanguínea de colesterol aumentada.
 Por outro lado, Davidson et al.31, investigando o efeito 
da goma arábica (fibra solúvel de baixa viscosidade) e da pec-
tina (fibra solúvel de alta viscosidade) dissolvidas no suco de 
maçã em pacientes hipercolesterolêmicos, concluíram que os 
resultados desse estudo não servem de base para a hipótese de 
efeito hipocolesterolêmico dessas fibras. Os autores sugerem 
alguns fatores que possam ter provocado vieses e impedido 
os efeitos esperados, como, por exemplo, dose insuficiente, 
veículo de aplicação inadequado, proporção maior da fibra de 
baixa viscosidade na mistura, entre outros. 
Guimarães et al.32 estudaram a infusão de uma prepara-
ção em pó da S. melongena (berinjela) e seu efeito na redução 
dos níveis séricos de colesterol e triglicerídeos, em pacientes 
hipercolesterolêmicos. Análises intraindividuais mostraram 
que a infusão de S. melongena reduziu significativamente os 
níveis séricos de colesterol total, LDL colesterol e apolipopro-
teína B. Após uma orientação dietética, nenhuma diferença 
foi vista nos parâmetros analisados, sugerindo que a infusão 
de berinjela tem um efeito transitório e modesto, semelhante 
ao efeito obtido com dietas e atividades físicas. 
Estudos recentes, no entanto, vem demonstrando que 
fibras viscosas solúveis vêm sendo usadas para regularizar os 
níveis de lipídeos no sangue, como ficou bem evidenciado no 
estudo de Dikeman et al.33, ao concluir que a goma guar, o 
psyllium e o farelo de aveia apresentavam características vis-
cosas durante simulação no intestino delgado, indicando fun-
ções destas fibras na regularização dos níveis de lipídeos no 
sangue o que não ocorreu com as fibras insolúveis. Corrobo-
rando com estes resultados, Rogovik et al.34 concluíram que o 
uso de um suplemento dietético rico em fibras viscosas reduz 
os fatores de risco para doenças cardiovasculares em indivídu-
os diabéticos com síndrome metabólica ou saudáveis. 
Conclusão
Muitos estudos, conduzidos tanto com animais quanto 
com humanos, permitem confirmar os efeitos benéficos das 
fibras solúveis na atenuação da dislipidemia, a partir de dife-
rentes mecanismos de ação. Estes mecanismos passam pela 
simples redução da absorção intestinal do colesterol dietético, 
pelo aumento da excreção fecal dos ácidos biliares, forçando 
o fígado a degradar mais colesterol, para produzir novos áci-
dos biliares, e pela própria inibição da síntese endógena do 
colesterol pela succinil-CoA, formada a partir do propionato 
originado do metabolismo das fibras solúveis no intestino. 
Fica evidenciado que a utilização de fibras dietéticas solúveis 
é de extrema importância para a redução da dislipidemia e de 
outras afecções. Todavia, considerando que, em outros estu-
dos, esses efeitos não foram totalmente comprovados, faz-se 
necessário um aprofundamento maior sobre seus benefícios 
e toxicidade, para que o seu uso não venha a comprometer a 
utilização pela população.
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