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Raciocínio Jurídico e Hermenêutica

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Raciocínio Jurídico e Hermenêutica 
Metodologia empregada pelo Direito 
1. Método dedutivo 
a. premissa maior-> assinala uma verdade geral e inconstestável (dogma.; 
b. premissa menor-> fato particular relacionado à premissa maior; 
c. conclusão-> resultado da aplicação do raciocínio às premissas. 
Percurso: geral -> particular 
2. No Direito-> a norma apresenta a seguinte estrutura lógico-formal: Se A é, 
então B deve ser. O método dedutivo aplicado ao direito recebe o nome de 
silogismo. 
a. Premissa maior-> norma. 
b. Premissa menor-> fato. 
c. Conclusão-> aplicação da norma abstrata ao casos concreto. 
3. Dogmática jurídica-> em virtude dela nãose busca a causa da imputação - 
se executa o comando legal. 
4. Método Indutivo-> a partir da observação de dados recorrentes é possível 
enunciar uma verdade geral. 
Percurso: particular - geral. 
5. No Direito-> usos: 
a. jurisprudência 
b. costumes 
c. criação de leis 
d. verificação a eficácia da lei 
e. supressão de lacunas (no caso da indução analógica - aproximação de casos 
semelhantes. 
6. Método intuitivo-> pensamento do tipo filosófico (reflexivo. que, a partir 
do contato com o sensível, enuncia uma proposição inteligível. 
1. Origem-> do grego hermeneuein - interpretar. 
2. Conceito-> estudo da interpretação que fornece instrumentos e critérios 
afim de evitar uma amplitude muito grande de interpretação. 
3. Diferença entre hermenêutica e interpretação-> o primeiro é o estudo do 
segundo e não a interpretação em si. A interpretação tem por objeto o texto e 
visa extrair a norma do mesmo. 
4. Interpretação: 
a. modelo aberto (Dworkin.. Contraponto ao positivismo. Direito = 
interpretação lógica das normas + princípios. 
b. modelo fechado (Kelsen.. Ou ocorre a incidência da regra ou não. 
Interpretação gramatical das normas. 
5. Robert Alexy-> princípios e regras são espécies do gênero norma. 
a. princípios -> mandamentos de otimização que devem ser aplicados sempre 
que possível. Adequação, necessidade e proporcionalidade. 
b. regras-> relatos objetivos de comportamentos. 
 
6. interpretação quanto à origem: 
a. autêntica-> legislador. 
b. judicial-> juízes. 
c. doutrinária-> estudiosos do direito. 
 
7. Interpretação quanto aos meios: 
a. gramatical ou literal-> estritamente o que prevê o texto legal. 
b. lógica-> intenção do legislador (ratio. ou espírito da lei). 
c. sistemática-> a norma deve ser interpretada dentro de um sistema de 
normas. 
d. histórica-> busca o sentido da lei através de seus precedentes legislativos. 
e. analógica-> utilização da interpretação utilizada em casos semelhantes. 
 
8. Interpretação quanto aos resultados 
a. extensiva- o intérprete considera que o legislador disse menos e amplia o 
sentido da norma. 
Ex.: o texto legal diz filho (legislador), quando o correto seria herdeiro 
(intérprete) 
b. restritiva- o intérprete considera que o legislador disse mais e reduz o 
sentido da norma. 
Ex.: o texto legal diz herdeiro (legislador), quando o correto seria filho 
(intérprete) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 10 
Semiótica aplicada ao direito: Chaim Perelman 
(1912-1984. 
1. Críticas: 
a. reducionismo positivista 
b. raciocínio lógico formal (dedutivo. 
c. a própria atividade de definição do conteúdo das premissas é uma atividade 
complexa para o juiz 
d. excrescência teórica das ciências exatas enxertada pelo positivismo 
2. Propostas: 
a. emancipação do raciocínio jurídico e da lógica do pensamento jurídico 
b. estudo da lógica judiciária 
c. raciocínio jurídico - objeto do direito - uma reflexão sobre o julgamento - a 
criação da norma individual. O raciocínio jurídico é engajado em seu contexto 
(político, social, econômico, ideológico....* 
d. prenúncio da semiótica jurídica 
3. Verdade, justiça e legalidade: 
a. justiça é termos equívocos: o autor não conceitua - espera que aconteça na 
prática. Não há uma metafísica da justiça empregada pelo magistrado na 
decisão. 
b. verdade é termo equívoco-> não conceitua verdade judicial, mas aponta 
para um juízo do magistrado que alcança um resultado socialmente 
institucionalizado. O advogado não está preocupado com a verdade, mas em 
fazer com que o juiz acredite nele. 
c. verdade processual-> administração do dissenso. Vantagem da defesa, pois 
precisa apenas desconstruir os argumentos de quem ataca. 
d. *legalidade é um mito-> luta constante entre equidade e legalidade (justiça.. 
4. Raciocínio Jurídico-> expresso na decisão do juiz, é aquele que recolhe em 
si todos os elementos fundamentais esboçados pelos demais profissionais do 
direito que atuam ao seu lado (advogado, promotor..... Trata-se do método 
dialógico / argumentativo. 
5. Combate à lógica formal: 
a. cuida mais da prática jurídica do que das estruturas formais objetivando 
aproximar teoria e prática; 
b. essa preocupação já aparecem em Kalinowski; 
c. expurga a excrescência teóricas das ciências exatas enxertada pelo 
positivismo; 
d. lógica jurídica = lógica argumentativa = nova retórica aristotélica; 
e. lógica prática, material, focada em produzir efeitos no auditório; 
f. lógica oposta à Kelsiana. 
6. Decisão e discurso: a argumentação no julgamento. 
a. a decisão versa sobre um conflito institucionalizado e não resolve o mesmo, 
apenas interrompe; 
b. cria uma norma individual; 
c. é através do discurso que se constrói o saber jurídico; a justiça, a equidade, 
a razoabilidade, a aceitabilidade das decisões judiciais; 
d. o operador do direito influencia a decisão do juiz através de seus 
argumentos; 
e. o juiz recebe um fluxo de informações que deve condensar e valorar na 
decisão, estando legalmente vinculado aos argumentos apresentados. 
7. A atividade do juíz-> pressupões um complexo empreendimento de: 
a. elaboração; 
b. condensação; 
c. valoração; 
d. ponderação; 
e. construção e complementação do sistema jurídico; 
f. tudo que não era aceito no sistema fechado Kelsiano. 
8. Nova retórica como proposta perelmaniana-> a decisão argumentada é a 
forma legítima de expressão decisória, pois pode por fim ao conflito ao 
resolver os argumentos contrários. Ao jurista cabe pensar em fatos, normas e 
provas como suscetíveis de valoração e não como dogmas.

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