Buscar

resumo dir proc trabalho.docx

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 90 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROCESSO DO TRABALHO
06/02/17
1a prova 14/03
2a prova 25/04
3a prova 06/06
Noções iniciais
Divisão direito material e processual. No processo, temos: civil, penal, trabalhista, eleitoral e administrativo. 
1. Breve histórico 
O direito do trabalho surgiu em face de um novo modo de produção (regime capitalista), século 18 e 19 - revolução capitalista. Pessoas que migraram do campo que viviam da subsistência para serem contratadas para prestar serviços (trabalho assalariado). Características: pessoalidade, subordinação, não eventualidade e onerosidade (relação de emprego). Lei dos pobres - ing. Revogado em 1932. Pessoas passaram a ter necessidades de trabalhar e ganhar. A unica solução era ser empregado, nas grandes fábricas que surgiram com a revolução industrial em condições insalubres, sem controle de jornada, sem idade mínima. 
Primeira necessidade: regulamentar - intervenção do poder público naquilo, estipulando normas específicas. Aconteceu no século 19, jornada maxima, idade mínima, férias, folga semanal. OBS: a igreja condenou por meio de uma inciclica (rerum novarum). OBS: hoje está na pauta a desregulamentação, a flexibilidade, a negociação ao invés da normatização. Significa retrocesso, pois o empregado vai aceitar o que vier. 
		Segunda necessidade: cumprimento dessa regulamentação - fiscalização. Justiça do trabalho. Para que seja forçado o cumprimento dessas normas estabelecidas. Com ela, tem-se o direito processual do trabalho. A historia da justiça do trabalho se confunde com a história do processo do trabalho, pois somente com a criação de um órgão para fiscalizar as normas trabalhistas.
Justiça do trabalho no Brasil 1910-1920
		Órgãos administrativos (conselhos) vinculados ao ministério do trabalho e emprego. Não se tinha judiciário, tudo era resolvido administrativamente. Em 1941, Vargas lança a ideia da justiça do trabalho. Porém, não é justiça pq não tinha poderes jurisdicionais, somente administrativo. Somente em 1946 (CF) passou a compor o poder judiciário brasileiro. Tínhamos um TST, 8 TRTs e as juntas de conciliação e julgamento (1a instância), 1 juiz togado e 2 classistas (empregado e empregadores que os sindicatos nomeavam, isso acabou em 1999). Desde 1999 só existe vara do trabalho. Em 1970 foi criada a lei 5584/70 que cria um rito trabalhista. Tem-se a 1988 (CF). Emenda 45/1984. 
Temos um judiciário, tst, 24 trts e uns 20 mil juizes de base.
2. Direito processual do trabalho
2.1 objetivo: duplo. Pacificar conflitos de direitos do trabalho e direito sindical. Conflitos podem ser individuais ou coletivos. Ex: litisconsórcio não é ação coletiva. Lide coletiva é quando se tem dissídio Entre categorias, ex: greve de ônibus, patrões e motoristas. Além de pacificar conflitos, tem como objetivo também regulamentar o funcionamento dos órgãos da justiça do trabalho.
2.2 autonomia: ramo autônomo pq possui leis próprias, institutos próprios, princípios próprios e é disciplina dos cursos de graduação. Ex: perempção trabalhista é diferente da perempção civil.
2.3 natureza: direito público, que cria as normas sobre processo.
2.4 conceito: ramo da ciência jurídica de direito público autônomo que tem objetivos supracitados.
3. Fontes 
3.1 noções iniciais:
Adriano fez um contrato regido pela CLT material, pois é uma norma híbrida, tratando de direito material e processual. Se o Adriano não receber, ele cobra no judiciário contra a icf na presença do juiz. Essas normas para serem aplicadas provem de muitos rumos. As fontes são divididas em materiais e formais, no sentido das materiais serem influenciadoras para a criação de normas, como um fator político ou econômico, já as formais seriam as normas e outras como jurisprudência e doutrina. Essa é a classificação clássica.
Classificação preferida do professor:
3.2 fontes primárias 
	Fontes primárias: lei em sentido amplo - somente por lei o estado pode disciplinar o processo, essa lei pode ser complementar, ordinária, medida provisória e sumula vinculante. São aquelas espécies contidas no artigo 59, CF. Nos interessa: a CF com as emendas, as leis e as sumulas vinculantes (STF), pois têm força de lei (EC45/04)
	3.2.1. CF + emendas
		A primeira delas é Cf juntamente com as emendas. Vivemos num estado democrático de direito, constitucional. Portanto, devemos interpretar as normas de acordo com a Constituição. Temos um corpo (original) promulgado em 1988 e é dividido em uma parte principal + ADCT, feito pelo legislador constituinte originário. Vive sendo alterado pelas emendas, que não so modificam o corpo da CF, mas também disciplinam normas. Portanto, as emendas são entendidas como extensão do corpo original. 
	No campo trabalhista, temos as normas constitucionais que se aplicam – art 5°, XXXV – acesso ao judiciário, utilizado na seara trabalhista.
Art 651 CLT – competência territorial: você empregado deve ajuizar sua reclamação onde você prestou serviços. Ex: cortador de cana do interior do piaui, depois que volta, ajuíza aqui the. O artigo deve ser interpretado sob a ótica do art. 5°, XXXV, pois o individuo não tem condições de ajuizar uma ação em SP.
Art 111 CF – organização
Art 114 CF – competência + jurisdição / são exemplos de normas constitucionais que disciplinam o Direito de Trabalho.
	3.2.2. Lei Complementar (maioria absoluta)
	É fonte do processo do trabalho, ex: LC 80/94, LC123/06. A primeira é a lei da defensoria e a segunda é a lei da microempresa, que pode colocar preposto da empresa que não seja empregado. A diferença de lei complementar para lei ordinária é quanto a matéria e quórum. A matéria é definida pela CF, para estabelecer um requisito mais rígido de aprovação, porque parte das matérias de lei complementar foram conflituosas no tempo da feição da carta magna.
	3.2.3. Lei Ordinária: principal fonte, após a CF
		a) trabalhistas: CLT (decretos-lei com status de lei) – norma híbrida (dir mat – direito trabalhista, sindical e trabalhista administrativo [normas de fiscalização do trabalho] e proc – dissídios individuais e coletivos)
				Lei 5584/70 (criação do rito sumário)
				Lei 7701/88 (sistemática dos processos no TST)
		b) cíveis:	NCPC – Art 769 CLT, que fala sobre lacuna no direito processual do trabalho e (cumulativamente) a norma do direito processual civil não pode colidir com princípios do direito processual do trabalho. OBS1: o novo cpc é aplicado supletivamente ao processo do trabalho, a clt trata mas não exaustivamente, não na extensão que o cpc trata. Ou seja, não tem lacuna, mas a clt trata muito resumidamente e, portanto, pode usar o ncpc. Logo, tem que ter lacuna OU regramento sucinto (supletivo) E não colidir com os princípios do direito processual do trabalho. OBS2: fase de conhecimento – CLT e subsidiariamente o NCPC. Na fase executória – CLT e subsidiariamente é a LEF 6830/80 e, depois, o NCPC.
				CDC – norma híbrida (dir mat – direito do consumidor e dir proc – processo coletivo) O consumidor tem um papel muito parecido com o empregado, pois ambos são hipossuficientes, logo, segue a mesma logica. Art 6, VIII – inversão do ônus da prova. Art 81 – interesses difusos, coletivos. Art 103 – litispendência
3.3 fontes secundárias
	Fontes secundárias: as demais - doutrina e jurisprudência, assim como costumes e analogias.
	3.3.1 Jurisprudencias – um ramo do direito é forte em jurisprudência quando é pouco regulamentado, o que ocorre com a CLT, em razão de ser bem antiga. Isso abre as portas para a jurisprudência ser muito forte, por isso, o TST atua bastante. Jurisprudencia, em sentido amplo, é todo julgamento em tribunal. Mais especifico, é um entendimento posterior a reiteradas decisões. Estamos na era dos precedentes. Nos EUA, esse precedente tem que ser seguido por todos os juízes do país e se ele divergir deve justificar. No Brasil, o precedente é de cima para baixo. 
Ordem de importância: Acórdão TRT – súmula TRT – Acórdão Turma TST – Acórdão SDI (pode unificar esse entendimento) – OJ SDI – Súmula TST
	3.3.2 Doutrina – representa uma opinião quenão é vinculante. É caracterizada por textos, pareceres, enunciados de encontros científicos. Pode mais influenciar do que propriamente servir de base.
4. Hermenêutica (clássica): serve para se pegar uma norma e aplicar ao caso concreto.
	4.1 Interpretação: Tem-se a norma e o fato. Deve-se verificar se a norma é aplicável ao fato. Essa norma inicialmente deve ser interpretada, o que exige diversos métodos. Dentro da interpretação clássica, tem-se o método: literal, sistemático e teleológico. O mais festejado é o teleológico porque verifica a finalidade da norma. OBS1: modernamente, nos temos uma disputa na questão do juspositivismo e jusnaturalismo. Esse jusnaturalismo também é chamado de pos positivismo ou neopositivismo. Entao, juspositivismo diz que direito é norma, não se observa fatos externos (justiça, ética, economia) – teoria pura do direito de Kelsen. Em contrapartida, o neopositivismo busca a aplicação da norma adequada a valores.
	4.2 Integração: lacuna da norma. Existe uma lacuna na lei, mas não existe lacuna no direito. Logo, o juiz é obrigado a se ver de outras fontes, como princípios gerais, analogia, costumes, equidade (sinônimo de justiça).
	4.3 Aplicação:
		a) no espaço: em solo brasileiro. 
		b) no tempo: a lei processual mudou, o processo está em curso. Aplica ou não? Temos que usar a teoria do isolamento dos atos. Se o ato for perfeito, não se aplica. Se não for perfeito, se aplica a nova norma.
5. Princípios
	5.1 Noções gerais: é falado em sentido amplo, pois em sentido estrito, significa o mandamento nuclear do sistema, logo, tem que ser essencial a todo o sistema regulador do direito. Mas também englobam regras positivadas. Ex: princípio da conciliação não é um princípio regulador do sistema, mas é utilizado, diferente do princípio do devido processo legal.
	5.2 Princípios peculiares
	5.2.1 Princípio da proteção: Em dúvida, o juiz deve aplicar a distribuição do ônus da prova. Não se deve julgar em favor do operário. Tem que ter uma previsão legal (há situações que o legislador criou para proteger o empregado). Ex: se o empregado falta, a demanda é arquivada, se o réu falta, ele é revel. Isenção de custas, Isenção de depósito recursal.
	5.2.2 Conciliação: é uma regra. Todo processo do trabalho tem que ter audiência onde o juiz vai tentar conciliar. É sempre obrigatório. Pode ser feito em qualquer fase processual, inclusive em execução. Se for uma conciliação feita em juízo, vai ter uma decisão homologatória, que é irrecorrível para as partes. OBS1: As partes não podem recorrer da decisão. Um terceiro pode recorrer? Sim, o INSS, porque grande parte das decisões tem obrigação de pagar, que envolvem o INSS. OBS2: Qual a natureza jurídica dessa decisão? Despacho, interlocutória ou sentença? Sentença, muito embora não tenha forma mas tem natureza (art 487 CPC).
	5.2.3 Normatização coletiva: o processo do trabalho trata com os dissídios individuais (autor x réu), os metaindividuais, são chamados “indivíduos sem face” (substituto processual – sindicato ou MPT x réu), onde tem-se interesses individuais homogêneos, difusos e coletivos (o objetivo da ação coletiva visa a uma condenação), OBS: o TST considera o metaindividual dentro de individual. Uma terceira classificação seria a dos dissídios coletivos, onde há categorias discutindo determinadas normas. O processo trabalhista sempre teve o antagonismo de categorias, a relacionada ao capital e ao trabalho (profissional e econômica). Essas categorias podem chegar a um acordo sobre determinadas condições de trabalho. Quando é feito entre sindicato e empresa é chamado acordo coletivo de trabalho; já quando é feita entre sindicato dos trabalhadores e patrões é chamado convenção coletiva de trabalho. São acordos extrajudiciais de clausulas gerais que vão vigorar por certo tempo que funcionam como lei. Quando temos dissídios coletivos, temos uma ação judicial ajuizada em tribunal que, depende da área de atuação do acordo e convenção para saber se é no TST ou TRT, quando não for possível a fixação de um acordo e uma convenção coletiva. Ex: os motoristas de ônibus não conseguiram um acordo com seus patrões e como resultado existe uma greve, que como interessa a todos pode ser ajuizada em tribunal e é chamada dissídio coletivo. A justiça aqui vai fixar as regras gerais que vão valer por certo lapso de tempo. O dissídio coletivo é uma ação judicial que chega a um acórdão chamado sentença normativa, ou seja, o objetivo aqui é a fixação de normas gerais. Esse processo não tem fase executiva e, caso ele seja descumprido, existe uma ação própria chamada ação de cumprimento. OBS: os tipos de acordos na justiça do trabalho são acordo coletivo, convenção coletiva, ambos formados de forma autônoma e temos também a sentença normativa, que é por forma heterônoma, pois um terceiro adentra na relação para decidir.
	5.2.4 Jus postulandi: capacidade postulatória. Em regra, quem possui é o advogado, defensor público, MP, A PARTE. Deveria se chamar jus postulandi para a parte. Aqui, ela pode postular sem advogado. O TST fixou a sumula 425 com a exceções ao jus postulandi. O jus postulandi é aceito nas varas do trabalho e para recursos no TRT, pois gozam de simplicidade. Exceção: ações originárias no TRT e processos no TST, ação e recursos. Logo, o jus postulandi não é absoluto. OBS: o habeas corpus não precisa de advogado e pode ser ajuizada no TRT e no TST, pelo motivo de ser constitucional. Dois princípios regulam esse princípio: Principio da simplicidade das petições e os honorários de sucumbência não são a regra nas lides de emprego.
	5.2.5 Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: 
		a) Noção: tipos de provimentos jurisdicionais – despachos, decisões interlocutórias e sentença. A regra é que sentença é sempre recorrível. No processo do trabalho não é recorrível, quanto a forma e a natureza. Decisão interlocutória (resolve incidente, não resolvem o processo) é irrecorrível de imediato (art 893, §1º CLT). Primeiro, deve-se protestar nos autos, pq o protesto afasta a preclusão. Segundo, na primeira oportunidade, recorre com o chamado recurso principal. Ex: grande parte dos atos se concentra na audiência, princípio da concentração e oralidade, isso tudo acontece em audiência. Suponha que eu adv da empresa peço uma perícia. O juiz indefere. Essa decisão é interlocutória. Devo, então, protestar. Juiz sentencia julgando procedente para a parte. Eu posso entrar com RO. Nele, a primeira coisa que faço é usar preliminar de cerceamento de defesa, me referindo ao indeferimento do pedido de sentença pedindo a nulidade da sentença. O tribunal pode anular e mandar de volta o processo para mandar fazer a perícia ou então dar razão ao juiz e mantem a decisão. Assim, a decisão interlocutória é irrecorrível de imediato, mas percebe-se que recorreu no RO. Existem exceções que existem alguns casos de decisões interlocutórias com recursos imediatos, são elas: (sumula 214 TST)
Caso 1: de decisão do TRT contrária a sumula ou OJ do TST. Essa decisão do TRT é um acórdão do tribunal de decisão interlocutória, então não cabe recurso de imediato, salvo se contrariar súmula ou OJ do TST. Ex1 (não cabe recurso): Na audiência eu pedi pericia, o juiz indeferiu. Entrei com RO para o tribunal, ele deu razão dizendo que tem que fazer perícia e anulou todos os atos desde a audiência. É interlocutória, não resolveu nada de mérito. Não cabe recurso. O processo vai voltar pra fazer perícia. Ex2 (cabe recurso): a súmula 357 tst diz que não torna suspeita a testemunha o fato de estar litigando ou ter litigado contra o mesmo empregador. Juiz ouviu o Marcos Daniel. A empresa protestou dizendo que ele seria suspeito pq estaria pedindo algo contra o icf também. O recurso da empresa foi julgado e no TRT reconheceram que o Marcos Daniel é suspeito, anulou a audiência e devolveu o processo para nova instrução. O Adriano recorreu dizendo que o acórdão violou a súmula através de um recurso de revista, cabe recurso imediato.
Caso 2: suscetível de impugnação mediante recursopara o mesmo tribunal. No tribunal existem diversos órgãos que são colegiados. Uma turma com 3 ministros, um deles é o relator e os outros são chamados de vogais. Esse relator sempre decide monocraticamente, mas ultimamente quem dá a palavra é o colegiado. Cabe recurso imediato das decisões interlocutórias do relator. Esse recurso é um agravo regimental.
Caso 3: que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para o TRT distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, §2º da CLT. A competência territorial é definida pelo local da prestação de serviços. Eu trabalhei em teresina mas ajuizo em fortaleza, a letra da lei diz que devia ser em teresina. A empresa quando for pra fortaleza se defender entra com exceção de incompetência. Essa decisão é interlocutória. Só cabe recurso se acolher a exceção e mandar os autos para vara de outro TRT. Quando tenho uma exceção de incompetência, o juiz pode: inferir – se manter competente – irrecorrível de imediato; deferir o pedido e mandar para vara do trabalho do mesmo TRT – irrecorrível de imediato, mas cabe MS; deferir o pedido e mandar para vara do trabalho de outro TRT – recorrível de imediato (RO).
Ex: sumula 414 TST mandado de segurança. Decisão que fere direito líquido e certo
 OBS1: acórdão é um provimento diferente? Não. É, em regra, ato judicial com natureza de sentença, pois substitui. Excepcionalmente, pode ser decisão interlocutória. OBS2: os despachos são recorríveis imediatamente? 
Ex: Despacho “cite-se”. É recorrível? Não. Um ato processual é recorrível se ele causar ou puder causar prejuízo a parte. Mas se ele trouxer um prejuízo, apesar de ser despacho, é recorrível, pq em realidade não é despacho material, somente formal.
3. AÇÃO E PROCESSO
3.1. Institutos básicos de um processo
	Antes do estado moderno, tínhamos a resolução de conflitos pela lei do mais forte. Não tínhamos a tutela do estado. Com o advento do Estado Moderno, o Estado teve suas funções definidas, o estado legislador e o estado juiz. Esse estado juiz chama pra si o monopólio da jurisdição, figura que resolvia ou resolve esses conflitos. Para isso, fez com que o estado legislador disciplinasse essa resolução e, assim, foi criado o processo. Se eu tenho um direito violado, vou até o órgão estado-juiz e peço a ele que me dê esse direito. Para isso, o estado legislador diz que tenho que ir através de uma petição. Esse estado juiz chama o réu, através do ato da citação, para que ele exerça sua defesa, que não é tao interessante para o processo, pois é apenas uma faculdade para o réu. Logo, o instituto base é tao somente a citação. Nesse contexto, teremos uma relação em que o autor pede ao estado-juiz por meio de uma petição. O Estado juiz designa uma pessoa para resolver esse conflito que faz com que seja chamado o outro lado por meio da citação. Tem-se aqui uma relação processual válida? Não. Diante disso, diz-se: a relação processual começa com sua existência mas caminha para sua validade. Para ser válida, é necessário uma petição não inepta, um juiz competente e uma citação válida. Assim, a relação se inicie, se constitua e se desenvolva validamente.
	A lei vai indicar outros institutos, vai dizer que essa relação angularizada não é válida se 3 situações forem vistas: Existência de outra relação idêntica, coisa julgada ou perempção. Art. 485, caput NCPC diz: o juiz não resolverá o mérito quando – inciso IV – verificar ausência de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido do processo.
P.P.Existência		P.P.Validade Positivo		P.P.Validade Negativo		C.A.
Petição			Petição apta			Litispendencia
Juiz			Juiz competente		Coisa julgada
Citação			Citação válida			Perempção
Cap. Post.*		Capacidade processual
	A validade tá num nível diferente da existência. No nível da existência, você declara a inexistência. Já os de validade, você anula algo não válido. 1) Esse rol é exemplificativo. 2) Não se analisa o mérito quando não se verifica tais itens. 3) Sentença terminativa é o ato pelo qual se reconhece a ausência dos itens. Chega a uma coisa julgada formal. Termina o feito, mas não definitivamente. Difere da sentença definitiva, que é a sentença de mérito. Sentença terminativa – 485 NCPC – coisa julgada formal. Sentença definitiva – 487 NCPC – coisa julgada material. 4) Os pressupostos processuais são chamados também de preliminares de mérito – questões processuais, obrigatoriamente tem que ser vista antes do mérito e, se acolhida, deve extinguir o processo. 5) questões de ordem publica, o juiz pode ver de ofício.
	Se quero chegar ao sucesso da sua petição, deve-se ultrapassar a zona das questões processuais e a zona do mérito. OBS: conhecer da demanda é admiti-la, reconhecer seus pressupostos processuais, é passar da zona processual para depois dar provimento ou não ao pedido.
Questoes processuais = pressupostos + condições da ação
CONDIÇÕES DA AÇÃO
	O acesso ao judiciário é através de um pedido, por meio de uma petição. Esse acesso dá a ele um direito diferente daquele do plano material, é previsto constitucionalmente, que ele é autônomo, pois não se confunde com o direito do plano material e, ainda é abstrato, ou seja, muito embora ele exerça, não significa que o direito do plano material será deferido. Esse direito constitucional é chamado de ação. É muito importante porque vem a ser um direito que não se confunde com o direito material que a parte alega ter sido violado. Se eu não recebo 13º salário, tenho um direito constitucional violado. Faço, então, um pedido no plano processual, diferente do direito que se quer tutelar.
	O direito de ação tem um local de destaque, porque é o autor que começa essa relação processual, que vai buscar o judiciário. Podemos identificar a ação, que é verificar quais os elementos dessa ação, importante para saber se existe uma litispendência ou uma coisa julgada. Os elementos são: PARTES, FUNDAMENTAÇÃO (CAUSA DE PEDIR), que pode ser fundamentação fática, legal e jurídica. No processo trabalhista precisamos apenas da fática para a petição ser apta; E PEDIDOS, que podem ser imediatos ou mediatos. Essa diferenciação não é muito boa, por isso, no livro está imediato = processual e mediato = material. Quando se tem a identificação dos elementos tem-se a litispendência ou coisa julgada, dependendo somente do momento processual.
	Tendo essa ação um destaque, a lei vai desenhar alguns pressupostos para o direito de ação, dirigidos ao autor. Esses pressupostos são chamados condições da ação. Se falhar uma das condições, o processo naufraga. 
a) Condições gerais
	1. Legitimidade ad causam: ad causam é a legitimação para a demanda, para a ação ajuizada originariamente. Esse plano de direito processual vai se desenvolver e criar 3 sub-planos, sendo eles: plano da demanda, plano do recurso e plano da execução. Quando se fala em legitimidade, em regra, significa em quem pode ocupar um dos polos. Na relação de direito material temos um plano de empregado e empregador, autor e réu, recorrente e recorrido e exequente e executado. Legitimidade ad causam, legitimidade recursal e legitimidade executória, respectivamente. São diferentes, ex: um terceiro, no plano do recurso, pode representar alguém. No sub-plano da execução, a lei diz que uma empresa do grupo econômico pode participar. A legitimidade ad causam que será estudada aqui é o tipo mais simples de legitimidade. Ela é dividida em legitimação ordinária e extraordinária. 
	A legitimação ordinária é dividida em ativa e passiva. É representada pela coincidência entre os sujeitos da relação material e os sujeitos da demanda. No polo ativo, alguém pede, em nome próprio, direito seu. No polo passivo, aquela pessoa que supostamente violou o direito, é o outro lado da relação de direito material. OBS: isso não resolve todos os casos. Ex: eu entro com uma ação contra o Walter. Era jardineiro e quero o vínculo de emprego. O Walter chega e diz que nunca me viu, nunca estive na relação material comigo. Processualmente, ele entroupreliminarmente com a ilegitimidade passiva. O juiz, diante disso, ele tem que verificar se teve relação de emprego ou não. Para isso, o juiz tem que enfrentar a questão processual primeiramente para depois entrar no mérito. Os doutrinadores, para determinar quem é o legitimado passivo, é usada a teoria da asserção = dizer algo que deve ser considerado como verdadeiro. A parte diz algo e se considera isso como verdadeiro. O juiz deve observar apenas o que o autor diz. Essa teoria está ligada à pertinência subjetiva. Se for constatado que eu não trabalhava realmente, o juiz decide isso de mérito e julga improcedente o vínculo. Ex: em audiência, eu digo que em realidade trabalhei no sitio do pai dele, mas como ele tá liso, botei o Walter que tem dinheiro. Isso muda o cenário. O juiz declara o Walter parte ilegítima. Para legitimação passiva, basta que o autor aponte aquele indivíduo como responsável. Se ficar dúvida na preliminar, o juiz não pode analisar as provas para voltar e julgar a preliminar. Provas já é mérito, então se verificar a ilegitimidade, julga improcedente o pedido. OBS: se o carro da câmara municipal de teresina bate no meu. No polo passivo, eu coloco o município de teresina (ente federativo), não é a prefeitura, porque a câmara municipal não tem personalidade jurídica. Isso é falta de capacidade processual, não é ilegitimidade. OBS: um cara morreu construindo parada de ônibus em teresina. O advogado colocou a empresa e um órgão desconcentrado como subsidiário. A empresa foi condenada e o processo foi extinto quanto ao órgão desconcentrado. Na pratica, a família não vai receber nunca porque a empresa não tem dinheiro e o município não pode ser condenado. Deveria ter colocado o ente federativo e não um órgão desse ente.
	Na legitimação extraordinária, só vai ter ativa, não vai ter passiva. Na ativa extraordinária, alguém, em nome próprio, pede direito DE OUTREM. Quem pede, não estava na relação de direito material. Obviamente, por ser extraordinária só é vista com autorização da lei. Conhecida como substituição processual. São substitutos processuais no processo trabalhista os sindicatos e o Ministério Público do Trabalho. Eles são autores das chamadas ações sem face.
	2. Interesse processual: aparece no subplano do recurso também, chamado interesse recursal e cabimento. É uma condição da ação que tem duas facetas. A primeira é que pra eu ter interesse de ajuizar a ação, tenho que ter tido um prejuízo ou necessidade de postular judicialmente. Judiciário trabalhista não é órgão de consulta, é necessário pedir uma tutela jurisdicional. Mas não basta a necessidade, necessita também que seja dado um provimento útil. Binômio necessidade + utilidade. Algo que te leva ao plano processual deve ser algo que viola teu patrimônio jurídico. 
	A segunda faceta é que deve-se ir ao judiciário pelo meio adequado. Adequação. Necessidade de manejo por uma ação especial. A ação geral é a Reclamação Trabalhista. O MS, por exemplo, não serve para pedir horas extras. Ele não admite que se produza provas ainda (dilação probatória), a prova é pré-constituída. O MS serve para pedir a remoção do trabalho em razão do cônjuge ter sido (prova pré-constituída). 
b) Condições específicas (ações especiais, ex: MS)
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1. Noções Iniciais: 
	O judiciário é dividido em dois grupos. Primeiro, o grupo da justiça comum, que se separa em dois: federal e estadual. O stj é comum pra ambas, aí temos o TJ, 5 TRF’s e as varas de cada um. Na justiça do trabalho, temos o TST, os TRT’s e as varas do trabalho. A CF considera juízes do trabalho e não varas do trabalho. No conflito de competência entre varas de justiça diferente, quem julga é o STJ, portanto, ele está um pouco acima. 
2. Varas do trabalho: São órgão administrativos, porque os jurisdicionais são os juízes. Em cada vara, temos o juiz titular da vara e o substituto. Ela representa uma região, que pode ser de um ou mais de um município. Geralmente, é mais de um município. No Piauí, temos 14 varas, 4 aqui e 10 no interior, que atingem todos os duzentos e poucos municípios do Piauí.
	O ingresso na carreira: concurso público para cargo de juiz do trabalho substituto. Esse concurso ainda é regionalizado, por TRT, mas será nacionalizado. Composto de 5 etapas de provas e títulos. A primeira passam 200 de provas objetivas, a segunda é subjetiva, depois uma prova de sentença, a quarta uma prova oral e a quinta é prova de título (somente classificatória). Por promoção, você passa para juiz titular. Onde surgir uma vaga, há um processo de remoção. 
	Garantias: inamovibilidade, irredutibilidade, independência funcional. Ganham por subsídio, percentual do subsídio do STF. Carreira: substituto, juiz titular, desembargador, ministro do TST.
3. TRT
Órgãos de segunda instancia. Representado por um numero ordinal. Somos o TRT da 22ª região. SP tem 2 TRT’s, 4 estados não têm TRT, DF/TO, AM/RR, PA/AP, AC/RO.
Composição: desembargadores federais do trabalho, 4/5 provenientes de titulares das varas do trabalho e 1/5 constitucional da OAB e do MPT. Todos os pequenos tem 8, e os grandes possuem até 70 desembargadores. O do Piauí tem 2 turmas, os grandes têm SDI (sessões). Deve ter de 30 a 65 anos.
4. TST
Noções iniciais: órgão de cúpula. Sede em bsb e funciona com 27 ministros (35-65 anos). 4/5 foram desembargadores do trabalho + 1/5 constitucional (oab e MPT). A função do TST básica é uniformizar a jurisprudência trabalhista e proteger a interpretação da legislação federa. Recuso de revista (recurso especial discute só lei) discute também matéria constitucional. 
	Órgãos
a) desconcentrados: internos. Se dividem em administrativos e jurisdicionais. Os órgãos de entrada são as Turmas do TST (8 turmas formadas por 3 ministros cada). Depois, mais acima, as Seções de Dissídio (2 bandas, SDI e SDC – individual e coletivo, uns tem 10, outros 14). A SDI ficou tao grande que foi dividida em SbDI-1 e SbDI-2 que realmente julgam os processos. A SDI funciona para resolver conflitos das 2 subdivsisões. Acima dessas 2, o órgão máximo é o Pleno (27 ministros), onde tem-se as competências finais, definida no regimento do tribunal.
b) constitucionais: trazida pela EC45/04. Criou 2 órgãos que funcionam junto ao TST. Esses órgãos possuem certa autonomia, mas não são autônomos. O CSJT – Conselho Superior da Just do Trabalho (6 ministros TST + 5 desembargadores TRT). Função: decidir sobre matérias administrativas, orçamentarias e financeiras da Justiça do Trabalho. OBS: Criou também o CNJ, para todas as Justiças. A justiça federal também tem um Conselho próprio (CJF). O segundo órgão se chama Escola Nacional de Formação de Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT). Faz cursos de aperfeiçoamento iniciais e de formação continuada – cursos de reciclagem.
VIAS PRINCIPAIS RECURSAIS
	Grande parte das ações trabalhistas começa pela 1ª Via – Vara do trabalho. Se você perde, através do RO você vai ao TRT. Se perde, pode ir ao TST (uma das 8 turmas) pelo recurso de revista. Vara do trabalho e TRT são vias ordinárias. Quando sobe pro TST, é um recurso especial. Se perde na turma, vai pra SbDI-1 por embargos de divergência. Essa via pode levar a conflitos incidentais, seja durante ou após o procedimento. Ex: execução, penhora a conta bancária. Nasce o interesse de ajuizar uma ação. Ir pra segunda via.
	Na segunda via: acontece em 2,29%. Ação originária no TRT, ex: mandado de segurança. Se você perde, recorre pra brasilia. Mas vai pra SbdI-2. Só que aqui o TST é duplo grau ainda, então o recurso é RO, porque a via é ordinária. Ex: ação rescisória. Entra no TRT, perdeu, vai pra SbDI-2. Chega matéria técnica, sobre ações ajuizadas no TRT. Ex2: hora extra de bancário, discute direito do trabalho, então sobe pela vara do trabalho, vai cair na SbDI-1.
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
1. Noções Iniciais
	É um pressuposto processual de validade. Nossa jurisdição é una (1 estado juiz), mas essa unidade não significa que todos os juízes tenham a mesma competência.Não dá, pela especialização das matérias. Temos então a competência. Ela vai fixar pra cada ramo jurisdicional, quais as matérias que serão utilizadas. Nosso ordenamento divide o judiciário em 2 grandes grupos: justiças especializadas e justiça comum. Essa é a primeira pergunta.
	No judiciário trabalhista o critério mais importante é o material, senão vejamos: a doutrina utiliza 5 critérios para saber o órgão competente: MATERIAL, FUNCIONAL, PESSOAL, TERRITORIAL E VALOR. Esses 3 primeiros critérios podem ser conhecidos de ofício pelo magistrado – competência absoluta. Esses dois últimos, há uma preponderância do interesse privado – competência relativa. A parte pode questionar sobre valor e território – competência relativa, o código não pode conhecer de ofício. Quando se argui matéria de ordem pública, se faz por objeção, ex: preliminar de contestação. Quando se argui matéria de interesse privado, se faz por exceção. OBS: o cpc comete uma atecnia, porque exceção de incompetência não é matéria de preliminar de contestação. OBS: juiz tem competência, lá em pressupostos de validade é juiz absolutamente competente.
	No processo trabalhista, PESSOAL E VALOR não são relevantes. Sobre PESSOAL: Não há caso de competência pessoal no direito do trabalho. OBS: lides de sindicato torna a competência funcional da justiça do trabalho, mas o autor confunde pessoa com matéria. Sobre VALOR: não temos órgão com competência com relação ao valor, não tem juizado na justiça do trabalho. Valor define o rito e fixa custas, essa é a importância.
2. Critérios de Repartição
	2.1 Critério em razão da matéria: Just especializada ou comum?
	2.2 Qual o território? Estado do Piauí. Competência territorial.
	2.3 Qual o órgão da Just Trab Piauí? Competência funcional.
3. Competência material: justiça especializada ou comum? Especializada.
	3.1 Noções: art. 114 CF + leis (CLT, LC150...)
	A EC45 modificou totalmente a competência material da justiça do trabalho. Antes da emenda, a justiça do trabalho julgava relação de EMPREGO (trabalho pessoal, não eventual – saber os dias que vai trabalhar, subordinado, onerosidade), execução das decisões e outras controvérsias, além de dissídios coletivos. Após a emenda, relação de TRABALHO (relação de emprego, relação eventual, relação autônoma, servidores e agentes públicos), execução das decisões, OUTRAS NOVAS COMPETENCIAS (dissídio de greve, sindicato, etc) e outras controvérsias. OBS: Novas relações de trabalho e novas competências são as principais mudanças da EC45. OBS: Como eu fixo a competência material? Competência material é fixada pela causa de pedir e pelo pedido.
	Art 114, I, CF: relação de trabalho geral, entes de direito publico externo e agentes públicos.
	3.2 Relação de trabalho (inciso I)
		3.2.1 Relação de emprego: todos os tipos de emprego (empregado celetista, doméstico, público, rurícola)
		3.2.2 Agentes públicos: ADIN 3395. O stf julgou essa adin em 2006 e tem uma liminar que proíbe a gente de olhar para esse dispositivo e dizer que está incluso servidor público estatuário. O supremo tirou servidor público estatutário. Quando tem servidor público estatutário, a competência é da justiça comum. Portanto, cria um novo critério: tem estatuto? Se sim, é na justiça comum. O que é um estatuto? 
		OBS: os entes federativos são dotados do poder de autoadministração e, pra isso, tem órgãos administrativos. Quando tenho um agente público que trabalha para um ente federativo, eles se relacionam por meio de um regime jurídico. Esse regime pode ser uma lei administrativa que é aprovada pela casa respectiva legislativa. Ex: união – lei 8112/90. Estados também tem, mas municípios muitos não tem, os servidores são celetistas e a competência é da justiça do trabalho. 
		OBS2: A adm publica brasileira. DL200/67 – criação a adm direta e a indireta. A adm direta é composta pelos entes federativos. A própria CF vai dizer qual a parcela de competência para cada um dos entes. União – administrar, julgar e legislar, através de órgãos que tu mesma vai criar – Ministério da Previdência, INSS. A indireta: Publica (autarquia e fundação pública – estatutários) e Privada (SEM e EP – celetistas)
a) servidor publico: agente que trabalha na adm direta ou indireta publica. A competência é da justiça comum se tiver estatuto, se não, justiça do trabalho. OBS: agentes políticos, servidores públicos, empregados públicos e empregados celetistas. Ordem de estabilidade.
b) empregado publico: justiça do trabalho sempre.
c) servidor temporário: art. 37, IX, CF – deve haver autorização da casa respectiva, tem que ter lei para servidor temporário. Onde tem lei, justiça comum. Ex: em 93, os agentes de saúde eram temporários. As endemias depois ficaram permanentes e os servidores ficaram em situação de desconformidade. Sempre vai ser estatutário. Deve passar por teste seletivo.
d) agentes de saúde: EC 51/06 efetivou esse pessoal. Para tal, devia haver procedimento seletivo simplificado. Uma lei federal vai disciplinar qual o regramento deles. Essa lei diz que os agentes são celetistas, salvo se o município respectivo disser que eles são estatutários.
e) contratos nulos: se não entrou por concurso público ou teste seletivo, é contrato nulo. É aquele prestador de serviço que não estão em situação regular, ex: PSF. A maioria diz que é competência da justiça comum e a minoria diz que é justiça do trabalho. Aqui, vamos adotar que é justiça do trabalho.
Ex1: assessor de desembargador. Quero cobrar hora extra. Meu cargo é servidor público em comissão. Sou agente público estatutário – justiça comum.
Ex2: município de Teresina tem lei estatutária. Eu recebo um cargo em comissão de saxofonista da orquestra de Teresina. Saxofonista não pode ser cargo em comissão, pq é só chefia, direção ou assessoramento. Contrato nulo. Justiça do trabalho.
Ex3: você é amigo do filho do desembargador e o filho do desembargador consegue uma função gratificada. Contrato nulo, porque as funções gratificadas comissionadas só pode ser exercida por quem está no cargo publico. Logo, tem que ir na justiça do trabalho. Só vai receber salário e FGTS.
		3.2.3 Profissionais liberais: vem se construindo uma jurisprudência forte no sentido de que profissionais liberais de profissão definida (arquiteto, engenheiro, advogados, médico) o foro é a justiça comum. Diz que é uma relação consumerista. Mas já se o cara trabalhar numa loja de arquitetura, você é empregado, logo, justiça do trabalho.
	3.3 Dissídio de greve (inciso II): essa competência não era da justiça do trabalho, era da justiça comum. Atualmente, temos a greve como um direito constitucional regulamentado apenas pros trabalhadores celetistas. Não temos pra servidores públicos. Greve é o movimento de paralisação dos trabalhadores objetivando melhores condições de trabalho. Alguns incidentes possíveis: o esbulho ou a tomada de propriedade do trabalhador, gerando por parte do empregado algumas ações que os empregadores podem querer ajuizar algumas ações possessórias ou de obrigações de fazer (código civil) que são ajuizadas na justiça do trabalho. OBS: é dissidio individual (ação na vara do trabalho, deseja condenação). O stj no primeiro momento disse que a competência não era na justiça do trabalho, mas o stf pacificou posteriormente. Em dissídios de greve, a competência das ações possessórias é da justiça trabalhista. Podemos ter também dissídios coletivos da greve. Essa competência de dissídio da greve já era da justiça do trabalho. Ex: greve em serviço publico, motorista de ônibus de teresina. São celetistas mas prestam serviços públicos. Se eles fazem greve, vai ser ajuizado um dissidio coletivo na justiça do trabalho. Obrigatoriamente devem fazer acordo para continuar o serviço. Esse dissidio é quando as categorias não chegam a um consenso e começa greve para chegar a um consenso, resolver a negociação que não sai, não visa condenação. Difere da competência do inciso II, essa competência do dissídio coletivo (ação no tribunal) está nos parágrafos do art. 114 CLT. Ex2:os bancários não querem deixar ninguém entrar. Eu entro pedindo uma liminar para impedir isso sob pena de multa. Necessita prova concreta. Ex3: greve dos correios que ficou comprovado que o sindicato impediu que os trabalhadores que entrassem para trabalhar. Resultou em condenação .
OBS: justiça do trabalho não competente para greve de servidor público.
	3.4 Representação sindical (inciso III): matéria sindical está na CLT mas não era tratado pela justiça do trabalho.
Representação sindical: A
Sindicatos: B
Sindicatos e trabalhadores: C
Sindicatos e empregadores: D
	A configuração da interpretação, A é gênero que comporta essas espécies, ou A é mera espécie? Uma ação de representação sindical deve versar entre sindicatos?
R: Sim, pq se o legislador derivado quisesse que fosse diferente ele poderia tirar representação sindical. Logo, representação sindical generaliza. Essa posição é minoritária, pq os tribunais tem entendido que o certo é: representação sindical é só um exemplo das matérias. Segue-se a majoritária. Qualquer lide entre sindicatos deve ser julgado pela justiça do trabalho. 
OBS: lides entre sindicatos de servidores públicos compete a justiça do trabalho? Majoritária: sim, compete. Minoritária: incompetência.
Representação sindical:	representação – unicidade. 
				Eleições sindicais. 
				Contribuiçoes sindicais
	3.5 Açoes constitucionais (nova competência – inciso IV): cabe à justiça do trabalho julgar mandados de segurança, HC e HD em matéria trabalhista. Pode ter MS nas três instancias. OBS: sumula 414 e 418 TST – MS. Sobre HC: quando a emenda saiu, alguns juízes começaram a processar ação criminal na justiça trabalhista, prender pessoas, o supremo disse que esse HC representa ação cível, logo, justiça do trabalho não tem competência para ação criminal, são ações cuja prisão seja de cunho processual (depositário infiel).
	3.6 Conflito de competência: incidente sempre proposto em tribunal, onde ele vai dizer qual o órgão competente para julgar aquela causa. Logo, é um incidente em tribunal. Os legitimados são a parte, MP, próprio juiz. O regramento tem no código de processo e no regimento do tribunal. Para ter conflito, devem ter dois órgãos que se acham competentes ou incompetentes. Se dois órgãos estão em conflito, a própria justiça do trabalho resolverá, salvo o disposto no 102, ambos CF. Busca-se uma certa imparcialidade para o órgão que vai julgar o conflito. Órgãos hierarquicamente subordinados nunca entram no conflito. 1ª regra: sempre o tribunal vai resolver, logo, TRT ou TST. O TRT julga conflitos das varas a eles submetidas, ex: VTthe x VTfloriano, o TRTpi julga. Se forem varas de TRTs distintos o TST julga. TRTpi x VTthe o TRTpi deve julgar, pela posição hierárquica. Já se for VTfortaleza, o TST julga.
Agora, um órgão é da justiça do trabalho e o outro é de outro ramo do judiciário. Tem tribunal superior? Deve ser feito essa pergunta. Se a resposta for sim, o fundamento será o art. 102, I, “o”. Se for não, o fundamento será o 105, I, “b”. O 102 é a competência do STF, o 105 fala da competência do STJ. Ex: VTthe x TJpi – STJ. VTthe x VFthe – STJ. VTthe x TRF1 – STJ. STJ x TRTpa – STF.
	3.7 Ações de indenização: Temos indenização por danos materiais, morais, estético (não tem no dispositivo mas é pacífico) e existencial (ainda não pacífico) – é da justiça do trabalho.
a) acidente de trabalho – o dispositivo não fala, mas sabemos que o acidente de trabalho pode gerar indenização. O conceito é previdenciário, visa proteger o empregado que adoeceu no trabalho. O empregado doente é marginalizado, não é aceito. O legislador ordinário se preocupou com isso, tanto é que deu estabilidade. Os acidentes podem ser: acidentes tipo (cara caiu do andaime), doenças e acidente equiparado (estou indo do trabalho para casa e sou atropelado). Não significa que o empregador vai pagar, pq para ter responsabilidade, deve ser subjetiva (art. 7, XXVIII, CF), deve provar culpa, dano e o nexo. Se há evento morte, a família do morto tem legitimidade para ajuizar uma ação, o dano passa a se chamar de dano em ricochete.
b) assédio: sexual e moral. O moral é muito confundido com um ato ilícito qualquer. Deve ter prática continuada com objetivo a um fim, geralmente, objetivando o pedido de demissão pelo empregado. Não pode ser uma conduta isolada.
c) empregador x empregado (danos materiais): fundamentação é o direito civil.
	3.8 Penalidades administrativas: Nova competência, era da justiça comum. Fiscalização da união: a união deve ter um quadro de fiscais para fiscalizar o cumprimento das leis: auditor fiscal trabalhista, da receita, do ibama. Dessa fiscalização, podem acontecer uma série de incidentes. A justiça do trabalho julga dissídios envolvendo atividades trabalhistas. O fiscal sai e faz a visita à empresa, quando ele detecta algo ele diz que vai voltar outro dia para ver a mudança. Se a empresa não ajeita, o fiscal lavra um auto de infração, que a empresa pode interpor recurso administrativo pela Superintencia das relações do trabalho. Se a multa é mantida, vai pra procuradoria da fazenda nacional – dívida ativa para que vire um titulo extrajudicial. A união começa então uma fase processual na justiça do trabalho, OBS: qualquer incidente na pre processual é julgado na justiça do trabalho.
A empresa pode demandar contra a união pela anulação de auto de infração administrativo, ou repetição de indébito se ela já pagou, ou mandado de segurança, tudo na justiça do trabalho.
A união por sua vez entra com ação de execução de titulo extrajudicial, levando a certidão de dívida ativa, julgado na justiça federal.
	3.9 Contribuições sociais (inciso VIII): não é nova competência, é de 99. Quando se julga o processo trabalhista, se condena ao pagamento de algo e essa parcela pode ser salarial ou indenizatória. Se for salarial, incide tributos e, dentre eles, as contribuição ao INSS. De ofício, isso tem que ser feito. Ex: domestica, trabalhou 2 anos. Salário mil reais. Não pagou o 13º nem anotou CTPS. Condenado a 13º por 2 anos e de ofício ele coloca INSS (200,00 reais – 20%). OBS: o juiz pode de ofício incluir a contribuição sobre o vínculo? O supremo decidiu que não, pois pedido declaratório de vínculo não está sujeito a execução. O inss só pode incidir sobre a parcela deferida na condenação e não sobre o vínculo. Então, só sobre os 2 mil reais de 13º salário, mas não os 20% sobre mil reais todo mês pelos 2 anos. OBS: PEDIR CONDENAÇÃO A RECOLHER E PAGAR AS CONTRIBUIÇOES SOBRE TODO O VÍNCULO.
	3.10 Outras competências de lei : CLT 652 e 659: o inciso IX fala de outras competências decorrentes de lei. A lei, no sentido formal, ordinária, pode criar outras competências. A principal fonte é a CLT. Observar os artigos 652 e 659. São as antigas competências. Tem algumas competências, como a pequena empreitada, onde ele não é empregado mas a justiça do trabalho julga. Trata-se de uma competência funcional, o 659 quem julga é o presidente da vara e o 652 da vara. Hoje, é do juiz do trabalho. O supremo disse que a justiça do trabalho não tem competência criminal, mas se o legislador ordinário assim disser, ele pode definir essa competência.
4. Competência territorial
4.1 Noções 
- é matéria especializada? (competência material) Sim ou não? Se não for, é residual. Se a união tiver interesse, vai pra JF, se não, justiça comum. Mas é. É competência da justiça do trabalho.
- qual a vara do trabalho é competente? Fixa-se um critério territorial. Trata-se de um critério de interesse meramente privado. Se você ajuizar uma ação em teresina na justiça do trabalho, não é relevante pro juiz. Isso importa unicamente para o réu, ele que vai dizer que vai ou não se defender. O juiz não pode reconhecer de ofício. Excepcionalmente, o juiz pode conhecer de ofício competência territorial, portanto, ela não é um pressuposto processual de validade. OBS: novo cpc é atécnico ao colocar a incompetência territorial como prelimiar de mérito, porque as preliminares de méritos são questões processuais. OBS:quando se quer atacar um aspecto processual, se usa objeção para matéria publica ou exceção para matéria privada (suspeição ou impedimento). Uma das maneiras mais comuns de objeção são arguidas por preliminares de contestação. A objeção extingue o processo, já a exceção não extingue.
(obs: competência para impetrar MS. Na área trabalhista, eu trabalhei em teresina e entro com MS em teresina. O critério de competência material é o domicilio da autoridade impetrada – critério territorial/funcional. O juiz deve conhecer de ofício. Logo, por exemplo, se eu quero trazer minha mulher que é empregada publica para trabalhar em teresina, devo entrar com reclamação trabalhista para a VT de teresina, pois é mais próximo e menos burocrático)
4.2 Regra
No processo trabalhista, diferente do processo civil. Esquecer domicílio, local do imóvel. A regra está no 651 caput: a competência da junta é determinada pela localidade onde o empregado/reclamante/reclamado presta serviços ao empregador, ainda que contratado no estrangeiro. OBS: independentemente do local da contratação. Ex: vara do trabalho em teresina e vara do trabalho de phb. Sou engenheiro da Sucesso e contratado em teresina. Um mês depois me colocam em phb para prestar serviço. Fui demitido. Ajuizo a ação onde? Em phb. Fundamento jurídico para essa regra: facilitar a produção de prova oral, porque é muito difícil empregado ter acesso a documento, então o meio de prova mais festejado no trabalhista é testemunhal e presume-se que eu trabalhei com pessoas que podem testemunhar ao meu favor. Se eu viajasse pelo piaui inteiro, não da pra fixar a prestação do serviço, então vai-se às execeções.
4.3 Exceções
	4.3.1 Legais (parágrafos do 651 CLT):
§1º Agente/viajante comercial: vendedor comercial. Vara da localidade em que a empresa tenha agência ou filial que o empregado esteja vinculado. Na falta, será na vara do trabalho que o empregado tenha domicílio ou na vara mais próxima.
§2º Estrangeiro: empresa brasileira com agencia ou filial no estrangeiro; empregado deve ser brasileiro e não existir acordo coletivo entre Brasil e o país. Ex: engenheiro contratado em teresina, a sucesso vai fazer uma obra no Marrocos. É demitido, volta e ajuíza a ação onde? A sucesso botou uma agencia la. Tem acordo dispondo o contrario? Não, então pode ajuizar no brasil. Ajuizando aqui, a lei processual será a brasileira ou estrangeira? A lei trabalhista será a brasileira ou a marroquina? Em processo civil, o primeiro critério de competência é a internacional. A lei que você aplica no pais é a lei processual daquele país, então a lei processual é a brasileira (CLT), agora a lei trabalhista é a marroquina ou brasileira? Ate 2009 era a estrangeira, mas mudou, e agora é a lei mais benéfica ao trabalhador, usando a teoria do conglobamento, ou seja, a norma como um todo e não específica quanto a cada norma.
§3º Empregador que promove atividades fora do local do contrato: o trabalhador pode escolher entre o local do contrato ou o local da prestação de serviço. Ex: engenheiro contratado em teresina que trabalha em phb. Presta serviços fora da celebração do contrato. Ele pode ajuizar em phb e teresina? Se sim, é o mesmo que dizer que o paragrafo terceiro tem preferencia ao caput, pq o caput diz que o engenheiro nesse caso deve prestar em phb. Então, a resposta é não. Se a gente interpretar essa exceção do paragrafo 3º, é dizer que ela é mais que a regra. O legislador coloca a vista na atividade do empregador, e não do trabalhador. É quando o patrão pega todo seu estabelecimento e funciona em caráter itinerante. Os livros citam sempre o circo, que tem uma base em teresina mas vai prestar serviço em phb. No caso da Sucesso tem uma mera filial, mas não é atividade itinerante. Um exemplo: sou dentista, compro um caminhão e monto um escritório, com um atendente e uma assistência. Não se trata de atividades fixas, mas sim fora de onde os contratei. O empregador exerce uma atividade itinerante, de um local para outro.
	4.3.2 Jurisprudencial: criada por estados do nordeste
	a) Arregimentação de mao obra (colhem mao de obra em outro estado): Nosso estado é grande exportador de mao de obra. O corte de cana de açúcar e a mao de obra piauiense é boa para isso. É muito comum do piaui para sp. Contratado em sp, presta serviço em sp e tem domicílio em sp. Aos olhos da regra, não tinha pra onde, se ele quisesse ajuizar teria que ser em são Paulo. Essa jurisprudência diz que é facultado ele escolher onde é prestado o serviço, local do contrato ou domicílio. Fundamento legal: art 5, XXXV, CF – fundamento constitucional, contestado pelos positivistas que falam sobre não ter fundamentação legal.
	b) É uma generalização. O trt diante de vários casos viu que essa matéria de ajuizar ação em outro local passou a ser uma necessidade para vários trabalhadores mesmo não arregimentados. Então, procurou-se um fundamento para o trabalhador hipossuficiente. Houve uma abertura maior diz que: se o trabalhador é hipossuficiente, diante da dificuldade de acesso ao judiciário, pode ajuizar onde ele quiser. SUMULA 19 TRT/22.
5. Competência Funcional: qual o órgão da justiça do trabalho? Deveria ser a segunda, mas é colocada aqui pela ordem de importância didática.
TST: competência administrativa e jurisdicional. Jurisdicional: julgar ações, recursos e execução. Ações originárias de cunho técnico: dissídio coletivo e ação rescisória. Dissídio coletivo se a área do conflito for supraregional. A lógica da ação rescisória é: se a ultima decisão de mérito for da VT e TRT você ajuíza a rescisória no TRT, mas se for do TST, você ajuíza no TST. Os recursos: o tst tem competência recursal ordinária e extraordinária. Execução: executa suas próprias sentenças. Como uma multa que ele julgou em ação rescisória.
TRT: competência administrativa e jurisdicional. Jurisdicional: julgar ações, recursos e execução. Ações originárias técnicas, ex: dissídio coletivo e ações rescisórias. OBS: quando o dissídio abranger uma área interna ao TRT, conflitos dentro da região. Se a categoria extrapola as fronteiras do regional, quem julga é o TST. Quanto à recursos: Só tem competência recursal ordinária. Execução: executa suas próprias ações.
VT: competência administrativa e jurisdicional. Jurisdicional: julgar ações, recursos e execução. Grande parte das ações são ajuizadas aqui, tudo sobre direito do trabalho. OBS: em hipótese alguma a vara julga processo que julga dissídio coletivo e ação rescisória. O único recurso processado aqui são os embargos declaratórios. Em execução: executar suas próprias decisões da ação, não do recurso. A ação começa na VT, não importa se tiver recurso, a execução vai ser pela VT.
	Os três órgãos tem competência que podem ser dividida em 2 grupos.
6. ALTERAÇÃO DA FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA
6.1 Competência material x absoluta
	Regra da perpetuação da jurisdição, significa que se você tem uma vara competente para julgar aquilo, tipo vara federal, essa vara é competente perpetuamente, porem essa competência pode ser alterada por duas situações. Primeira: se o órgão vara federal for suprimido/excluído ou se houver uma alteração legislativa, foi o que aconteceu com a EC45 que mudou a competência da justiça federal. O momento para eu saber se aquele processo que já começou vai mudar de órgão ou não (ex: mudou da justiça federal pra trabalhista) é, segundo os tribunais superiores, é a existência de sentença de mérito, os quais só vao para o novo ramo jurisdicional os processos que não tem sentença de mérito. Se tiver, fica onde está.
6.2 Prorrogação – Competência territorial
	Não é propriamente uma alteração. A prorrogação é quando um juízo que não era competente (territorialmente) passa a ser. Ex: caso do engenheiro, em que prestei serviço em phb e ajuizei em teresina, pq acho que teresina é competente, o que falta um pouco de lógica. Em interpretação literal da lei, aquele juízo territorialmente incompetente passa a ter competência se o outro lado nada falar. A exceção de incompetência material tem que ser alegadana resposta do réu, ou seja, na audiência junto com a contestação.
6.3 Prevenção
	Não é uma modificação, mas é uma fixação de competência. Há situações em que se tem: mais de um juiz competente ou um órgão colegiado. A competência é reconhecida por um ato chamado distribuição. No entanto, há situações que o legislador diz que não vai haver distribuição e sim por prevenção. Art 286 NCPC: rol exemplificativo
a) conexão ou dependência – causa já ajuizada: ex – ação de consignação de pagamento ajuizada pelo empregador que é conexa a uma reclamação trabalhista. Sou demitido do ICF e eu me nego a receber, ao mesmo tempo o ICF entra com consignação dois dias depois. Qual o critério no processo trabalhista de prevenção? Qual a vara? A primeira pegou a reclamação e a quarta a consignação. Aqui, é pela data e horário de protocolo. Conexão é de ordem publica ou privada? Publica. Juiz pode conhecer de ofício? Sim. A conexão diz respeito à competência territorial ou material? Territorial, somente. OBS: no processo trabalhista a conexão pode ser indeferida se vai de encontro a princípio do processo do trabalho. Ex adriano x icf pedindo horas extras. Marcos Daniel x icf pedindo horas extras. O juiz pode indeferir a conexão no fundamento de diminuição da produção probatória, já que o adriano não pode testemunhar a favor do marcos Daniel.
b) art 485 NCPC: surgiu no ordenamento em 2006, para evitar fraude de distribuição. Entro com pedido de desistência e entro de novo para cair em outra vara. Se o processo é extinto sem resolução de mérito, aquele juízo fica prevento para futuras ações, mesmo que mude o polo e que aumente o número de fatores incidentes. Para muitas ações ajuizadas ao mesmo tempo, é a data do protocolo que marca a prevenção. 
06/03/2017
SUJEITOS DO PROCESSO
1. Noções iniciais: 
	Chamado de partes procuradoras em muitos livros. São todos aqueles que falam ou praticam atos no processo. Trata-se de um sintagma bem grande, onde colocamos as partes, o juiz, servidores, terceiros e os auxiliares da justiça.
	De mais importante, citam-se: as partes (sujeitos da lide) e o juiz. Servidores é mais administrativo. Terceiros tem uma parte de intervenção que não tem muita aplicação no processo trabalhista. Auxiliares são os peritos que auxiliam no processo.
		Para se falar em parte, se fala em representação e assistência. Esses termos não são usados de forma técnica, ou seja, trocados. Ex: 
2. Capacidade no direito processual
	Para falar em parte, necessita se falar em pratica de ato jurídico. Fala-se, então, em capacidade, pois ela que vai delimitar essa aptidão para praticar ato na vida material ou processual. O legislador processual apenas faz remição à capacidade no processo ao próprio código civil. Vamos ter as capacidades no direito material e no processo. A capacidade no direito material mais comum é a capacidade de direito, extensiva às pessoas, sejam naturais ou jurídicas – contribuir obrigações e ter direitos. No entanto, para falar em pratica de ato isoladamente de uma pessoa precisamos de um melhor conceito. Então, tem-se a noção da capacidade de fato: pessoa que pode praticar atos da vida civil sem a necessidade da intervenção de outrem, coisa que um menor não tem. Quem não tem capacidade de fato é chamado de relativamente ou absolutamente capaz e, para praticar atos, precisa de um assistente ou representante. A primeira nocao de capacidade é estar num dos polos da relação material. Já no plano de direito processual, deve-se ter capacidade de ser parte – todas as pessoas possuem. OBS: a capacidade de ser parte inclui também os entes despersonalizados, ou seja, nem só as pessoas podem ser parte. Ex: empresa que não existia formalmente mas existia de fato, responde pelas obrigações trabalhistas. Toda pessoa pode ser parte, no entanto, nem toda pessoa pode ser parte sozinha. Nasce a capacidade processual ou capacidade de estar em juízo. OBS: a capacidade de ser parte está para a capacidade de direito como a capacidade processual está para a capacidade de fato (relação direito processual x direito material). OBS: capacidade processual = legitimação para o processo. OBS: tem outra capacidade, a postulatória, que é dada às partes, ao MP, advogados e etc.
3. Representação:
	É um termo polissêmico. O sentido mais comum é quando se outorga poderes para que alguém possa agir por você. É usada de forma atécnica na CLT, ex: representação em audiência nos artigos 843 e 844 da CLT, onde nesse caso o fazer-se representado pelo sindicato quer evitar que na sala de audiência tenha muita gente, logo, o representar é o membro sindical no lugar dos reclamantes, mas ele não pode praticar ato processual nenhum, caindo por terra essa outorga de poder e, conseguinte, a representação.
3.1 Das pessoas jurídicas
	Podem ser representadas por preposto, tendo que ser gerente ou um conhecedor dos fatos. Importante citar a súmula 377 TST, que diz: pra ser preposto, tem que ser empregado da empresa. Existem 2 exceções, que é o caso do empregador doméstico; caso do micro ou pequeno empresário, nas quais não precisa ser empregado. Essa sumula tem varias críticas, pois o TST foi além do que a lei diz. Para ser preposto, tem que se apresentar com uma carta de preposição, caso não tenha, o juiz pode dar prazo mas em alguns casos o juiz declara revelia. OBS: o autor/empregado pode ser representado? Não, as partes devem comparecer.
3.2 Do menor
	Tem um dispositivo tratando sobre isso, o art 793 da CLT. A reclamação será feita pelos seus representantes legais e, na falta deles, em ordem sucessiva: MPT (procuradoria da justiça do trabalho), sindicato, MPE, curador. OBS: o TST considera que esse é o único caso de curador nomeado pelo juiz no processo trabalhista. Ex: um réu preso que é demandado, o juiz não vai nomear curador pra ele. A solução é ele aparecer, preso, na audiência. OBS: na justiça do trabalho, a participação do MPT é obrigatória como custus legis em lides de menor? Se for na vara do trabalho, não há obrigatoriedade, pq o TST também entende que a participação do MP está restrita ao 793, ou seja, quando não for representado pelos pais. Logo, nas lides de menor, o MP não precisa ser ouvido. OBS: nos tribunais, há intervenção do MP como custus legis em lides de menor, pq tem a lei do MP que prevê essa situação fática.
	O termo representação é utilizado de forma ampla, abrangendo assistência.
3.3 Por advogado
	Não é obrigatória, essa é a regra. A exceção é quando os processos começam no TST e processos originários no TRT. O advogado é representado, tem outorga dada por uma procuração, que pode ter poderes simples (adjudicia) ou poderes especiais (adjudicia et extra). È sempre obrigatória o mandado? Não. Pq existe o mandado tácito, que é somente o registro do nome do advogado na ata. Tem todos os poderes para recorrer, mas são poderes simples e, por isso, não pode substabelecer. Com o novo cpc, se ele substabelecer e ele entrar com um recurso, o juiz tem que dar prazo para sanear. A segunda hipótese é uma procuração Apud Acta – pedir o juiz que bote na ata os poderes que o advogado vai ter, inclusive substabelecer. Serve somente para citação.
4. Assistência
4.1 Sindical
	O sindicato é criado para defender determinada categoria. Na defesa dessa categoria, o sindicato tem que prestar alguns serviços, são eles: colocar advogados para prestar assessoria jurídica, patrocinar ações, participar de negociações, fazer homologações de rescisões, etc. É a chamada assistência sindical, assistência aqui utilizada de forma ampla. Pro processo do trabalho, destaca-se: patrocínio de ações.
	Ocorre que, quando o sindicato fornece advogado para patrocinar uma ação, temos um exemplo de assistência sindical. Assistência sindical não é só isso, é esse conjunto de atribuições, mas a principal é patrocinar ações. Ele fornece o advogado e, na procuração, há a autorização/timbre do sindicato. Isso é muito relevante. Assistido pelo ente sindical e representado pelo advogado – termos técnicos do trabalhador na causa.Ex: tenho 15 anos e só tenho a mae. Ela me leva pra procurar o advogado do sindicato. Terminologia: representado pela mae, assistido pelo sindicato e representado pelo advogado.
4.2 Judiciária
	Nossa cf prevê que os mais necessitados, o estado fornecerá assistência jurídica pra ele. Dará defensores, lei 1060/50. Em 50 não tinha defensoria, a situação se resolveu da seguinte forma: um dos papeis do sindicato é prestar assistência, então obriga-se os sindicatos a prestar assistência sindical ao mais necessitados e vamos dar um bônus pra eles (honorários de sucumbência). Atualmente, no processo do trabalhista, quem presta assistência judiciaria gratuita é o sindicato e a defensoria publica.
5. Honorários advocatícios 
	Temos dois tipos. Os de sucumbência e os contratuais.
a) sucumbência:
	quem custeia é a parte que perde. Esses honorários são do advogado, não da parte.
b) contratuais
	firmado entre as partes.
5.1 Regra do direito processual do trabalho – honorários de sucumbência
SUMULA 219 TST. Como a parte pode litigar sozinha, então, na justiça do trabalho não são devidos honorários de sucumbência. Essa é a regra. Exceções:
a) lides de emprego: os honorários são devidos se a parte for hipossuficiente (para isso, tem que ganhar até 2 salários ou declarar que não tem condição de demandar sem prejuízo do sustento da sua família) + estar assistido pelo sindicato. O estado não conseguiu dar defensor desde a década de 50. Como não conseguem, demanda pro sindicato mas, dá os honorários. E quem paga é o empregador que perde a reclamação.
b) lides da nova competência: o tst entende que os honorários sucumbenciais são devidos de acordo com o ncpc, ou seja, são devidos honorários sucumbenciais. Ex: sindicato entrando contra outro sindicato. OBS: a sumula previa até 15, mas hoje prevê até 20%.
OBS: olhar outras exceções, pois cai na prova.
6. Benefício da justiça gratuita
	É diferente de assistência judiciaria gratuita. Esse benefício é a isenção de não pagar despesas processuais. Quem possui:
a) qualquer pessoa física que ganha até 2 salários mínimos ou declarar que não tem condição de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do sustento da família.
b) empregadores pessoas físicas, bastando a declaração de não poder arcar.
c) empregador pessoa jurídica, que o juiz pode dar, dependendo de prova da situação financeira. OBS: TST entende que essa isenção não alcança depósito recursal.
7. Ministério Público do Trabalho
7.1 Noções iniciais
	Compõe o Ministério Publico da União. O MP é dividido em MPU (procurador geral da república, MPF, MPT, MPEleitoral e MPDF) e MPE. 
	Tem atuação na justiça do trabalho. São representados por números ordinais. Ex: Procuradoria Regional do Trabalho da 22ª região. Não possui varas, possui Ofícios.
7.2 Carreira
	Concurso público e o primeiro cargo é o de Procurador do Trabalho. Não existe substituto, então ganha o mesmo que um juiz estadual titular. Com o tempo, pode ser Procurador Regional do Trabalho. Atua nas varas e nos TRTs. Depois, pode ser sub Procurador Geral do Trabalho, atuando também no TST.
	Tem mais direitos que a magistratura. Lei 75/93.
7.3 Atuação (só atuam em causa coletivas – interesse publico)
a) administrativa: toda irregularidade de fiscalização que atinja a causa coletiva, eles estão investigando (inquéritos civis, procedimentos preparatórios); negociações; firmar termos de ajustamento de condutas – TACs (titulo extrajudicial)
b) jurisdicional: patrocínio de ações como parte, ações essas coletivas, execuções dos TACs; funcionam como custus legis – dar parecer em causas coletivas, mandados de segurança, tribunais: quando envolver menor. OBS: eles tem assento permanente nos tribunais. Nas varas, eles não tem assento.
ATOS E PRAZOS PROCESSUAIS
1.Generalidades
	Um ato jurídico tem varias espécies, entre eles o ato processual (ato praticado dentro do processo). Ex de atos jurídicos: atos administrativos ou atos legislativos. 
	A pratica desse ato processual, quem produz, pode ser qualquer sujeito do processo. Os principais são os de comunicação e despesas.
	Alguns princípios sobre as irregularidades. O ato processual possui elementos, que são inerentes ao ato jurídico, ex: sujeitos (partes), objeto e forma. Quando se fala em elementos, temos que adjetivar esses substantivos. OBS: escada pontiana → plano de existência, validade e eficácia. Os elementos estão contidos no plano da validade. Ex: no ato administrativo, são elementos: CFFMO (art 2º da Acao Popular). Nulidade é plano de validade (acao anulatória. Se tou falando de inexistência, é plano de existência (acao declaratória).
	Quando um pego um ato irregular. Todo ato irregular é nulo? Não, depende da irregularidade. Podemos dizer que o ato pode ser
		a) meramente irregular (ex: falta rubrica no processo); 
		b) nulidade relativa (prepondera o interesse privado, o juiz não pode declarar de ofício, ex: principio da transcendência – só pode ser declarado nulo se houver prejuízo, princípio da preclusão – momento de ser alegado. Esses princípios se fazem valer somente aqui. Se não for reconhecida, é admitida a convalidação de atos (lei 9784 – atos administrativos).
		c) nulidade absoluta: não há preclusão, pois o vício é tao grave que depois pode ser feita por acao rescisória, diferente do ato inexistente. Prevalece interesse publico.
2. Comunicação dos atos
2.1 Tipos
	Temos um processo, administrado numa vara. Pode ter a determinação para que outro sujeito seja comunicado. Ou seja, um ato que deve chegar até outro sujeito. O cpc é mais técnico e costuma dividir o ato de citação (chamar a parte para apresentar defesa) e initimação (parte tomar ciência ou produza ato processual). O cpc de 73 e 15 fazem isso. Já a clt é de 43, que foi influenciada pelo cpc de 39. Temos uma atecnia, na qual o art 880 usa o verbo citar, mesmo sem falar em defesa. Em outro lugar da clt, a parte é notificada para que compareça audiência, onde apresenta defesa. Poderia ser citação, mas é notificação.
	Os tipos mais comuns são: notificação e a citação, que não é utilizada no termo para apresentação de defesa.
2.2 Formas
	Quando falamos em forma, utilizamos o princípio da instrumentalidade das formas. Quando produzo um ato, a lei desenha uma forma para que dentro dessa forma seja atingido um fim, se na produção desse ato eu desviei e apresentei outra forma mas atingi o mesmo fim, eu não declaro a nulidade, porque a forma como instrumento processual não deve preponderar sobre o fim, que é o objeto dentro do direito processual. Ex: a lei diz que o réu deve ser citado pessoalmente pagar a execução por oficial de justiça, mas alguém faz postal pelo correio, ou seja, atingiu o fim desejado.
a) Correios: AR. É a forma regra para chamar o réu ao processo. O réu não é citado, é notificado para comparecer a audiência. OBS: tanto faz estar no piaui como no rio grande do sul.
b) Pessoal: pelo oficial de justiça (mandado) ou feito em secretaria da vara do trabalho, ex: a sentença que você na audiência tomou ciência.
c) Diário da Justiça: hoje ele é virtual, quem comanda é o TST no CSJT, ex: as sentenças são publicadas no diário da justiça. Acontece quando tem advogado. Quando tem uma sentença jus postulandi tem que fazer pelos correios ou pessoalmente, pois não tem advogado..
d) Carta: carta tem sinônimo de autos suplementares. Ela é cópia de um processo, pq vc tem que praticar um ato que não está a disposição. Ex: carta de senteça, o processo está no tribunal e você tem que executar na vara. Você precisa pedir essa peticao de uma carta de sentença. Caso da execução provisória. Na comunicação dos atos, as cartas são importantes quando você quer praticar um ato fora da jurisdição. Se for ato no exterior, é a carta rogatória. Se for pra ser feito por instancia superior, é de carta de ordem. Ex: o ministro facquim quer ouvir uma testemunha aqui em teresina, tem que mandar uma carta de ordem para um juiz ouvir a testemunha aqui. O terceiro tipo é a precatória, quando você precisanotificar ou comunicar de vara do trabalho para vara do trabalho. A vara que expede é a deprecante e a que vai cumprir é a deprecada. Ex: preciso notificar um réu no RS, já foi tentado pelos correios mas os correios não encontraram o endereço. Não posso mandar meu oficial de justiça la, pq não tem atuação. Não posso publicar no diário, pq o réu não está no processo, então tenho que expedir uma carta para que o juiz de porto alegre tente achar a empresa – carta precatória notificatória. A carta precatória é caracterizada pela sua itinerância. Se mando uma carta para uma vara e o juiz identifica que não é aquela mas outra, ele tem a atribuição de mandar para a outra vara, desde que me comunique. Desde 2014, todas as ações correm no pje, logo, a carta é eletrônica.
e) citação por edital
3. Despesas processuais
	Não há despesa processual inicial, diferente da justiça federal.
	É necessário diferenciar lides empregatícias da nova competência. Custas e emolumentos são taxas pela utilização do serviço publico. São, portanto, tributos.
3.1 Custas - Serviço judiciário geral.
3.1.1 Natureza
	Tem natureza de tributo da União, deve recolher na GRU.
3.1.2 Momento da fixação/Recolhimento
	Fixadas em sentença. O recolhimento é feito de duas formas. Se você recorrer, faz parte do preparo. Se não recorrer, você é executado. Não se fixam custas iniciais, diferente da justiça comum e federal.
3.1.3 Responsabilidade
3.1.3.1 Fase conhecimento – valor de 2% do valor da causa ou valor da condenação. Se não tem condenação, é sobre o valor da causa. Uma sentença pode ser terminativa (reconhece um defeito no processo – 485 CPC como ilegitimidade) ou definitiva (procedente total ou parcial ou improcedente). Não teremos condenação na terminativa e quando os pedidos forem improcedentes.
a) lides de emprego: 2%, mas quem paga? O reclamante paga as custas nas hipóteses de extinção sem julgamento de mérito ou de improcedência. Ele foi sucumbente total seja na pretensão de mérito ou processual. Já o reclamado paga as custas quando houver procedência, seja total ou parcial. As custas são calculadas sobre o valor da condenação, no detalhe de não haver sucumbência recíproca no caso de procedência parcial, ou seja, não há rateio das custas, só o reu paga na parte que ele perdeu. Ex: pediu 100 reais e o juiz condenou a empresa a pagar os 100 reais, no valor de 2 reais. Ex: fiz dois pedidos, de danos morais em 100 e danos materiais em 200. O juiz so deu 100 e indeferiu 200. No processo civil o réu paga as custas de 100 e o reu de 200. Aqui so a empresa paga as custas sobre o valor de 100. Se a sentença não fixar as custas, embarga.
b) nova competência: as custas são fixadas na forma do processo civil, ou seja, há rateio de custas em face de sucumbência reciproca. 
3.1.3.2 Fase execução – a clt coloca um regime de custas diferente. A clt pega por ato processual, faz uma tabela (art 789) com um valor de custas. São pagas somente no final, sempre pelo executado, porque na execução cabe ao executado pagar o custeio do trabalho pelo estado.
3.2 Emolumentos
	Serviços específico, como certidões, xerox, carta. Estao fixados em tabela pela CLT. Só recebe o que pediu se pagar.
3.3 Honorários (do perito, depositário, leiloeiro) – serão vistos quando tiver no assunto perícia.
4. PRAZOS PROCESSUAIS
4.1 Noções: no processo do trabalho, há a celeridade. Os prazos são curtos. O cpc 15 trouxe uma nova sistemática de contagem de prazos. Agora é por dia útil. Mas a CLT não aplica, pois segue o CPC passado. Exclui-se o primeiro dia e inclui o do final. São divididos em próprios em impróprios, que é quanto a preclusão. Os próprios são destinados as partes, os impróprios são para os juízes e servidores.
4.2 Contagem
	Vamos fazer uma divisão. Há duas formas: a regra e quando é publicado em diário eletrônico.
4.2.1 Regra:
	Devemos aprender que são 3 datas que participam disso. Delas, o professor vai querer sempre as 3. São elas: o inicio do prazo IP, inicio da contagem do prazo ICP e o termo final TF. O inicio do prazo é a data da notificação. O inicio da contagem é quando você começa a contar e o termo final é quando ele acaba.
a) os três prazos acima sempre tem que cair em dia útil.
b) o inicio da contagem é no dia útil seguinte ao inicio do prazo.
c) entre o ICP e o TF não há suspensão de contagem. Entao, contou o inicio, não interessa se feriado vem no meio, não para.
d) se IP e TF cair em dia não útil, prorroga para o dia útil seguinte
ex:	s	t	q	q	s	s	 d
		7	8	9(F)	10	11	12
	13	14	15	16	17	18	19
	20
a) dia 7:
IP 7
ICP 8
TF 15
b) dia 8:
IP 8
ICP 10
TF 17
c) dia 10:
IP 10
ICP 13
TF 20
d) dia 11 – penhora:
IP 13
ICP 14
TF 20
4.3 Suspensão e interrupção
	Ambas as espécies são do gênero suspensão. A diferença é que ele parar de contar por conta de uma condição que se estabeleceu. Quando essa condição deixa de agir, ele volta a conta. Se ele volta a contar do que falta é supensao, se voltar do inicio é interrupção.
	Situações peculiares. Ex: recesso do judiciário de 20 de dez a 06 de jan de cada ano. São 18 dias. Se o prazo tiver sendo contado, quando chega no dia 20 suspende a contagem e quando chega no dia útil posterior a 6 retorna o que faltava. OBS: agora temos férias de advogados no mês de julho. É um tipo diferente de suspensão. Ex de interrupção, diz respeito sobre prescrição. A citação valida interrompe a prescrição. No processo trabalhista é no ajuizamento da ação. Quando o processo é extinto sem resolução de mérito, você ajuíza uma ação e interrompe a prescrição, se é extinto sem resolução a prescrição volta a correr mas o que foi interrompida volta a correr do zero e não do que faltava. Se o empregado é demitido ele tem 2 anos pra entrar. Digamos que entrou no último dia. Na audiência, ele não foi, foi arquivada. Processo deixa de existir. A interrupção desaparece e a prescrição volta a correr do zero. Vai ter mais dois anos pra ajuizar a mesma ação, fazendo os mesmos pedidos uma ação, mesmo arquivada, interrompe a prescrição, devolvendo o prazo.
EXERCICIO CRAVEIRO
1. Sim, pois decorre do vinculo de emprego (acidente de trabalho – meio ambiente de trabalho). Mas quanto ao inss, sobre a pensão por morte (previdenciário), é na justiça federal. Entao, devem ser ajuizadas duas ações.
2. Não, pois a regra é hora e data do protocolo. Não há despacho citatório na JT, quem cita é a própria secretaria. E o termo técnico é a notificação.
3. Não, pois multa é aplicada pelo MTE, mas a execução é pela JT. O juiz fez certo em deferir as diferenças salariais. Essa multa tem caráter administrativo.
4. o saque do fgts é JT, mas correção monetária é justiça federal, vide sumula 82 STJ. A culpa é da caixa por não realizar a atualização.
5. Não, pois tem estatuto, logo, justiça comum. Trabalhador – ente/aut/fundpub. Esse ente tem um vinculo e um regime, que pode ser estatuto (lei adm do respectivo ente) ou CLT. Uniao, Estados e alguns municípios tem estatuto. Então, seus agentes (servidores pub estatutários, que tem cargo efetivo ou comissionado
6. Sim, pois é relação de trabalho (do tipo eventual), lide da nova competência. E não é profissional liberal, representante comercial ou relação de direito do consumidor, que é justiça comum.
7. É competente a justiça do trabalho, entidade privada contratando a médica.
8. Não, pois é competência do MTE, por meio de processo administrativo. São dirigidas ao fiscal do trabalho. PEC358 competencia do juiz do trabalho para aplicar multa. Obs: multas processuais são da justiça do trabalho.
9. professor: se tiver interesse do estado, é justiça comum. Se não tiver, JT. TST: tendo sindicato, é do TST. A ADIN do STF muito comentada é sobre ter estatuto, já é justiça comum. Ex: cobrança de contribuição sindical, como o estado tem interesse, vai pra justiça comum, já uma eleição de sindicato, não tem interesse, logo, JT.
Professor: sumula stf – compete a jt julgar causas envolvendo meio ambiente do trabalho, inclusive

Outros materiais