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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS COM ÊNFASE EM INFORMÁTICA
Laisse Naiara Lobato de Sousa
Tainah Alexópulos Vale
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: Um estudo de caso em uma empresa comercial no município de Parauapebas – Pa.
Belém
2011
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS COM ÊNFASE EM INFORMÁTICA
Laisse Naiara Lobato de Sousa
Tainah Alexópulos Vale
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: Um estudo de caso em uma empresa comercial no município de Parauapebas – Pa.
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do grau de Ciências Contábeis com Ênfase em Informática do Centro Universitário do Pará (CESUPA)
Orientador (a): Prof.ª Msc. Regina Célia Vilanova.
Belém
2011
CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PARÁ
ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS COM ÊNFASE EM INFORMÁTICA
Laisse Naiara Lobato de Sousa
Tainah Alexópulos Vale
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: Um estudo de caso em uma empresa comercial no município de Parauapebas – Pa.
Trabalho de conclusão de curso para obtenção do grau de Ciências Contábeis com Ênfase em Informática do Centro Universitário do Pará – CESUPA.
Data da apresentação: __/__/__
Conceito: _____________
Banca examinadora
_____________________________________________
Prof.ª Msc. Regina Célia Vilanova - Orientadora
Centro Universitário do Pará
 ________________________________________
Prof.º Msc. ______________________ - Membro
Centro Universitário do Pará
Agradecimentos
Primeiramente agradeço a Deus, pois sem ele nada disso seria possível, agradeço senhor por te encontrar, por estar em meu caminhar. A minha mãe e a minha irmã Edileuza Lobato e Priscila Lobato pela compreensão da minha ausência, e por todo amor e apoio que me ofereceram, ao meu filho Levi Lobato que embora não tivesse conhecimento disto, me iluminou de maneira especial e os meus pensamentos me levando a buscar mais conhecimentos. 
Dedico este trabalho ao meu pai Hilton Soares Lobato “in memorian”, que me amou incondicionalmente e que deixou muitas saudades, a minha tia Eutália Lobato “in memorian” que trouxe a profissão pra família. Dedico também a todos os meus professores em especial a Regina Célia Vilanova pelo seu exemplo de vida, seus ensinamentos jamais serão esquecidos. Aos meus colegas de curso deixo a minha gratidão pela tolerância e pelo bom convívio.
	Laisse Naiara Lobato de Sousa 
Agradecimentos
Aos meus pais, Célio e Danay, que mais do que me proporcionar uma boa infância e vida acadêmica, formaram os fundamentos do meu caráter e me apontaram uma vida eterna. Obrigada por serem a minha referência de tantas maneiras e estarem sempre presentes na minha vida de uma forma indispensável, mesmo separados por tantos quilômetros.
Ao meu irmão Bruno Vale que mesmo sendo uma pessoa fechada, de alguma forma torceu por mim. Aos amigos de perto e de longe, pelo amor e preocupação demonstrados através de mensagens, ligações, visitas e orações. Obrigada, vocês que aliviaram minhas horas difíceis, me alimentando de certezas, força e alegria.
A todos os meus professores, por toda dedicação e por seus ensinamentos, em especial a minha professora e orientadora deste trabalho, Regina Vilanova, pelo desprendimento ao escolher me dar apoio, mesmo quando tudo parecia estar perdido, ela estava ali nos dando força e ajudando da forma mais carinhosa. 
Muito obrigada nunca será suficiente para demonstrar a grandeza do que recebi de vocês. Peço a Deus que os recompense à altura. E é a Ele que dirijo minha maior gratidão. Deus, mais do que me criar, deu propósito à minha vida. 
Tainah Alexópulos Vale
RESUMO
	
Este estudo apresenta como o tema a importância do planejamento tributário: um estudo de caso em uma empresa comercial no município de Parauapebas – Pa, a pesquisa tem como objetivo geral evidenciar a importância do planejamento tributário para a economia de tributos e de forma específica identificar os fundamentos teóricos do planejamento tributário; identificar as características dos regimes tributários; Simples Nacional e Lucro Presumido; e evidenciar qual entre esses dois regimes é o mais adequado para a empresa em questão. A metodologia utilizada para a elaboração do estudo proposto é a pesquisa bibliográfica. O trabalho será dividido com os conceitos e as características de carga tributária, gestão tributária e planejamento tributário. Enfatizando que o planejamento tributário possui grande importância nas empresas, podendo analisar e reduzir a carga tributária que tanto prejudica o desenvolvimento das empresas no contexto atual. Apresenta-se os conceitos e características dos dois regimes tributários: Simples Nacional e Lucro Presumido, evidenciando os tributos existentes em cada regime, as alíquotas utilizadas e os cálculos. Posteriormente é exposto um estudo de caso na empresa Norte e Vale Ltda, um supermercado atuante no mercado que busca os benefícios do planejamento tributário para se melhor adequar a um específico regime de tributação reduzindo o ônus tributário e conseqüentemente melhorando o desempenho nos resultados econômicos da empresa.
Palavras-chaves: Carga tributária, planejamento tributário, Simples Nacional e Lucro Presumido.
ABSTRACT
This study presents the subject as the importance of tax planning:a case study in a commercial enterprise in the municipality of Parauapebas - Pa, the research aims to highlight the general importance of tax planning for tax savings and specifically identify the theoretical tax planning, identifying the characteristics of tax regimes, and Simple National Assumed Income, and show which of these two schemes is best suited for the company in question. The methodology used for the preparation of the proposed study is the literature search. The work will be shared with the concepts and features of the tax burden, tax management and tax planning. Emphasizing that the tax planning has great importance in business, and can analyze and reduce the tax burden that bothaffect the development of businesses in the current context. It presents the concepts and characteristics of the two tax regimes: Simple and National Assumed Income, showing the existing taxes in each regime, the rates used and the calculations. It is then exposed to a case study company in North and Valley Inc., a supermarket active in the market seeking the benefits of tax planning to best suit a specific tax regime by reducing the tax burden and therefore results in improving the economic performance of the company .
Word-keys: Tax burden, Vain planning tributary, Simple National and Profit Presumed.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CF		Constituição Federal.
CPP		Contribuição patronal previdenciária.
CGSN		Comitê gestor do simples nacional.
COFINS	Contribuição para o financiamento da seguridade social.
CSLL		Contribuição social sobre o lucro líquido.
CTN		Código Tributário Nacional.
DAS		Documento de arrecadação do simples nacional.
DASN		Declaração anual do simples nacional.
EPP		Empresa de pequeno porte.
ICMS		Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.
IN		Instrução normativa.	
IPI		Imposto sobre produtos industrializados.
IRPJ		Imposto de renda pessoa jurídica.
ISS		Imposto sobre serviço.
ME		Microempresa.	
PIB		Produto interno bruto.
PIS		Programa de ingresso social.
RBT		Receita Bruta Total.
RIR		Regulamento do imposto de renda.
SRF		Secretaria da Receita Federal.
SUMÁRIO
3INTRODUÇÃO	
1.REFERENCIALTEÓRICO	5
1.1 CARGA TRIBUTÁRIA	5
1.2 GESTÃOTRIBUTÁRIA	7
1.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO	7
1.3.1 Finalidade do Planejamento tributário	9
1.3.2 Tipos de planejamento tributário	9
1.4 ELISÃO FISCAL	10
1.5 EVASÃO FISCAL	11
1.6 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – ROTINAS DE APLICAÇÃO	13
1.7 TIPOS DE TRIBUTAÇÃO	14
1.7.1 Tributação pelo Lucro Presumido	14
1.7.1.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica	16
1.7.1.2 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL):	18
1.7.1.3 PIS e COFINS	19
1.7.2 Tributação pelo Simples Nacional	19
1.7.2.1 Opção	21
1.7.2.2 Base de cálculo – receita mensal	22
1.7.2.4 Alíquotas	23
1.7.2.5 Cálculo	23
1.7.2.6 Obrigações acessórias	23
2. ESTUDO DE CASO	25
2.1 DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA	25
2.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA EMPRESA	25
2.3 CÁLCULO DA TRIBUTAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL	26
2.4 CÁLCULO DA TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO	28
2.4.1 Cálculo do IRPJ	28
2.4.2 Cálculo da CSLL	29
2.4.3 Cálculo do PIS e COFINS	30
2.4.4 Cálculo do ICMS	31
2.4.5 Cálculo do INSS Patronal:	32
2.5. ANÁLISE	33
3. CONCLUSÃO	34
REFERÊNCIAS	36
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INTRODUÇÃO	
A Contabilidade é um instrumento utilizado para identificar, mensurar, informar e analisar a situação econômico-financeira das entidades. Uma das utilidades da contabilidade é produzir informações para subsidiar o planejamento tributário, ferramenta essa que auxilia o empresário a tomar a decisão de aplicar em sua empresa a melhor maneira de pagar menos tributos de forma lícita.
Um planejamento tributário é também determinante para o bom funcionamento da empresa, evitando a mesma ser sobrecarregada de tributos. Assim, o planejamento tributário estuda e analisa minuciosamente todas as fontes que originam os tributos dentro de uma entidade. É necessário que haja uma adequação da escolha do regime de tributação para saber se aquele regime é mais viável para a empresa aderir, a fim de não ter surpresas futuramente ou incorrer em gastos desnecessários. 
O referido trabalho aborda como tema “A Importância do planejamento tributário: um estudo de caso na empresa comercial no município de Parauapebas-Pa”. E propões a seguinte questão problema: Diante das constantes mudanças de regimes tributário na empresa objeto de estudo deste trabalho, e da complexidade e dos diversos regimes existentes, qual o mais adequado sob a ótica do planejamento tributário entre o Simples Nacional e o Lucro Presumido?
 A pesquisa tem objetivo geral Evidenciar a importância do planejamento tributário para a economia de tributos e de forma específica identificar os fundamentos teóricos do planejamento tributário; identificar as características dos regimes tributários: simples nacional e lucro presumido; e evidenciar qual entre esses dois regimes é o mais adequado para a empresa em questão. 
A metodologia utilizada para a elaboração do estudo proposto é a pesquisa bibliográfica que tem como objetivo recolher informações e conhecimentos prévios acerca de um problema para qual queremos uma resposta. Gil (1999) Explica que a pesquisa bibliográfica é desenvolvida mediante material já elaborado, principalmente livros e artigos científicos. 
Segundo Kant (1689-1755) “A pesquisa bibliográfica é o passo inicial na construção efetiva de um protocolo de investigação, quer dizer, após a escolha de um assunto é necessário fazer uma revisão bibliográfica do tema apontado. Essa pesquisa auxilia na escolha de um método mais apropriado, assim como num conhecimento das variáveis e na autenticidade da pesquisa”
Esse tipo de pesquisa é fundamental para as pesquisas contábeis, pois a partir dela poderemos escolher qual o método que iremos seguir, e quais fontes serão utilizadas para o enriquecimento da mesma, como jornais, livros artigos, entre outros. Em seguida realizou-se a pesquisa de campo que é uma forma de obtenção de dados sobre um fenômeno de interesse. 
Existem diversos tipos de pesquisas de campo: a quantitativa, exploratória e a experimental. A principal característica da pesquisa de campo é a obtenção dos dados diretamente na realidade, é na pesquisa de campo que as teorias estudadas poderão ser validadas. A pesquisa foi baseada no estudo de caso, ou seja, um estudo voltado para um único caso específico. Esse tipo de pesquisa exige a coleta de dados estratificados que possam ser utilizados para analisar um contexto isolado de determinada situação. 
Gil (1999, p. 73) salienta que
“O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir conhecimentos amplos e detalhados do mesmo, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados”. 
O trabalho está dividido em: 1º capítulo: referencial teórico contendo assuntos como: carga tributária; gestão tributária; planejamento tributário; elisão e evasão tributária; e tipos de tributação: simples nacional e lucro presumido. Com o objetivo de evidenciar os embasamentos teóricos utilizados na composição deste trabalho. O 2º capítulo trará o estudo de caso feito em uma empresa situada em Parauapebas no Estado do Pará, que será o objeto de estudo deste trabalho, avaliando por meio de dados a situação tributária da empresa a fim de se chegar a uma melhor adequação do regime tributário utilizado. E por fim, o trabalho trará uma conclusão de todo o estudo feito e seus efeitos proporcionados.
1.REFERENCIALTEÓRICO
1.1 CARGA TRIBUTÁRIA
	A carga tributária de um país é a parcela de recursos que o Estado retira dos indivíduos e empresas para financiar as ações do governo, ou seja, é a quantidade de tributos (impostos, taxas e contribuições) das três esferas de governo (federal, estadual e municipal) que incidem sobre a economia, que é formada pelos indivíduos, empresas e os governos. (disponível em http://portal2.tcu.gov.br) 
Pode-se dizer que a carga tributária será um percentual onde o total de recursos transferidos para o governo é dividido pelo total de riquezas produzidos no país no mesmo período identificado pelo PIB, produto interno bruto, o resultante de tal divisão será o percentual da carga tributária.
	No Brasil o que se discute é que a carga tributária é bastante elevada em relação a outros países, porém o que de fato existe é um sistema tributário brasileiro composto por muitos tributos, com isso a aplicação desses constituem uma grande obrigação pela parte dos contribuintes e gera alta arrecadação tributária. 
Segundo Roberto Carlos Pereira (2008) a elevação das taxas e impostos faz com que a ilegalidade no setor econômico torne-se cada vez mais constante entre relação de pessoas físicas e jurídicas, ou seja, empresas sonegadoras de impostos, no âmbito municipal, estadual ou federal.
Denomina-se carga tributária em referência ao custo que o funcionamento do Governo representa para a economia nacional. Convencionalmente, mede-se como o volume de tributos efetivamente ingressados aos cofres públicos, como uma percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) (que é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais produzidos na economia num período de, usualmente, um ano). Isto é: Arrecadação Tributária Produto Interno Bruto. Mas esta definição não toma em conta o verdadeiro custo social que tem um imposto. (DOMINGUES, 2000).
	O governo, para manter o bem-estar social, tem a missão de arrecadar os impostos pagos pela sociedade e aplicá-los em ações que possam suprir as necessidades públicas. Essa arrecadação deve ser investida em saúde, educação, segurança, habitação, saneamento básico, entre outros. O grande problema é que a carga tributária no Brasil vem sofrendo elevações no decorrer dos anos, e os serviços prestados pelo governo na opinião da população, não é suficiente ou os recursos não são empregados de forma correta.
	 
Favero et al (1997, p .141), afirma que:
“Tem-se verificado um aumento da carga tributária em decorrência do crescimento das necessidades sociais, este ocasionado quer pelo aumento desenfreado da população, principalmente de baixa renda, a qual tem nos serviços públicos a única alternativa,  paraa solução de seus problemas educacionais, habitacionais e de saúde, pelos efeitos decorrentes de situações instáveis, geralmente sazonais, ocorridas na economia do país, quer ainda pela má administração e aplicação dos recursos provenientes dos tributos.”
Em decorrência dessa situação, Oliveira afirma que: “O governo incrementa a arrecadação elevando a alíquota ou aumentando a base de cálculo. A cada ano o fisco tem se mostrado mais feroz na cobrança de impostos. Nos últimos 13 anos, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 168,53%, a carga tributária aumentou 295,63%”. OLIVEIRA (2000, p.12).
Segundo Eli Salamacha, pesquisas realizadas em 2004 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) verificaram que 70% (setenta por cento) dos empresários pesquisados atribuem à excessiva carga tributária a maior dificuldade para o crescimento das empresas. 
	Com isso, analisa-se que a elevada carga tributária faz com que as empresas tenham dificuldades em se desenvolver por ter que obrigatoriamente cumprir com seu dever junto ao pagamento de seus tributos. Financeiramente esse fator pode debilitar a evolução econômica das empresas por destinarem grande parte de suas receitas em tributos.
A carga tributária brasileira, além de ser elevada, é bastante complexa, pois existem inúmeros tributos, a serem aplicados e exigidos segundo a legislação tributária. "O sistema é prejudicial ao desenvolvimento do País, que seguramente poderia crescer mais se houvesse uma tributação menor e mais simples", resume Marcel Domingos Solimeo, superintendente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). 
1.2 GESTÃO TRIBUTÁRIA
	A administração das empresas devem saber gerir os tributos pagos por elas, por existir uma carga tributária elevada e complexa. Para ser um bom gestor é necessário se atentar para as mudanças e saber gerir as aplicações voltadas para o pagamento de tributos. A Constituição Federal de 1988 (CF/88) e o Código Tributário de 1966 (CTN) deve ser a base do conhecimento do gestor fiscal, a constituição é a base do ordenamento jurídico e o código tributário detém informações sobre o sistema tributário nacional.
	A gestão tributária pode ser realizada pelo administrador em conjunto com o contador que deve identificar qual a melhor forma de administrar as questões tributarias da empresa, além de indicar a necessidade da realização do planejamento tributário. Com isso, a forma de gerir, pode influenciar diretamente no diferencial e na competitividade da entidade. 
	Para começar o gerenciamento tributário é preciso agir de forma antecipada, organizar previamente todos os documentos fiscais, os sistemas que repassam as informações fiscais, entre outros. Cada vez mais as exigências sobre os tributos vêm ganhando força, a cada período que passa, as empresas se programam, se planejam para reduzir o ônus tributário.
	A partir da gestão, pode-se iniciar um planejamento tributário, depois de toda a análise no âmbito interno e externo, evidenciando que as entidades devem cumprir corretamente, as obrigações fiscais.
	
1.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
Segundo Fabretti (2006, p.32) “O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário, que exige antes de tudo, bom senso do planejador”. 
Ainda , de acordo com Fabretti (2007),
Deve-se identificar e estudar as alternativas legais aplicáveis ao caso conforme a atividade econômica de cada empresa, buscando a existência de lacunas (brechas) na lei, que possibilitem realizar a operação da forma menos onerosa possível para o contribuinte sem contrariar a lei, sempre no resguardo da elisão fiscal que, consiste na economia tributária resultante da adoção legal menos onerosa que são possibilitadas licitamente como assegura (FABRETTI, 2007).
Planejar é organizar e escolher entre as opções existentes o regime tributário mais adequado e legal para ser aplicado a uma determinada entidade. 
 “Planejamento Tributário é uma atividade técnica – realizada no universo da gestão empresarial da tributação - que visa projetar as atividades econômicas da empresa, para conhecer as suas válidas e legítimas alternativas estruturais e formais , assim como suas respectivas obrigações e encargos fiscais , para daí então, mediante meios e instrumentos adequados, avaliá-las com vistas à adoção daquela alternativa que possibilita a anulação, maior redução ou o mais extenso adiantamento do ônus tributário pertinente, e, por outro lado, que se integra harmonicamente à planificação global dos negócios” (BORGES, 2004, p. 69)
	Assim, de acordo com Borges, o planejamento tributário é conhecer as tributações existentes, para fazer decisões frente à economia da empresa, a fim de reduzir o ônus tributário. Para ser feito esse processo, é necessário um estudo profundo sobre a situação fiscal de cada empresa para então poder elaborar adequadamente um planejamento tributário.
	“A consideração do planejamento tributário como parte da rotina empresarial aponta o caminho que deve ser trilhado pelo administrador no trato com a questão fiscal”. (MALKOWSKI, 2000, p. 19). 
Segundo o autor, o planejamento tributário é extremamente necessário nas organizações, e deve fazer parte da rotina empresarial, o contador, ou o administrador deve ser constantemente atualizado no que diz respeito aos aspectos relacionados aos tributos, deve se atentar para as leis vigentes, as atualizações, as constantes mudanças ente outros.
Para Oliveira (2004, p. 327), “O Planejamento tributário correto consiste em procurar os meios legais de evitar ou postergar a incidência ou reduzir o montante dos tributos possivelmente devido, mas ainda não devido efetivamente , o que só será possível enquadrando–se a atividade praticada com esse escopo na definição de elisão.”
Segundo Chaves em Planejamento Tributário na Prática (2009):
O planejamento tributário é o processo de escolha de ação, não simulada, anterior a ocorrência do fato gerador, visando direta ou indiretamente à economia de tributos. Fazer o planejamento tributário não é apenas um direito garantido na Constituição Federal, mas também um dever legal determinado pelo artigo 153 da Lei n 6.404/76
	
1.3.1 Finalidade do Planejamento tributário
Segundo Zanluca “O planejamento tributário tem um objetivo a economia (diminuição) legal da quantidade de dinheiro a ser entregue ao governo. Os tributos (impostos, taxas e contribuições) representam importante parcela dos custos das empresas, senão a maior. Com a globalização da economia, tornou-se questão de sobrevivência empresarial a correta administração do ônus tributário”. 
	Para Amaral (2002), são três as finalidades do planejamento tributário:
evitar a incidência do tributo, tomando-se providências com o fim de desviar-se do seu fato gerador;
reduzir o montante do tributo, buscando-se meio de se reduzir a alíquota ou sua base de cálculo; e
retardar o pagamento do tributo, adotando-se medidas que têm este fim, sem a ocorrência da multa.
1.3.2 Tipos de planejamento tributário
De acordo com Borges (2007), existem três tipos de planejamento tributário: a anulação do ônus fiscal; a redução do ônus fiscal e o adiamento do ônus fiscal.
Anulação do ônus fiscal: tem como objetivo de impedir a concretização das hipóteses de incidências tributárias, ou seja, impede a concretização do fato gerador da obrigação tributária.
Redução do ônus fiscal: faz com que a incidência tributária tenha como conseqüência um ônus fiscal menor. 
Adiamento do ônus fiscal: através do deslocamento da ocorrência do fato gerador; Postergação do lançamento ou pagamento do imposto; possibilitar a concretização do fato gerador, que resulte em um ônus fiscal menor.
	
“O planejamento tributário aborda qualquer setor ou atividade de uma empresa de forma tal a resultar em maior segurança ou, ate mesmo, em ganho financeiro. Na pratica, quanto maior e maisdinâmica for a empresa, mais sofisticado será o seu planejamento fiscal. (OLIVEIRA, 2005, p.185).
 
Segundo Amaral (2002) a operacionalização da economia legal de tributos pode se dar em três esferas
no âmbito da própria empresa, através de medidas gerenciais que possibilitem a não ocorrência do fato gerador do tributo, que diminua o montante devido ou que adie o seu vencimento;
no âmbito da esfera administrativa que arrecada o tributo, buscando a utilização dos meios previstos em lei que lhe garantam uma diminuição legal do ônus tributário; e
no âmbito do Poder Judiciário, através da adoção de medidas judiciais, com o fim de suspender o pagamento, diminuição da base de cálculo ou alíquota e contestação quanto à legalidade da cobrança.
1.4 ELISÃO FISCAL
Segundo Ricardo Alexandre (2009,p.275) “A elisão fiscal é a conduta consistente na prática de ato ou celebração de negócio legalmente enquadrado em hipótese visada pelo sujeito passivo, importando isenção, não-incidência ou incidência menos onerosa do tributo. A elisão é verificada, na maioria das vezes”.
A elisão fiscal é a melhor prática do planejamento tributário, pois ela existe a fim de evitar a incidência tributária ou diminuir o tributo, antes do surgimento da situação definida em lei. Com a elisão, as empresas podem se programar, se planejar de acordo com a lei, para ter uma situação tributária favorável evitando desperdícios dos recursos financeiros destinados à tributação. 
A economia tributária resultante da adoção da alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei denomina-se elisão fiscal. Portanto, a elisão fiscal é legitima e licita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico, adotando-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei. É dever de todo administrador maximizar os lucros e minimizar as perdas. Por essa razão, o planejamento tributário é um instrumento tão necessário para ele quanto qualquer outro planejamento, seja de marketing, de vendas, de qualificação de pessoal, de comercio exterior etc. (FABRETTI, 2003, p.133).
Assim, de acordo com o autor citado, a elisão fiscal é lícita, pois está de acordo com o ordenamento jurídico, ou seja, dentro da legislação tributária, é um planejamento feito de forma coerente e dentro da legalidade. A empresa pode utilizar a elisão fiscal com o intuito de organizar e evitar excesso de tributação.
Marins (2002, p. 31) traz um conceito sobre a elisão fiscal:
A adoção pelo contribuinte de condutas lícitas que tenham por finalidade diminuir, evitar ou retardar o pagamento do tributo é considerada como prática elisiva. Dá-se através de expedientes, omissivos ou comissivos, que evitam licitamente a prática do fato imponível da obrigação tributária.
	
1.5 EVASÃO FISCAL
A evasão Fiscal é a ação de forma ilícita do planejamento tributário, é a prática que infringe a lei cometida após a ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, objetivando reduzi-la ou ocultá-la. A Lei n° 8.137/90 define que constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo mediante as condutas discriminadas no seu texto, das quais ressaltamos as seguintes:
a) omitir informação ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias; fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
b) falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda ,ou qualquer outro documento relativo a operação tributável;
c) elaborar, distribuir ,fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;
d) utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida á Fazenda Pública;
e) fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, do pagamento de tributo.
Conforme Marins (2001, p. 30):
A evasão tributária é a economia ilícita ou fraudulenta de tributos porque sua realização passa necessariamente pelo não cumprimento de regras de conduta tributária ou pela utilização de fraudes. A transgressão às regras tributárias caracteriza a evasão.
Segundo Pereira (2001, p. 66), a evasão tributária se caracteriza:
[...] sempre que o sujeito passivo utilize formas jurídicas anormais, inadequadas ou atípicas para alcançar efeito econômico, obtendo vantagem tributária, sem que tais formas jurídicas sejam justificáveis senão pelo interesse em obter a vantagem tributária.
 Já para Huck (1997, p. 32)
A elisão fiscal, como obra da criatividade e engenho dos planejadores tributários, aspira a uma condição de legalidade que a distinga da evasão. Entretanto, é muito tênue a linha divisória existente entre elas, não faltando quem já tenha sugerido uma análise conjunta dos dois institutos devido a seu notável grau de semelhança, muitas vezes de complementaridade, e, sobretudo pelo impacto análogo que causam nos sistemas tributários modernos. É certo que a análise e o enquadramento dos conceitos variam profundamente no cenário mundial, de país para país, dependendo das leis internas e dos tratados internacionais existentes, como também diferem em função de ideologias políticas com que são analisados. Um planejamento tributário pode ser legal em determinado país e ilegal em outro. Certas legislações consideram como fraude a simples frustração do objetivo da lei tributária, ainda que o agente se tenha utilizado de formas legais em seu ato ou negócio. Não seria exagero afirmar que a elisão distingue-se da evasão tão-somente por uma questão de tempo. Essa diferença é posta não no sentido de que a fuga ou redução do imposto teria uma outra característica se ocorrida antes ou depois da ocorrência do fato imponível, como antes já comentado, mas sim por uma questão de tempo histórico, pois um planejamento tributário específico, em certo momento, pode ser considerado como elisão fiscal, segundo um sistema tributário nacional e, sendo detectado e identificado pelas autoridades fiscais, passa a ser por elas expressamente proibido, transformando-se, desse ponto em diante.
O ultimo autor citado, faz comparações entre elisão e evasão fiscal deixando claro as principais diferenças entre ambas. Deixa evidente que uma diferença forte é justamente quando ocorre o fato gerador. A elisão fiscal pode agir antes da ocorrência do fato gerador, pode ser tratada como uma programação ou planejamento dentro da legalidade. Após a ocorrência do fato gerador, a evasão atua em sonegar, omitir, e retrair o pagamento devido do tributo.
 	O grande objetivo da evasão fiscal é justamente a ação de formas inadequadas para se obter vantagens tributárias, tais fatos estão relacionados com o propósito de enganar o governo e não cumprir o dever de estar legalmente de acordo com a legislação tributária. Todo ato ilícito, ilegal, anormal de manipular ou o surgimento de tributos ou o não pagamento devido desses, se configura em evasão fiscal
A diferença de Elisão para Evasão está na legalidade de uma, e na ilegalidade da outra. Ambas fazem parte do planejamento tributário; contudo, para se obter sucesso na saúde tributária de uma empresa é necessário que esse planejamento seja efetuado dentro da legalidade, para não se ter surpresas futuras.
1.6 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – ROTINAS DE APLICAÇÃO
	Segundo Campos (1986, p. 26) para se implementar um planejamento tributário, se faz necessária a criação de um sistema de informações gerenciais capaz de gerar relatórios que contenham dados importantes relativos aos tributos, bem como as contas ou grupos de contas que influenciam na geração dos impostos a pagar. O objetivo primordial desses relatórios é fornecer a base necessária para a análise e escolha da forma de tributação que seja mais benéfica para o contribuinte.
	Para o funcionamentodo planejamento tributário é preciso primeiramente conhecer a política da empresa, sua atividade, levantar dados relevantes, como está o setor fiscal da empresa entre outros. Em seguida, devem-se analisar os documentos fiscais da empresa, a fim de obter informações que possam a partir das mesmas encontrar soluções de melhoras para começar a planejar as mudanças.
	De acordo com Chaves (2008) para o planejamento tributário aplica-se os seguintes procedimentos:
1. Fazer o levantamento histórico da empresa
2. Verificar a ocorrência de todos os fatos geradores dos tributos pagos e 
analisar se houver cobrança indevida ou recolhimento maior;
3. Verificar se houver ação fiscal sobre fatos geradores decaídos
4. Analisar, anualmente, qual a melhor forma de tributação do Imposto de 
Renda e da contribuição sobre o lucro, calculando de que forma (simples, real ou 
presumido) a empresa pagará menos tributo;
5. Levantar o montante dos tributos pagos nos últimos anos
6. Analisar os casos de incentivos fiscais existentes, tais como isenções, 
redução de alíquotas etc.;
7. Analisar qual a melhor forma de aproveitamento dos créditos 
existentes (compensação ou restituição)
1.7 TIPOS DE TRIBUTAÇÃO
1.7.1 Tributação pelo Lucro Presumido
Segundo a Receita Federal do Brasil, o Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real. Neste tipo de regime tributário, o montante a ser tributado é determinado com base na receita bruta, através da aplicação de alíquotas variáveis em função da atividade geradora da receita.
A opção pelo regime de tributação com base no lucro presumido será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário. A opção pela tributação com base no lucro presumido é irretratável para o ano-calendário (Lei nº 9.718, de 1998, art. 13, § 1º) (disponível no sítio da receita federal www.receita.fazenda.gov.br)
Silvério e Viceconti (2002,p.553) afirmam que: “Lucro presumido é uma modalidade optativa de apurar o lucro e, conseqüentemente, o imposto de renda das pessoas jurídicas e a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) que, partindo dos valores globais da receita, presume o lucro a ser tributado”.
Já para na visão de Andrade Filho:
Lucro presumido é a base de cálculo do imposto de renda que será determinada, grosso modo, pela aplicação de um percentual sobre o montante da receita bruta decorrente da venda de mercadorias e serviços, e acrescido de outras receitas e ganhos de capital, apurados na forma da lei. (ANDRADE FILHO 2004,p.440).
A tributação pelo lucro presumido será feita trimestralmente, por períodos encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário. 
Podem optar pela tributação com base no lucro presumido as pessoas jurídicas que auferiram, no ano-calendário anterior, receita total igual ou inferior a R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais) ou R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12 (doze) meses, desde que não enquadradas em quaisquer das situações de impedimentos.
Quanto aos valores que integram essa base do imposto de renda, o parágrafo único do artigo 219 do RIR/99, assim dispõe: 
	
[...] integram a base de cálculo todos os ganhos e rendimentos de capital, qualquer que seja a denominação que lhes seja dada, independentemente da natureza, da espécie ou da existência de título ou contrato escrito, bastando que decorram do ato ou negócio que, pela sua finalidade, tenha os mesmos efeitos do previsto na norma específica de incidência do imposto.
De acordo com o que determina a Lei nº 9.718/98, art. 14, e o RIR/99, art.246, estão impedidas de optar pelo critério de tributação de lucro presumido todas as pessoas jurídicas não elencadas na relação anteriormente citada, cuja tributação deverá obrigatoriamente ser realizada com base na apuração pelo lucro real.
1.7.1.1 Imposto de Renda Pessoa Jurídica
Base de cálculo 
A base de cálculo do imposto de renda no regime do lucro presumido será o montante determinado pela soma das seguintes parcelas:
Valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção de lucro (variáveis conforme o tipo de atividade operacional exercida pela pessoa jurídica) sobre a receita bruta auferida nos trimestres encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano calendário (RIR/1999, art. 518 e §§ 1º ao 6º do art. 519);
Ao resultado obtido na forma do item 1, anterior, deverão ser acrescidos:
Os ganhos de capital, os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e variável);
As variações monetárias ativas;
Todos demais resultados positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração do capital próprio, descontos financeiros obtidos e os juros ativos não decorrentes de aplicações, e outros como:
Os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas jurídicas controladoras, controladas, coligadas ou interligadas;
Os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão;
A receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;
Os juros equivalentes à taxa Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
O valor correspondente ao lucro inflacionário realizado no período em conformidade com o disposto no art. 36 da IN SRF nº 93, de 1997.
Multas e outras vantagens por rescisão contratual;
Os valores recuperados correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte comprovar não os ter deduzido em período anterior no qual tenha se submetido à tributação com base no lucro real, ou que tais valores se refiram a período a que tenha se submetido ao lucro presumido ou arbitrado (RIR/1999, art. 521, § 3o);
A diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos que tenha sido entregue para a formação do referido patrimônio.
Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta são os abaixo discriminados (RIR/1999, art. 223):
	ATIVIDADES
	ERCENTUAIS( %)
	Revenda de combustíveis
	1,6
	Fabricação própria
	8,0
	Revenda de mercadorias
	8,0
	Industrialização p/ encomenda
	8,0
	Transporte de cargas
	8,0
	Serviços hospitalares
	8,0
	Atividade rural
	8,0
	Serv. Transporte/ exceto cargas
	16,0
	Instituições financeiras, bancos e assemelhados
	16,0
	Administração de consórcios
	32,0
	Hotelaria e estacionamento
	32,0
	Serv. Profissionais habilitados
	32,0
	Representante comercial
	32,0
	Administração e Locação de imóveis
	32,0
	Corretagem em geral
	32,0
	Serviços da construção civil
	32,0
	Factoring
	32,0
Fonte: www.receita.fazenda.gov.br – RIR 1999 art. 223.
IRPJ - alíquota
	
A partir da receita trimestral apurada pela empresa, aplica-se um percentual de acordo com a atividade da empresa, estabelecida na tabela vigente do RIR/1999, art. 223, para se encontrar a base de cálculo presumida, a partir de então, aplica-se a alíquota do IRPJ obedecendo as demais disposições (Lei 9.249/1995, art. 15, e Lei 9.430/1996, artigos 1° e 25, inciso I).
1.7.1.2 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL):
A alíquota utilizada na CSLL é de 9% sobre a base de cálculo. A base de cálculo da Contribuição Social, devida pelas pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, corresponderá à soma dos seguintesvalores:
I – 12% da receita bruta da venda de mercadorias, da prestação  de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, patologia clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa; e de transporte;
II – 32% da receita bruta de prestação de serviços;
III – ganhos de capital obtidos na alienação de bens do ativo permanente;
IV – ganhos de capital obtidos em aplicações em ouro, não caracterizado como ativo financeiro;
V – rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa;
VI – ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável;
VII – receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa jurídica;
VIII – juros remuneratórios do capital próprio, pagos ou creditados por pessoa jurídica da qual a empresa seja sócia ou acionista;
IX – 12% da parcela das receitas auferidas nas exportações a pessoas vinculadas ou para países com tributação favorecida, determinada conforme as normas sobre preços de transferência;
X – o valor dos encargos suportados pela mutuária que exceder ao limite calculado com base na taxa Libor, para depósitos em dólar dos Estados Unidos da América, pelo prazo de seis meses, acrescida de 3% anuais a titulo de "spread", proporcionalizados em função do período a que se referirem os juros, quando pagos ou creditados a pessoa vinculada no exterior e o contrato não for registrado no Banco Central do Brasil;
XI – a diferença de receita, auferida pela mutuante, correspondente ao valor calculado com base na taxa a que se refere o item anterior e o valor contratado, quando este for inferior, caso o contrato, não registrado no Banco Central do Brasil, seja realizado com mutuária definida como pessoa vinculada domiciliada no exterior;
XII – demais receitas e resultados positivos não abrangidos pelos incisos anteriores.
1.7.1.3 PIS e COFINS
O PIS e a COFINS é apurado mensalmente diferente do IRPJ e do CSLL, no Lucro Presumido, são apuradas no regime cumulativo, ou seja, sem deduções em relação a custos, despesas, créditos e encargos de acordo com a Lei 9.718/98. As alíquotas são de PIS 0,65% e COFINS 3,0%, sobre o faturamento mensal das empresas. Já no Lucro Real é não-cumulativo e as alíquotas mudam, PIS passa a ser de 1,65% e COFINS 7,6%.
1.7.2 Tributação pelo Simples Nacional
 
 De acordo com a Secretaria da Receita Federal (Brasil, 2007), o Sistema Integrado de pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (SIMPLES) é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007. Consideram-se Microempresas (ME), para efeito de Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira em cada ano calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00. Já as Empresas de Pequeno Porte (EPP) são empresários, pessoas jurídicas, ou a elas equiparadas, que venham auferir em cada ano-calendário receita bruta superior a R$ 240.000,00 e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00.
O simples nacional é um regime tributário direcionado para as microempresas e empresas de pequeno porte, com o objetivo de oferecer tratamento diferenciado para ambas, unificando impostos, reduzindo alíquotas e diminuindo obrigações acessórias. De acordo com o artigo 179 da Constituição Federal:
“Art. 179. A união, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei”
Segundo FERREIRA (1997), citando a Lei 9317/96, as principais obrigações das empresas optantes pelo Simples consistem em efetuar o pagamento dos impostos e contribuições unificados pelo Simples em uma única guia, apresentar anualmente declaração simplificada e possuir livro caixa, livro de registro de inventário de todos os documentos nos quais se baseia a escrituração desses livros.
TRIBUTOS INCLUÍDOS:
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ;
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI;
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL;
Contribuição para o financiamento da Seguridade Social – COFINS
Contribuição para o PIS;
Contribuição para a Seguridade Social - INSS, a cargo da pessoa jurídica (empresas com certas atividades devem recolher a contribuição em separado).
 Imposto sobre serviço de qualquer natureza – ISS
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS
- A empresa objeto de estudo, por ser uma empresa comercial, destaca o ICMS no Simples Nacional, pois este poderá ter um tratamento diferenciado dos demais tributos, se ultrapassar o sublimite Estadual que será exposto abaixo: 
 
- Sublimite: O sublimite evidenciado no Simples Nacional é o limite máximo de apuração do ICMS, as empresas que ultrapassarem o sublimite não poderão apurar o ICMS na forma do Simples Nacional como rege a Resolução CGSN nº 4, de 2007 art. 15: “estão impedidas de recolher esse tributo na forma do Simples Nacional no ano-calendário subseqüente ao que tiver incorrido o excesso”. A sua apuração se dará da seguinte forma: serão adicionados 20% no mês que ocorrer o excesso da receita de acordo com a Lei 123/2006 art. 18 inciso 17. A Legislação do Estado do Pará publicou em 26 de Outubro de 2011 o Decreto nº 257, estabelecendo para o ano-calendário de 2012, o limite máximo de receita bruta anual, em até R$1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais), para efeito de recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, na forma do Simples Nacional. 
1.7.2.1 Opção
As Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) que não incorram em nenhuma das vedações previstas na Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, podem optar pelo Simples Nacional. Algumas empresas que não podem optar pelo regime são: 
- Que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 2.400.000,00;
- De cujo capital participe outra pessoa jurídica;
- Que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
- De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário, ou seja, sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00;
- Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pela Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00;
- Cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 2.400.000,00;
- Constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
- Que participe do capital de outra pessoa jurídica;
- Que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar.
1.7.2.2 Base de cálculo – receita mensal
Considera-se receita bruta o produtoda venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Para a pessoa jurídica que iniciar atividade no próprio ano-calendário da opção, os limites para a ME e para a EPP serão proporcionais ao número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. Ou seja, os limites de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 20.000,00 e de R$ 200.000,00 multiplicados pelo número de meses compreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro. 
Os Estados e o Distrito Federal poderão optar pela aplicação de limites diferenciados (sublimites) de receita bruta (de até R$ 1.200.000,00 ou de até R$ 1.800.000,00), conforme sua participação anual no Produto Interno Bruto brasileiro, apenas para efeito de recolhimento do ICMS em seus respectivos territórios. Ressalte-se que para efeito de enquadramento no Simples Nacional, bem como para recolhimento dos tributos federais, o limite é sempre de R$ 2.400.000,00.
1.7.2.4 Alíquotas 
O valor devido mensalmente pela microempresa e empresa de pequeno porte, optante do Simples Nacional, será determinado mediante aplicação das alíquotas estipuladas nos anexos de I a V de acordo com a atividade da empresa. Anexos esses, previsto da Lei Complementar 123/06.
1.7.2.5 Cálculo 
O valor devido mensalmente pelas ME e EPP optantes pelo Simples Nacional é determinado mediante aplicação das tabelas dos anexos da Lei Complementar nº 123, de 14.12.2006. Para efeito de determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração (RBT12). Já o valor devido mensalmente, a ser recolhido pela ME ou EPP, será o resultante da aplicação da alíquota correspondente sobre a receita bruta mensal auferida.
1.7.2.6 Obrigações acessórias
 As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional deverão adotar para os registros e controles das operações e prestações por elas realizadas, os seguintes livros: livro caixa; livro de Registro de Inventário; livro de registro de entradas e saídas, livro de prestação de serviços entre outros. Se a empresa possuir a contabilidade, a mesma deverá ter o livro caixa; razão, e diário, devidamente escriturados. Será obrigatoriamente exigida a apresentação da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN).
2. ESTUDO DE CASO
2.1 DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA
 A empresa Norte e Vale Ltda. localizada na cidade de Parauapebas, Estado do Pará, apresentada para fins deste estudo com o nome fictício, para preservar a identidade econômica da empresa, os proprietários concordaram em divulgar os dados da empresa, bem como se propuseram a cooperar no que fosse possível, mas por outro lado, não concordaram em divulgar o nome da empresa. 
 A mesma está localizada em uma área comercial da cidade. Com atividade no mercado há seis anos, no comércio varejista de produtos alimentícios, limpeza, entre outros se caracterizando como supermercado. O quadro de funcionário é composto por 25 pessoas.
A constituição societária e composta por dois sócios, com capital social de R$ 190.000,00 (cento e noventa mil reais), a empresa adotou como forma de tributação o Simples Nacional. 
2.2 APRESENTAÇÃO DOS DADOS DA EMPRESA
	A Empresa Norte e Vale Limitada é optante pelo simples nacional e não possui contabilidade, os dados foram obtidos através de planilhas cedidas pelos seus administradores e apresenta os faturamentos do ano de 2011 e uma projeção de faturamento com um aumento de 15% para o ano de 2012 demonstrados no quadro abaixo:
Tabela 5 – Faturamento de 2011 e 2012.
	Faturamento
	2011
	2012
	Janeiro
	 101.762,33 
	 117.026,68 
	Fevereiro
	 132.755,09 
	 152.668,35 
	Março
	 155.412,23 
	 178.724,06 
	Abril
	 103.459,87 
	 118.978,85 
	Maio
	 112.092,30 
	 128.906,15 
	Junho
	 109.204,77 
	 125.585,49 
	Julho
	 133.871,23 
	 153.951,91 
	Agosto
	 122.665,19 
	 141.064,97 
	Setembro
	 100.224,32 
	 115.257,97 
	Outubro
	 166.942,08 
	 191.983,39 
	Novembro
	 188.550,87 
	 216.833,50 
	Dezembro
	 194.939,65 
	 224.180,60 
	TOTAL
	 1.621.879,93 
	 1.865.161,92 
Fonte: Arquivos e planilhas do Excel.
Folha de pagamento do ano de 2011 e projeção para 2012
	A folha de pagamento projetada para 2012 com um aumento de 15%, será utilizada para calcular a contribuição para a seguridade social a cargo da pessoa jurídica de acordo com o quadro abaixo:
Tabela 6 – Folha de pagamento de 2011 e 2012
	Ano
	2011
	2012
	Janeiro
	 20.134,62 
	 23.154,81 
	Fevereiro
	 17.092,09 
	 19.655,90 
	Março
	 18.208,33 
	 20.939,58 
	Abril
	 23.572,94 
	 27.108,88 
	Maio
	 21.073,54 
	 24.234,57 
	Junho
	 20.184,83 
	 23.212,55 
	Julho
	 18.409,23 
	 21.170,61 
	Agosto
	 18.382,45 
	 21.139,82 
	Setembro
	 20.729,33 
	 23.838,73 
	Outubro
	 21.633,77 
	 24.878,84 
	Novembro
	 23.983,56 
	 27.581,09 
	Dezembro
	 25.936,44 
	 29.826,91 
	Total
	 249.341,13 
	 286.742,29 
Fonte: arquivos e planilhas do Excel.
2.3 CÁLCULO DA TRIBUTAÇÃO DO SIMPLES NACIONAL
	Apresenta-se a seguir os cálculos da tributação do simples nacional a partir dos dados apresentados e projetados para 2012:
Tabela 7 – Cálculo do simples nacional de 2012
	Período
	Receita mensal
	Receita acumulada
	Alíquota
	Valor devido
	jan/12
	 117.026,68 
	 1.621.879,93 
	10,23%
	 11.971,83 
	fev/12
	 152.668,35 
	 1.637.144,28 
	10,23%
	 15.617,97 
	mar/12
	 178.724,06 
	 1.657.057,54 
	10,23%
	 18.283,47 
	abr/12
	 118.978,85 
	 1.680.369,37 
	10,32%
	 12.278,62 
	mai/12
	 128.906,15 
	 1.695.888,35 
	10,32%
	 13.303,11 
	jun/12
	 125.585,49 
	 1.712.702,20 
	10,32%
	 12.960,42 
	jul/12
	 153.951,91 
	 1.729.082,92 
	10,32%
	 15.887,84 
	ago/12
	 141.064,97 
	 1.749.163,60 
	10,32%
	 14.557,90 
	set/12
	 115.257,97 
	 1.767.563,38 
	10,32%
	 11.894,62 
	out/12
	 191.983,39 
	 1.782.597,03 
	10,32%
	 19.812,69 
	nov/12
	 216.833,50 
	 1.807.638,34 
	11,99%
	 25.998,34 
	dez/12
	 224.180,60 
	 1.835.920,97 
	11,99%
	 26.879,25 
	Total
	 1.865.161,92 
	 
	 
	199.446,06
Fonte: Elaborado pelos autores do estudo, com base em pesquisas.
	Na tributação do simples nacional o período é mensal, a base de cálculo é a receita mensal, para definir a alíquota é necessário calcular a receita bruta acumulada nos 12 meses antes do período de apuração, identificada a receita acumulada e com base na atividade, identifica-se o anexo a ser utilizado. No caso da atividade de comércio, na empresa objeto deste estudo, foi adotado o anexo I, de acordo com a Lei Complementar nº 123/2006. Observa-se o destaquenos dois últimos meses do cálculo do Simples Nacional. A empresa, ultrapassou o sublimite estadual do Simples Nacional em seu faturamento anual, que é de R$ 1.800.000,00. Seu faturamento é de R$ 1.865.161,92, com isso, a apuração do ICMS sofreu alteração, foi adicionado 20% na alíquota do ICMS, que seria de 11,23% de acordo com o anexo I, e passou a ser de 11,99%.
Anexo I – Partilha do Simples Nacional – Comércio
Efeitos a partir de 01/01/2009
	Receita Bruta em 12 meses (em R$)
	Alíquota
	IRPJ
	CSLL
	COFINS
	PIS/PASEP
	CPP
	ICMS
	Até 120.000,00
	4,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	2,75%
	1,25%
	De 120.000,01 a 240.000,00 
	5,47%
	0,00%
	0,00%
	0,86%
	0,00%
	2,75%
	1,86%
	De 240.000,01 a 360.000,00
	6,84%
	0,27%
	0,31%
	0,95%
	0,23%
	2,75%
	2,33%
	De 360.000,01 a 480.000,00 
	7,54%
	0,35%
	0,35%
	1,04%
	0,25%
	2,99%
	2,56%
	De 480.000,01 a 600.000,00
	7,60%
	0,35%
	0,35%
	1,05%
	0,25%
	3,02%
	2,58%
	De 600.000,01 a 720.000,00
	8,28%
	0,38%
	0,38%
	1,15%
	0,27%
	3,28%
	2,82%
	De 720.000,01 a 840.000,00
	8,36%
	0,39%
	0,39%
	1,16%
	0,28%
	3,30%
	2,84%
	De 840.000,01 a 960.000,00
	8,45%
	0,39%
	0,39%
	1,17%
	0,28%
	3,35%
	2,87%
	De 960.000,01 a 1.080.000,00
	9,03%
	0,42%
	0,42%
	1,25%
	0,30%
	3,57%
	3,07%
	De 1.080.000,01 a 1.200.000,00
	9,12%
	0,43%
	0,43%
	1,26%
	0,30%
	3,60%
	3,10%
	De 1.200.000,01 a 1.320.000,00
	9,95%
	0,46%
	0,46%
	1,38%
	0,33%
	3,94%
	3,38%
	De 1.320.000,01 a 1.440.000,00
	10,04%
	0,46%
	0,46%
	1,39%
	0,33%
	3,99%
	3,41%
	De 1.440.000,01 a 1.560.000,00
	10,13%
	0,47%
	0,47%
	1,40%
	0,33%
	4,01%
	3,45%
	De 1.560.000,01 a 1.680.000,00
	10,23%
	0,47%
	0,47%
	1,42%
	0,34%
	4,05%
	3,48%
	De 1.680.000,01 a 1.800.000,00
	10,32%
	0,48%
	0,48%
	1,43%
	0,34%
	4,08%
	3,51%
	De 1.800.000,01 a 1.920.000,00
	11,23%
	0,52%
	0,52%
	1,56%
	0,37%
	4,44%
	3,82%
	De 1.920.000,01 a 2.040.000,00
	11,32%
	0,52%
	0,52%
	1,57%
	0,37%
	4,49%
	3,85%
	De 2.040.000,01 a 2.160.000,00
	11,42%
	0,53%
	0,53%
	1,58%
	0,38%
	4,52%
	3,88%
	De 2.160.000,01 a 2.280.000,00
	11,51%
	0,53%
	0,53%
	1,60%
	0,38%
	4,56%
	3,91%
	De 2.280.000,01 a 2.400.000,00
	11,61%
	0,54%
	0,54%
	1,60%
	0,38%
	4,60%
	3,95%
	
	Observa-se que no anexo utilizado, aplica-se a alíquota sobre a receita mensal para se encontrar o valor devido. Neste anexo já estão inclusos os tributos: IRPJ, COFINS, PIS, CSLL, CPP, ICMS.	 
2.4 CÁLCULO DA TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO
	Apresenta-se a seguir os cálculos da tributação do IRPJ do lucro presumido a partir dos dados apresentados e projetados para 2012:
2.4.1 Cálculo do IRPJ
Tabela 8 – cálculo do IRPJ trimestral para 2012
	Período
	Receitas Bruta
	Base de cálculo
	IR devido
	Janeiro
	 117.026,68 
	 
	 
	Fevereiro
	 152.668,35 
	
	
	Março
	 178.724,06 
	
	
	1° Trimestre
	 448.419,09 
	 35.873,53 
	 5.381,03 
	Abril
	 118.978,85 
	 
	 
	Maio
	 128.906,15 
	
	
	Junho
	 125.585,49 
	
	
	2° Trimestre
	 373.470,49 
	 29.877,64 
	 4.481,65 
	Julho
	 153.951,91 
	 
	 
	Agosto
	 141.064,97 
	
	
	Setembro
	 115.257,97 
	
	
	3° Trimestre
	 410.274,85 
	 32.821,99 
	 4.923,30 
	Outubro
	 191.983,39 
	 
	 
	Novembro
	 216.833,50 
	
	
	Dezembro
	 224.180,60 
	
	
	4° Trimestre
	 632.997,49 
	 50.639,80 
	 7.595,97 
	Total
	 1.865.161,92
	 
	 22.381,94 
Fonte: Elaborado pelos autores do estudo, com base em pesquisas.
	
O IRPJ é apurado trimestralmente, aplica-se 8% para a atividade de comércio sobre a soma trimestral da receita bruta, encontrando assim, a base de cálculo, em seguida, aplica-se 15% (alíquota do IRPJ) sobre a base de cálculo para apurar o valor devido do IR.
2.4.2 Cálculo da CSLL
 	Apresenta-se a seguir os cálculos da tributação do CSLL do lucro presumido a partir dos dados apresentados e projetados para 2012:
Tabela 9 - cálculo do CSLL trimestral para 2012
	Perído
	Receitas Bruta
	Base de cálculo
	CSLL devido
	Janeiro
	 117.026,68 
	 
	 
	Fevereiro
	 152.668,35 
	
	
	Março
	 178.724,06 
	
	
	1° Trimestre
	 448.419,09 
	 53.810,29 
	 4.842,93 
	Abril
	 118.978,85 
	 
	 
	Maio
	 128.906,15 
	
	
	Junho
	 125.585,49 
	
	
	2° Trimestre
	 373.470,49 
	 44.816,46 
	 4.033,48 
	Julho
	 153.951,91 
	 
	 
	Agosto
	 141.064,97 
	
	
	Setembro
	 115.257,97 
	
	
	3° Trimestre
	 410.274,85 
	 49.232,98 
	 4.430,97 
	Outubro
	 191.983,39 
	 
	 
	Novembro
	 216.833,50 
	
	
	Dezembro
	 224.180,60 
	
	
	4° Trimestre
	 632.997,49 
	 75.959,70 
	 6.836,37 
	Total
	 1.865.161,92 
	 
	 20.143,75 
Fonte: Elaborado pelos autores do estudo, com base em pesquisas.
	A tributação da CSLL é trimestralmente, utiliza-se a soma da receita bruta trimestral para aplicar a alíquota de 12% (alíquota usada para comércio) e encontrar a base de cálculo, em seguida, sobre essa base encontrada aplica-se a alíquota de 9% que é a alíquota do CSLL, para apurar o valor devido.
2.4.3 Cálculo do PIS e COFINS
Apresenta-se a seguir os cálculos da tributação do PIS e COFINS do lucro presumido a partir dos dados apresentados e projetados para 2012:
Tabela 10 – cálculo PIS e COFINS para 2012
	Período
	Receita mensal
	PIS
	COFINS
	Janeiro
	 117.026,68 
	 760,67 
	 3.510,80 
	Fevereiro
	 152.668,35 
	 992,34 
	 4.580,05 
	Março
	 178.724,06 
	 1.161,71 
	 5.361,72 
	Abril
	 118.978,85 
	 773,36 
	 3.569,37 
	Maio
	 128.906,15 
	 837,89 
	 3.867,18 
	Junho
	 125.585,49 
	 816,31 
	 3.767,56 
	Julho
	 153.951,91 
	 1.000,69 
	 4.618,56 
	Agosto
	 141.064,97 
	 916,92 
	 4.231,95 
	Setembro
	 115.257,97 
	 749,18 
	 3.457,74 
	Outubro
	 191.983,39 
	 1.247,89 
	 5.759,50 
	Novembro
	 216.833,50 
	 1.409,42 
	 6.505,01 
	 Dezembro
	 224.180,60 
	 1.457,17 
	 6.725,42 
	Total
	 1.865.161,92 
	 12.123,55 
	 55.954,86 
Fonte: Elaborado pelos autores do estudo, com base em pesquisas.
	
Na tributação do PIS e da COFINS o período é mensal. Para a apuração aplica-se 0,65% no PIS e 3% na COFINS sobre a receita mensal para encontrar o valor devido. Essas alíquotas são determinadas no lucro presumido no regime de PIS e COFINS cumulativos, sem deduções em relação a custos, despesas, créditos e encargos de acordo com a Lei 9.718/98. 
2.4.4 Cálculo do ICMS
Apresenta-se a seguir os cálculos da tributação do ICMS do lucro presumido a partir dos dados apresentados e projetados para 2012:
Tabela 11 – cálculo do ICMS de 2012 
	Período
	Faturamento
	Crédito / compras
	Vendas
	Valor a recolherJaneiro
	 117.026,68 
	 18.543,98 
	 19.894,54 
	 1.350,56 
	Fevereiro
	 152.668,35 
	 17.620,91 
	 25.953,62 
	 8.332,71 
	Março
	 178.724,06 
	 13.544,77 
	 30.383,09 
	 16.838,32 
	Abril
	 118.978,85 
	 19.010,67 
	 20.226,40 
	 1.215,73 
	Maio
	 128.906,15 
	 17.100,00 
	 21.914,05 
	 4.814,05 
	Junho
	 125.585,49 
	 15.133,51 
	 21.349,53 
	 6.216,02 
	Julho
	 153.951,91 
	 15.827,34 
	 26.171,82 
	 10.344,48 
	Agosto
	 141.064,97 
	 20.477,55 
	 23.981,04 
	 3.503,49 
	Setembro
	 115.257,97 
	 16.300,62 
	 19.593,85 
	 3.293,23 
	Outubro
	 191.983,39 
	 17.343,44 
	 32.637,18 
	 15.293,74 
	Novembro
	 216.833,50 
	 18.520,09 
	 36.861,70 
	 18.341,61 
	Dezembro
	 224.180,60 
	 23.955,77 
	 38.110,70 
	 14.154,93 
	Total
	 1.865.161,92 
	 
	 317.077,53 
	 103.698,88 
Fonte: Elaborado pelos autores do estudo, com base em pesquisas.
 A tributação do ICMS é mensalmente, para o cálculo, utiliza-se a receita mensal, aplica-se sobre a receita a alíquota de 17% para encontrar o valor do ICMS nas vendas, utiliza-se essa alíquota por revender as mercadorias somente para dentro do próprio Estado, como a empresa possui créditos de ICMS referente às compras que a empresa efetuou o valor a recolher será a diferença entre o ICMS de vendas e os créditos de ICMS que a empresa possui das compras. 
2.4.5 Cálculo do INSS Patronal:
Tabela 12 – cálculo do INSS de 2012
	Período
	Fopag Bruta
	INSS - 27,8%
	Janeiro
	 19.722,38 
	 5.482,82 
	Fevereiro
	 18.399,32 
	 5.115,01 
	Março
	 18.722,67 
	 5.204,90 
	Abril
	 20.100,43 
	 5.587,92 
	Maio
	 19.623,09 
	 5.455,22 
	Junho
	 21.766,02 
	 6.050,95 
	Julho
	 20.800,43 
	 5.782,52 
	Agosto
	 18.522,93 
	 5.149,37 
	Setembro
	 21.717,22 
	 6.037,39 
	Outubro
	 19.299,33 
	 5.365,21 
	Novembro
	 22.202,44 
	 6.172,28 
	Dezembro
	 25.010,22 
	 6.952,84 
	Total
	 245.886,48 
	 68.356,44 
Fonte: Elaborado pelos autores do estudo, com base em pesquisas.
	A tributação do INSS é mensal, utiliza-se o total da folha de pagamento bruta mensal como base de cálculo, para se calcular aplica-se sobre essa base de cálculo a alíquota de 27,8% para ser apurado o valor devido do INSS. Essa alíquota é composta por: 20% referente à contribuição previdenciária patronal sobre o total da folha de pagamento, inclusive pró-labore; 5,8% destinados a entidades filantrópicas (terceiros) e 2% de RAT (risco de acidente do trabalho). 
	
	
	
	
2.5. ANÁLISE
Ônus tributário do Simples Nacional x Ônus tributário do Lucro Presumido
	Total do faturamento
	1.865.161,92
	Total do valor devido
	199.446,06
	% s/ faturamento
	10,69%
	Tributos
	Valor
	%
	IRPJ
	22.381,94
	1,20%
	CSLL
	20.143,75
	1,08%
	PIS
	12.123,55
	0,65%
	COFINS
	55.954,86
	3,00%
	ICMS
	103.698,88
	5,56%
	INSS
	68.356,44
	3,66%
	Total
	282.659,42
	15,15%
 
	Analisado os quadros acima, observou-se que, a melhor forma de tributação para a empresa em questão é o Simples Nacional, pois seu ônus tributário é menor, sendo de 10,69% em relação ao ônus do Lucro Presumido que é de 15,15%. Isso evidencia que, do total do faturamento da empresa que é de R$ 1.865.161,92, no Simples Nacional a empresa pagará no ano de 2012 um total de R$ 199.446,06 de tributos. No Lucro presumido esse valor seria de R$ 282.572,03 de tributos.	
	Com isso verifica-se que a economia de tributos da empresa seria de R$ 83.125,97, uma diferença de 4,46% entre os dois tributos. Além de oferecer esses resultados benéficos para a empresa a tributação do Simples Nacional é mais vantajosa, sob a ótica da diminuição das atividades acessórias, e da redução de guias a pagar, haja vista que o Simples Nacional unifica em uma única guia (DAS) o recolhimento do total de todos os tributos que nele abrange. No caso do Lucro Presumido existe várias guias destinados a cada um tipo de tributos, vale citar também que as mesmas possuem vencimentos em datas diferenciadas, além disso, o lucro presumido possui várias atividades acessórias.
3. CONCLUSÃO
	O planejamento tributário possui a capacidade de melhor gerir as obrigações tributárias de uma entidade. O mesmo detém de ações estratégicas, a fim de, amenizar a alta carga tributária existente no País. Os empresários e os profissionais envolvidos necessitam estar constantemente atualizados sobre essas questões.
 A falta de um planejamento tributário eficaz é responsável pela descontinuidade de muitas empresas que se inserem no mercado sem ter noção das responsabilidades fiscais que irão possuir e quanto essas responsabilidades podem afetar seu desempenho econômico e financeiro.
As empresas que se adéquam a um planejamento tributário estão mais habilitadas a competirem no mercado, além de utilizarem a economia de tributos para realizarem novos investimentos na empresa, podendo admitir novos funcionários, adquirir imobilizados, ou até mesmo investir em novos estoques.
Para micro e pequenas empresas, existem duas formas de regimes tributários, o Simples Nacional e o Lucro Presumido. No Lucro presumido alguns tributos são recolhidos sobre uma base de cálculo presumida, seu período de apuração é trimestral e não sofre muitas variações em seu modo de calcular. Entretanto cada imposto é calculado separadamente e pagos em datas diferentes.
O simples nacional foi criado com o objetivo de unificar a arrecadação de tributos, utilizando uma única alíquota, e reduz as obrigações acessórias. Contudo o simples nacional possui algumas desvantagens como, por exemplo, as empresas optantes pelo simples nacional, não podem gerar créditos de ICMS, assim ao revender uma mercadoria para outra empresa que não seja optante pelo simples nacional, ela não gerará crédito para ser abatido futuramente.
	Entretanto, através do presente estudo, analisa-se que para a empresa em questão no ano de 2012, a forma de tributação mais adequada, de acordo com os dados estudados, é o Simples Nacional, por oferecer um menor ônus tributário em relação ao Lucro Presumido, tendo como diferença um valor relevante que poderá ser investido no fluxo de caixa da empresa. A partir de 2013 deverá ser observado que a empresa não poderá mais apurar o ICMS no Simples Nacional, o mesmo deverá ser calculado separadamente. Com isso, pode ser que o Simples Nacional não seja mais viável para a empresa em questão. 
	Verificou-se que o planejamento tributário é indispensável para qualquer empresa, independente do seu tamanho, se é de pequeno, médio ou grande porte, pois quando é implantado o planejamento podem-se fazer projeções de acordo com os regimes existentes, para se chegar a uma determinada decisão que beneficie a empresa.	
As limitações encontradas ao se elaborar este estudo,foi que a empresa não possui contabilidade, e dificultou-se para se obter os dados econômicos, só foi possível, através de planilhas cedidas pelos administradores da empresa. As projeções das receitas para o ano de 2012 foram calculadas com um aumento esperado de 15%, entretanto, esse percentual poderia ser para menos ou para mais. Com isso poderia ser feito um estudo mais detalhado em relação aos anos anteriores para se encontrar um percentual mais próximo da realidade da empresa.
	
REFERÊNCIAS 
AMARAL, Gilberto Luiz do. A nova ótica do planejamento tributário empresarial. Tributario.NET, São Paulo, acesso em: 22/2/2002. Disponível em: <http://www.tributario.net/ler_texto.asp?id=14804>.
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