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GESTÃO AMBIENTAL
Aula 1 – Os antecedentes históricos da Gestão Ambiental
Os antecedentes históricos da preocupação com Meio Ambiente: Com o advento da Revolução industrial as ações antrópicas (aquelas cujos efeitos derivam da atividade humana) conseguiram causar impactos crescentes no meio ambiente, principalmente com a exploração sistemática de combustíveis fósseis. A partir de então, esta intervenção humana nos múltiplos ecossistemas do planeta cresceu sem parar. O fenômeno do aquecimento global, os recorrentes desastres ecológicos, a extinção de espécies, o crescente despejo de resíduos tóxicos nas águas e na atmosfera, além da ameaça de escassez generalizada de elementos naturais indispensáveis à atividade humana passaram a despertar na sociedade o interesse pela temática ambiental.
A capacidade de carga do Planeta (Carrying Capacity): Representa a soma das capacidades isoladas dos múltiplos ecossistemas do planeta, de suportar a ação antrópica sem sofrer degradação irreversível.
Punção ou Ecological Footprint (pegada ecológica): É o resultado do tamanho da população mundial multiplicado pelo consumo per capta dos recursos naturais.
Para o Ecossistema é necessário que se faça a criação das condições políticas, econômicas, institucionais, sociais, jurídicas e culturais que tenham por propósito, de um lado, o desenvolvimento de inovações tecnológicas poupadoras de recursos naturais e, de outro, o estabelecimento de novos padrões de consumo que não impliquem em um crescimento contínuo e ilimitado do uso dos recursos naturais.
No início da década dos anos 1970, esta temática passou a repercutir na sociedade. O marco de evolução do pensamento relativo à questão ambiental, na década dos anos 1970, foi traduzido pela ideia de que o problema não poderia ser gerenciado com base em responsabilidade localizada, mas sim com um enfoque de responsabilidade global (pensar globalmente e agir localmente).
O primeiro evento digno de registro com relação ao meio ambiente foi a conferência com a temática “O Homem e a Biosfera”, da Unesco, em 1971. Logo em seguida, em 1972, ocorreu a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, na cidade de Estocolmo, com grande repercussão internacional.
A Carta de Belgrado (1975): Propunha que as ações de preservação ambiental deveriam passar por uma etapa preliminar que consistiria num programa de educação ambiental. A educação ambiental passou a assumir um grande desafio, desdobrado em quatro tópicos: Conscientização; Sensibilização; Responsabilidade Social; Desenvolvimento Sustentável. 
No final do século XX, sobre o Meio Ambiente, o maior compromisso com a questão do meio ambiente foi firmado, entre os países participantes, com a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (UNCED), conhecida como ECO-92, realizada no Rio de janeiro, oportunidade em que as nações, pela 1ª vez, estabeleceram, em caráter definitivo, critérios para se atingir o desenvolvimento sustentável. Um importante documento foi produzido na Conferência ECO-92. Trata-se da Agenda 21, que ainda é um ponto de referência na implantação de programas e política de governos e de empresas no mundo todo, na medida em que promoveu significativa mudança nas relações comerciais, em suas diversas formas. Este documento foi assinado por 170 países e ainda é considerado como sendo o maior esforço conjunto de governos dos países do mundo para identificar ações que permitam combinar o desenvolvimento com a proteção do meio ambiente.
Conceito de Desenvolvimento Sustentável: Desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.
A Agenda 21 (ECO–92) definiu basicamente: Que deve existir uma reorientação na educação no sentido do desenvolvimento sustentável, aliada à ampliação da conscientização pública e do incentivo ao treinamento. Ela se divide em quatro seções: 
1ª Seção: trata de aspectos sociais, que versam sobre as relações entre meio ambiente e pobreza, saúde, comércio, dívida externa, consumo e população;
2ª Seção: trata da conservação e administração de recursos, com foco no gerenciamento de recursos físicos, tais como os mares, a terra, a energia e o lixo, de tal forma a garantir o desenvolvimento sustentável;
3ª Seção: trata do fortalecimento dos grupos sociais organizados e minoritários que colaboram com a sustentabilidade, por meio de formas variadas e minoritárias que colaboram com a sustentabilidade, por meio de formas variadas de apoio;
4ª Seção: trata dos meios de implantação, através de programas de financiamentos e do papel das atividades governamentais e não governamentais.
No Brasil, os 1º diplomas legais de proteção ao meio ambiente foram: Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), e a Lei de Ação Civil Pública. Ambas influenciadas pelos ordenamentos jurídicos de países europeus. O Brasil também acolheu essas posições na CFB/1988, a qual reserva um capítulo no bojo do Título VIII (Da Ordem Social), para tratar do Meio Ambiente, em seu artigo 225, e qualificá-lo como “bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”.
Aula 2 – As Escola de Pensamento na Economia do Meio Ambiente
O conceito de desenvolvimento sustentável possui caráter normativo, proposto em 1970 prescreve como o mundo deveria ser, em oposição ao caráter positivo de uma análise, que apenas procura descrever como o mundo é. Este conceito foi empregado com a designação de Ecodesenvolvimento.
Economia Ambiental: Esta primeira corrente de pensamento integra o mainstream neoclássico, ou corrente principal de pensamento da economia e considera que os recursos naturais, tanto como fonte de insumos, quanto como capacidade de assimilação de impostos nos ecossistemas, não representa um limite absoluto à expansão da economia.
A Economia Ecológica: Esta segunda corrente de pensamento considera o sistema econômico como um subsistema de um todo maior que o contém, que seria o próprio sistema físico do Planeta Terra.
O contraste entre o pensamento da Escola Ambiental e o da Escola Ecológica: A Escola da Economia Ambiental propunha que os recursos naturais restringem, mas esta restrição pode ser expandida pela tecnologia e pela sustitutibilidade entre os fatores de produção; A Escola Ecológica defende que os recursos naturais restringem irreversivelmente a expansão do sistema econômico. 
Portanto: Na Escola Ambiental, o sistema econômico pode ser expandido em virtude da inovação tecnológica; Na Escola Ecológica, os recursos naturais são impedidos absolutos à expansão do sistema econômico.
O Princípio da Precaução: É um conceito invocado em situação em que se considera legítima a adoção, por antecipação, de medidas relativas a uma fonte potencial de danos, sem esperar que se disponha de certezas científicas quanto à relação de causalidade entre a atividade objetivo deste princípio e o dano causado. Isso significa que, na dúvida acerca se a atividade vai ou não causar dano irreversível ou considerável ao meio ambiente, não se pratica a mesma.
O acolhimento do Princípio da Precaução: Requer um rompimento com os modelos de Economia Ambiental e Economia Ecológica de prevenção de riscos, que se baseavam na possibilidade de aplicar a racionalidade em qualquer contexto e na capacidade ilimitada da ciência solucionar as questões que porventura fossem apresentadas.
O Princípio da Precaução está situado na articulação de 2 lógicas opostas:
1º) Amplia a necessidade de informações científicas para as decisões de interesse coletivo e, consequentemente, amplia a responsabilidade e a influência dos pesquisadores e cientistas no processo decisório.
2º) Surge a necessidade de maior controle social nos assuntos científicos, como no caso do recurso ao Judiciário em questões tais como a pesquisa com células-tronco e embriões humanos, o que torna a ciência vulnerável à idiossincrasias de grupos com maior poder de influência.
Aula 3 – A avaliação econômica do meio ambiente
Os aspectos econômicos dos RecursosNaturais: A capacidade de recomposição de um dado recurso, durante o horizonte de tempo da vida humana, tem sido o principal critério para a classificação dos recursos naturais. Dessa forma, conforme os recursos sejam capazes de se recompor na natureza durante o horizonte de tempo da vida humana, tem sido o principal critério para a classificação dos recursos na natureza durante o período de vida do homem, eles poderão ser classificados da seguinte forma:
Renováveis ou Reprodutíveis – os solos, as águas, o ar, as florestas, a fauna e a flora são considerados naturais renováveis, uma vez que os seus ciclos de recomposição são compatíveis com o tempo da vida humana;
Não-Reprodutíveis – os combustíveis fósseis, tais como o petróleo, o gás natural e os minérios em geral, são considerados não-renováveis, porque são necessárias eras geológicas para a sua formação.
No caso dos Recursos Renováveis: Um aspecto fundamental, que explica em grande parte o seu desaparecimento, é a incompatibilidade entre a dinâmica biológica, que é quem vai determinar a evolução, e a dinâmica econômica, que, por sua vez, determina a taxa de extração dos recursos:
A dinâmica ecológica – demonstra que o estoque de recursos naturais renováveis não é constante;
A dinâmica econômica – tende a pressionar no sentido do declínio de um recurso, na medida em que a sua taxa de extração exceder, de maneira persistente, a taxa de reposição do recurso.
No caso dos Recursos Exauríveis: Existem aspectos peculiares que determinam os modelos de exploração econômica dos mesmos.
Os Recursos Exauríveis economicamente aproveitáveis são:
Recurso – pura e simplesmente não apresenta o mesmo nível de detalhamento, embora a sua existência seja conhecida.
Reserva Mineral – implica algum tipo de medição física que anteriormente tenha sido realizada com relação ao teor e à quantidade de concentração mineral in loco.
Recursos Hipotéticos – são todos aqueles recursos conhecidos e não conhecidos, mas possíveis de existir e capazes de serem utilizados no futuro.
Sob a ótica da Teoria Econômica, as variáveis das quais depende a intensidade do uso de um recurso exaurível: A intensidade do uso de um recurso exaurível será uma variável que dependerá do valor econômico desse recurso no presente, bem como das taxas de juros e do tempo de exaustão da jazida. Assim, uma elevação de preços de um dado recurso tenderá a restringir o consumo do mesmo, na medida em que aumenta o valor do royalty (recurso extraído à disposição de seu titular), e, por essa razão, seus possuidores não vão desejar aumentar a taxa de extração para tornar este produto mais abundante e assim perder valor. O oposto também é verdadeiro, pois se os recursos forem abundantes, o valor do recurso em estoque será baixo, e por isso fará sentido extraí-lo ao máximo, pois os recursos assim obtidos podem ser aplicados a juros de mercado ao mesmo tempo em que reduzem a quantidade do estoque.
Considerações gerais sobre a velocidade de Exaustão: A taxa de extração do recurso exaurível será tanto maior quanto menor for o valor do royalty (recurso em estoque); A taxa de utilização do recurso é diretamente proporcional à taxa de juros que desconta os fluxos de benefícios futuros (custo de Oportunidade), de tal forma que uma elevação das taxas de juros promove um aumento da taxa de extração, reduzindo o prazo de esgotamento do recurso, já que a velocidade com que ele será extraído será maior. 
Falhas de Mercado: São situações que ocorrem sem que um mercado livre seja capaz de evitar e que comprometem a alocação eficiente de riqueza. A existência dessas falhas em princípio seria capaz de justificar a intervenção do Estado na economia.
A doutrina econômica assinala cinco falhas de mercado clássicas:
Externalidades: são efeitos externos, da produção ou consumo, que atingem outros agentes;
Mercado Incompletos: são situações que não ocorre naturalmente um mercado competitivo;
Monopólio Naturais: são atividade econômicas que, em razão de seu porte e complexidade, só se manifestam sob a forma de monopólio;
Informações Assimétricas: decorrem do fato de alguns agentes serem mais informados do que outros, utilizando isso a seu favor;
Bens Públicos: são bens de uso comum, o consumo por um agente não pode excluir o outro.
De acordo com a Teoria Econômica: Em um ambiente de mercado privado, os preços e as quantidades dos produtos transacionados são determinados pela interação entre a disposição a pagar dos consumidores e a disposição a ofertar das empresas, de tal forma a orientar as decisões alocativas de recursos dos agentes. Por sua vez, as decisões alocativas no setor público, envolvendo a provisão de bens e serviços que devem aumentar o bem-estar dos cidadãos, em face de um orçamento limitado, são auxiliadas por análises sociais de custo-benefício.
A Análise Social de Custo-benefício: Tem por objetivo atribuir um valor social para todos os efeitos de um determinado projeto, investimento ou política. Os efeitos positivos são considerados como sendo benefícios, e os efeitos negativos são tratados como custos.
Os métodos de valoração do Capital Natural sob a Ótica Privada: considera a viabilidade de um projeto como de interesse apenas do investidor ou do agente financeiro que vai financiá-lo.
Sob a Ótica Social ou Econômica: Se propõe a examinar os efeitos diretos e indiretos que são ou serão causados por um determinado projeto, sob o enfoque da sociedade como um todo.
Existem 3 abordagens que sintetizam as principais proposições analíticas:
Análise Custo-Benefício (ACB): é a técnica econômica mais empregada para a determinação de prioridades na avaliação de políticas. As maneiras de apresentar uma ACB são: Análise Privada (perspectiva do usuário); Análise Fiscal (perspectiva da eficiência); Análise Social (perspectiva distributiva); Análise de Sustentabilidade (perspectiva ecológica).
Análise Custo Utilidade (ACU): trata-se de um indicador de benefícios que busca integrar critérios econômicos com critérios ecológicos e gera os seguintes indicadores:
O Critério Insubstitutibilidade: diz respeito ao fato de o benefício ser ou não substituível;
A Vulnerabilidade: diz respeito ao grau e que o objeto a ser protegido pode ser afetado com o impacto ambiental;
O Grau de Ameaça: refere-se ao nível em que o objeto a ser protegido encontra-se ameaçado com a atual ação humana;
A Representatividade: diz respeito à importância relativa do objeto a ser protegido para o equilíbrio da Terra;
A Criticabilidade: diz respeito à urgência com que uma medida deve ser adotada, em virtude de sua rápida evolução.
A Análise Custo-Eficiência (ACE): é empregada quando a estimação de benefícios ou utilidades for de difícil realização ou também quando ela se mostrar além da capacidade institucional, restando apenas a possibilidade de ordenar as prioridades com base em critérios estritamente ecológicos.
Disposição a Pagar (DAP): É a disposição a pagar de um agente econômico por uma melhoria ou incremento de um dado recurso ambiental.
Disposição a Acertar (DAA): É a disposição a aceitar de um agente econômico por uma piora ou decréscimo da oferta do recurso.
O valor do Uso Direto de um Recurso Ambiental: É aquele decorrente de sua utilização ou do consumo direto do recurso. Um mesmo recurso ambiental pode servir para múltiplos usos, e assim ter vários Valores de Uso Direto.
O Valor de Uso Indireto: É aqueles derivados das funções ecológicas do recurso. Ex.: com relação a uma floresta, a qualidade das águas, o ar puro e a beleza cênica.
Valor de Existência ou Valor de Não uso de um Recurso Ambiental: Refere-se à satisfação pessoal em saber que o objeto em questão está no seu local de origem, sem que o agente econômico venha auferir qualquer vantagem direta ou indiretamente dessa existência de recurso natural.
Avaliação dos Recursos Ambientais pelos Métodos Indiretos: São os que inferem o valor de um dado recurso natural com base na observação do comportamento dos agentes econômicos em mercados que têm relação com o ativoambiental. Esses métodos são: custo de viagem, preços hedônicos, custos de reposição, gastos defensivos, produtividade marginal, transferência de benefícios, capital humano ou produção sacrificada.
Avaliação dos Recursos Ambientais pelos Métodos Diretos
São aqueles que inferem as preferências individuais dos agentes econômicos, com relação aos recursos ambientais, a partir de perguntas feitas diretamente aos mesmos. Esses métodos são: Valoração Contingente e Ranqueamento Contingente.
Aula 4 – Os elementos da Contabilidade do Meio Ambiente
O histórico e a caracterização da Contabilidade Ambiental: Ela surgiu a partir da necessidade de informações econômico-financeiras que permitissem lidar com os problemas de gestão do meio ambiente, haja vista que a contabilidade tradicional não era capaz de suprir esta demanda informacional.
A Auditoria Ambiental: Trata da avaliação dos procedimentos relativos ao meio ambiente, bem como dos riscos que as ações da empresa sobre o ambiente natural podem acarretar sobre o seu patrimônio.
A Contabilidade Financeira Ambiental: Tem por finalidade disponibilizar, para o público externo, informações acerca dos ativos e passivos ambientais da empresa.
Contabilidade Gerencial Ambiental: Trata da mensuração dos eventos econômicos ligados ao capital natural e da produção de informações para os gestores do meio ambiente.
Um Ativo Ambiental, para efeito da elaboração de um Relatório de Contabilidade Ambiental representa todos os benefícios econômicos de natureza ambiental, futuros e prováveis, que são controlados ou obtidos por uma entidade ou organização, como consequência de:
Prevenção ou Proteção: que compreende as ações específicas que têm o objetivo de evitar ou proteger o meio ambiente de agressões causadas pela ação antrópica ou por catástrofes naturais;
Recuperação: envolve as ações que pretendem sanar danos decorrentes da poluição, reconstituindo a situação original;
Monitoramento: diz respeito às ações de controle e acompanhamento dos níveis de poluição, bem como dos programas de prevenção, e, ocasionalmente, também dos programas de recuperação do meio ambiente;
Reciclagem: compreende as ações que têm por objetivo possibilitar a reutilização de materiais e produtos, de tal maneira a estender o seu ciclo de vida e reduzir os problemas ocasionados pelos depósitos de dejetos ou de emissão de substâncias poluentes.
Um Passivo Meio Ambiente: Compreende as obrigações que exigirão a entrega de ativos ou a prestação de serviços num momento futuro, em virtude de transações passadas ou presentes e que envolvem a entidade e o meio ambiente.
Os Passivos Ambientais: são definidos em lei e não reflete o valor econômico do meio ambiente, a avaliação do meio ambiente nem sempre consegue capturar todos os aspectos que o compõem.
A Contabilidade do Meio Ambiente pode contribuir em cinco áreas:
Mudança nos sistemas de contabilidade existentes;
Eliminação de aspectos conflitantes nos sistemas de contabilidade;
Planejamento das implicações financeiras de projeções sobre as despesas de capital;
Introdução do desempenho ambiental nos relatórios externos;
Desenvolvimento de uma nova contabilidade e sistema de informações.
Custos Diretos: São aqueles cujos fatos geradores afetam o ambiente natural e cujos impactos podem ser associados diretamente a uma ação poluidora ou recuperadora ocorrida numa área sob a responsabilidade da entidade, tais como os custos de produção e estocagem.
Custos Indiretos: São os fatos geradores que afetam o meio ambiente de forma indireta e cujos impactos poluidores se manifestam fora da área física sob a responsabilidade da entidade, tal como ocorre com as baterias de telefones celulares.
O Uso de Notas Explicativas: É muito eficaz para a demonstração das memórias de cálculo e para melhor esclarecer a composição dos investimentos em prevenção, recuperação e reciclagem.
Relatório Ambiental: É uma divulgação em separado também consiste em uma boa prática de evidenciação dos fatos contábeis relativos ao meio ambiente, como um complemento às Notas Explicativas.
Modelo de Contabilidade Gerencial Ambiental denominado sistema Gecon (Gestão Econômica): É um dos instrumentos mais empregados atualmente nas pesquisas desenvolvidas no âmbito do Laboratório de Pesquisa em Estão Econômica da Fipecafi/FEA/USP.
Análise das atividades específicas que envolvem o Meio Ambiente: Produção, Prevenção, Recuperação e Reciclagem.
Na Contabilidade Ambiental, o evento Formação de Investimento, diz respeito à decisão da empresa no sentido de desenvolver internamente um projeto com vistas a prevenir, recuperar ou reciclar. Os investimentos poderão ser de naturezas distintas, tais como: a construção de um prédio, o desenvolvimento de uma nova tecnologia, ou mesmo os gastos necessário para que um equipamento entre em operação.
Aula 5 – A política de Meio Ambiente e a Legislação Ambiental
A Política Ambiental compreende o conjunto de metas e instrumentos que visam reduzir os impactos negativos da ação humana sobre o meio ambiente, sendo capaz de interferir nas atividades dos agentes econômicos, sobretudo porque a forma pela qual é estabelecida vai influenciar outras políticas públicas, como a Política Industrial e a Política de Comércio Exterior.
Os Instrumentos de Comando e Controle regulam os padrões de emissões de poluente na indústria, os mais conhecidos são aqueles que impõem padrões ou níveis de concentração máximos aceitáveis de poluentes. Esses padrões podem ser de três tipos: 
Padrões de qualidade ambiental: dizem respeito aos níveis máximos de poluição admitidos no meio ambiente e são, em geral, segmentados em ar, água e solo;
Padrões de emissão: referem-se aos lançamentos de poluentes individualizados por fonte, seja ela fixa ou estacionária, como são as fábricas e o comércio ou móvel, tal como os veículos. 
Padrões ou estágios tecnológicos: ao ser adotado pelas fontes poluidoras também é um instrumento de controle da poluição;
O histórico da Política pública Ambiental no Brasil: A evolução histórica da Política Ambiental no Brasil, que o ano de 1934 foi uma data de referência para a nossa Política Pública Ambiental, em virtude da promulgação de uma ampla legislação relativa à gestão de recursos naturais.
O advento da Lei 6.398 de 1981: Estabeleceu a Política Nacional do Meio Ambiente (PNAMA), o que representou uma importante mudança no tratamento das questões ambientais, uma vez que procurava integrar as ações governamentais dentro de uma abordagem sistêmica.
O aperfeiçoamento da Política Ambiental no Brasil ocorreu com a promulgação da CF de 1988, quando ficou estabelecido que a defesa do meio ambiente seja um dos princípios a serem observados para as atividades econômicas em geral, e foi incorporado no seu bojo o conceito de desenvolvimento sustentável no Capítulo VI, dedicado ao meio ambiente.
A promulgação da Lei dos Crimes Ambientais: A Lei 9.9605/98 estabeleceu sanções administrativas e penais derivadas de atividades e condutas que causam dano ao meio ambiente.
A Legislação Ambiental do Brasil é muito boa, completa e até avançada. Contudo, o que falta para que seja atingida sua total eficácia é a plena aplicação e fiscalização por parte dos órgãos governamentais encarregados de executá-la.
Aula 6 – Os critérios para a Gestão do Impacto Ambiental
Estudo de Impacto Ambiental (EIA): É o resultado das mudanças no ambiente natural e social, em razão de uma dada atividade ou de empreendimento proposto. É um processo formal que constitui num instrumento de gestão ambiental muito importante, não apenas para a região ou para o país, como também para o proponente do projeto que o ensejou.
O Objetivo do Estudo de Impacto Ambiental (EIA): É permitir antecipadamente que se tenha ciência dos efeitos deletérios ao meio ambiente físico, biótipo e social ocasionado pela implantação de empreendimentos e atividades.
A Lei exige que o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) se torne parte integrante do processo de licenciamento de atividades e empreendimentoefetiva ou potencialmente poluidores ou causadores de degradação ambiental, embora a licença ambiental possa ser outorgada sem o respaldo do EIA, desde que a instalação da obra ou da atividade a ser licenciada não seja considerada potencialmente causadora de significativa degradação no meio ambiente.
Impacto Real: quando a atividade já estiver em execução; Impacto Potencial: quando uma atividade que ainda será implementada e está na fase de proposta; Impacto Positivo: são aqueles que conferem sustentabilidade econômica, social e ambiental ao empreendimento ou atividade.
Tipos de Licenças Ambientais:
Licença Prévia: é necessária para a fase preliminar de planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem atendidos nas fases de localização, instalação e operação, levando-se em conta as restrições governamentais quanto ao uso do solo.
Licença de instalação: autoriza o início da implantação, de acordo com as especificações constantes do projeto executivo aprovado.
Licença de Operação: autoriza, após devidas verificações, o início da atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos de controle da poluição, de acordo com o estabelecimento na licença prévia e de instalação.
O CONAMA, por meio da Resolução 237/1997 estabeleceu Uma relação não exaustiva de atividades ou empreendimentos que estão sujeitos ao licenciamento ambiental. 
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) deve expressar de forma objetiva e adequada em linguagem acessível, aproveitando as técnicas de comunicação visual, tais como mapas, quadros, cartas topográficas, gráficos etc., de tal forma a evidenciar as vantagens do projeto, assim como as consequências ambientais decorrentes de sua implementação. 
A Resolução 01/1986 do CONAMA apresenta uma lista de tópicos que o RIMA deve contemplar, sob pena de não ser aceito pelo órgão ambiental competente:
Os objetivos e as justificativas do projeto, bem como a sua aderência com as políticas setoriais e planos governamentais;
A descrição do projeto e suas alternativas de localização, especificando para cada uma delas a área de influencia;
A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do projeto;
A descrição dos prováveis impactos ambientais decorrentes da implantação e operação da atividade;
A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência;
A descrição da qualidade ambiental futura da área de influência;
O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
As recomendações quanto à alternativa mais favorável.
O Estudo de Impacto Ambientais (EIA) envolve um estudo mais amplo, compreendendo identificação e classificação dos impactos, predição de efeitos, pesquisas de campo, análises laboratoriais, valoração monetária de recursos ambientais, avaliação de alternativas e outros trabalhos correlatos. O RIMA deve expressar de forma conclusiva este conjunto de trabalhos.

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