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Fitoterápicos: Uso e Prescrição

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[1] 
Elaborado por Pharmaceutical Assessoria e Treinamento LTDA. © Direitos autorais protegidos pela Lei 9.610/98. A Pharmaceutical não autoriza a veiculação deste material em 
quaisquer meios eletrônicos, sendo destinado exclusivamente aos profissionais da saúde devidamente habilitados e inscritos em seus conselhos regionais, sendo proibida a veiculação 
deste material ou de parte de seu conteúdo ao público leigo. As informações contidas devem ser analisadas pelo profissional p rescritor antes de adotadas na clínica. Em caso de 
dúvidas, solicitações ou sugestões procure o farmacêutico ou a farmácia responsável pela disponibilização do mesmo. 
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Disponibilizado por:
 
 
 
 
F
O
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M
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IO
Fitoterápicos
 
1
 
ÍÍnnddiiccee 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO......................................................... ................ ..................... ..... ............. 5 
Histórico................................................................... .............................. ...............5 
Fitoterapia.......................................... ........................ ............................. ..............7 
Fitoterapia pelo profissional nutricionista .......................... ...................... .............8 
Fitoterápicos que não podem ser prescritos por nutricionistas .......................... .10 
Definições de acordo com a CFN nº 402/2007................................................ ....10 
Literatura Consultada..........................................................................................12 
 
 
ATIVOS......................................................................................... ...............................1 3 
Aesculus hippocastanum....................................... .............................................. 14 
Allium sativum ...................................... .................. ................................... .........15 
Bacopa monnieri..................................................... ............... .................. ...........16 
Centella asiatica..................................................................... ..................... ........17 
Cynara scolymus....................... .......................................................................... 18 
Dioscorea villosa............................ .................... ................................................. 19 
Euterpe oleraceae............................................. .................. ................................ 20 
Glycyrrhiza uralensis........................................................... .............. ................... 21 
Griffonia simplicifolia ...................................................... ............. ....................... 22 
Hedera helix.............................................................................. .......................... 23 
Ilex paraguariensis............................................................................. ................. 24 
Lepidium meyenii .................... .................. .......................................................... 25 
Matricaria recutita .................................... ................. .......................................... 26 
Maytenus ilicifolia ................................................... .................. .......................... 27 
Melissa officinalis ................................................................... ................... ..........28 
Myrciaria dubia ........................................................ ...................... ..................... 29 
Panax ginseng ............................................................................ ....................... .30 
Passiflora incarnata................. .................................. ................ .......................... 31 
Paullinia cupana....................................................................... .................... .......32 
Pinus pinaster......................... ..................... ........................................................ 33 
Rhodiola rosea....................... ....................... ....................... ............................... 34 
Trichilia catigua ............................................ ...................... ................. ................ 35 
Trigonella foenum -graecum.............................................. .................................. 36 
Trifolium pratense ............................................ ................ .................. ................. 37 
Uncaria tomentosa .............................................................. ................ ................ 38 
Vaccinium macrocarpon .......................................................... ............................ 39 
Zingiber officinalis ......................................................................... ................. .....40 
 
 
 
SUGESTÕES DE FÓRMULAS........................................................................................ .41 
 
 
 
 
2
 
Introdução 
 
 
Histórico
1
: 
 
Há milhares de anos, o homem vem utilizando 
os recursos da flora no tratamento de diversas patologias. 
Há relatos, por exemplo, do uso de plantas com 
finalidades terapêuticas por volta de 3.000 a.C. na obra 
Pen Ts’ao do chinês Shen Nung
1,2,3
. No ano 78, o 
botânico grego Pedanios Dioscorides descreveu cerca de 
600 plantas medicinais, além de produtos minerais e 
animais no Tratado d e Materia Medica. Este tratado 
permaneceu como fonte de referência por mais de 
quatorze séculos
1,3,4
. Foi através da observação e da 
experimentação pelos povos primitivos que as 
propriedades terapêuticas de determinadas plantas foram 
sendo descobertas e propagadas de geração em geração, 
fazendo parte da cultura popular. 
 
No século XVI, o médico suíço Philippus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim, 
conhecido como Paracelsus (1493-1541), formulou a Teoria das Assinaturas, baseada no provérbio latim 
similia similibus curantur , “semelhante cura semelhante”. Com esta teor ia acreditava-se que a forma, a cor, o 
sabor e o odor das plantas estavam relacionados com as suas propriedades terapêuticas, podendo dar 
indícios de seu uso clínico. Algumas destas plantas passaram a fazer parte das farmacopeias alopáticas e 
homeopáticas a partir do século XIX, quando se começou a investigar suas bases terapêuticas
1,5
. 
 
O isolamento da morfina da Papaver somniferum em 1803 pelo 
farmacêutico Friedrich Wilhelm Adam Sertürner marcou o início do processo 
de extração de princípios ativos de plantas. A partir de então, outras 
substâncias foram isoladas, como por exemplo, a quinina e a quinidina 
obtidas da Cinchona spp, em 1819, e a atropina da Atropa belladona , em 
1831, que passaram a ser utilizadas em substituição aos extratos 
vegetais
1,3,6
. 
 
Assim, a produção de fármacos via síntese química, o crescimento 
do poder econômico das indústrias farmacêuticas e a ausência de 
comprovações científicas de eficácia das substâncias de origem vegetal 
 
3
 
aliada às dificuldades de controle químico, físico -químico, farmacológico e toxicológico dos extratos vegetais 
até então utilizados, impulsionaram a substituição destes por fármacos sint éticos
1,7
. 
 
Após a década de 1960, observou-se, então, um desinteresse 
da indústria farmacêutica e dos institutos de pesquisa pela busca de 
novas substâncias de origem vegetal, por se acreditar que já haviam 
sido isoladas as principais substâncias ativas das drogas vegetais 
conhecidas, bem como já haviam sido realizadas todas as possíveismodificações químicas de interesse destas substâncias
1,8
. 
 
Entretanto, a partir dos anos 1980, os avanços técnicos e o 
desenvolvimento de novos métodos de isolamento de substâncias ativas a partir de fontes naturais, 
permitiram maior rapidez na identificação de substâncias em amostras complexas como os extratos vegetais, 
ressurgindo o interesse pela pesquisa destas substâncias como protótipos para o desenvolvimento de no vos 
fármacos
1
. 
 
Assim, mesmo com o desenvolvimento de grandes laboratórios farmacêuticos e dos fármacos 
sintéticos, as plantas medicinais permaneceram como forma alternativa de tratamento em várias partes do 
mundo. Observou -se nas últimas décadas a revalorização do emprego de preparações fitoterápicas. Assim, 
alguns grupos farmacêuticos passaram a desenvolver esforços voltados para o aprimoramento de 
medicamentos fitoterápicos e sua produção em escala industrial
1
. 
 
Estima-se que cerca de 60% dos fármacos com atividades antitumorais e antimicrobianas, já 
comercializados ou em fase de pesquisa clínica, sejam de origem natural. As plantas medicinais 
desempenham, portanto, papel muito importante na medicina moderna : 
 
· Fornecer fármacos extremamente importantes , os quais dificilmente seriam obtidos via 
síntese química, como por exemplo, os alcaloides da Papaver somniferum e os glicosídeos 
cardiotônicos da Digitalis spp; 
 
· São fontes naturais que fornecem compostos 
que podem ser levemente modificados, 
tornando -os mais eficazes ou menos tóxicos; 
 
· Os produtos naturais podem ser utilizados como 
protótipos para obtenção de fármacos com 
atividades terapêuticas semelhantes aos 
compostos originais
1,4,9
. 
 
4
 
Diante da grande importância dos medicamentos fitoterápicos, vários países da Europa estão 
intensificando esforços para unificar a legislação referente aos medicamentos fitoterápicos, amplamente 
comercializados nestes países (em especial na Alemanha e França). Por outro lado, nos Estados Unidos, as 
preparações à base de plantas são classificadas como suplementos nutricionais, não sendo necessário 
submeter dados de segurança e eficácia ao Food and Drug Administration (FDA) para a comercialização 
destes produtos
1
. 
 
No Brasil, a legislação vem sofrendo modificações nos últimos anos. A Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa) vem elaborando normas para a regulamentação destes medicamentos, desde a Portaria nº 
6 de 1995, que estabeleceu prazos para que as indústrias farmacêuticas apresentassem dados de eficácia e 
segurança dos medicamentos fitoterápicos, passando pela RDC nº 17 de 2000, a RDC nº 48 de 16 de março 
de 2004, e a Resolução RDC nº 14 de 13 de março de 2010, atualmente em vigor, que dispõe sobre o 
registro de medicamentos fitoterápicos
10,11,12,13
. 
 
Esta preocupação das autoridades regulatórias com a normatização dos medicamentos fitoterápicos 
propicia a avaliação de aspectos importantes, como a eficácia e segurança do uso destes medicamentos. O 
uso tradicional de diversas plantas medicinais baseado em conhecimentos populares, aliado à crença de que, 
por ser natural nã o causa reações adversas, fez com que poucas plantas medicinais fossem avaliadas através 
de estudos pré-clínicos e clínicos, a fim de comprovar sua eficácia e segurança
1
. 
 
 
Fitoterapia: 
 
A fitoterapia abrange a maior parte das especialidades 
médicas e o uso de fitoterápicos no tratamento de diversas 
enfermidades vem sendo cada vez mais utilizado. As plantas, como 
dito anteriormente, apresentam compostos químicos com 
atividades farmacológicas comprovadas por estudos em humanos e 
em modelos animais e estão à disposição do consumidor na 
farmácia magistral. Sua segurança e qualidade estão asseguradas 
pela rigorosa legislação a qual estes estabelecimentos estão 
submetidos, segundo as normas da Anvisa. 
 
Segundo a Portaria nº 971, de 3 de maio de 2006, a fitoterap ia é uma “terapêutica caracterizada pelo 
uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas 
isoladas, ainda que de origem vegetal”
14
. 
 
 
5
 
Os fitoterápicos têm por objetivo um tratamento “natural” de diversas 
patologias ou simplesmente uma terapia preventiva de certas doenças. Apesar 
da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco e pode 
causar uma série de problemas ao organismo, caso sejam usados de forma 
errônea e sem acompanhamento profissional. Além do princípio ativo 
terapêutico, pode conter também outras substâncias tóxicas, podendo induzir à 
reações alérgicas, contaminação por agrotóxicos ou por metais pesados e 
interação com outras medicações, levando a danos à saúde
15
. 
 
 
 
Fitoterapia pelo profissional nutricionista : 
 
O cenário da fitoterapia abrange possibilidades para 
os profissionais da saúde interagirem em caráter 
multidisciplinar, visando aperfeiçoar a saúde da população. 
A problemática dos distúrbios nutricionais rela cionados à 
alimentação muito quantitativa, pouco qualitativa e à baixa 
ingestão de fatores botânicos pela população torna 
relevante a participação do profissional nutricionista nesse 
contexto, agregando mais recursos à orientação da 
suplementação fitoteráp ica
16
. 
 
Além do médico, o nutricionista também está apto 
a prescrever medicamentos fitoterápicos. O nutricionista 
devidamente capacitado, que atua individualmente ou em 
equipe multidisciplinar, poderá prescrever fitoterápicos, 
desde que forem de origem co nhecida, com rotulagem 
adequada às normas da Anvisa. 
 
A discussão da utilização pelo nutricionista da fitoterapia iniciou -se em 2002, sendo aprovada em 
2007, a Resolução CFN nº 402 no Diário Oficial da União em 6 de agosto de 2007, regulamentando, então, a 
prescrição pelo profissional nutricionista de fitoterápicos de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal 
nas suas diferentes formas farmacêuticas
17
. 
 
Porém, somente as formas farmacêuticas de uso oral serão permitidas para a indicação do 
nutricio nista, como: infusão, decocto, tintura, alcoolatura, pó, extrato seco e macerado. De acordo com a 
 
6
 
CFN nº 402/2007, o nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos desta Resolução, 
quando julgar conveniente a necessidade de compleme ntação da dieta de indivíduos ou grupos, atuando 
isoladamente ou como membro integrante de uma equipe multiprofissional de saúde
17
. 
 
Os nutricionistas poderão prescrever todos os produtos que tenham indicações terapêuticas 
relacionadas ao seu campo de conhecimento específico, exceto os produtos cuja legislação vigente (IN nº 
12/2008) exija prescrição médica
17,18
. 
 
O profissional nutricionista deverá levar em consideração alguns critérios importantes na prescrição 
de fitoterápicos, em conjunto com a orientação dietética: 
• Saber qual parte da planta utilizar e todas as propriedades terapêuticas da mesma; 
• Conhecer os critérios de controle de qualidade; 
• Saber qual a melhor maneira de utilização; 
• Saber qual a dosagem e o tempo do tratamento; 
• Avaliar toxicidade, interações e possíveis efeitos colaterais das plantas; 
• Não prescrever fitoterápicos que estão sob prescrição médica e respeitar a avaliação da 
equipe multidisciplinar. 
 
Assim, a prescrição fitoterápica deverá conter, obrigatoriamente
17
: 
• Nomenclatura botânica, sendo opcional o nome popular 
• Parte usada 
• Forma farmacêutica/modo de preparo 
• Tempo de utilização 
• Dosagem 
• Frequência de uso 
• Horários 
 
É importante ressaltar que a prescrição destas substâncias exige do 
profissional o estudo decada um dos princíp ios ativos, partes das plantas 
a serem utilizadas, modo de preparo, dosagens, contraindicações, reações 
adversas, dentre outros aspectos. O paciente confia em quem faz a 
prescrição, e este é um ato de extrema responsabilidade que pode, 
inclusive, prejudicar o paciente quando feito de maneira errada. Os 
nutricionistas têm em suas mãos mais uma ferramenta que, sendo 
utilizada com adequação, conhecimento e responsabilidade, é mais uma 
aliada na conquista de novos mercados
17
. 
 
 
 
7
 
A Resolução – RDC nº 10 de 9 de março de 2010 dispõe sobre a notificação de drogas vegetais junto 
à Anvisa e da outras providências. Em seu anexo I encontra-se uma lista de fitoterápicos que, de acordo com 
o Art. 2º, são produtos isentos de prescrição médica. Além disso, na Instrução Norm ativa nº 5 de 2008 da 
ANVISA, que publica a “Lista de Medicamentos Fitoterápicos de Registro Simplificado”, há outra lista de 
fitoterápicos que não necessitam de prescrição médica, juntamente com a via de administração, devendo ser 
observada pelo nutricion ista a fim de direcionar a respeito de quais fitoterápicos podem ser prescritos por 
ele. Esses documentos podem ser encontrados no site do Conselho Federal de Nutricionistas 
(www.cfn.org.br ) e da Agência Nacional de Vigi lância Sanitária (portal.anvisa.gov.br)
18,19
. 
 
Portanto, a prática de prescrição de fitoterápicos constitui estratégia complementar à prescrição 
dietética elaborada pelo nutricionista. O profissional possui total autonomia para utilização dessas 
plantas qu ando julgar conveniente, diante de avaliação nutricional prévia. Cabe ressaltar que a 
ANVISA, de acordo com a Instrução Normativa nº 5, de 12 de dezembro de 2008, registra como 
produtos de exclusiva prescrição médica, isto é, NÃO pode ser prescrito pelos n utricionistas
18
: 
 
 
FITOTERÁPICOS QUE NÃO PODEM SER PRESCRITOS POR NUTRICIONISTAS
18
: 
Arctostaphylos uva-ursi (uva-ursina) 
Cimicifuga racemosa (cimicifuga) 
Echinacea purpurea (equinácea) 
Ginkgo biloba (ginkgo) 
Hypericum perforatum (hipérico) 
Piper methysticum (kava-kava) 
Serenoa repens (saw palmeto) 
Tanacetum parthenium (tanaceto) 
Valeriana officinalis (valeriana) 
 
 
Definições de acordo com a CFN 402/2007
17
. 
 
A resolução do conselho federal de nutrição (RE CFN nº 402 de 2007 regulamenta a prescrição fitoterápica 
pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas 
farmacêuticas. Consideram-se as seguintes definições: 
 
Fitoterapia 
Terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a 
utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal; 
 
8
 
Fitoterápico 
É o produto obtido empregando -se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, caracterizado pelo 
conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua 
qualidade. Sua eficácia e segurança são validadas através de levantamentos etnofarmacológicos de utiliza ção, 
documentações tecnocientíficas em publicações ou ensaios clínicos fase 3. 
 
Plantas medicinais 
Todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos substâncias que podem ser utilizadas com fins 
terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos. 
 
Droga vegetal 
Planta medicinal ou suas partes após processo de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, 
rasurada, triturada ou p ulverizada. 
 
Pós 
Plantas cortadas e depois moídas. Os pós devem ser empregados na obtenção de extratos ou algumas vezes 
podem ser usados como tal. 
 
Infuso 
Preparação extrativa que resulta do contato da planta com água fervente. Indicado para folhas e flore s; 
 
Decocto 
Preparação extrativa onde os princípios ativos são extraídos com água até a ebulição. Mais indicado para 
raízes, cascas e rizomas. 
 
Macerado 
Preparação extrativa realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta dentro de um recipiente 
contendo água, álcool ou óleo. Ao fim do tempo previsto, filtra -se o líquido. 
 
Extratos 
São preparações líquidas, sólidas ou semi-sólidas obtidas pela extração de drogas vegetais frescas ou secas, 
por meio líquido, extrator adequado, seguida de uma evaporação total ou parcial e ajuste do concentrado a 
padrão previamente estabelecido. 
 
Tintura 
Extração hidroalcoólica, onde se utiliza sempre a planta seca na proporção de 20%. 
 
Alcoolatura : 
Extração hidroalcoólica, onde se utiliza sempre a planta f resca na proporção de 50% 
 
 
 
9
 
Literatura Consultada 
 
1. TUROLLA MSR, NASCIMENTO ES. Toxicological information of some herbal medicines used in Brazil Rev. Bras. Cienc. Farm. vol.42 no.2 São Paulo 
Apr./June 2006. 
2. KO, R.J. Causes, epidemiology, and clinical evaluation of suspected herbal poisoning. Clin. Toxicol., New York, v.37, n.6, p.697 -708, 1999. 
3. TYLER, V.E. Natural products and medicine: an overview. In: BALICK, M.J.; ELISABETSKY, E.; LAIRD, S.A., eds. Medicinal resources of the tropical 
forest, biodive rsity and its importance to human health. New York: Columbia University Press, 1996. p.3 -10. (Biology and resource management 
series). 
4. ROBBERS, J.E.; SPEEDIE, M.K.; TYLER, V.E. Pharmacognosy and pharmacobiotechnology. Baltimore: Willians & Wilkins, 1996. p.1-14. 
5. ELVIN-LEWIS, Memory. Should we be concerned about herbal medicines? J. Ethnopharmacol., Amsterdam, v.75, p.141 -164, 2001. 
6. SCHULZ, V.; HÄNSEL, R.; TYLER, V.E. Medicinal plants, phytomedicines, and phytotherapy. In: Rational phytotherapy: a physician's guide to herbal 
medicine. 4.ed. New York, Berlin: Springer, 2001. cap.1, p.1 -39. 
7. RATES, S.M.K. Plants as source of drugs. Toxicon, Amsterdam, v.39, p.603 -613, 2001. 
8. SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; PETROVICK, P.R. Produtos de origem vegetal e o desenvolvimento de medicamentos. In: Simões, CMO; Schenkel, 
EP; Gosmann, GM.; Mello, JCP; Mentz, LA.; Petrovick, PR e colaboradores. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 2.ed. Florianópolis. UFSC; 
Porto Alegre: UFRGS, 2000. cap.15, p.291 -320. 
9. SHU, Y.-Z. Recent natural products based drug development: a pharmaceutical industry perspective. J. Nat. Prod., Columbus, v.61, p.10 53-1071, 
1998. 
10. BRASIL. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria SVS/MS nº 6, de 31 de janeiro de 1995. O Secretário de 
Vigilância Sanitária, do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições apresentadas pela Sociedade civil, resolve: Instituir e normatizar o registro 
de produtos fitoterápicos junto ao Sistema de Vigilância Sanitária, Diário Oficial da União, Brasília, 31 de janeiro de 1995. 
11. BRASIL. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução - RDC Nº 17, de 24 de fevereiro de 2000. Dispõe sobre o 
registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de fevereiro de 2000. 
12. BRASIL. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução - RDC Nº 48, de 16 de março de 2004. Dispõe sobre o 
registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, 08 de março de 2004. 
13. BRASIL. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução - RDC Nº 14, de 05 de abril de 2010. Dispõe sobre o 
registro de medicamentos fitoterápicos. Diário Oficial da União, Brasília, 29 de março de 2010. 
14. Brasil. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Portaria SVS/MS nº 971, de 3 de maio de 2006. Aprova a Política 
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União, Brasília, 3 de maio de 2006.15. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Política nacional 
de plantas medicinais e fitoterápicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 
16. KALLUF LJH. A realidade da fitoterapia na prática do nutricionista. CRN -3 Notícias. Out/Dez 2007. Acesso em: 
<http://www.crn3.org.br/atualidades/revistas/arquivos/edicao_0 88_artigo.pdf>. X 
17. Conselho Federal de Nutricionistas RESOLUÇÃO CFN Nº 402/2007. Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura 
fescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 06 de agosto de 2007. 
18. Brasil. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Instrução Normativa – IN Nº 5, de 11 de dezembro de 2008. Determina 
a publicação da "lista de medicamentos fitoterápicos de registro simpl ificado". Diário Oficial da União nº 242 , Brasília, 12 de dezembro de 2008 
(p.56 a 58). 
19. Brasil. Ministério da Saúde, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução - RDC Nº 10, de 9 de março de 2010. Dispõe sobre a 
notificação de drogas vegetais junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 
Brasília, 08 de março de 2010; 
 
 
 
 
 
 
 
10
 
 
 
OOPPÇÇÕÕEESS FFIITTOOTTEERRÁÁPPIICCAASS 
PPRREESSCCRRIITTAASS PPOORR 
NNUUTTRRIICCIIOONNIISSTTAASS 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVOS 
Aesculus hippocastanum 
Allium sativum 
Bacopa monnieri 
Centella asiatica 
Cynara scolymus 
Dioscorea villosa 
Euterpe oleraceae 
Glycyrrhiza uralensis 
Griffonia simplicifolia 
Hedera helix 
Ilex paraguariensis 
Lepidium meyenii 
Matricaria chamomilla 
Maytenus ilicifolia 
Melissa officinalis 
Myrciaria dubia 
Panax ginseng 
Passiflora incarnata 
Paullinia cupana 
Pinus pinaster 
Rhodiola rosea 
Trichilia catigua 
Trifolium pratense 
Trigonella foenum -graecum 
Uncaria tomentosa 
Vaccinium macrocarpon 
Zingiber officinalis 
 
 
 
Aesculus hippocastanum (castanha da 
índia) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Meta-análise avalia a eficácia e segurança do extrato da 
castanha da índia (A. hippocastanum ) no tratamento da 
insuficiência venosa venosa
1
. 
 
Estudo avalia a eficácia do extrato de castanha da índia, analisando parâmetros 
como o volume das pernas, tornozelos e panturrilhas, sensação de tensão, 
fadiga, inchaço nas pernas, cãibras da panturrilha e prurido. Efeitos adversos 
também foram avaliados. 
 
Resultados: 
· Os pacientes que utilizaram o extrato da castanha da 
índia apresentaram redução significativa do volume das 
pernas; 
· Estudo observacional demonstrou redução de dores , 
edemas e inchaço das pernas dos pacientes que 
receberam o trata mento com o extrato da castanha da 
índia; 
· Não foram observados efeitos adversos severos, e o 
tratamento com o extrato da castanha da índia não 
apresentou aumento significativo de efeitos adversos 
moderados. 
 
 
O tratamento com o 
extrato de castanha da 
índia é uma alternativa 
segura e eficaz para 
pacientes com 
insuficiência crônica 
venosa, reduzindo dores, 
edema e inchaço da 
pernas
1
. 
 
 
 
 
Estudo de revisão demonstrou a eficácia do extrato de 
castanha da índia em reduzir edema e aliviar o inchaço, 
peso e prurido das pernas, sendo seguro e bem tolerado, 
oferecendo uma alternativa no tratamento de pacientes 
com insuficiência venosa leve a moderada
2
. 
 
 
Cápsulas de castanha da índia 
 
Castanha da índia………………………….................... ......…...................1 50mg
3
 
Administrar duas cápsulas ao dia. 
Propriedades
4,5
: 
A castanha da índia tem sido amplamente 
utilizada no tratamento de varizes 
aumentando o tônus venoso e 
favorecendo o retorno venoso ao coração. 
Possui, ainda, atividade anti -inflamatória e 
antiexsudativa. Sua semente contém 
principalmente mistura de saponinas 
triterpênicas, denominada escina, 
considerada o componente mais bioativo 
do extrato vegetal. Além da escina, a 
castanha da índia é composta ainda por 
cumarinas, flavonoides e taninos. 
 
Atividades
6
: 
O principal benefício do A. 
hippocastanum está relacionado a 
degradação das paredes vasculares, 
mantendo a integridade e prevenindo 
hiperpermeabilidade vascular e 
consequente edema. 
Principais usos clínicos: 
· Insuficiência venosa crônica; 
· Úlcera crônica venosa nas pernas; 
· Hemorroidas; 
· Outros usos: contusões, torções, 
lesões dolorosas, edema, diarreia, 
febre, aumento da próstata, eczema 
e dores menstruais. 
 
Concentração de Uso
3
: 
Aesculus hippocastanum 250-312,5mg/dia 
 
Efeitos adversos e contraindicações
3
: 
Efeitos adversos não são relatados na 
literatura consultada. 
 
Literatura Consultada: 
1. Siebert U, Brach M, Sroczynski G, Berla K. Efficacy, 
routine effectiveness, and safety of horsechestnut 
seed extract in the treatment of chronic venous 
insufficiency. A me ta-analysis of randomized 
controlled trials and large observational studies. Int 
Angiol. 2002 Dec;21(4):305 -15. 
2. Pittler MH, Ernst E. Horse chestnut seed extract for 
chronic venous insufficiency. Cochrane Database Syst 
Rev. 2006 Jan 25;(1):CD003230. 
3. Drug Information online. Acesso em: 
<http://www.drugs.com/npp/horse -chestnut.html>. 
4. Blekic J. Horse chestnut seeds (Aesculus 
hippocastanum L.) in the treatment of 
phlebopathological disorders. Farm Glas. 
1996;52(6):145 -55. 
5. Parfitt, K; Martindale: the complete dr ug reference. 
Supplementary drugs and other substances. Aesculus. 
1999. London : Pharmaceutical Press. 
6. Braun L, Cohen M, Herbs & Natural Supplements. An 
Evidence-bases guide. Second Edition, Elsevier 
Australia, 2007. 
 
A. hipocastanum
0
10
20
30
40
50
V
o
lu
m
e
 (
m
l)
Redução do volume das pernas de 
pacientes tratados com extrato da 
castanha da índia quando 
comparados ao grupo placebo
 
12
46,4
 
Allium sativum (alho) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo avalia os efeitos benéficos do alho em pacientes com 
doença arterial coronariana
1
. 
 
Neste estudo, 60 pacientes foram randomizados em dois grupos e receberam 
as seguintes suplementações por três meses: 
Grupo 1 (n=30): Placebo 
Grupo 2 (n=30): Cápsulas com óleo de alho 
Dentes de alho foram esmagado s, e a extração realizada com acetato de etila. Após evaporação do 
solvente, o óleo resultante foi dissolvido em óleo de soja. O extrato de óleo de alho foi encapsulado. Cada 
cápsula contém óleo equivalente d e 1g de alho cru. 
 
Resultados: 
· Os pacientes que receberam a suplementação com óleo 
de alho apresentaram aumento significativo dos níveis 
de HDL-colesterol e atividade fibrinolítica quando 
comparados ao placebo; 
· O LDL-colesterol e triglicerídeos apresentaram redução 
significativa nos pacientes que receberam 
suplementação com óleo de alho por três meses. 
 
A suplementação com o óleo de alho apresenta efeitos 
benéficos, alterando o perfil lipídico positivamente e 
melhorando atividade antiplaquetária em pacientes com 
patologia de artéria corona riana
1
. 
 
 
 
Revisão sistemática da literatura científica demonstra que a 
suplementação com alho reduz os níveis séricos de 
colesterol LDL, triglicerídeos, e de LDL-oxidado. Estes dados 
clínicos conferem a este vegetal a propriedade 
antiaterogênica
2
. 
 
 
 
Estudo avaliou os efeitos protetoresdo dialil dissulfeto e 
dialil trissulfeto, os principais constituintes do alho, na 
função endotelial, demonstrando efeito protetor da enzima 
óxido nítrico (NO) sintase contra os danos causados pelo 
LDL-oxidado. Desta maneira há um aumento na 
disponibilidade de óxido nítrico e consequentemente uma 
vasodilatação benéfica ao paciente com aterosclerose
3
. 
 
 
 
 
Cápsulas de extrato de alho 
 
Extrato de alho.……………………………......... .................… ........... ......300mg
4
 
Administrar duas cápsulas ao dia, uma após o almoço e a outra após o jantar . 
Propriedades
2,5
: 
O alho (Allium sativum ) é um membro da 
família da cebola, com origem nos 
desertos da Ásia central. Sua utilização 
com fins medicinais tem origem há 
séculos. Os compostos organossulfúricos 
(dialil di ssulfeto e dialil trissulfeto) 
presentes no alho inibem os efeitos da 
angiotensina II, o que confere ao alho um 
efeito benéfico no tratamento da 
hipertensão. 
 
Atividades
4
: 
· Cardiovascular: doença periférica 
arterial hipertensão, aterosclerose, 
hiperlipidemia, diabetes e efeito 
antiplaquetário; 
· Câncer; 
· Atividade antimicrobiana: o óleo de 
alho apresenta atividade contra 
bactérias, vírus e fungos incluindo S. 
aureus, Candida sp., Aspergillus, 
entre outros. 
 
Concentração de Uso
4
: 
Extrato seco de alho 400-1200mg/dia . 
 
Contraindicações
4
: 
Lactantes (pode provocar cólicas no ventre 
do lactente), recém -nascidos, pessoas com 
pressão baixa, problemas estomacais e de 
úlceras, dermatites, acidez de estômago, 
hipertireoidismo, hemorragias ativas pré e 
pós-operatórios, trombocitopenia, 
tratamento com anticoagulantes. 
 
Literatura Consultada: 
1. Bordia A, Verma SK, Srivastava KC. Effect of garlic 
(Allium sativum) on blood lipids, blood sugar, 
fibrinogen and fibrinolytic activity in patients with 
coronary artery disease. Prostaglandins Leukot Essent 
Fatty Acids. 1998 Apr;58(4):257 -63. 
2. Rahman Effects of garlic on platelet biochemistry and 
physiology. Mol Nutr Food Res. 2007 Nov; 
51(11):1335 -44. 
3. Lei YP, Liu CT, Sheen LY, Chen HW, Lii CK Diallyl 
disulfide and diallyl trisulfide protect endothelial nitric 
oxide synthase against damage by oxidized low -
density lipoprotein. Mol Nutr Food Res. 2010 Mar 12. 
4. Braun L, Cohen M, Herbs & Natural Supplements. An 
Evidence-bases guide. Second Edition, Elsevier 
Australia, 2007. 
5. Castro C, Lorenzo AG, González A, Cruzado M. Garlic 
components inhibit angiotensin II -induced cell-cycle 
progression and migration: Involvement of cell-cycle 
inhibitor p27 (Kip1) and mitogen -activated protein 
kinase. Mol Nutr Food Res. 2009 Nov 10. 
 
 
13
 
Bacopa monnieri (bacopá) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo avalia os efeitos do extrato de Bacopa monnieri na 
performance cognitiva, ansiedade e depressão
1
. 
 
170 pacientes saudáveis foram recrutados e participaram deste estudo duplo -
cego, placebo-controlado. Destes, 62 pacientes concluíram o estudo que teve 
duração de 90 dias: 
Grupo 1: Placebo 
Grupo 2: Bacopa monnieri 300mg/dia 
Os efeitos da B. monnieri foram avaliados conforme a escala AVLT(Rey Auditory 
Learning Verbal Test). Outras medidas cognitivas avaliadas foram a DAT 
(Atenção Difusa de Tarefas) e a escala Wechsler de Inteligência. Foi aplicado um 
teste de memória para trabalhos imediatos . 
 
 
Resultados: 
· O grupo de pacientes que utilizou o extrato de Bacopa 
monnieri 300mg/dia demonstrou melhor a significativa 
no rendimento e pontuação de todos os testes 
utilizados para avaliar a memória e a concentração , 
quando comparados ao grupo placebo; 
· Na avaliação da atenção difusa de tarefas, não houve 
diferença significativa entre os grupos de tratamento . 
 
 
 
A Bacopa monnieri aumenta a capacidade cognitiva, 
conforme a pontuação do teste de aprendizado verbal. 
Estes resultados comprovam que o extrato possui potencial 
para incrementar a aprendizagem e memória
1
. 
 
 
 
 
A intoxicação por agentes anticolinérgicos e 
benzodiazepínicos pode induzir a déficits de memória. 
Estudo demonstrou que a Bacopa monnieri pode atenuar o 
déficit de memória induzido por diazepam e modular a 
amnésia induzida por escopolamina, apresentando redução 
dos sintomas. O estudo demonstra também a relação 
positiva da expressão da calmodulina e da proteína quinase 
C, comprovando sua atividade no aprendizado e memória
2
. 
 
 
 
 
Cápsulas de Bacopa monnieri 
 
Bacopa monnieri......... ………………………........... ...............… ........... ..300mg
1
 
Administrar uma cápsula ao dia. 
Propriedades
2
: 
Os principa is constituinte s químicos 
encontrado s na Bacopa monnieri são: 
saponinas triterpênicas glicosiladas, 
denominadas bacosídeos A e B e 
bacosaponinas. Seu mecanismo de ação 
responsável pela melhora do aprendizado 
e memória não está completamente 
elucidado, porém estudos sugerem que o 
extrato de bacopá está envolvido com a 
modulação da calmodulina e proteína 
quinase C. Estudos comprovam seus 
efeitos antioxidantes, envolvendo 
proteção à lipoperoxidação de 
membranas. Este mecanismo de ação 
também pode estar envolvido na 
manutenção e melhora do processo 
cognitivo. 
 
 
Atividades
3
: 
· Efeitos cognitivos; 
· Depressão e ansiedade; 
· Epilepsia; 
· Bronquite e asma; 
· Desordem gastrointestinal; 
· Efeitos cardiovasculares; 
· Hipotiroidismo. 
 
 
Concentração de Uso
1,3
: 
Bacopa monnieri 200-400mg/dia. 
 
 
Reações adversas e contraindicações
3
: 
O tratamento com Bacopa monnieri é 
bem tolerado, não apresentando efeitos 
adversos. 
 
 
Literatura Consultada: 
1. Calabrese C, Gregory WL, Leo M, Kraemer D, Bone K, 
Oken B. Effects of a standardized Bacopa monnieri 
extract on cognitive performance, anxiety, and 
depression in the elderly: a randomized, double -blind, 
placebo-controlled trial. J Altern Complement Med. 
2008 Jul;14(6):707-13. 
2. Anand, Akshay ; Saraf, Manish Kumar ; Prabhakar, 
Sudesh; Antiamnesic effect of B. monniera on L -NNA 
induced amnesia involves calmodulin. Department of 
Neurology, Post Graduate Institute of Medical 
Education and Research, Chandigarh, India. 
Neurochem Res 2010,Aug. 
3. No authors listed. Bacopa monniera. Monograph. 
Altern Med Rev. 2004 Mar;9(1):79 -85. 
 
14
 
Centella asiatica (centella) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo clínico avalia o uso de Centella asiatica no tratamento 
da desordem de ansiedade generalizada
1
. 
 
Neste estudo, 35 pacientes, 18 homens e 15 mulheres, receberam o seguinte 
protocolo de tratamento por sessenta dias: 
Centella asiatica 500mg 
Duas vezes ao dia após as refeições. 
 
 
Resultados: 
· Os pacientes tratados com a Centella asiatica 
apresentaram redução significativa das desordens de 
ansiedade (26%), do estresse (23,2%) e dos sintomas 
relacionados à depressão (21,8%); 
· A melhora significativa da cognição foi um dos 
resultados observado na terapêutica com Centella 
asiatica; 
· A administração regular de Centella asiatica, por dois 
meses, apresentou aumento da atenção e da 
concentração nos pacientes sem causar efeitos 
adversos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Centella asiatica melhora a qualidade de vida e as 
funções cognitivas através da regulação do eixo 
hipotálamo -pituitária -adrenal, especialmente durante os 
períodos de estresse. Apresenta -se como alternativa eficaz 
e segura ao uso dos benzodiazepínicos no tratamentode 
desordens cl ínicas relacionadas ao estresse
1
. 
 
 
 
 
Cápsulas de Centella asiatica 
 
Centella asiatica............ ………………………........... ...............… ...........500 mg
1
 
Administrar duas cápsulas ao dia, antes das principais refeições. 
Propriedades
2,3
: 
A Centella asiatica contém vários ativos, 
dos quais os mais importa ntes são as 
saponinas triterpeno ides, incluindo 
asiaticosídeo, centellosídeo, 
madecassosídeo e ácido asiático. Além 
disso, a Centella contém outros 
componentes, incluindo os óleos voláteis, 
flavonoides, taninos, fitoester ois, 
aminoácidos e açúcares. 
A Centella asiatica é conhecida por seus 
diversos benefícios em desordens 
neurológicas. Pesquisadores comprovaram 
que esta não apenas atenua 
significativamente as desordens de 
ansiedade generalizada, como também 
reduz significativamente o estresse e a 
depressão relacionada. Este fitoterápico 
melhora a cognição e pode ser utilizado 
como promissor agente ansiolítico . 
 
Atividades
4
: 
· Os triterpenos da Centella asiatica 
apresentam efeito no tônus venoso e 
vascular, com ação na insuficiência 
crônica e hipertensão venosa; 
· Efeito anti -inflamatório; 
· Atividade antineoplásica; 
· Proteção contra úlceras gástricas; 
· Cicatrizante. 
 
Concentração de Uso
1
: 
Centella asiatica 500mg/duas vezes ao dia 
após as refeições. 
 
Reações adversas
4
: 
Dermatite de contato. 
 
Contraindicações3: 
Evitar o uso durante a gravidez em virtude 
de sua ação emenagoga. 
 
 
Literatura Consultada: 
1. Jana U, Sur TK, Maity LN, Debnath PK, Bhattacharyya 
D. A clinical study on the management of generalized 
anxiety disorder with Centella asiatica. Nepal Med Coll 
J. 2010 Mar;12(1):8-11. 
2. Rumalla CS, Ali Z, Weerasooriya AD, Smillie TJ, Khan 
IA. Two new triterpene glycosides from Centella 
asiatica. Planta Med. 2010 Jul;76(10):101 8-21. 
3. [No authors listed] Centella asiatica. Altern Med Rev. 
2007 Mar;12(1):69 -72. 
4. Gruenwald J, Brendler T, Jaenicke C. PDR for Herbal 
Medicine, 2000. 
0
10
20
30
40
Ansiedade Estresse Depressão
26
23,2
21,8
P
e
rc
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l 
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u
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s
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to
m
a
s
(%
)
Percentual de redução dos sintomas de 
ansiedade, estresse e depressão após tratamento com 
Centella asiatica.
 
15
 
Cynara scolymus (alcachofra) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo avalia o efeito da terapia com extrato de alcachofra 
sobre os sintomas da síndrome do intestino irritável (SII) 
associada à dispepsia
1
. 
 
Neste estudo, 208 pacientes diagnosticados com dispepsia e sintomas de SII 
foram randomizados em dois grupos e submetidos aos seguintes tratamentos 
por dois meses: 
Grupo 1: Extrato de alcachofra 320mg/dia 
Grupo 2: Extrato de alcachofra 640mg/dia 
 
Resultados: 
 
· O tratamento com extrato de alcachofra em ambos os 
grupos diminuiu a incidência de SII em 24,6% dos 
pacientes (ρ<0,001); 
· No início do estudo, mais da metade dos pacientes 
relataram padrão intestinal “alternando entre diarréia e 
constipação” . Após o tratamento com o extrato de 
alcachofra, houve mudança significativa deste padrão 
para “normal” ( ρ<0,001); 
· No teste relacionado à qualidade de vida, houve 
melhora significativa nas pontuações finais em relação 
às pontuações iniciais, demonstrando que o tratamento 
com extrato de alcachofra é eficaz também na melhora 
das condições de vida desses pacientes; 
· Durante os dois meses de tratamento não foram 
observados efeitos adversos significativos. 
 
 
O extrato de alcachofra é eficaz no tratamento dos 
sintomas da síndrome do intestino irritável em pacientes 
com dispepsia associada, apresentando ainda efeito sobre a 
qualidade de vida desses pacientes
1
. 
 
 
 
O extrato de alcachofra é eficaz na redução dos sintomas 
da dispepsia e da síndrome do intestino irritável, sendo 
uma opção com boa aceitabilidade e tolerância entre os 
pacientes, além de não causar efeitos adversos 
significativos
2
. 
 
 
Cápsulas de alcachofra 
 
Extrato de alcachofra………………………….......... ................… ...........320 mg
1
 
Administrar duas cápsulas ao dia. 
Propriedades
1,3
: 
O extrato de alcachofra atua como 
agonista dos receptores serotonérgicos e 
colinérgicos, presentes no intestino, 
responsáveis pelo peristaltismo e 
motilidade intestinal , apresentando 
melhora da constipação, da dispepsia e 
dos sintomas da SII. 
Possui em sua composição flavonoides e 
ácido hidroxicinâmicos. Por seu efeito 
antioxidante, ainda reduz a oxidação do 
colesterol LDL, controlando um fator 
importante para doenças ateroscleróticas. 
 
 
Atividades
4
: 
· Hiperlipidemia; 
· Dispepsia; 
· Efeitos antioxidantes; 
· Hepatoprotetor; 
· Colerético e colagogo; 
· Diurético. 
 
 
Concentração de uso
1
: 
Extrato de alcachofra 320-640mg/dia. 
 
 
Efeitos adversos
4
: 
Efeito laxativo, gases, aumento do apetite 
e fraqueza. 
 
 
Contraindicações
4
: 
Gestantes, mulheres em fase de 
amamentação, pacientes com obstrução 
biliar, cirrose hepática, colecistite, 
espasmo intestinal ou do íleo, câncer de 
fígado . 
 
 
Literatura Consultada: 
1. Bundy R, Walker AF, Middleton RW, Marakis G, Booth 
JC. Artichoke leaf extract reduces symptoms of 
irritable bowel syndrome and improv es quality of life 
in otherwise healthy volunteers suffering from 
concomitant dyspepsia: a subset analysis. J Altern 
Complement Med. 2004 Aug;10(4):667 -9. 
2. Walker AF, Middleton RW, Petrowicz O. Artichoke leaf 
extract reduces symptoms of irritable bowel 
syndrome in a post -marketing surveillance study. 
Phytother Res. 2001 Feb;15(1):58-61. 
3. Gebhardt R. Inhibition of cholesterol biosynthesis in 
primary cultured rat hepatocytes by artichoke (Cynara 
scolymus L.) extracts. J Pharmacol Exp Ther. 1998 
Sep;286(3):1122-8. 
4. Mason P, Dietary Supplements. Third edition, 
Pharmaceutical Press, 2007. Londres. 
 
16
 
Dioscorea villosa (yam mexicano) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo randomizado avalia o efeito do yam mexicano no perfil 
lipídico, status antioxidante e hormônios sexuais em mulheres 
pós-menopausa
1
. 
 
24 mulheres saudáveis foram randomizadas a receber o seguinte trata mento 
por 30 dias: 
Grupo 1: Controle (240g de batata doce dividido em 2 a 3 refeições ao dia). 
Grupo 2: 390g de yam mexicano divididos em 2 a 3 refeições ao dia. 
Amostras de sangue e a primeira urina da manhã foram coletadas antes e 
depois do tratamento para análise do perfil lipídico, hormônios sexuais e 
biomarcadores de estresse oxidativo. 
 
Resultados: 
· Observou-se aumento da concentração sérica de 
estrona e estradiol nas pacientes suplementadas com 
yam mexicano; 
· As pacientes que receberam suplementação com yam 
mexicano apresentaram redução significativa do 
colesterol plasmático; 
· Os marcadores do estresse oxidativo (LDL oxidada) 
apresentaram redução significativa após suplementação 
com yam mexicano. 
· O grupo suplementado com batata doce (controle) não 
apresentou alterações nos padrões hormonais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A utilização do yam mexicano na alimentação melhora os 
níveis dos hormônios sexuais, lipídios e antioxidantes. Estes 
efeitos podem reduzir o risco de câncer de mama e doenças 
cardiovasculares em mulheres pós-menopáusicas
1
. 
 
 
Cápsulas de yam mexicano
2
 
 
Yam mexicano extratoseco................... ..............… .................... ........ 300mg
2
 
Administrar uma cápsula ao dia. 
Propriedades
1,2
: 
As maiores utilização do yam mexicano 
foram registradas no controle da 
síndrome pré-menstrual, osteroporose e 
os sintomas do climatério (depressão, 
redução da libido, fogachos), bem como 
cólicas menstruais, intestinais e cãibras. 
Existem evidências que seu uso 
prolongado diminui a velocidade de 
proliferação tumoral no câncer de mama. 
Pesquisas também demonstraram efeitos 
positivos na senescência precoce do corpo 
lúteo, melhorando os índices de 
abortamento de repetição causados por 
este problema. 
 
 
Atividades
2,3
: 
· Ação hormonal; 
· Antiespasmódico; 
· Anti -inflamatório; 
· Antioxidante; 
· Efeito relaxante do sistema nervoso 
autônomo. 
 
 
Concentração de Uso
2
 
Yam mexicano extrato seco 100-
500mg/dia 
 
 
Contraindicações
3
: 
Apresenta baixo índice de efeitos 
colaterais. 
 
 
Reações adversas
3
: 
Em altas doses, pode causar náusea, 
vômitos e diarreia . 
 
 
Literatura Consultada: 
1. Wen-Huey Wu, PhD, Li-Yun Liu, PhD, Cheng-Jih 
Chung, MS, RD, Hei-Jen Jou, MD and Tzong-An Wang, 
MD. Estrogenic Effect of Yam Ingestion in Healthy 
Postmenopausal Women. Journal of the American 
College of Nutrition, Vol. 24, No. 4, 235 -243 (2005). 
2. Duke, J A. Handbook of Medicinal Herbs. 2ªEd, CRC 
Press. New York, 2002. 
3. Braun L, Cohen M, Herbs & Natural Supplements. An 
Evidence-bases guide. Second Edition, Elsevier 
Australia, 2007. 
0
5
10
15
20
25
30
Estrona Estradiol
26 27
A
lt
e
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in
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m
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 (
%
)
Alterações observadas no perfil 
hormonal das pacientes 
suplementadas com Yam mexicano
-10
-5
0
Colesterol LDL oxidado
-5,9 -5,8
A
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m
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n
to
 (
%
)
Alterações observadas no perfil 
lipídico e estresse oxidativo nas 
pacientes suplementadas com Yam 
mexicano
 
17
 
Euterpe oleraceae (Açai) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo cruzado avalia a capacidade de absorção das 
antocianinas do açaí e seus efeitos antioxidantes no organismo 
humano
1
. 
 
Neste estudo, 12 voluntários sadios avaliaram o consumo agudo (altas doses 
em curto período de tempo) do a çaí. Os voluntários receberam as três 
diferentes suplementações, com período de washout de 72 horas. Estes 
receberam: 
Grupo 1: Polpa de açaí 
Grupo 2: Suco de açaí 
Grupo 3: Controle (molho de maç ã) 
A dose administrada de todos os diferentes consumos foi de 7ml/kg. 
 
Resultados: 
· Foi observada relação positiva entre a dose consumida 
de açaí com a biodisponibilidade das antocianinas. 
· A capacidade antioxidante do plasma foi aumentada 
significativamente com o consumo do açaí em polpa ou 
em suco, ficando comprovada sua ação antioxidante. 
 
O consumo de açaí fornece antocianinas, que se mantem 
biodisponíveis em uma relação dose-dependente e 
protegem o organismo contra os danos oxidativos, devido 
ao seu efeito antioxidante
1
. 
 
 
Caracterização fitoquímica e identificação de nutrientes d o 
extrato seco de açaí: rico em antocianinas, 
proantocianidinas e outros flavon oides
2
. 
 
Flavonoides 
Antocianinas 
Proantocianidinas 
3,1919mg/g 
12,89mg/g 
Ácidos Graxos 
Poli-insaturados 
Monoinsaturados 
Saturados 
11,1% 
60,2% 
28,7% 
Aminoácidos 7,59% 
Esterois 0,048% 
 
A caracterização fitoquímica do extrato seco de açaí 
dem onstrou seu alto teor de flavono ides, substâncias com 
ação antioxidante amplamente estudada. Isso, aliado à 
presença de ácidos graxos insaturados e ester ois, confere 
ao extrato de açaí propriedades fu ncionais importantes
2
. 
 
 
 
Cápsulas de açaí 
 
Açaí extrato seco.................... ….................... .................... .................100 0mg 
Administrar uma ou duas cápsulas ao dia 
Propriedades
3
: 
Fruta nativa da região norte, o açaí possui 
alto valor nutricional. É rico em proteínas, 
gordura vegetal, vitaminas B1, C e E, e 
minerais como ferro, fósforo, cálcio e 
potássio, apresentando um alto teor 
calórico. Seu alto teor de flavonoides, 
especialmente as antocianinas e 
proantocianinas, conferem a este alimento 
um grande potencial antioxidante, 
comprovado em diversos estudos. 
 
Atividades: 
· Atividade antioxidante; 
· Ação anti-inflamatória 4; 
· Efeito vasodilatador 5; 
· Ação antiproliferativa 6. 
 
Concentração de Uso
3
: 
Açaí extrato seco 1000-2000mg/dia. 
 
Contraindicações
3
: 
Não são conhecidas até o momento. 
 
Reações adversas/efeitos colaterais
3
: 
Não foram encontradas na literatura 
consultada. 
 
Literatura Consultada: 
1. Mertens-Talcott SU, Rios J, Jilma-Stohlawetz P, 
Pacheco-Palencia LA, Meibohm B, Talcott ST, 
Derendorf H. Pharmacokinetics of anthocyanins and 
antioxidant effects after the consumption of 
anthocyanin -rich acai juice and pulp (Euterpe oleracea 
Mart.) in huma n healthy volunteers. J Agric Food 
Chem. 2008 Sep 10;56(17):7796-802. 
2. Schauss AG, Wu X, Prior RL, Ou B, Patel D, Huang D, 
Kababick JP. Phytochemical and nutrient composition 
of the freeze -dried amazonian palm berry, Euterpe 
oleraceae mart. (acai). J Agric Food Chem. 2006 Nov 
1;54(22):8598 -603. 
3. Drug information online. Acesso 
em:<www.drugs.com/npp/acai.html>. 
4. Schauss AG, Wu X, Prior RL, Ou B, Huang D, Owens J, 
Agarwal A, Jensen GS, Hart AN, Shanbrom E. 
Antioxidant capacity and other bioactivities of the 
freeze-dried Amazonian palm berry, Euterpe 
oleraceae mart. (acai). J Agric Food Chem. 2006 Nov 
1;54(22):8604 -10. 
5. Rocha AP, Carvalho LC, Sousa MA, Madeira SV, Sousa 
PJ, Tano T, Schini-Kerth VB, Resende AC, Soares de 
Moura R. Endothelium -dependent vasodilator e ffect 
of Euterpe oleracea Mart. (Açaí) extracts in mesenteric 
vascular bed of the rat. Vascul Pharmacol. 2007 
Feb;46(2):97-104. 
6. Shelly Hogan, Hyun Chung, Lei Zhang, Jianrong Li, 
Yongwoo Lee, Yumin Dai, Kequan Zhou. 
Antiproliferative and antioxidant propert ies of 
anthocyanin -rich extract from açai. Food Chemistry, 
Volume 118, Issue 2, 15 January 2010, Pages 208-
214. 
 
 
18
 
Glycyrrhiza uralensis (licorice) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo avalia os efeitos do tratamento com o extrato de licorice 
com flavonoides da raiz de Glycyrrhiza uralensis em modelos 
animais com inflamação pulmonar induzida . 
 
 Neste estudo, camundongos com inflamação pulmonar induzida foram 
randomizados em cinco grupos e receberam os seguintes tratamentos : 
Grupo 1: Veículo 
Grupo 2: Licorice 3mg/kg 
Grupo 3: Licorice 10mg/kg 
Grupo 4: Licorice 30mg/kg 
Grupo 5: Dexametasona 1mg/kg (controle positivo) 
 
Resultados: 
· Observou-se redução significativa da inflamação 
pulmonar aguda induzida por lipopolissacarídeos nas 
diferentes concentrações testadas; 
· Licorice inibe a infiltração por neutrófilos e seu efeito 
máximo (dose de 30mg/kg) é comparável ao 
tratamento com a dexametasona 1mg/kg . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O extrato de l icorice atenua efetivamente a inflamação 
pulmonar induzida, através da inibição da infiltração das 
células inflamatórias e inibição da liberação de mediadores 
inflamatórios, seguido por reduçãode neutrófilos e injúria 
oxidativa induzida por neutrófilos
1
. 
 
 
Cápsulas de licorice 
 
Licorice extrato seco padronizado…………………………………………..100mg 
Administrar duas cápsulas ao dia . 
 
*Licorice extrato seco padronizado contêm 10 -12% de ácido glicirrizina. 
Propriedades
2,3
: 
A Glycyrrhiza uralensis, conhecida por 
Licorice, é do gênero Glycyrrhiza e inclui 
cerca de 20 espécies nativas na Europa, 
Ásia, América do Norte e Sul, bem como a 
Austrália. 
Os flavonoides derivados do Licorice 
inibem a inflamação eosinofílica envolvida 
na asma. O ácido glicirr ízico inibe a 
atividade da ciclooxigenase e formação 
das prostaglandinas, atuando 
indiretamente na agregação plaquetária e 
demais fatores do processo inflamatório. 
 
 
Atividades
4
: 
· Infecções do trato respiratório; 
· Coadjuvante no tratamento de 
úlceras gástricas e dispepsia; 
· Ação anti -inflamatória; 
· Infecções virais. 
 
 
Concentração de Uso
3
: 
Glicirrizina 1-10mg/dia. 
 
 
Contraindicações
4
: 
Pacientes com hipertensão ou retenção de 
líquidos, hipotonia, insuficiência renal, 
hipocalemia, cirrose hepática. Também é 
contraindicado para mulheres grávidas 
 
 
Efeitos adversos
3
: 
Elevação da pressão arterial, ação no 
sistema renina-angiotensina-aldosterona, 
hipocalemia, distúrbios visuais. 
 
 
Literatura Consultada 
1. Xie YC, Dong XW, Wu XM, Yan XF, Xie QM. 
Inhibitory effects of flavonoids extracted from licorice 
on lipopolysaccharide -induced acute pulmonary 
inflammation in mice. Int Immunopharmacol. 2009 
Feb;9(2):194-200. 
2. Jayaprakasam B, Doddaga S, Wang R, Holmes D, 
Goldfarb J, Li XM. Licorice flavonoids inhibit eotaxin -1 
secretion by human fetal lung fibroblasts in vitro. J 
Agric Food Chem. 2009 Feb 11;57(3):820 -5. 
3. Glycyrrhiza glabra. Alternative Medicine Review. Vol. 
10, N.3, 2005 . 
4. Braun L, Cohen M, Herbs & Natural Supplements. An 
Evidence-bases guide. Second Edition, Elsevier 
Australia, 2007 
0
5
10
15
20
25
Controle Veículo Licorice 
3mg/kg
Licorice 
10mg/kg
Licorice 
30mg/kg
Dexametasona
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u
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e
 d
e
 c
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 (
x
1
0
8
/l
))
Efeito do tratamento com o extrato de licorice na 
contagem de células inflamatórias no fluido 
broncoalveolar após inflamação pulmonar induzida
Leucócitos totais
Neutrófilos
*
**
# p<0,01 (veículo versus controle); *p<0,05, **p<0,01(veículo versus grupos tratados)
**
**
**
**
**
**
#
#
 
19
 
Griffonia simplicifolia 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo randomizado, duplo -cego e placebo-controlado avali a a 
eficácia do extrato de G. simplicifolia , fonte natural de 5 -
hidroxitriptofano (5 HTP), precursor de serotonina, na inibição 
do apetite e promo tor da saciedade em mulheres adultas com 
sobrepeso
1
. 
 
27 mulheres adultas com sobrepeso foram randomizadas em dois grupos de 
tratamento por período de oito semanas: 
Grupo 1: Placebo 
Grupo 2: Extrato de G. simplicifolia 100mg/dia 
 
Resultados: 
 
· Aumento significativo na sensação de saciedade no 
grupo tratado com extrato de G. simplicifolia ; 
· Redução no IMC e nos sintomas depressivos, além de 
diminuição na severidade da compulsão alimentar, em 
comparação ao placebo; 
· Efeitos adversos não foram relatados durante o período 
do estudo. 
 
A suplementação com extrato de G. simplicifolia, fonte 
natural de 5 -HTP, promove aumento da sensação de 
saciedade, sendo benéfica no controle do apetite , 
auxiliando no tratamento da obesidade durante um 
programa de perda de peso
1
. 
 
 
 
Estudo avaliou o efeito do extrato de G. simplicifolia sobre 
a ansiedade e demonstrou que a suplementação com esta 
fonte natural de 5 -HTP promove efeitos ansiolíticos 
significativos, os quais são atribuídos ao fato do 5–HTP ser 
um precursor direto na síntese de serotonina (5 -HT)
2
. 
 
 
Estudo demonstra que o tra tamento com G. simplicifolia é 
capaz de modular o nível de excitação d e crianças e induzir 
em longo prazo uma redução dos episódios de terror e 
melhora a qualidade do sono
3
. 
 
 
 
Cápsulas de Griffonia simplicifolia 
 
Extrato de Griffonia simplicifolia .................... ...…..................... ........... 50mg
1
 
Administrar duas cápsulas ao dia. 
Propriedades
2,4
: 
A Griffonia simplicifolia é uma espécie 
nativa da África Central e Ocidental que 
produz sementes ricas em 5-HTP, 
aminoácido natural precursor do 
neurotransmissor serotonina. 
A G. simplicifolia aumenta a síntese da 
serotonina, um hormônio produzido pelo 
cérebro que está envolvido com o humor, 
sono e apetite. A diminuição de 
serotonina tem sido associada à 
depressão, insônia, transtornos obsessivo-
compulsivos, assim como a distúrbios 
alimentares que causam a obesidade. 
 
 
Atividades
4
: 
· Distúrbios do sono; 
· Distúrbios de humor 
· Controle da compulsão alimentar; 
· Tratamento da obesidade. 
 
 
Concentração de Uso
1,5
: 
Extrato de Griffonia simplicifolia 100mg, 
dividido em duas doses ao dia. 
 
 
Efeitos adversos
5
: 
Náuseas, prisão de ventre, gases, 
sonolência e redução do desejo sexual. 
 
 
Contraindicações
5
: 
Pacientes em tratamento com 
antidepressivos, gestantes e lactantes. 
 
 
Literatura Consultada: 
1. Rondanelli M, Klersy C, Iadarola P, Monteferrario F, 
Opizzi A. Satiety and amino -acid profile in overweight 
women after a new treatment using a natural plant 
extract sublingual spray formulation. Int J Obes 
(Lond). 2009 Oct;33(10):1174 -82. 
2. Carnevale G, Di Viesti V, Zavatti M, Zanoli P. 
Anxiolytic -like effect of Griffonia simplicifolia Baill. 
seed extract in rats. Phytomedicine. 2011 Jul 
15;18(10):848 -51. 
3. Bruni O, Ferri R, Miano S, Verrillo E. L -5-
Hydroxytryptophan treatment of sleep terrors in 
children. Eur J Pediatr. 2004 Jul;163(7):402-7. 
4. Bell EA, Fellows LE. Occurrence of 5-hydroxy-L-
tryptophan as a free plant amino acid. Nature 1966. 
210:529. 
5. Emanuele E, Bertona M, Minoretti P, Geroldi D. An 
open-label trial of L -5-hydroxytryptophan in subjects 
with ro mantic stress. Neuro Endocrinol Let. 
2010;31(5):663 -6. 
 
20
Hedera helix (hera) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo duplo cego avalia a eficácia da administração do extrato 
fluido de Hedera helix no tratamento da bronquite aguda com 
tosse produtiva em adultos
1
. 
 
361 pacientes com bronquite foram randomizados em dois grupos e receberam 
os seguintes tratamentos : 
Grupo 1: Placebo 
Grupo 2: Xarope de Hedera helix 5,4ml / três vezes ao dia. 
 
Resultados: 
 
· O tratamento com xarope de hera proporcionou 
redução de 68,7% da tosse nos pacientes com 
bronquite aguda; 
· Os sintomas da bronquite melhoraram em ambos os 
grupos, porém a regressão dos sintomas foi mais 
evidente nos pacientes tratados com o xarope de hera; 
· O tratamento foi bem tolerado, não apresentando 
diferenças significativas em efeitos adversos no grupo 
controle e tratado com xarope de hera. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O tratamento com o xarope de Hedera helix apresenta-se 
seguro e eficaz na redução da tosse e da secreção 
brônquica em pacientes que apresentavam bronquite 
aguda
1
. 
 
 
 
Xarope de Hedera helix 
 
Extrato de Hedera helix ................................................................ ..15mg/5ml
2
 
Xarope simples qsp................................................................................ 100ml 
Administrar 5ml do xarope três vezes ao dia. 
Propriedades
2
: 
A Hedera helix é uma planta rica em uma 
saponina denominada α-hederina, com 
reconhecida ação mucolítica e 
broncodilatador. Ambas as ações 
aumentam a expectoração eliminando as 
secreções obstrutivas das vias aéreas. 
 
 
Mecanismo de Ação
3
: 
· Expectorante; 
· Afecções broncopulmonares. 
 
 
Concentração de Uso
3
: 
Adultos: Extrato de hera 15 -105mg/dia; 
Crianças de 6-12 anos: Extrato de hera 11 -
70mg/dia; 
Crianças de 2-5 anos: Extrato de hera 8-
36mg/dia; 
 
 
Efeitos adversos
3
: 
Sistema gastrointestinal (náuseas, vômito 
e diarreia). Mais raramente pode ocorrer 
reação alérgica. 
 
 
Contraindicação
3
: 
Contraindicado para crianças com idade 
inferior a dois anos. 
 
 
Literatura Consultada 
1. Kemmerich B, Eberhardt R, Stammer H. Efficacy and 
tolerability of a fluid extract combination of thyme 
herb and ivy leaves and matched placebo in adults 
suffering from acute bronchitis with productive 
cough. A prospective, double -blind, placebo-
controlled clinical trial. Arzneimittelforschung. 
2006;56(9):652 -60. 
2. de MELLO FB, de MELLO JRB. Avaliação dos efeitos 
antitussígenos e expectorantes de duas formulações 
fitoterápicas existentes no mercado brasileiro. Acta 
Farm. Bonaerense 25 (1): 64-70 (2006). 
3. European Medicines Agency. Science Medicine Health. 
Community herbal monograph on Hedera helix L. 
folium. Acesso em :< http://www.ema.europa.eu 
/docs/en_GB/document_library/Herbal_ _Community_ 
herbal_ monograph/2011/04/WC500105313.pdf>. 
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
Dia4 Dia 10
53,9
74,4
83
96,2
R
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e
 (
%
)
Regressão dos sintomas associados à bronquite aguda 
após tratamento com xarope de hera ou placebo
Placebo Xarope de Hera
 
21
 
 
[24] 
Ilex paraguariensis (erva-mate) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Este estudo avaliou a eficácia da erva-mate em inibir a lipase 
pancreática in vitro (em células de porcos e humanos) e em seu 
efeito antiobesidade in vivo (em ratos obesos)
1
. 
 
40 ratos previamente tratados com dieta rica em gordura foram randomizados 
em dois grupos: 
Grupo 1: Placebo 
Grupo 2: Extrato aquoso de I. paraguariensis 1-2g/kg 
 
Resultados: 
 
· O extrato de erva-mate inibiu significativamente a 
lipase pancreática das células in vitro ; 
· No grupo tratado com erva-mate foi observada 
supressão significativa do aumento de peso, em 
comparação ao grupo placebo (p<0,05), evidenciando 
o efeito antiobesidade deste extrato; 
· Neste grupo foi observada redução significativa nos 
níveis séricos de triglicerídeos e LDL-colesterol (p<0,05) 
e no conteúdo lipídico hepático. 
 
O extrato de erva-mate é eficaz em inibir a lipase 
pancreática, suprimir o aumento de peso em animais 
tratados com dieta rica em gordura e reduzir os níveis 
séricos de triglicerídeos e LDL-colesterol, sendo uma 
alternativa no tratamento da obesidade
1
. 
 
 
Estudo avaliou o efeito da I. paraguariensis em pacientes 
com diabetes mellitus tipo 2 ou pré-diabéticos 
demonstrando a eficácia desta terapia em controlar os 
níveis plasmáticos de glicose e reduzir significativamente os 
níveis de LDL-colesterol, triglicerídeos e colesterol total, 
sendo benéfica na redução dos riscos associados ao 
desenvolvimento da síndrome metabólica
2
. 
 
 
Cápsulas de Ilex paraguariensis 
 
I. paraguariensis extrato seco....... ............. ................…... .................... 500mg 
Administrar uma cápsula ao dia. 
 
Shake contendo erva-mate 
 
I. paraguariensis Pó....................................... ............... ................................5g 
Preparação extemporânea sabor shake de chocolate qsp................ ........25g 
Administrar um sachê ao dia. 
Diluir o conteúdo de um sachê em um copo de leite, bater no liquidificador e 
consumir imediatamente após o preparo. 
Propriedades
3,4
: 
Diversos estudos têm reportado os efeitos 
biológicos da erva-mate, especialmente 
por sua ação antioxidante, sendo que 
alguns autores vêm sugerindo sua 
potencial ação no tratamento da 
obesidade. Acredita-se que o extrato de I. 
paraguariensis atue através da inibição da 
lipase pancreática, além de prevenir a 
oxidação de lipoproteínas. Efeito 
hipolipidêmico também é relatado em 
alguns estudos. 
 
Outras atividades
5
: 
· Antioxidante; 
· Anti -inflamatório; 
· Deslipidêmico; 
· Antimutagênico. 
 
Concentração de Uso
2
: 
I. paraguariensis Pó - 5g ao dia . 
I. paraguariensis Extrato Seco – 500mg ao 
dia. 
 
Efeitos adversos
2
: 
Os mais comuns são efeitos 
gastrointestinais, principalmente diarr eia. 
 
Contraindicações
2
: 
A erva-mate contém cafeína, não devendo 
ser utilizada por pacientes que são 
sensíveis ou alérgicos a este ativo. Além 
disso, em pacientes com pressão alta, 
diabetes e úlceras, administra r com 
cautela. 
 
Literatura Consultada: 
1. Martins F, Noso TM, Porto VB, Curial A, Gambaro A, 
Bastes DH, Ribera ML, Carvalho Pde O. Maté tea 
inhibits in vitro pancreatic lipase activity and has 
hypolipidemic effect on high -fat diet -induced obese 
mice. Obesity (Silver Spring). 2010 Jan;18(1):42-7. 
2. Klein GA, Stefanuto A, Boaventura BC, de Morais EC, 
Cavalcante Lda S, de Andrade F, Wazlawik E, Di Pietro 
PF, Maraschin M, da Silva EL. Mate Tea (Ilex 
paraguariensis) Improves Glycemic and Lipid Profiles 
of Type 2 Diabetes and Pre-Diabetes Individuals: A 
Pilot Study. J Am Coll Nutr. 2011 Oct;30(5):320 -32. 
3. Miranda DD, Arçari DP, Pedrazzoli J Jr et al. Protective 
effects of mate tea (Ilex paraguariensis) on H2O2 -
induced DNA damage and DNA repair in mice. 
Mutagenesis 2008;23:261 –265. 
4. Menini T, Heck C, Schulze J, de Mejia E, Gugliucci A. 
Protective action of Ilex paraguariensis extract against 
free radical inactivation of paraoxonase -1 in high -
density lipoprotein. Planta Med 2007;73:1141 –1147. 
5. Bracesco N, Sanchez AG, Contreras V, Menini T, 
Gugliucci A. Recent advances on Ilex paraguariensis 
research: minireview. J Ethnopharmacol. 2011 Jul 
14;136(3):378 -84. 
 
22
 
Lepidium meyenii (maca) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo randomizado, duplo -cego, placebo controlado avalia o 
efeito da maca no desejo sexual e sua relação com os níveis de 
testosterona sérica em homens saudáveis
1
. 
 
57 voluntários saudáveis, idade entre 21 e 56 anos foram randomizados em 
três grupos e submetidos aos seguintes tratamentos por 12 semanas: 
Grupo 1 (n=12): Placebo. 
Grupo 2 (n=30): Maca 1500mg/dia. 
Grupo 3 (n=15): Maca 3000mg/dia. 
Foram mensuradas os níveis séricos de testosterona e estrogênio. O desejo 
sexual, testes de depressão (escala Hamilton Depression Rating Scale) e 
ansiedade (escala Hamilton Anxiety Rating Scale )l foram avaliados. 
 
Resultados: 
· O aumento do desejo sexual foi evidente nos ho mens 
tratados com maca, independente da dose utilizada no 
estudo; 
· Escores de depressão e ansiedade e níveis séricos de 
testosterona e estrogênio não apresentaram diferenças 
significativas entre os grupos tratados com maca e o 
placebo; 
· O tratamento com a maca exerceu efeito independente 
no desejo sexual, não estando associado aos escores de 
ansiedade e depressão ou aos níveis séricos de 
testosterona e estrogênios.O tratamento com maca, nas doses de 1,5g/dia e 3g/dia, 
aumenta o desejo sexual em homens saudáveis, 
independentemente de mudanças em seu estado 
psicológico e níveis séricos de testosterona e estrogênio
1
. 
 
 
Cápsulas de maca 
Maca........................................ .......................................................500 -1000mg
1
 
Administrar três cápsulas ao dia. 
Propriedades
2,3
: 
Maca (Lepidium meyenii ) é uma planta 
Andina, que tem sido utilizada há séculos 
para aumentar a fertilidade em seres 
humanos. É altamente rica em proteínas, 
apresentando grande número de 
aminoácidos (predomi nantemente 
aminoácidos essenciais), carboidratos e 
algumas vitaminas (A, B1, B2, B3, B6, B12, 
C, E, betacaroteno), minerais e 
oligoelementos, incluindo cálcio, fósforo, 
ferro, zinco, magnésio, cobre, sódio, 
potássio, selênio, boro, manganês, entre 
outros. 
O extrato seco de Lepidium meyenii 
apresenta diversos componentes 
antioxidantes que exercem papel 
importante na produção epididimal de 
esperma, atuando beneficamente sobre a 
função testicular. 
 
Atividades
3
: 
· Aumento da fertilidade; 
· Melhora da performance sexual; 
· Desordens menstruais. 
 
Concentração de Uso
1
: 
Maca 1500-3000mg/dia. 
 
Efeitos adversos
2
: 
Não foram relatados efeit os adversos 
sérios com o uso de maca. 
 
Contraindicações
2
: 
Indivíduos com problemas de tireoide 
devem evitar a utilização da maca porque 
os glucosinolatos, presentes na maca, 
tomado em excesso e combinado com 
uma dieta de baixo índice de iodo pode 
causar bócio. 
 
Literatura Consultada: 
1. Gonzales GF, Córdova A, Vega K, Chung A, Villena A, 
Góñez C, Castillo S. Effect of Lepidium meyenii (MACA) 
on sexual desire and its absent relationship with serum 
testosterone levels in adult healthy men. Andrologia. 
2002 Dec;34(6):367-72. 
2. Zenico T, Cicero AF, Valmorri L, Mercuriali M, Bercovich 
E. Subjective effects of Lepidium meyenii (Maca) extract 
on well -being and sexual performances in patients with 
mild erectile dysfunction: a randomised, double -blind 
clinical trial. Andrologia. 2009 Apr;41(2):95 -9. 
3. Drug Information online. Acesso em: 
<http://www.drugs.com/npp/maca.html>. 
0
10
20
30
40
50
Semana 4 Semana 8 Semana 12
24,4
40
42,2
In
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to
 
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 s
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x
u
a
l 
(%
)
Prevalência do desejo sexual em homens após 
tratamento com placebo e maca.
Placebo
Maca
 
23
Matricaria chamomilla (camomila) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo randomizado, duplo -cego e placebo controlado avalia a 
eficácia do extrato de camomila no tratamento de desordem de 
ansiedade generalizada
1
. 
 
61 pacientes, apresentando desordem de ansiedade generalizada leve a 
moderada foram randomizados em dois grupos e receberam os seguintes 
tratamentos por 8 semanas : 
Grupo 1: Placebo 
Grupo 2: Extrato de camomila 220mg/ uma a cinco vezes ao dia 
Foram analisadas alterações na escala HAM-A (Hamilton Anxiety Rating Score ), 
escala Beck (Beck Anxiety Inventory e CGI-S (Clinical Global Impression 
Severity). 
 
Resultados: 
· Após o tratamento com o extrato de camomila, os 
pacientes apresentaram redução significativa da escala 
HAM-A, demonstrando melhora nos parâmetros 
relacionados à ansiedade. 
· Apesar de não significativas, observou-se mudanças 
positivas em todos os parâmetros analisados 
relacionadas à ansiedade; 
· Não foram observados efeitos adversos significativos 
durante o estudo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A terapia com extrato de camomila é segura e eficaz no 
tratamento de ansiedade generalizada leve a moderada, 
apresentando atividade ansiolítica modesta nestes 
pacientes
1
. 
 
 
Cápsulas de camomila 
 
Extrato de camomila ..............… .................... .................... ..................22 0mg
1
 
Administrar uma a cinco cápsulas ao dia. 
Inicia-se o tratamento com uma cápsula ao dia. Após uma semana, aumentar a 
dose conforme necessidade de cada paciente.
Propriedades
2,3
: 
A camomila (Matricaria chamomilla L.) é 
uma espécies conhecidas de plantas 
medicinais da família Asteraceae. 
No tratamento da ansiedade, a apigenina, 
componente presente na camomila, liga -
se aos receptores dos benzodiazepínicos, 
resultando em efeitos ansiolíticos e 
sedativos leves, porém não atuando no 
relaxamento muscular e nos efeitos 
anticonvulsivantes, não causando prejuízo 
de memória. 
 
 
 
Atividades
2
: 
• Efeitos sedativos; 
• Atividade antibacteriana, antiviral e 
antifúngica; 
• Anti -inflamatório; 
• Antiespasmódico; 
• Antiulcerativo. 
 
 
 
Concentração de Uso
1
: 
Camomila extrato seco 220mg -
1100mg/dia. 
 
 
 
Efeitos adversos/Contraindicações
2
: 
Efeitos adversos não são relatados na 
literatura. 
 
 
 
Literatura Consultada: 
1. Amsterdam JD, Li Y, Soeller I, Rockwell K, Mao 
JJ, Shults J. A randomized, double-blind, 
placebo-controlled trial of oral Matricaria 
recutita (chamomile) extract therapy for 
generalized anxiety disorder. J Clin 
Psychopharmacol. 2009 Aug;29(4):378 -82. 
2. No authors listed. Matricaria chamomilla 
(German chamomile). Monograph. Altern Med 
Rev. 2008 Mar;13(1):58 -62. 
3. Singh O, Khanam Z, Misra N, Srivastava MK. 
Chamomile (Matricaria chamomilla L.): An 
overview. Pharmacogn Rev. 2011 Jan;5(9):82-
95. 
4
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-A
Redução observada na escala HAM-A durante o tratamento com 
camomila ou placebo.
Camomila
Placebo
Semanas
 
24
 
Maytenus ilicifolia (espinheira santa) 
 
 
Estudos & Atualidades 
 
 
Estudo avalia os efeitos do chá da espinheira santa como 
gastroprotetor
1
. 
 
Polissacarídeos identificados no extrato de Maytenus ilicifolia foram 
identificados e purificados. Os pesquisadores encontraram galactose, arabinose, 
ácido galacturônico, rhamnose e glicose no extrato. Lesões gástricas induzidas 
com etanol em ratos foram inibidas com a administração do extrato : 
Grupo 1: Placebo 
Grupo 2: Controle positivo (omeprazol) 
Grupo 3: Polissacarídeos de M. ilicifolia 3mg/kg 
Grupo 3: Polissacarídeos de M. ilicifolia 10mg/kg 
Grupo 3: Polissacarídeos de M. ilicifolia 30mg/kg 
 
 
Resultados: 
· O tratamento oral com os polissacarídeos de M. ilicifolia 
nas concentrações de 10 e 30mg/kg reduziram 
significativamente as lesões gástricas induzidas por 
etanol; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os resultados demonstram que os polissacarídeos presentes 
no extrato de espinheira santa possuem efeito 
antiulcerativa
1
. 
 
 
Estudo avaliou os efeitos gastroprotetores dos flavonoides 
da Maytenus ilicifolia sobre a mucosa gástrica, 
demonstrando que a administração de mistura padronizada 
com os flavonoides galactiol, epicatequina e catequina 
reduziu significativamente as lesões gástricas nos modelos 
animais analisados
2
. 
 
 
 
Cápsulas de Espinheira Santa 
 
Extrato de Maytenus ilicifolia ……………….............. ............… .......... 500mg
3
. 
Administrar quatro cápsulas ao dia. 
Propriedades
2
: 
Maytenus ilicifolia é integrante da família 
Celastraceae e é conhecida popularmente 
como espinheira santa. Amplamente 
utilizada na medicina popular brasileira 
para o combate de afecções 
gastroduodenais.

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