Logística Empresarial Tema 1 Aula 5

Prévia do material em texto

Introdução 
Chegou o momento de discutir a Logística Empresarial a partir da visão da distribuição, focando 
nas decisões que o gestor terá que tomar para alavancar as atividades inerentes a esse processo, o 
qual é vital para organização. De nada adianta produzir com qualidade e rapidez se não há agilidade 
para fazer com que os produtos cheguem às áreas de venda na mesma proporção. 
De um modo geral, o desafio para as empresas está em encontrar maneiras de fazer com que 
seu produto chegue às mãos do consumidor final o mais rapidamente possível sem aumentar os 
custos. Para isso, a estrutura da distribuição que a empresa utiliza deve estar bem conectada. Esses 
conteúdos serão trabalhados nessa aula por meio dos seguintes temas: 
 
 Centro de Distribuição como estratégia; 
 Localização do Centro de Distribuição; 
 Estrutura tecnológica necessária; 
 Operadores Logísticos e suas atribuições; 
 Noções básicas de transporte e modais de transporte; 
 Custo e disponibilidade dos modais de transporte. 
 Centros de Distribuição como estratégia 
 
A abertura da economia trouxe novos competidores para o mercado interno brasileiro, o qual era 
protecionista. Embora tal protecionismo beneficiasse poucas empresas efetivamente nacionais, a 
globalização quebrou essas barreiras mesmo assim. 
E qual foram os benefícios dessa postura econômica teoricamente liberal? 
Ela propiciou que novas empresas de capital nacional surgissem, fomentou a vinda de empresas 
globais para o Brasil e possibilitou a importação de inúmeros tipos de produtos. 
Note que isso ocorreu em vários segmentos, mas na indústria de bens de uso e consumo (tais 
como vestuário e calçados; cama, mesa e banho; eletroeletrônicos; decoração; veículos; ferramentas 
manuais e elétricas; material escolar e de escritório, entre outros) essa intervenção foi mais latente. 
O interessante é que a procura por produtos também aumentou, porque, com a estabilização da 
inflação, a economia cresceu e a população teve mais acesso ao consumo. E, para atender às novas 
demandas, muitas empresas no Brasil passaram a importar matérias-primas, componentes e parte dos 
seus produtos já prontos para venda, o que elevou substancialmente o volume dos estoques nas 
plantas industriais e varejistas. 
Entretanto, como o lead time de uma reposição é bem maior quando o item é importado, 
algumas estratégias tiveram que ser desenvolvidas e outras aprimoradas para garantir os mercados 
abastecidos. As empresas se depararam com o trade off logístico de nível de serviço e tinham duas 
opções de solução: 
1. Mantinham estoques em algum ponto da Cadeia de Abastecimento para oferecer uma reposta 
rápida a seus clientes. 
2. Optavam por negociar apenas com fornecedores locais e ter lead time menor. Impactando no 
custo das matérias-primas e na variedade de produtos. 
Constatou-se, então, que muitas empresas optaram pela primeira opção e se reestruturam para 
trabalhar com estoques. E foi nesse contexto que os Centros de Distribuição (CDs) se tornaram 
estratégicos. 
Atualmente um CD não é utilizado apenas para manter estoques, mas para executar diversas 
atividades de suporte para as organizações, tais como: customização e finalização de produto, 
embalagem e reembalagem, unitização de carga, formação de kit e gerenciamento da demanda. 
Além disso, um CD também propicia à empresa redução significativa do lead time para o cliente 
final, melhoria no desempenho do nível de serviço e de entregas, redução nos custos logísticos, entre 
outros benefícios que dependerão do tipo do produto comercializado. 
Os novos CDs são considerados unidades estratégicas das empresas e são concebidos para 
manter produtos em constante movimento e não apenas para “armazená-los”. Normalmente contam 
com estruturas modernas, automatizadas, seguras e eficientes para suportar as estratégias 
mercadológicas das organizações. 
Para ter mais informações sobre os CDs, clique no link a seguir e leia um interessante artigo. 
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0112_0473.pdf