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Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 1 EXAMES COMPLEMENTARES AULA I – 17/07/2017 – IMAGINOLOGIA profª Dr. Severino Aires FORMAÇÃO DA IMAGEM Princípios da formação da imagem: O princípio básico da imaginologia consiste em uma forma de energia interagindo com um corpo humano. É colhida por um filme ou sensor de luz que transmitirá uma imagem. Anatomia e normalidade dos órgãos: deve-se conhecer bem a anatomia e a normalidade dos órgãos para que se possa detectar defeitos quando a imagem for formada em um determinado exame. É preciso conhecer a respeito do processo patológico que está envolvendo determinado órgão ou região, para que junto com a clínica, possamos definir qual é a doença que pode causar determinada alteração de imagem no paciente. Deve-se dar prioridade ao método de sensibilidade para que possa estudar determinada região do corpo. “explorar o máximo de detalhes com o mínimo de invasão.” O exame mais utilizado é a radiografia. Os que englobam esse tipo de exame são: USG, TC, RM. (A mamografia também pode ser solicitada como um exame de radiografia). A medicina nuclear consiste na injeção de radiofármacos (marcador) para realizar cintilografia, ou PET). OBS1: O Raio-x é um exame de relevância maior, pois, quanto mais o raio-x se expande, menos cirurgias são feitas. FUNÇÕES DA IMAGINOLOGIA Diagnóstico não invasivo Diagnóstico minimamente invasivo Tratamento minimamente invasivo Métodos Seccionais – USG, TC e RM (transverso, sagital e coronal) Peculiaridades dos exames por imagem: Sobreposição: quando haverá a somação de sombras Métodos seccionais: fatias e cortes geralmente axiais. Contraste de imagem: Maior contraste facilita o delineamento da anatomia e a detecção de doenças. Contraste natural entre tecidos: Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 2 EXAMES COMPLEMENTARES Tons de cinza semelhantes se apagam Tons de cinza diferentes se ascendem OBS2: Orgãos densos são mais visíveis ao raio-x O diagnóstico não invasivo detecta alterações; define as características das lesões e demonstra a hipótese da causa da doença cardiovascular? Neoplasia? Infecção? Trauma? Congênita? Deve-se localizar a lesão, identificar seu tamanho e observar sua consistência. RAIOS-X: Geração dos raios X: Tubo de raios X Filamento (catódio) e anteparo (anódio): Esse choque de anódio gera raio-x e calor. Ondas eletromagnéticas de grande energia: Atravessam estruturas que luz não atravessa. A luz produz sombra, e os raios-x são invisíveis. Ou seja, a radiografia é uma “transiluminação” do corpo com raios-X. As áreas que recebem mais incidências de raios são demonstradas como escura e as áreas que recebem poucos raios são mais claras. E isso acontece devido a densidade e espessura, pois, estruturas menos densas ou mais finas são transpostas por maior quantidade de RX. E estruturas mais densas ou mais espessas absorvem mais e deixam passar menor quantidade de RX. TERMINOLOGIA Imagens escuras: Hipodensas hipoatenuante Radiotrasparentes Imagens claras: Hiperdensas hiperatenuantes Radiopacas HISTORIA CLINICA Adulto com tosse e febre há 3 dias. Qual a suspeita? É compatível com pneumonia lobar. Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 3 EXAMES COMPLEMENTARES Incidência: corresponde aos perfis fotografados Triangulação: 3D TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Possui um mecanismo rotacional (helicoidal), que solta feixes finos (linear) tornando possível fatiar as imagens no computador. O lado direto sempre está à esquerda do examinador A posição de frente é ditada em posição anatômica nos cortes axiais. Na TC, pode-se mudar o jeito de ver as coisas, pois, pode-se escurecer apenas uma parte da imagem em janelas de cor cinza. Ex: Janelas para crânio: Parenquimatosas: referentes a parte mole. óssea: Referentes a cálcio (parte dura) ECOGRAFIA - USG USG: não emite radiação. Gera imagens pequenas, locais e transfere energia elétrica para cristais que transmitem em ondas e sons audíveis consegue ler o som que volta (ECO). Utiliza-se do princípio do sonar. Sua dinâmica é em “close”, operador-moderador. Realiza um vídeo em varredura é continuo e consegue fotografar. Terminologia da imagem: ANECOGÊNICO: tons escuros HIPOCOGÊNICO: tons em cinza escura HIPERECOGÊNICO: tons claros. RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Não utiliza o princípio da radiação. Utiliza-se íons de H+, representado por um vetor com tamanho e direção. Sua unidade é mensurada em Tesla. Tem interferência nos íons corporais (água e gordura). RM: o computador organiza os vetores para não se anularem. Os pulsos e radiofrequências (PRF) são emitidos pela máquina (bobina ou antena), que enfrentará o vetor. Os princípios físicos da RM: o sinal ou brilho do tecido resulta da energia captada pela bobina. Depende também da constituição do tecido. Sendo: HIPOINTENSO: escuro ISOINTENSO: intermediário entre o escuro e claro HIPERINTENSO: cor clara Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 4 EXAMES COMPLEMENTARES Ponderação T1 e T2: São fenômenos de relaxamento da RM Sendo: T1 mais anatômica (líquido intenso, HIPOINTENSO ESCURO) Sendo: T2 mais patológica (líquido é HIPERINTENSO CLARO, e brilha!!! Também há edema, e desorganização). OBS: metal não pode estar presente na ressonância magnética. Pois a máquina suga os objetos. Então todo material deve ser conferido antes da máquina ser ligada. Logo, atenção em pacientes com marcapasso, oxímetros de pulso e clipes de aneurisma. Meios de contraste Os que dão brilho a imagem: São densos. (RX e TC) bário – Enteral (não pode ser injetável) “Bário – Boca”, logo: Via Oral O contraste em baritário, se ingerido, pode ser visto em cinza. Corpo não absorve, gosto é ruim, geralmente é misturado com groselha. iodado – EV (pode ser usado por VO). Absorvido em parte pelo corpo. Raio-x: Bário – veias TC: Iodo – veias (EV) RM: Gadolínio – EV padrão. Efeitos adversos Bário: Por sair nas fezes, fornece impactação intestinal (fecal) – deve ser evitado em perfurações intestinais. Iodo (propriedades): TC (as vezes no RX) EV ou intra-arterial, é excretado pelos rins. Em VO há efeitos colaterais ~3% Pode ser utilizado para pacientes em trauma craniano. Pessoas alérgicas podem ter broncoespasmos; asma; eritema; prurido e tosse. Gadolinio: AULA II – 24/07/2017 – profª Dr. Severino Aires EXAMES DE IMAGEM E IMAGINOLOGIA DO ABDÔME ANATOMIA PROPEDÊUTICA DA IMAGEM NOS EXAMES É dividido o corpo humano em 4 partes. Sistema Nervoso, musculo esquelético, abdominal e Imaginologia do abdome: todos os principais métodos (RX – simples e contrastadas; USG; TC e RM) Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 5 EXAMES COMPLEMENTARES IMAGINOLOGIA DO ABDOME Radiografia simples do abdome: tenta-se discenir os órgãos. Busca-se a anormalidade do órgão. Suas indicações: Obstrução intestinal: gera um alto contraste entre os tecidos normais e o gás. (na distensão intestinal haverá acumulo demasiado de gás – íleo paralítico. No intestino delgado, geralmente a distensão é circular) intestino grosso: câncer e vólvulo, já no intestino delgado: hérnia. Corpos estranhos e material cirúrgico: densidade dos objetos. Preparo: É necessário realizar ingestão laxativa e jejum de 8h para o intestino – quando o exame é eletivo. O rim é mais fácil de ser detectado por ser coberto de uma capa de gordura, por isso é mais visível que o pâncreas. Já ofígado é visto por sua densidade e tamanho. Na radiologia com contratados: vê-se a luz e as paredes do órgão: por ex: ESOFAGO. Trato GI superior (EED) – o contraste é o bário, mas algumas vezes usa-se “sal eno” para que as bolhas do gás dilatem; Também é realizado o contrastado para a percepção do trânsito intestinal; é realizado por partes, onde o contraste vai passando, será radiografado (tem se deixado de ser solicitado) (procura-se distorção, divertículos, pólipos...) Enema opaco com contrastado: visualiza-se o intestino grosso com a inserção de um enema de bário, o que provocará alta densidade. (visualiza-se estenoses, pólipos, divertículos – avalia-se tamanho, comprimento e aspectos). Distensão intestinal: auxilio do contraste: obstrução por aderência (intestino delgado). Aspectos: alça lisa e distendida (aspecto de salsicha) Ex: Dilatação por vólvulo Litíase urinária: alta densidade do material do cálculo. Calcificação e cálculos (geralmente os cálculos são localizados no ureter) Exame contrastado (urografia excretora): Injeta-se de forma endovenosa, uma substância composta por iodo. Pacientes com dor lombar, ao se abaixar, muitas vezes a urina mantem o aspecto normal. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Na tomografia sem contraste: Quase todas as tomografias pedem o contraste endovenoso – Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 6 EXAMES COMPLEMENTARES TC de abdome superior: o intestino é visualizado pastosamente, já o intestino grosso se mostra em aspecto poroso. A técnica encontra-se em desuso de contraste oral, atualmente usa-se agua (oral), para distender os órgãos abdominais. ULTRASSONOGRAFIA A sua visualização é realizada em cortes oblíquos – o paciente aparece da mesma forma na tomografia (lado oposto, “trocado”) Cálculos biliares e vesiculares não são visíveis ao raio-x. O conteúdo sanguíneo é anecogênico Uma imagem de fígado onde há esteatose hepática a imagem é borrada só sentido supero- inferior, o aspecto da imagem vai perdendo a cor, seu aspecto é em grânulos. NO RIM: em corte longitudinal, apresenta-se ecogênico pela presença de gordura, apenas seu parênquima é visível. Com a USG, diagnostica-se tumor, alteração difusa; cistos (muito frequentes); nefropatia difusa (rim hiperecogênico, difuso ou focal). A imagem, mostra-se hipodensa, anecoide e ecogênica. É comum o surgimento desses cistos renais após os 40 anos. É o reforço acústico posterior que costuma identificar essa característica. NA PRÓSTATA: (corte sagital) É importante que a bexiga esteja cheia, pois serve de “janela acústica” (pois, o meio no qual o som se propaga, emite sombra). A bexiga limpa tem aspecto anecoide, o liquido é ecogênico. Prováveis diagnósticos patológicos: hiperplasia benigna prostática, (detectar antes de ser visível a USG, apenas com PSA e toque), a USG apresentará apenas o volume da bexiga, ou estenose urinária (decorrente do prostatismo). NO TRAUMA ABDOMINAL: Facussed Assentment Sonography For Trauma – FAST Ascite: muito diagnósticado na USG, pois há ecogenicidade (liquido peritoneal provoca esse aspecto). AULA III – 31/07/2017 – profª Dr. Severino Aires IMAGINOLOGIA MUSCULO ESQUELÉTICA E NEURORADIOLOGIA IMAGINOLOGIA DE TORAX Radiografia de Tórax: a radiografia de tórax deve-se constituir de uma tomada na posição postêro-anterior PA e numa projeção lateral em perfil. Usa-se muito a posição ortostática (ereta) em inspiração profunda (apnéia). Em casos de suspeita de derrame pleural, deve- Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 7 EXAMES COMPLEMENTARES se fazer em decúbito lateral (PERFIL) e encontraremos uma mancha hidroárea concentrada na parte do tórax mais baixa. Na radiografia de tórax em PA: Deve-se observar no mim 8 arcos costais anteriores ou 6 posteriores antes do diafragma. Percebe-se o arcabouço ósseo, o diafragma, os hilos pulmonares e os pulmões. Na silhueta mediastinal: o coração e os vasos. Atenção: O primeiro de tudo é observar a integridade das costelas, em seguida o espaço mediastinal, depois vê-se o cajado da aorta, a veia cava superior, o átrio direito e o átrio esquerdo não se vê porque não faz margem com nenhum órgão, está voltado para cima. Na radiografia de tórax em PERFIL: Como citado anteriormente é especifico, a preferência é fazer do lado esquerdo do filme, a imagem quase sempre é borrada. E aparecerá na parte mais superior do tórax, cúpula pulmonar devido a densidade do ar. Acontece isso no pneumotórax OBS: As vezes na saída da A. pulmonar a imagem é opaca e em forma de bola, semelhante a um nódulo. A área cardíaca pode ser calculada pelo: índice Cardiotóracico: ICT: DC/DT ICT: < 0,5 (adultos) < 0,6 (crianças) Avalia as proporções entre a área cardíaca e parte do tórax que o contém. DC: Mede o coração lado a lado DT: Mede-se as costelas ponta a ponta ICT: o coração nunca pode ser maior que o tórax. IMAGENS PATOLOGICAS – DIFERENCIAR: Atelectasia: é um colapso total ou parcial do pulmão sua principal causa é a obstrução dos brônquios e da traqueia que leva ar ao pulmão. E com isso, vai haver espessamento, edema de tecido conjuntivo. Há espessamento dos septos intersticiais pulmonares é semelhante a uma teia de aranha. Consolidação pulmonar: haverá a substituição do ar alveolar por líquido (transudato, exsudato ou tecido conjuntivo). É semelhante a pedra pomes (furadinho), Há preenchimento alveolar, os canalículos aéreos são hipotransparentes e obliteração visual por tras da consolidação. Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 8 EXAMES COMPLEMENTARES Há varias causas: infecciosa, viral, Edema (ICC) Idiopática (FPI) Sobrecarga e estase. Pneumonia viral: infiltrado pulmonar que causa edema, haverá infiltração neoplásica (os linfonodos não drenam), igualmente ocorre na sarcoidose. Neoplasias: HÁ OPACIDADE Geralmente essa opacidade é irregular e toma toda proporção do pulmão (há muito abaulamento). Derrame pleural: Há inversão do seio costofrênico, aumento cardíaco. O liquido se mistura na radiografia com partes moles, deve-se solicitar uma ecocardiografia. IMAGINOLOGIA MÚSCULO ESQUELÉTICA Raio – X simples e contrastado; USG; TC e RM (nessa ultima há lesão em partes moles). Para se estudar e inspecionar o raio-x de alguns ossos (como por exemplo mão e braço), faz necessário a imagem em PA e em perfil. (duas incidências, ou a triangulação – “feita em 3D”). Lembre-se que osso são estruturas macroscópicas de amplitude articular. Para avaliar os traumatismos ósseos deve-se avaliar alguns pontos: Avaliar os contornos dos ossos; Avaliar a integridade cortical óssea; Analisar os padrões de fraturas que ocorrem conforme o impacto e a fragilidade da localização da lesão; Presença de alterações Raio-X de mão: encontraremos artrite e artrose (artrite reumatoide); Pode ser visto lesões em traumas ou fraturas também. Na RM de joelho: é solicitada quando quer se observar se a lesão acometeu ligamentos. T2 identifica líquidos e edemas. T1 identifica músculos e gorduras CONSOLIDAÇÃO PULMONAR Renata Freitas – 11518191 – Medicina UFPB 9 EXAMES COMPLEMENTARES USG: é recomendada para visualização de tendões, estruturas superficiais – solicita-se USG. Ex: Tendoes do maguito rotador o síndrome do túnel do carpo. IMAGINOLOGIA NEUROLÓGICA: Neuroradiologia TC e RM: são os principais exames relacionados a essa área do corpo. São cortes das peças anatômicas cerebrais; há os cortes sagitais , e atravessados (para manter a visão do plano completo).Observa-se a fossa posterior infratetorial; a fossa média temporal e a fossa anterior. IMPORTANTE: os contrastes não atravessam a barreira hematológica cerebral. A única área que pode ser contrastada no crânio são os vasos e as meninges. RM: corte sagital mediano: tem eficiência no conteúdo de amostragem de partes moles. Corte coronal: é observado gordura em T1 (fica bem evidente).
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