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Semana 03

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE D IREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DE 
XX 
 
Proc. Nº ... 
 
 
 Mateus, já qualificado na denúncia oferecida pelo membro do 
Ministério Público, por seu Advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso 
– doc. 1), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência apre sentar RESPOSTA À 
ACUSAÇÃO, com fulcro nos artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas 
razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
 DOS FATOS 
 
Mateus, de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como 
incurso nas penas previstas no art. 213, c/c art. 22 4, alínea b, do Código Penal, por crime 
praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória a conduta delitiva 
atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: 
“ No mês de agosto de 2010, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de 
Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de f utebol. Naquela ocasião, 
aproveitando-se do f ato de estar a só com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter 
com ele conjunção carnal, deflorando-a, fato atestado em l audo de exame de corpo de 
delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para 
constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciado aproveitou-se do 
fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos l ibidinosos assim 
como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de 
reger a si mesma. 
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, o laudo comprobatório da ocorrência 
de relação sexual entre Alessandro e Maísa, os depoimentos prestados na fase 
do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do 
Estado XX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu, para se defender no prazo 
legal, tendo sido a citação efetivada em 18.11.2012. A lessandro procurou, no mesmo dia, 
a ajuda de um profissional e o utorgou lhe procuração ad juditia com a finalidade específica 
de ver-se defendido na ação penal em apreço. Disse, então, a seu advogado que não 
sabia que a vítima era deficiente m ental, que já a namorava havia algum tempo, que sua 
avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que 
todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse ainda que nem a 
vítima nem a família dela qui seram dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o 
réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da 
debilidade mental da vítima.
 DO DIREITO 
 
 Há nulidade por falta de justa causa, ante a ausência de 
suporte mínimo probatório, com fundamento no art. 564, III, 'b" do Código de Processo 
Penal. 
 
 Atipicidade por ausência de dolo, pois agiu em erro de tipo, 
nos termos do art. 20 do Código Penal. 
 
 DO PEDIDO 
 D iante do exposto, requer seja anulado “ab initio” o processo 
nos termos do artigo 564, IV do Código de Processo Penal. 
 
 Caso não seja esse o entendimento de Vossa Excelência 
requer seja absolvido sumariamente o acusado nos termos do artigo 397, III, do Código de 
Processo Penal. 
 
 Se não for o caso, requer seja intimada as testemunhas ao 
final arroladas para que sejam ouvidas na audiência de instrução e julgamento. 
 
 Requer a juntada de documentos com o presente pedido. 
 
 Termos em que, 
 Pede-se deferimento 
 Local/data 
 Advogado. 
 OAB/UF 
 
Rol de testemunhas:

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