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RESENHA CPC 08 E ICPC 08

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RESENHA: CPC 08 E ICPC 08
O objetivo do CPC 08 é prescrever o tratamento contábil adequado ao registro dos custos incrementais incorridos na distribuição pública primária de ações ou bônus de subscrição, na aquisição e alienação das próprias ações, na captação de recursos por meio de emissão de títulos de dívida, bem como dos prêmios na emissão de debêntures e outros títulos patrimoniais e de dívida. 
O CPC 08 diz que O registro do montante inicial dos recursos captados por meio de emissão de títulos patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade pela transação, já que essas transações são efetuadas com novos sócios ou os já existentes, dessa forma seus custos não devem influenciar o saldo líquido das transações geradoras de resultados da entidade. Os custos incorridos com a captação de recursos por meio da emissão de títulos patrimoniais devem ser contabilizados de forma destacada em conta redutora do patrimônio líquido. Porém quando não for possível concluir a operação de captação de recurso por meio dessas emissões , fazendo com que não ocorra o aumento de capital ou emissão de bônus de subscrição, os custos resultantes de tal operação devem ser reconhecidos como despesas. Os prêmios obtidos por meio da emissão de títulos patrimoniais devem ser usados até o limite de seu saldo para absorver os custos da transação.
A aquisição e alienação de ações próprias, conhecidas como ações em tesouraria, são operações de capital com os sócios da entidade e não devem afetar seu resultado. Os custos incorridos em operações com ações da própria entidade devem ser tratados como acréscimos do custo de tais ações.
O registro inicial dos recursos captados de terceiros, classificáveis no passivo exigível deve evidenciar os valores líquidos recebidos disponíveis para utilização, os custos incrementais incorridos na sua captação serão registrados como ajuste da conta do passivo exigível. Os eventuais prêmios recebidos na emissão de títulos de dívida devem ser contabilizados da mesma forma. Os encargos financeiros e gastos adicionais com essa operação devem ser apropriados ao resultado em função da fluência do prazo da operação pelo método do custo amortizado, com base no conceito da taxa interna de retorno (TIR) . Com isso, a taxa interna de retorno considerará todos os fluxos de caixa, desde o valor líquido recebido a todos os pagamentos feitos ou a serem efetuados.
No caso de instrumentos financeiros passivos classificados e avaliados exclusivamente pelo valor justo com contrapartida direta ao resultado, esses encargos, que seriam amortizados ao longo do prazo da operação, serão baixados ao resultado na primeira dessas avaliações a valor justo; e no caso dos avaliados a valor justo, mas com contrapartida temporária na conta de ajustes de avaliação patrimonial no patrimônio líquido, esses gastos serão amortizados ao longo do prazo da operação.
RESENHA: ICPC 08
Os acionistas têm direito de receber como dividendos obrigatórios, em cada exercício: a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso em relação a essa parcela, metade do lucro líquido do exercício, considerando os abatimentos e reversões de reservas. 
O estatuto poderá estabelecer o dividendo como porcentagem do lucro ou do capital social, ou fixar outros critérios para determina-lo, desde que sejam regulados com precisão e não sujeitem os acionistas minoritários ao arbítrio dos órgãos de administração ou da maioria. O dividendo não será obrigatório no exercício no qual a entidade não tiver lucro ou não possuir lucro suficiente para distribuição. Com isso, a empresa irá constituir uma reserva de lucros a realizar. Esses lucros registrados na reserva de lucros a realizar, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, serão pagos assim que a situação financeira da companhia permitir. 
O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuído, ou pode ser distribuído por um valor inferior ao determinado no estatuto social da entidade ou na lei, por decisão soberana e unânime da Assembleia Geral de Acionistas de:
(a) companhia aberta, se com registro na CVM exclusivamente para captação de recursos por debêntures não conversíveis em ações; ou
(b) companhia fechada, exceto se controlada por companhia aberta registrada na CVM para captação de recursos por meio de qualquer valor mobiliário que não seja uma debênture não conversível em ações (Art. 202, §3º). 
Os possuidores de ações preferencias têm direito a receber um dividendo prioritário e fixo que deve ser disciplinado com a minucia e precisão do estatuto social. Caso a empresa não tenha condições de pagar esses dividendos em determinado exercícios, os mesmos poderão ser cumulativos devendo ser pagos no exercício social em que houver lucro suficiente para tal operação, esse saldo a ser pago posteriormente não sofrerá tributação e não será afetado pela constituição de reservas, pois esse procedimento já foi feito anteriormente. 
 	A constituição de reservas estatutárias, reserva para contingências, reserva para incentivos fiscais, reserva de retenção de lucros, reserva de lucros a realizar, reserva especial ou mesmo o pagamento do dividendo obrigatório, não afetará o direito dos acionistas preferencias a receber os dividendos fixos ou mínimos a que tenham prioridade. 
Segundo o ICPC 08 os dividendos intermediários, declarados por decisão dos órgãos da administração de acordo com as formalidades previstas no estatuto social e na Lei, são deliberações finais e enquadram-se no item 14 do Pronunciamento Técnico CPC 25; portanto, se não pagos devem figurar no passivo da entidade como uma obrigação. Os dividendos fixos e mínimos devido aos acionistas possuidores de ações preferenciais devem ser registrados como obrigação na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis, mesmo que esses sejam declarados após o período contábil a que declarados após o período contábil a que se referem as demonstrações contábeis. 
Se tratando do reconhecimento do dividendo obrigatório, esse deve se da na data do encerramento do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis, sendo contabilizado como uma obrigação, a parcela desse dividendo que exceder ao previsto legal ou a estatutariamente deve ser mantida em uma reserva no patrimônio líquido, até a deliberação definitiva que vier a ser tomada pelos sócios. Essa parcela não irá para o passivo porque a mesma não se caracteriza como uma obrigação presente na data do balanço. 
O ICPC 08 traz o entendimento de que a administração, no momento da elaboração das demonstrações contábeis, deve detalhar em nota explicativa a proposta para destinação dos lucros apurados no exercício, mesmo que esse detalhamento já tenha sido feito no relatório da administração.

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