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Caso semana III ação trabalhista de Doméstica Suzana

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DO TRABALHO DA....VARA DO TRABALHO DE NATAL/RN
        SUZANA, nacionalidade..., estado civil..., doméstica, portadora da carteira de identidade nº..., inscrita no CPF nº..., CTPS nº..., série..., PIS nº..., nascida em..., filha de..., e-mail: ..., residente e domiciliada na Rua..., nº..., bairro..., CEP: ..., Natal / RN, vem por seu advogado infra-assinado que indica como endereço profissional na rua..., nº..., Bairro..., Cep: ..., Natal / RN, com endereço eletrônico e-mail ...., para fins do art. 106 inciso I do CPC, vem perante Vossa Excelência ajuizar
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
                 Pelo rito ordinário na forma do art. 852, letra A da CLT na forma do art. 841 da CLT, em face da FAMÍLIA MORAES, nacionalidade..., estado civil..., portadora da carteira de identidade nº..., inscrita no CPF nº..., estabelecida na Rua..., nº..., Bairro..., CEP:..., Natal / RN, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
           Declara o reclamante não possuir condições de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu próprio sustento e de sua família na forma do artigo 790 § 3º da CLT c/c a lei 5584/70, pois se encontra desempregado até a presente data.
 
II - DA COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
                As partes não se submeteram à Comissão de Conciliação Prévia na forma do artigo 625 D da CLT por estar suspensa sua aplicação pelas liminares proferidas nas ADI(S) 2139 e 2160.
III – DOS FATOS 
1- CONTRATO DE TRABALHO
            A reclamante foi contratada em 15 de junho de 2016, á 15 de setembro de 2016, a título de experiência por 45 dias, findos os quais nada foi tratado e Suzana continuou trabalhando normalmente. Suzana realizava todas as atividades do lar, iniciando o trabalho ás 7h e saindo ás 16h, de segunda á sexta- feira, com trinta minutos de intervalo. Suzana tinha descontado do seu salário 10% referente ao vale transporte, além de sua cota-parte do INSS e 25% do valor da alimentação consumida no emprego. A autora fazia a limpeza dos 3 banheiros existentes na residência mas não recebia qualquer adicional. Em determinada ocasião, Suzana viajou com a família por 4 dias úteis para Gramado/RS. Nessa ocasião, trabalhou como babá das 8h ás 17h, desfrutando de uma hora de almoço.
2- DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Suzana foi dispensada no dia 15/09/2016, data na qual teve baixa em sua CTPS. Na data da dispensa, Suzana recebeu as seguintes verbas: férias proporcionais de 3/12 avos acrescidas de 1/3 e 13º salário proporcional de 3/12 avos.
IV – DA FUNDAMENTAÇÃO E DOUTRINA
A reclamante preenche os requisitos da Lei 150/2015, em seu art. 1º elenca.
Artigo 1º - Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma continua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa á pessoa ou á família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta lei.
 Trata-se no caso em tela de contrato por prazo indeterminado, face o não cumprimento da reclamada do contrato de experiência, uma vez que, no referido contrato não há termo de prorrogação expressos razão pela qual, transformou-se em contrato por prazo indeterminado, conforme o art. 5º,§ 2º da Lei 150/2015.
 Artigo 5º § 2º - O contrato de experiência que havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado.
 Face o acima exposto requer o pagamento do aviso prévio indenizado com reflexos nas férias + 1/3 e 13º salário.
 Conforme elenca o art. 23 § 1º da Lei 150/2015 § 1º - O aviso prévio será concedido na proporção de 30 (trinta) dias ao empregado que conte com até 1 (um) ano de serviço para o mesmo empregador.
 No que tange a devolução dos valores descontados a título de alimentação no percentual de 25% não merece prosperar face o disposto no art. 18º da lei 150/2015.
Que aduz: art. 18º - É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem.
 Diante do exposto acima requer a reclamante a devolução dos descontos efetivados.
 Faz jus a autora ao pagamento do vale transporte, uma vez que, o desconto foi abusivo, conforme preceitua a Lei 7418/85 art. 9º, I, requerendo a devolução da diferença.
 A reclamante extrapolou a jornada de trabalho em razão da supressão do intervalo de 1 (uma) hora para refeição e descanso conforme o art. 13º da Lei 150/2015
 Artigo 13º - É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 (uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 (trinta) minutos.
 A reclamante no período de 4 (quatro) dias úteis, estando em viagem á cidade de Gramado / RS devendo sua remuneração ter um acréscimo de 25% do valor da hora normal, conforme o art. 11] § 2º da referida Lei acima.
Artigo 11] § 2º - A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) superior ao valor do salário hora normal.
1- DO AVISO PRÉVIO
A reclamante foi demitido em 15de setembro de 2016, portanto seu contrato de trabalho possui 4 (quatro) meses, fazendo portanto jus a 30 dias de aviso prévio na forma da lei 12.506/2011 c/c o art. XXI da CRFB/88.
2- SALDO DE SALÁRIOS 15(quinze dias) SETEMBRO DE 2016.
A reclamante faz jus ao saldo de salários de 15 (quinze) dias de setembro de 2016, na forma do art. 7º inciso V da CRFB/88.
3- FÉRIAS PROPORCIONAIS 1/12 ACRESCIDAS DE 1/3
 Como ocorreu a projeção do aviso prévio, a data de saída da reclamante da empresa é 15 de outubro de 2016, ocorrendoa projeção do aviso prévio, portanto fazendo jus a receber 1/12 de férias acrescidas de 1/3 conforme preceituam os artigos 7º inciso XVII da CRFB/88 c/c o art. 129 e §§ da CLT.
4- 13ºSALÁRIO 1/12
A reclamante faz jus a receber o 13º salário correspondente a 1/12, diante da projeção do aviso prévio conforme preceitua os artigos 7º inciso VIII da CRFB/88 e art. 1º da Lei 4090/62
5- MULTA DE 40% DO FGTS
 A reclamada está obrigada a pagar ao reclamante até a data da primeira audiência as verbas incontroversas sob pena de multa de 50% sobre aquelas.
6- DOS HONORÁRIOS SUCUBENCIAIS 
Conforme preceitua o art. 23 da Lei nº 8906/94, os honorários sucumbenciais são devidos ao advogado.
V- JURISPRUDENCIA
0 ROTRT-10 - Inteiro Teor. Recurso Ordinário: RO 1866201301710008 DF 01866-2013-017-10-00-8 RO
TRT-10 - Relatório e Voto. Recurso Ordinário: RO 1915201201210000 DF 01915-2012-012-10-00-0 RO
Data de publicação: 26/07/2013
Decisão: aos empregados domésticos a partir da promulgação da EC 72/2013(PEC dos domésticos) em 02/04/20013, período... dos domésticos, dentre outros direitos, prevê o pagamento de horas extras e pernoites para os empregados... à reclamada como empregado doméstico, não há que se falar em pagamento de horas extras e pernoite...
VI - DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer a Vossa excelência
1- A gratuidade de justiça;
2- A condenação da reclamada ao pagamento das seguintes verbas rescisórias;
Aviso Prévio indenizado 30 (trinta) dias, no valor de R$
Saldo de salários 15 (quinze dias) de setembro de 2016;
 Férias 1/12 acrescida de 1/3;
13º Salário 1/12;
Multa de 40% do FGTS valor R$ 
A devolução dos valores descontados á título de alimentação;
A devolução dos valores descontados á título do vale transporte ( cobrado acima de 6%);
O pagamento de hora extra no percentual de 50% devendo integrar o salário da reclamante;
O pagamento das diferencias salariais no período deviagem.
3- A condenação da reclamada ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios.
4- A notificação da reclamada para comparecer na audiência a ser designada por Vossa Excelência sob pena de revelia e seus efeitos.
VII- DAS PROVAS
 Requer a produção de todos os meios de provas admitidas, em especial documental, documental superveniente, testemunhal e o depoimento pessoal das partes, na forma do artigo 369 do CPC.
VII- DO VALOR DA CAUSA:
 Dá-se a presente o valor de R$___________.
Nestes termos,
Pede deferimento. 
Natal, 20 de março de 2017
ADVOGADO
OAB/UF Nº

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