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ENSINO CLÍNICO IV - PRÁTICO (Adulto e Idoso) REGISTRO E EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM Enfª Ms. Tallita Mello OBJETIVOS DA AULA: Discutir Registro e Evolução de Enfermagem Dinâmica em grupo Registro de Enfermagem DEFINIÇÃO: Comunicação escrita permanente que documenta a informação relevante para o gerenciamento do cuidado do cliente, como, por exemplo, um prontuário clinico ou papeleta. É uma narrativa continua do estado e das necessidades de cuidado de saúde do cliente. Um bom registro reflete a qualidade do cuidado, como também evidencia a responsabilidade de cada membro da equipe de saúde na prestação do cuidado. Após cada visita clinica, a informação sobre a saúde do cliente é registrada. O registro fica disponível para os membros da equipe de saúde. FINALIDADE Estabelecer uma comunicação escrita que melhore a assistência ao cliente. Um registro feito de forma inadequada ou incompleto pode prejudicar o tratamento do paciente e reduzir a credibilidade do enfermeiro. Registro de Enfermagem Porque registrar? O registro de enfermagem é uma parte fundamental do processo de enfermagem para um tratamento eficaz e de qualidade da assistência. Um registro de enfermagem completo garante a continuidade, a eficácia e a evolução do tratamento. A observação e o registro do estado do cliente constituem RESPONSABILIDADE LEGAL e PROFISSIONAL. O registro de enfermagem é um documento, que deve constar TODAS as ações do enfermeiro com o cliente, favorecendo a comunicação entre a equipe multidisciplinar do estado de saúde do cliente e ações desenvolvidas O Decreto n.º 94.406, de 08 de junho de 1987 que regulamenta a Lei 7.498 de 25 de junho de 1986 estabelece: [...] Art. 8º Ao enfermeiro incumbe: II como integrante da equipe de saúde; a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; [...] (BRASIL, 1986; 1987). [...] CAPÍTULO I SEÇÃO II DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E OUTROS [...] RESPONSABILIDADES E DEVERES [...] Art.41. Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. [...] Art.68. Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. [...] Art. 71. Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar. (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2007). O registro de enfermagem expressa todas as ações desenvolvidas na assistência prestada ao paciente. Nesse sentido, o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem estabelece: A Resolução COFEN 358/09 e COFEN 429/12 dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem, estabelece: [...] Art. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou privados, onde ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. § 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar, instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros. § 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações comunitárias, entre outros, o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. [...] Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. A Resolução COFEN 358/09, de 15 de outubro de 2009 que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem, estabelece: ... Continuação [...] Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente, envolvendo: a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença; c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados; d) os resultados alcançados como conseqüência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2009). A Resolução COFEN 358/09, de 15 de outubro de 2009 que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem, estabelece: Ou seja.... O Processo de Enfermagem envolve: 1. Coleta de dados Realização de histórico de enfermagem e Exame físico (inspeção, ausculta, percussão e palpação); 2. Realização de Evolução. 2. Levantamento de problemas observados; 3. Diagnósticos de enfermagem (utilização do NANDA); 4. Prescrição de cuidados de enfermagem pertinentes (NIC); 5. Implementação dos cuidados 6. Avaliação (NOC) (CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM, 2009). E como devo Registrar? Não altere anotações, pode ser qualificado como fraude. Não escrever comentários retaliatórios ou críticos sobre o cliente ou cuidados prestados pelos profissionais da equipe; Registrar todos os fatos (principalmente as intercorrências) com horário e de forma ordenada; Não deixar espaços em branco nas evoluções; Registrar todas as evoluções legivelmente e a caneta Como cada evolução com horário e termine com a sua assinatura e carimbo. Diretrizes para um registro eficaz Orientações LEGAIS: Não rasurar, não aplicar corretivo liquido, nem riscar os erros cometidos durante o registro. Isso pode resultar em uma acusação de alteração de registros. Orientações quanto ao CONTEÚDO Inserir informações de forma completa, precisa, relevante e verdadeira; Evitar palavras do tipo “bom”, “médio”, “normal”, ou “suficiente”, que podem ter significados diversos para diferentes leitores; Evitar frases vagas, tais como “estado inalterado”, teve um “bom dia”; Evitar generalizações como: “parece estar com pouca dor”. Exemplo: Utilizar escala de dor numérica com classificação de 1 a 10. Anotar os problemas a medida que forem ocorrendo de forma ordenada e seqüencial, registra a intervenção e a resposta do paciente. Diretrizes para um registro eficaz Orientações quanto ao FORMATO Registrar em formulário adequado (isso pode variar de acordo com a instituição); Usar terminologia padrão, principalmente as abreviaturas; Datar e escrever horário de cada registro; evitar julgamentos e conclusões insubstanciais, não contribuem para a qualidade da assistência. Identificar cada página do registro com nome e numero de identificação do paciente; Não deixar espaços em branco, traçar uma linha sobre espaços em branco. Registrar as intervenções de enfermagem, em linhas consecutivas (não pular linhas). Diretrizes para um registro eficaz Abreviaturas mais utilizadas AV: Ateriovenoso ou Atrioventricular BH: Balanço Hídrico BPM: batimentos por minuto BNF: bulhas normofonéticas CAT: Cateterismo DM: Diabetes Mellitus DPOC: doença pulmonar obstrutiva crônica EV: Endovenoso FC: Freqüência cardíaca FAV: Fístula arteriovenosa GTT: Gastrostomia HAS: hipertensão arterial sistêmica HD: hemodiálise HDA: hemorragia digestiva alta IAM: infarto agudo do miocárdio IC: insuficiência cardíaca ID: Intradérmica IM: intramuscular SC: subcutânea SL: sublingual IV: intravenosa VR: via retal VO: via oral ITU: infecção do trato urinário TC: tomografia computadorizada: SV: sinais vitais TAX: temperatura axilar VAS: vias aéreas superiores IRPM: incursões respiratórias por minuto MVUA: murmúrios vesiculares universalmente audíveis MSD: membro superior direito MSE: membro superior esquerdo MID: membro inferior direito MIE: membro inferior esquerdo MMSS: membros superiores MMII: membros inferiores NPT: nutrição parenteral total PA: pressão arterial QSE: quadrante superior esquerdo QSD: quadrante superior direito QIE: quadrante inferior esquerdo QID: quadrante inferior direito RA: ruídos adventícios SNG: sonda nasogástrica SNE: sonda nasoentérica Não utilizar corretivos e não riscar o que foi escrito. Nunca faça rasuras! Você pode colocar uma vírgula e logo após, escrever a palavra “DIGO” e continuar o seu relato; Não assinar as anotações sobre intervenções que você não realizou ou não verificou; Identificar cada página do registro com nome e numero de identificação do paciente; assegurar que o registro esteja completo e sem rasuras antes do seu armazenamento do prontuário. Orientações quanto a RESPONSABILIDADE Diretrizes para um registro eficaz Orientações quanto ao MOMENTO OPORTUNO De acordo com o estado do cliente o registro deve ser mais freqüente. Exemplo: situação de maior complexidade onde o cliente apresenta mais intercorrências que outro cliente em situação de menor complexidade, necessitando assim que o registro de enfermagem seja realizado com maior freqüência. Quanto mais grave condição do cliente maior a necessidade de manter a documentação atualizada Indicar cada acréscimo, data e horário em que foram feitas intervenções e observações sobre ela; Documentar as intervenções de enfermagem o mais próximo possível do momento da execução. Não se retirar do setor para realizar outros procedimentos, mesmo que rápido, sem registrar todos os dados significativos do cliente; Não documentar intervenções antes de realizá-las. Diretrizes para um registro eficaz O que devo registrar? Método de documentação Existem vários métodos de documentação, e eles podem variar de acordo com as instituições. O mais importante é padronizar os registros dando mais organização aos prontuários, qualidade e eficácia na comunicação e escrita. As notas de uma evolução clínica, claras e bem organizadas fazem parte da elaboração de uma boa história clínica, e da realização de um bom exame físico (CANTALE, 2016) SOAP é um método de documentação empregado por profissionais de saúde para realizar registros do paciente. É um componente de uma adaptação do “Registro Clínico Orientado por Problemas”(RCOP), originalmente criado para o ambiente hospitalar, que foram divulgados em 1968-69 a partir dos trabalhos de Lawrence Weed (RAMOS, 2008, p. 126) Método SOAP É um instrumento de anotação utilizado para organizar a evolução dos enfermeiros em prontuários, padronizando os registros com fases sequenciadas. Neste método, os membros de equipe de saúde monitoram e registram o progresso dos tratamentos de um cliente. A lógica dos registros no método SOAP é semelhante ao processo de enfermagem, onde há coleta dados sobre problemas apresentados pelo cliente, tira-se conclusões e desenvolve-se um plano de cuidados. Método SOAP e a Enfermagem Investigação Coleta Dados Diagnósticos Enfermagem PlanejamentoImplementação Avaliação Processo de Enfermagem Para Relembrar... PRONTUÁRIO: DOCUMENTAR E INFORMAR S: Subjetivo (verbalização do paciente entrevista) O: Objetivo (O que é verificado e observado exame físico) A: Avaliação (julgamento clínico crítico sobre dados coletados DE P: Planejamento/Prescrição (o que se planeja alcançar e fazer NOC/NIC) Método SOAP e a Enfermagem I: Implementação (intervenções realizadas / tomar nota na evolução dos cuidados realizados) A: Avaliação (Avaliar a resposta do cliente aos cuidados de enfermagem. Avaliar se as intervenções realizadas foram eficazes para resolução dos problemas apresentados NOC. Exemplo: avaliar a intensidade da dor, se ela diminuiu) R: Reavaliação Investigação/ Coleta dados Diagnósticos Enfermagem PlanejamentoImplementação Avaliação Entrevista (S) Exame Físico (O) Avaliação (A) (Julgamento Clinico Crítico sobre os problemas apresentados pelo cliente) Planejamento / Prescrição (P)Implementação (I) Avaliação (A) Reavaliação (R) - SUBJETIVO“S” São os dados subjetivos. Verbalização do cliente. Estes incluem quaisquer declarações feitas pelo cliente. Nessa parte se anotam as informações recolhidas na entrevista clínica sobre o motivo da consulta ou o problema de saúde em questão. Inclui as impressões subjetivas do profissional de saúde e as expressadas pela pessoa que está sendo cuidada (CANTALE, 2016). Perguntas que podem ser feitas ao paciente sobre alimentação: - Está comendo todas as refeições que são oferecidas? - Está comendo algum alimento que a família levou? - Não gosta de alguma alimentação específica? - Não se alimenta em algum horário especifico? - Aceitação PARCIAL ou TOTAL da dieta oferecida? - Queixa-se de náusea? Vômito? Perguntas que podem ser feitas sobre a ingestão hídrica: Quantos copos de água você bebe por dia? Perguntas que podem ser feitas sobre o sono? - Dormiu bem a noite? De que horas a que horas? - Dormiu a noite toda? - Acordou durante a noite? Porquê? Perguntas sobre eliminações intestinais: - Evacuou hoje? Estão presentes quantas vezes por dia? - Aspecto: Consistência (endurecido, pastoso, diarréico), coloração, odor? - Se ausente, desde quando? Ausente a quantos dias? Perguntas sobre eliminações vesicais: - Diurese espontânea? - Em uso de fralda? - Em uso de Cateter Vesical de Demora? - Qual débito? - Qual aspecto, coloração e odor? Em relação as queixas de dor: - Aplicar escala de dor (1 a 10) ou usar imagens - Avaliar características da dor: Tipo, intensidade, duração da dor. Em relação as queixas de desconforto: - Onde? - O que está causando? Exemplos: “Paciente em D3 de Pós-operatório de apendicectomia. Refere estar ansiosa para alta hospitalar e retorno ao trabalho. Refere não dormir bem durante a noite devido a barulhos na enfermaria; diurese espontânea em débito e de aspecto amarelo claro; evacuações presentes desde ontem e de aspecto pastoso; aceitar totalmente a dieta oferecida, sem queixas de náuseas ou desconforto. Refere dor de leve intensidade em incisão cirúrgica (EVA =2)”. Exemplo: - OBJETIVO“O” São os dados Objetivos, ou seja, o que é observado e mensurado, pelo enfermeiro. Observar se o cliente encontra-se no leito, se está acamado ou se está deambulando. Observar se é comunicativo, cooperativo, se está orientado. Verificar os sinais vitais e realizar o exame físico céfalo-caldal. Neste momento da evolução se anotam os dados importantes do exame físico e dos exames complementares, incluindo os laboratoriais disponíveis (CANTALE, 2016) “Reflexos ausentes do lado direito”. “Apresenta área hiperemiada cerca de 5 cm em quadril direito”. “Ulcera venosa em MIE, apresentando leito com tecido de granulação, bordas maceradas e pele adjacente hidratada” “Abdome distendido, tenso, hipoativo (1/min), doloroso á palpação profunda. Presença de Ferida operatória extensa mediana com dreno de penrose em bolsa de colostomia em flanco E, apresentando drenagem de aspecto acastanhada e em baixo débito (15ml/24hs)”. `”Paciente dispneico, em uso de macronebulização contínua, apresentando tosse produtiva. Durante ausculta pulmonar: MV diminuidos em ápice de pulmão D e estertores em base de ambos os pulmões. Sinais Vitais: PA: 140x90mmHg / FC: 98bpm / FR: 24irpm / TAX: 37,5ºC/ SatO2: 86% Exemplos: Ordem de registro do Exame Físico Céfalo-Caldal 1º Aspectos Gerais 3º Pescoço 4º Tórax 5º Abdome 2º Crânio e face 6º Região genital7º MMSS 8º MMII 9º Sinais Vitais “... Ao exame Físico: paciente no leito, em bom estado geral, comunicativo, cooperativo, deambulando sem dificuldades. Lúcido e orientado em tempo e espaço, normotenso, normocárdico, afebril e eupneico em ar ambiente. Normocorado, hidratado, anictérico e acianótico. Couro cabeludo íntegro e sem sujidades, mucosa ocular normocorada, pavilhões auriculares limpos, cavidade oral com presença de elementos dentários em arcada superior e inferior, mucosa íntegra e língua saburrosa. Linfonodos não palpáveis em região cervical e retroauricular. Tórax: Ausculta Cardíaca: RCR em 2T e BNF. Ausculta Pulmonar: MVUA sem RA, frêmito tóraco-vocal preservado, boa expansibilidade e simetria durante manobra de Ruault. Abdome: plano, flácido, peristáltico (5/min), timpânico, doloroso à palpação superficial em QID (EVA=4), ausência de massas ou viceromegalias. Presença de curativo cirúrgico externamente limpo e seco em região inguinal D. MMSS: pulso cheio e regular, perfusão capilar preservado (menor que 2 seg.), prensa de mão estável, amplitude de movimentos preservada, pele íntegra e hidratada, punção venosa em MDS salinizado. MMII: sem edema, panturrilhas livres, pulso pedioso palpável, perfusão capilar preservada, pele ressecada e rachaduras em calcâneos. Sinais Vitais: PA: 120x70mmHg / FC: 76bpm / FR: 16irpm / TAX: 36,5ºC. Exemplo: - Avaliação“A” Consiste na avaliação ou análise dos dados. Após a coleta e o registro organizado dos dados, ou seja das informações subjetivas (S) e objetivas (O), o profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema, queixa ou necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o (CANTALE, 2016). Ou seja, levantam-se os problemas de enfermagem e realiza-se uma análise clínica critica sobre os problemas apresentados com Interpretação dos dados, o que levará ao estabelecimento de Diagnóstico de Enfermagem. Essa avaliação interpreta as condições do paciente ou sua evolução e não é meramente uma reformulação do diagnóstico ou do problema. Ela deverá indicar se o problema foi resolvido ou se cuidados adicionais são necessários (POTTER, 2017) - Avaliação“A” Agora serão estabelecidos os diagnósticos de enfermagem! O diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico sobre uma resposta humana a condições de saúde/processos de vida, ou uma vulnerabilidade a tal resposta, de um indivíduo, uma família, um grupo ou uma comunidade (...) Os enfermeiros diagnosticam problemas de saúde, estados de risco e disposição para a promoção da saúde (Herdman, 2017) Para isso podemos utilizar a taxonomia NANDA (Diagnóstico de enfermagem) ou CIPE ( Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem). - Avaliação“A” - Avaliação“A” Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem - Avaliação“A” Um Diagnóstico de enfermagem é baseado em um PROBLEMA de ENFERMAGEM presente ou potencial que necessita de intervenção de enfermagem para ser resolvido ou atenuado Exemplo de problema presente: O paciente se queixou de dor (7 na escala de 1 a 10) Diagnóstico NANDA: Dor aguda relacionada a agentes lesivos (biológicos, químicos, físicos, psicológicos) caracterizada por relato verbal de dor. Exemplo de problema potencial: O cliente encontra-se internado em uma unidade hospitalar. Diagnóstico NANDA: Risco de infecção relacionada a exposição ambiental a patógenos. “Reflexos ausentes do lado direito”. “Apresenta área hiperemiada cerca de 5 cm em quadril direito devido a imobilidade”. “Ulcera venosa em MIE, apresentando leito com tecido de granulação, bordas maceradas e pele adjacente hidratada” `”Paciente dispneico, em uso de macronebulização contínua, apresentando tosse produtiva. Durante ausculta pulmonar: MV diminuídos em ápice de pulmão D e estertores em base de ambos os pulmões. Sinais Vitais: PA: 140x90mmHg / FC: 98bpm / FR: 24irpm / TAX: 37,5ºC/ SatO2: 86% Exemplos: Risco para integridade da pele prejudicada relacionado à perda da sensação do lado direito e à sensibilidade. Integridade da pele prejudicada relacionado à imobilidade física evidenciado por alteração da integridade da pele Mobilidade no leito prejudicada relacionado força muscular insuficiente evidenciado por capacidade prejudicada de reposicionar-se na cama Integridade tissular prejudicada relacionado à circulação prejudicada evidenciado por tecido destruído Troca de gases prejudicada relacionada desequilíbrio na relação ventilação-perfusão evidenciado por dispnéia, hipoxemia e padrão respiratório anormal - Plano (Prescrição)“P” Plano de ação baseado nos diagnósticos. O que o profissional planeja fazer. Decisão sobre a conduta a ser tomada Prescrição de enfermagem. Intervenções a serem realizadas segundo os diagnósticos estabelecidos anteriormente. A conduta de cada anotação SOAP deve ser comparada à conduta anterior, decidindo-se sobre a necessidade de se rever, modificar ou continuar com as intervenções anteriormente propostas (POTTER, 2002). Podemos utilizar a Classificação das intervenções de Enfermagem (NIC). Exemplos: • Diagnóstico de Enfermagem: Risco para integridade da pele prejudicada relacionado à perda da sensação do lado direito e à sensibilidade. • Intervenção de enfermagem: evitar fissuras na pele; Hidratar a pele; Realizar mudança de decúbito de 2/2h; Examinar rotineiramente a superfície cutânea; Proteger a pele utilizando coxins; Manter as roupas de cama secas, conservar os lençóis sem rugas. evidenciado por capacidade prejudicada de reposicionar-se na cama Diagnóstico de Enfermagem: Dor aguda Intervenção de enfermagem: - Determinar o local, as características, a qualidade e a intensidade da dor antes de medicar o paciente - Verificar a prescrição médica para a droga, a dose e a freqüência de administração do analgésico prescrito. - Verificar a historia de alergias a drogas - Administrar analgésicos prescritos Para Avaliação dos Resultados Exemplo de evolução de enfermagem - SOAP - Paciente, 37 anos, sexo feminino, em D8 de IH na clínica médica com diagnóstico médico de neoplasia maligna de reto. S= Refere dormir bem durante a noite (aproximadamente 6horas); diurese espontânea em bomdébito e de aspecto amarelo claro; evacuações ausentes há 10 dias e de aspecto pastoso; aceitar totalmente a dieta oferecida, sem queixas de náuseas ou desconforto. Refere dor de leve intensidade em região abdominal (EVA=2). O = Ao exame Físico: paciente no leito, em bom estado geral, comunicativo, cooperativo, deambulando sem dificuldades. Lúcido e orientado em tempo e espaço, normotenso, normocárdico, afebril e eupneico em ar ambiente. Normocorado, hidratado, anictérico e acianótico. Couro cabeludo íntegro e sem sujidades, mucosa ocular normocorada, pavilhões auriculares limpos, cavidade oral com presença de elementos dentários em arcada superior e inferior, mucosa íntegra e língua saburrosa. Linfonodos não palpáveis em região cervical e retroauricular. Tórax: Ausculta Cardíaca: RCR em 2T e BNF. Ausculta Pulmonar: MVUA sem RA, frêmito tóraco-vocal preservado, boa expansibilidade e simetria durante manobra de Ruault. Abdome: Abdome globoso, tenso, hipoativo (1/min), submaciço, doloroso a palpação superficial. MMSS: pulso cheio e regular, perfusão capilar preservado (menor que 2 seg.), prensa de mão estável, amplitude de movimentos preservada, pele íntegra e hidratada, punção venosa em MDS salinizado. MMII: sem edema, panturrilhas livres, pulso pedioso palpável, perfusão capilar preservada, pele íntegra e hidratada. Sinais Vitais: PA: 120x70mmHg / FC: 76bpm / FR: 16irpm / TAX: 36,5ºC. Exemplo Paciente, 37 anos, sexo feminino, em D8 de IH na clínica médica com diagnóstico médico de neoplasia maligna de reto. S= Refere dormir bem durante a noite (aproximadamente 6horas); diurese espontânea em bomdébito e de aspecto amarelo claro; evacuações ausentes há 10 dias e de aspecto pastoso; aceitar totalmente a dieta oferecida, sem queixas de náuseas ou desconforto. Refere dor de leve intensidade em região abdominal (EVA=2). O = Ao exame Físico: paciente no leito, em bom estado geral, comunicativo, cooperativo, deambulando sem dificuldades. Lúcido e orientado em tempo e espaço, normotenso, normocárdico, afebril e eupneico em ar ambiente. Normocorado, hidratado, anictérico e acianótico. Couro cabeludo íntegro e sem sujidades, mucosa ocular normocorada, pavilhões auriculares limpos, cavidade oral com presença de elementos dentários em arcada superior e inferior, mucosa íntegra e língua saburrosa. Linfonodos não palpáveis em região cervical e retroauricular. Tórax: Ausculta Cardíaca: RCR em 2T e BNF. Ausculta Pulmonar: MVUA sem RA, frêmito tóraco-vocal preservado, boa expansibilidade e simetria durante manobra de Ruault. Abdome: Abdome globoso, tenso, hipoativo (1/min), submaciço, doloroso a palpação superficial. MMSS: pulso cheio e regular, perfusão capilar preservado (menor que 2 seg.), prensa de mão estável, amplitude de movimentos preservada, pele íntegra e hidratada, punção venosa em MDS salinizado. MMII: sem edema, panturrilhas livres, pulso pedioso palpável, perfusão capilar preservada, pele íntegra e hidratada. Sinais Vitais: PA: 120x70mmHg / FC: 76bpm / FR: 16irpm / TAX: 36,5ºC. Exemplo A= Diagnósticos de enfermagem: Dor aguda relacionada a agente lesivo evidenciado por relato verbal de dor; Constipação relacionada a motilidade do TGI diminuída evidenciada por freqüência diminuída e ruídos hipoativos; Risco de infecção relacionado a procedimentos invasivos (Acesso venoso periférico) Exemplo - Continuação P= Prescrição de enfermagem: Dor aguda relacionada agentes lesivos: - Avaliar característica, duração e intensidade da dor - Avaliar o que melhora e piora a dor - Administrar analgésicos prescritos Constipação relacionada a motilidade do TGI diminuída evidenciada por freqüência diminuída e ruídos hipoativos: - Avaliar ruidos hidroaéreos e realizar exame abdominal - Incentivar deambulação - Incentivar ingestão hídrica, caso não haja contra indicação - Incentivar dieta rica em fibras - Orientar o paciente a monitorar freqüência e características das evacuações quando conseguir evacuar Exemplo 2 - Continuação: Dinâmica
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