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Modulo 3

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Módulo 3 - Iniciativas Importantes no Enfrentamento à Letalidade de Crianças e Adolescentes.
Apresentação do módulo.
Neste módulo você estudará as ações de prevenção à letalidade executadas, de forma pioneira, pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) e as iniciativas importantes no combate à letalidade de crianças e adolescentes.
Objetivos do módulo.
Ao final do estudo desse módulo, você será capaz de:
Reconhecer o trabalho pioneiro da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente – (SNPDCA) por meio do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) e do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL);
Analisar as iniciativas importantes no combate à letalidade de crianças e adolescentes.
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Estrutura do módulo.
Este módulo possui a seguinte aula:
Aula 1 – Prevenção à letalidade na Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA): programas e iniciativas.
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Aula 1 - Prevenção à letalidade na Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA): programas e iniciativas
O tema da letalidade entre jovens e crianças é um tema tabu no mundo inteiro, tendo em vista que nenhuma sociedade gosta de reconhecer pública e institucionalmente uma história de negligência e maus tratos com seus cidadãos, aqueles que são os que garantem o desenvolvimento presente e futuro do país.
de fundamental importância que você saiba mais sobre o trabalho da
Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, cujas ações foram inéditas e pioneiras.
O tema letalidade de crianças e adolescentes consta do Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3)1, na Diretriz 15, que trata da garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção das pessoas ameaçadas e no objetivo estratégico III que trata, especificamente, da garantia da proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte, com a proposta das seguintes ações programáticas:
Ampliar a atuação federal no âmbito do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte nas unidades da federação com maiores taxas de homicídio nessa faixa etária;
Formular uma política nacional de enfrentamento da violência letal contra crianças e adolescentes;
Desenvolver e aperfeiçoar os indicadores de morte violenta de crianças e adolescentes, assegurando publicação anual dos dados;
Desenvolver programas de enfrentamento da violência letal contra crianças e adolescentes e divulgar as experiências bem sucedidas.
http://www.dhnet.org.br/dados/pp/a_pdf/pndh3_programa_nacional_direitos_humanos_3.pdf
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A partir da criação da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) e das ações estabelecidas pelo Programa de Redução da Violência Letal (PRVL) e pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) foi possível a realização de pesquisas e estudos que atualizassem os dados que demonstram o problema da letalidade no país.
1.1.	Programa de Redução da Violência Letal (PRVL).
O Programa de Redução da Violência Letal é uma iniciativa SNPDCA/SDH, em parceria com o Observatório de Favelas e UNICEF, que atua nas 11 áreas de incidência da Agenda Social Criança e Adolescente, visando a formulação de estratégias de enfrentamento da violência letal que atinge crianças e adolescentes. Por meio do PRVL, foi formulado o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), com o propósito de mensurar o fenômeno da letalidade contra adolescentes e para dar visibilidade ao problema. O índice calcula a taxa de homicídios nas áreas urbanas de municípios com mais de 100 mil habitantes, a partir de dados disponibilizados pelo IBGE e pelo DATASUS, e traz a estimativa de mortes violentas e o risco relativo num período de sete anos, segundo determinados recortes de idade, etnia, escolaridade, entre outros, permitindo ainda avaliar o impacto das políticas públicas de redução da letalidade.
O PRVL tem como objetivos principais:
Sensibilizar e mobilizar a sociedade civil e o poder público nos âmbitos nacional e local para o problema;
Produzir indicadores, visando a construção de um sistema de informações e monitoramento da letalidade de adolescentes e jovens;
Realizar diagnósticos, envolvendo a articulação de redes locais e o protagonismo de adolescentes e jovens na formulação de uma agenda voltada para a prevenção e a redução de homicídios nas regiões selecionadas.
O PRVL trabalha junto a gestores e comunidades vulneráveis à violência no âmbito da Agenda Social, com vistas a mobilizar uma rede social de atores e parceiros governamentais e não governamentais para uma articulação mais
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ampla em torno do enfrentamento da letalidade contra crianças e adolescentes, fortalecendo o compromisso em torno do tema.
O Programa, por meio do mapeamento das experiências de prevenção e enfrentamento da violência nas 11 regiões metropolitanas, e de encontros periódicos com os gestores, contribui também para sua aproximação, no sentido de articular e intercambiar experiências já realizadas e que possam ser difundidas em outras localidades. O PRVL é executado mediante um convênio celebrado entre a SDH/PR e o Observatório de Favelas, responsável pela coordenação do projeto, com a supervisão técnica do PPCAAM.
O Programa atende a uma das ações previstas no PNDH-III e foi criado a partir da constatação da insuficiência de dados a respeito da violência letal contra crianças e adolescentes e acerca das experiências nacionais de enfrentamento da questão que permitisse ampliar o debate e incluir o tema na agenda pública, mobilizando gestores, sociedade civil e universidades.
A criação do PRVL se deu com base nesta experiência, procurando identificar iniciativas com foco específico no enfrentamento da letalidade, tendo como eixos principais a prevenção e a redução de homicídios. O mapeamento das experiências comunitárias já existentes foi feito a partir de oficinas específicas de mobilização, realizadas junto a jovens e atores da sociedade civil das 11 áreas de incidência do Programa, permitindo também uma maior articulação de redes locais. Ainda fez-se um levantamento das políticas públicas já em funcionamento, junto aos poderes públicos municipais e estaduais.
Conheça, a seguir algumas das principais iniciativas no âmbito do PRVL.
1.1.1	Principais Iniciativas.
Para que você possa conhecer algumas iniciativas implementadas para o combate à letalidade de crianças e adolescentes é importante que conheça o levantamento realizado por Willadino (2011) e outros autores2, de políticas locais, municipais e estaduais voltadas para a prevenção da violência e a redução de homicídios em 11 regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Salvador, Recife, Maceió, Belém, RIDE-DF, Curitiba e Porto Alegre.
http://prvl.org.br/wp-content/uploads/2011/12/prvl.pdf
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Segundo os autores este levantamento teve duplo objetivo:
inventariar programas e projetos que tivessem como objetivo a prevenção da violência e a redução da letalidade, visando, assim, estimar eventuais avanços nesse campo;
identificar, nessas iniciativas, traços e estratégias que pudessem orientar a formulação e ampliação de políticas públicas com foco na redução dos homicídios de adolescentes e jovens. O trabalho de campo foi realizado entre julho de 2009 e junho de 2010 por equipes locais compostas por um pesquisador e um estagiário de cada região.
Considerando que a pesquisa buscou subsídios para a formulação e o fortalecimento de políticas públicas com o foco na redução dos homicídios de adolescentes e jovens, a seleção priorizou a escolha de programasou projetos que apresentassem as seguintes características:
tivessem um diagnóstico prévio sobre a natureza e a magnitude do problema a ser enfrentado;
fossem territorializados, ou seja, que tivessem um foco num determinado segmento populacional de uma determinada região, bairro, comunidade etc;
combinassem iniciativas retributivas e distributivas;
articulassem instâncias variadas do poder público com forte participação do poder local;
articulassem instâncias da sociedade civil e participação comunitária;
fossem veiculados como programas de corte predominantemente preventivo (tivessem reconhecida sua vocação preventiva e tivessem essa perspectiva abertamente declarada para o público).
Além disso, considerou-se que os programas deveriam dispor de mecanismos de monitoramento em períodos previamente estabelecidos e de mecanismos de avaliação.
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Segurança Cidadã em Belém.
O que é?
Um programa que tem como objetivo lidar com o quadro da violência urbana, adotando uma abordagem que tem como premissa a noção de que a garantia da segurança é um direito de toda a população.
Veja3 o videoclipe criado pelo o Governo do Estado do Pará e a Associação dos Proprietários de Aparelhagens Sonoras do Estado do Pará (Apasepa). Na Onda da Segurança Cidadã é o resultado de uma parceria entre a coordenação do Programa Segurança Cidadã e artistas de aparelhagens e bandas de tecnomelody.
Objetivos, premissas e metas:
O Segurança Cidadã pretende se constituir como um modelo de política de segurança pública que:
tenha como público-alvo o cidadão comum;
tente garantir a cidadania dos paraenses e a expressão de seus direitos;
seja realmente público, para todos e todas;
enquadre-se dentro de um projeto de desenvolvimento social das comunidades atendidas;
facilite a aproximação entre polícia e comunidade e não encare o infrator como inimigo;
preserve e proteja, não apenas reprima;
cuide tanto da situação real da criminalidade como também priorize as ações que possam devolver a tranquilidade das pessoas e a convivência pacífica na comunidade;
http://www.youtube.com/watch?v=T66sDrV1YSE
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seja dotado de profissionais qualificados e equipados.
Os projetos e ações do referido programa são estruturados a partir de sete pilares que vão desde a modernização da força policial até a realização de atividades culturais, educacionais, esportivas e de lazer em territórios notoriamente atingidos pela violência. Cabe destacar que em determinadas comunidades é garantida ainda a presença policial efetiva em um contato direto e diferenciado com os moradores. Conheça os pilares do programa:
Eficácia - atendimento célere, para que nunca ocorra que uma demanda emergencial não seja atendida;
Proximidade – trabalho da polícia em conjunto com os cidadãos, criando uma identificação entre policial e comunidade;
Eficiência - polícia qualificada que consiga trabalhar de maneira ética, profissional e científica, garantindo uma justiça de fato;
Responsabilidade – a responsabilidade conjunta pela construção de um ambiente de vida pacífico;
Prevenção – abandono do paradigma reativo anteriormente aplicado;
Garantia dos direitos humanos - a dignidade da pessoa humana é o norte das práticas de segurança, coibindo qualquer ação de agentes públicos que caminhe em sentido contrário;
Qualidade de vida - valorização dos profissionais envolvidos nas práticas de segurança pública.
Jovens Baianos e os Jovens Multiplicadores em Redução de Danos de Salvador.
O que é?
Uma das ações mais importantes que merece ser mencionada. É um programa sem ligação direta com segurança pública; Jovens Baianos, cuja coordenação é da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDES).
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Objetivos, premissas e metas:
O projeto “Jovens Baianos” desenvolve 11 ações e a proposta central é atuar para a promoção de uma “formação cidadã” por meio de cursos variados, como construção civil, formação em rádio e TV, moda, música e agricultura. O projeto Jovens Multiplicadores das Ações de Redução de Danos tem por objetivo central capacitar, em articulação com escolas da rede pública de ensino, jovens em redução de danos nas comunidades, onde os agentes comunitários das unidades de saúde da família já foram capacitados, para ampliar a adesão a essas informações nas comunidades. São formados, assim, jovens agentes multiplicadores em redução de danos, tentando trazer de volta ao ambiente escolar jovens usuários que tenham abandonado a escola e, ao mesmo tempo, transformá-los em referências comunitárias.
Entre os objetivos específicos do projeto estão:
Promover a sensibilização de jovens para as estratégias de redução de danos, prevenindo-os de usos e comportamentos arriscados;
Envolver mais membros das comunidades nos problemas decorrentes do uso e abuso de drogas em áreas e camadas populares, minimizando os impactos destes;
Prevenir, entre esses jovens, o uso abusivo de drogas e práticas de risco;
Fixar as informações de Redução de Danos dentro das comunidades por meio de seus membros mais jovens;
Ressocializar adolescentes e jovens adultos por meio da concessão de valor social e utilidade pública;
Envolver as escolas locais, aproximando jovens estudantes daqueles que estão fora da escola para estimular/viabilizar o retorno de adolescentes e jovens adultos ao ambiente escolar;
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Fortalecer ou criar conselhos locais de saúde para que ainda mais membros da comunidade sejam envolvidos nessas estratégias;
Facilitar o acesso dos usuários de psicoativos dentro das comunidades aos postos de saúde, encaminhamentos médicos e informações preventivas;
Produzir materiais educativos para serem utilizados pelos Jovens Agentes Multiplicadores de Ações de Redução de Danos em campo, com identidade visual empática.
O foco desse programa é a juventude. Suas ações têm como objetivo a inclusão socioprodutiva de jovens entre 16 e 24 anos em situação de vulnerabilidade social nos territórios de identidade do estado da Bahia. O conjunto de ações desenvolvidas pelo Programa é voltado para o protagonismo juvenil, com foco na segurança alimentar, envolvendo as inter-relações familiares, comunitárias e escolares, tendo como público-alvo os jovens de famílias em situação de vulnerabilidade.
Programa Picasso não Pichava, do Distrito Federal.
O que é?
Programa que trabalha com a estratégia de redução e prevenção da violência ligada a atuação dos pichadores.
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Objetivos, premissas e metas:
O objetivo do programa é a prevenção à pichação, à formação de gangues e ao uso de drogas. A principal finalidade das atividades desenvolvidas é possibilitar que os adolescentes desenvolvam as suas habilidades artísticas e, ao mesmo tempo, estabeleçam outros padrões de sociabilidade, de realização e valorização pessoal. Dentre os objetivos específicos, destacam-se: revelar talentos entre os jovens envolvidos com grupos de pichação e outros tipos de crimes; fortalecer a autoestima e o respeito pelo outro; promover valores humanísticos e éticos entre adolescentes e jovens envolvidos com pichações e outras atividades ilícitas; desenvolver e fortalecer o processo de formação para a cidadania individual e coletiva; evitar a estigmatização dos adolescentes e jovens envolvidos com pichação e outros tipos de crimes por meio de oportunidade de superação dessa realidade; habilitar adolescentes e jovens para inserção no mercado de trabalho e geração de renda; capacitar monitores e professores especialmente para o trabalho com o público atendido do programa; e promover o intercâmbio cultural entre os participantes do programa e instituições afins.
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Núcleos de Prevenção à Criminalidade, de Belo Horizonte.
O que é?
Os Núcleos de Prevenção à Criminalidade (NPCs) são espaços de referência em municípios e localidadescom altos índices de crimes violentos.
Objetivos, premissas e metas:
Suas intervenções são realizadas por equipes técnicas que desenvolvem, em parceria com instituições públicas e privadas e lideranças comunitárias, diagnósticos da criminalidade local, fóruns comunitários, grupos de discussão com gestores locais, planos de prevenção, policiamento comunitário, seminários e atendimento a demandas individuais e coletivas. E duas ações muito importantes merecem destaque, o Fica Vivo e a Mediação de Conflitos. No programa Mediação de Conflitos, o atendimento é feito de maneira interdisciplinar e conta com a participação de duas pessoas, combinando técnico com técnico ou técnico com estagiário.
Para o programa Fica Vivo, o mais importante é ter acesso ao jovem, principalmente aquele envolvido na criminalidade ou com possibilidades fortes de envolvimento. Para que esse acesso possa acontecer, são utilizadas estratégias já estabelecidas nas diretrizes do programa e também aquelas elaboradas pelas equipes de acordo com cada realidade local. Tais estratégias fazem parte do eixo de proteção social. Nesse eixo são realizadas ações orientadas diretamente para o público de adolescentes e jovens com idades entre 12 e 24 anos, ações direcionadas aos jovens envolvidos na criminalidade e ações voltadas para a comunidade de forma geral. A principal ação desse eixo é a oferta de oficinas de esporte, lazer, cultura e inclusão produtiva.
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Comitês da Paz, de Vitória.
O que é?
O Comitê da Paz é proposto como um espaço sistêmico de discussão no âmbito do Programa Vitória da Paz, aberto a todas as organizações e segmentos locais de determinada comunidade que se interessem em refletir sobre desafios, trabalhos e projetos de prevenção à violência.
Objetivos, premissas e metas:
O objetivo desse projeto é articular um conjunto de iniciativas que visam a incorporação de lideranças comunitárias, religiosas, sindicais e empresariais, além de agentes de órgãos públicos no desenvolvimento de alternativas pacíficas de resolução de conflitos, de prevenção, enfrentamento da violência e promoção da paz.
O foco principal é a implementação de ações que promovam uma “cultura da paz”, atuando no contexto de violência, acoplando tanto as questões relacionadas à letalidade como aquelas mais amplas, não relacionadas diretamente aos crimes que levam à morte. As ações do programa são articuladas em seis eixos. São eles:
Prevenção;
Humanização do trânsito;
Cidade legal;
Ações de reforço ao enfretamento da violência criminal;
Ações de estudo, pesquisa e monitoramento da violência;
Mobilização da sociedade pela construção da cultura da paz.
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Unidades de Polícia Pacificadora, no Rio de Janeiro.
	O que é?
Concebidas pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, as UPPs trabalham com os princípios da polícia comunitária – “um conceito e uma estratégia fundamentada na parceria entre a população e as instituições da área de segurança pública”.
Objetivos, premissas e metas:
A ocupação policial nas favelas é dividida em quatro fases:
retomada do território pelas forças de segurança do estado;
estabilização, na qual são garantidos os meios de permanência policial na comunidade, como por exemplo, a construção ou a tomada de edificações, onde será estabelecida a administração da UPP;
ocupação definitiva, em que os policiais passam a fazer parte do cotidiano da comunidade;
pós-ocupação, que diz respeito à consolidação da ocupação policial na favela e à entrada de serviços que não necessariamente estão relacionados a ações de segurança pública.
Programa Vizinhança Segura, de Porto Alegre.
O que é?
Trata-se de um programa pautado pela ação preventiva, que coloca a guarda municipal como seu agente central, prevendo ainda uma atuação em plano comunitário. Trata-se de um modelo de gestão que articula diversas secretarias
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– e outras instâncias do poder municipal – em torno da segurança pública. Seu público-alvo é a “sociedade em geral”, voltando-se para toda a cidade. As principais características do Programa Vizinhança Segura estão centradas na criação de novos mecanismos de gestão. A transversalização conseguida pelo modelo é de grande importância, bem como os dispositivos utilizados para realização de monitoramento e avaliação.
Objetivos, premissas e metas:
O objetivo central do programa é atuar de forma preventiva e comunitária em ações de segurança por meio da guarda municipal, buscando a integração com outras forças policiais e promovendo o ambiente seguro, os direitos humanos, a segurança no trânsito, a prevenção ao vandalismo e a redução dos espaços de marginalização. O Programa se justifica pela necessidade de integrar os serviços de segurança fornecidos aos munícipes, mediante atuação comunitária e conjunta, conhecendo os problemas locais para desenvolvimento de ações de prevenção à violência e à criminalidade e defesa de Direitos Humanos.
1.2. Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM).
O Programa foi criado em 2003 e se destina a proteger a vida de crianças e adolescentes em situação de risco de morte. Atuando segundo os pressupostos estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Convenção dos Direitos da Criança da ONU, desenvolve suas atividades com base no princípio da proteção integral, com foco na interação com a rede que compõe o Sistema de Garantia dos Direitos. O Programa atua no atendimento direto aos ameaçados e suas famílias, retirando-os do local da ameaça e inserindo-os em novos espaços de moradia e convivência. Busca, ainda, efetivar novas oportunidades para os protegidos, por meio do acompanhamento escolar, inserção em projetos culturais e possibilidade de profissionalização, dentre outros. O programa incide também na prevenção à
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violência letal, por meio de estudos e pesquisa, bem como por meio do apoio a projetos de intervenção com adolescentes em situação de alta vulnerabilidade.
Foi instituído formalmente por decreto presidencial em 2007 e passou a integrar a Agenda Social Criança e Adolescente, no âmbito do projeto „Bem-me-quer‟, e em 2010 atingiu a meta estabelecida neste compromisso, com sua implementação nas 11 regiões metropolitanas de maior vulnerabilidade para a violência.
O PPCAAM objetiva a proteção da vida de crianças e adolescentes em situação de ameaça de morte, buscando interromper as trajetórias que levaram
extrema vulnerabilidade de suas vidas. O Programa busca ainda investigar o fenômeno da violência letal contra crianças e adolescentes e pautar o tema no âmbito das políticas públicas da infância e adolescência, nas três esferas de governo.
O PPCAAM é uma política inovadora no país e no cenário internacional. Foi criado com o intuito de garantir o direito fundamental à vida, assegurando também os direitos à convivência familiar e comunitária, à educação, à saúde, entre outros.
Uma das distinções fundamentais dos modelos já existentes na proteção de pessoas adultas ameaçadas diz respeito ao conceito de proteção integral que orienta as ações protetivas destinadas a crianças e adolescentes que, entre outras questões, desvincula a proteção da obrigatoriedade de colaboração em processo judicial, tendo em vista o marco legal vigente para esse segmento.
A REDE EAD da SENASP possui um curso sobre o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte. Na oportunidade,
inscreva-se!
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Finalizando...
Neste módulo você estudou que:
O Programa Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3) , na Diretriz
15, trata da garantia dos direitos das vítimas de crimes e de proteção
das pessoas ameaçadas e o objetivo estratégico III trata, especificamente, da Garantia da proteção de crianças e adolescentes ameaçados de morte;A partir da criação da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNPDCA) e das ações estabelecidas pelo Programa de Redução da Violência Letal (PRVL) e pelo Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) foi possível a realização de pesquisas e estudos que atualizassem os dados que demonstram o problema da letalidade no país;
O levantamento realizado por Willadino (2011) e outros autores, sobre as políticas locais, municipais e estaduais voltadas para a prevenção da violência e a redução de homicídios em 11 regiões metropolitanas: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Salvador, Recife, Maceió, Belém, RIDE-DF, Curitiba e Porto Alegre, buscou considerar programas ou projetos que tivessem, dentre outras característica, a articulação entre instâncias variadas do poder público, com forte participação do poder local;
Como exemplo desses projetos pode-se destacar: Segurança Cidadã, de Belém;
Picasso não Pichava, do Distrito Federal; e
Núcleos de Prevenção à Criminalidade, de Belo Horizonte.
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Pesquise se há em seu município alguma iniciativa importante no combate à letalidade de crianças e adolescentes. Pesquise e escreva sobre ela.
Quais os principais programas da Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente – SNPDCA - e que representam iniciativas inéditas no enfrentamento à letalidade das crianças e adolescentes?
Orientação de resposta:
Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) e o Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens (PRVL).

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