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Introdução à Engenharia Introdução à Engenharia de Petróleode Petróleo e Gáse Gás D.Sc. João Luiz B. Ribeiro Engenheiro de Produção jribeiro@lin.ufrj.br jlbr.GORCEIX@petrobras.com.br joaolbr@bol.com.br PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO, GÁS E BIOCOMBUSTÍVEL MÓDULO: ( I ) – (INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PETRÓLEO E GÁS) Coordenador: Vanessa Garcia Professor: (João Luiz Batista Ribeiro) Data: (11/12/2009) ReservatóriosReservatórios Joaolbr@bol.com.br jribeiro@lin.ufrj.br D.Sc. João Luiz B. Ribeiro Engenheiro de Produção Qual a meta principal dos engenheiros de reservatório na Petrobrás ? ...a proposta de um plano de desenvolvimento de um campo de petróleo de modo a maximizar sua recuperação econômica campo de atuação da engenharia de reservatório engenharia de poço engenharia de produção Estudando o comportamento do fluido no interior da rocha reservatório (como se comporta a pressão do reservatório durante a produção do fluido nele contido...) Conhecendo o fluido contido no reservatório (viscosidade, composição da mistura, densidade...) Conhecendo as propriedades da rocha-reservatório (porosidade, permeabilidade, capilaridade, saturação...) Desenvolvendo um modelo teórico do reservatório que traduza o comportamento passado e possibilite a previsão futura deste reservatório (baseando-se no histórico de produção utilizando- se de modernos simuladores de fluxo...) ? ? Estudar e propor método de recuperação secundária e/ ou avançada de petróleo (recuperação com injeção de água, injeção de gás, recuperação térmica com vapor, combustão “in situ”, com ação de polímeros...) Estudar e conhecer os mecanismo de produção do reservatório (gás em solução, capa de gás, influxo de água, mecanismo combinado, segregação gravitacional...) Gerenciar o reservatório (não se deve matar a galinha dos ovos de ouro pensando em obter o melhor rendimento...) Tipos de Reservatório Tipos de Reservatório A depender da composição e das condições de pressão e temperatura na subsuperfície, uma acumulação de petróleo pode se apresentar totalmente líquida, totalmente gasosa, ou com uma parte líquida e uma parte gasosa em equilíbrio Tipos de Reservatório p T Vapor Líquido + Vapor Região de condensação retrógrada C u r v a d o s p o n t o s d e b o l h a C vu r a d p o s no t o s d e o r v a l h o Líquido p T3 3 p Ts s 2 0 % l í q . 8 0 % v a p o r 3 0 % l í q . 7 0 % v a p o r 9 0 % l í q . 1 0 % v a p o r 1 0 % l í q . 9 0 % v a p o r C p T2 2 p T1 1 Reserv. de gásReservatórios de óleo Reservatório de GásReservatório de ÓleoEnvelope de fase Tipos de Reservatório Óleo de alta contração Óleo de média contração Óleo de baixa contração Óleo leve Black-oil Óleo pesado Reservatório de óleo Gás seco Pouco ou nenhum condensado na superfície Gás condensado Forma um volume relativo de condensado na superfície Reservatório de gás capa de gás hidrocarbonetos líquidos (óleo) água óleo $ $ $ gás X Gás $$ Óleo $$ Classificação Fluidos Produzidos Hidrocarbonetos Líquidos Gás Gás Livre Óleo + Gás de Solução (óleo) Água Água + Gás de Solução (água) Condições de Reservatório Condições de superfície Mecanismo de Produção de Reservatório Mecanismo de Produção de Reservatório Mecanismo de gás em solução; Mecanismo de capa de gás; Mecanismo de influxo de água; Mecanismo combinado; Mecanismo de segregação gravitacional. Mecanismo de produção Quociente entre as vazões instantâneas de gás e de óleo, medidas em condições-padrão Razão Gás/Óleo - RGO Quociente entre as vazões instantâneas de água e de óleo, medidas em condições-padrão Razão Água/Óleo – RAO Basic Sediments and Water - BSW Quociente entre a vazão de água mais os sedimentos que estão sendo produzidos a vazão total de líquidos e sedimentos Poços Reservatório Óleo Mecanismo de gás em solução A produção de fluidos provoca redução na pressão, que por sua vez, além de proporcionar a vaporização de mais componentes leves, acarreta a expansão dos fluidos. Como o gás é muito mais expansível que o líquido, é basicamente devido à sua expansão que vai acontecer o deslocamento do líquido para fora do meio poroso. Então, o mecanismo é exatamente esse: a produção é o resultado da expansão do gás que inicialmente estava dissolvido e que vai saindo de solução. Quanto mais a pressão cai, mais o gás se expande e mais líquido é deslocado. Óleo Mecanismo capa de gás Óleo Capa de gás A zona de líquido é colocada em produção, enquanto a zona de gás é preservada, já que a principal fonte de energia para a produção está no gás da capa. O mecanismo funciona da seguinte maneira: a zona de óleo é colocada em produção, o que acarreta uma redução na sua pressão devida à retirada de fluido. Essa queda de pressão se transmite para a capa de gás, que se expande penetrando gradativamente na zona de óleo. O gás da capa vai ocupando espaços que anteriormente eram ocupados pelo óleo. Óleo Aquífero Mecanismo de influxo de água O mecanismo se manifesta da seguinte maneira: a redução da pressão do reservatório, causada pela produção de hidrocarbonetos, após um certo tempo é transmitida e se faz sentir no aqüífero, que responde a essa queda de pressão através da expansão da água nele contida e da redução de seu volume poroso Há portanto uma invasão da zona de óleo pelo volume de água excedente. Essa invasão, que recebe o nome de influxo de água, vai, além de manter a pressão elevada na zona de óleo, deslocar este fluido para os poços de produção. Óleo Aquífero Capa de gás Mecanismo combinado Fluxo em Meio Poroso Fluxo em Meio Poroso Dentre as diversas informações a serem obtidas a respeito de uma acumulação de petróleo após a sua descoberta, a quantidade de hidrocarbonetos que se pode retirar dessa jazida e o tempo em que essa produção se efetuará são, sem qualquer dúvida, das mais importantes. O conhecimento das leis que regem o movimento dos fluidos nos meios porosos é fundamental para a obtenção dessas informações. O ramo da engenharia de reservatórios que trata da maneira como os fluidos se movimentam em um meio poroso recebe o nome de fluxo de fluidos em meios porosos Fluxo em meio poroso Equação de Darcy Coleta e medição da água L 2 Injeção de água a vazão constante ( )q 1 h1 h2 Areia Henry Darcy (1856) L pkAq µ ∆ = Avaliação das Formações Avaliação das Formações Embora o termo avaliação das formações abranja diversas disciplinas que buscam caracterizar um reservatório, o que se procura com esta caracterização é a reposta que o reservatório pode suportar em termos de dados de produção em caso de ser explorado, ou utilizando termos mais apropriado, qual o resultado produtivo do reservatório caso seja explotado Avaliação das Formações Métodos de Avaliação das Formações Informações geológicas Amostra de calha Informações da perfuração Detectores de gás Testemunhagem Perfis elétricos Teste de formação Constitui o método mais direto de avaliação das formações, uma vez que consiste em colocar a formação em contato direto com a pressão atmosfera para que produza livremente os fluidos que contêm. Teste de Formação ...investigando o reservatório.... mecanismo do reservatório perturbação resposta ..muitas perguntasconduzem a mesma resposta ? ? ? Teste de Formação h Poço re qw Sem alimentação externa A1 A2 A3 A4 q1 q4 q2 q3 np poços A q rw ra ka kk ka ...complexidades do fluxo num reservatório L trecho horizontal h trecho vertical ...complexidades do fluxo num reservatório zona invadida matriz matrizfratura fratura a c b ...reservatório naturalmente fraturado ...perfil de dano do poço ...complexidades do fluxo num reservatório ...investigando o reservatório Recuperação de Petróleo Recuperação de Petróleo Recuperação de petróleo As acumulações de petróleo possuem, na época da sua descoberta, uma certa quantidade de energia, denominada energia primária. No processo de produção há uma dissipação da energia primária, causada pela descompressão dos fluidos do reservatório e pelas resistências encontradas pelos mesmos ao fluirem em direção aos poços de produção. O consumo de energia primária reflete-se principalmente no decréscimo da pressão do reservatório durante a sua vida produtiva, e conseqüente redução da produtividade dos poços. Mobilidade Define-se mobilidade de um fluido como sendo a relação entre a sua permeabilidade efetiva e a sua viscosidade o o o k µ λ = w w w k µ λ = Assim como as permeabilidades efetivas, as mobilidades também dependem das saturações Suplementá-la com energia secundária, artificialmente comunicada, através da injeção de certos fluidos em poços selecionados; Reduzir as resistências viscosas por meio de métodos especiais, como por exemplo o aquecimento da jazida. Há duas linhas gerais de ação para minorar os efeitos da dissipação da energia primária dos reservatórios de petróleo: Recuperação secundária (convencional e especial) Injeção Produção óleo óleo injeção injeçãoprodução água água X Através da injeção de certos fluidos em poços selecionados Geralmente água ou gás (em alguns casos CO2) Recuperação convencional Injeção Produção malha básica Esquema de injeção Eficiência de Varrido Recuperação de PetróleoRecuperação de Petróleo Reduzindo as resistências viscosas ou capilares por meio de métodos especiais Térmicos Injeção cíclica e/ou contínua de vapor Injeção de água quente Combustão “in-situ” Recuperação especial Químicos Injeção de polímero ASP – Álcali-Surfactante-Polímero Injeção de Solução Micelar Miscíveis Injeção de Banco de GLP Injeção de gás enriquecido Recuperação especial A eficiência de recuperação primária é geralmente baixa. A depender do mecanismo de produção, tal eficiência pode inclusive ser nula. Apesar do grande desenvolvimento tecnológico da indústria do petróleo, a maior parte dos volumes originais de óleo encontrados no mundo é considerada irrecuperável pelos métodos atuais de produção, incluindo os de recuperação secundária. A eficiência de recuperação dos projetos de recuperação secundária bem sucedidos pode ser superior a 60%, embora o valor mais freqüente seja de 30 a 50%, para os métodos convencionais. Esses números chamam a atenção para o potencial da pesquisa dos métodos de recuperação secundária. Dilema Preço do Petróleo Custo de Exploração Custo de Desenvolvimento Custo de Produção Avanços Tecnológicos Preço X Custo Política de Reserva SimulaçãoSimulação A simulação numérica é um dos métodos empregados na engenharia de petróleo para se estimar características e prever o comportamento de um reservatório de petróleo, a exemplo das técnicas de previsão de comportamento baseadas em balanço de materiais, nas curvas de declínio e na teoria de Buckley-Leverett. Simulação Físicos Analógicos Modelos reduzidos Protótipos Matemáticos AnalíticosNuméricos y x Simulação Norte O.W.C = -1650 ft ssO.W.C = -1050 ft ss O.W.C = -850 ft ss Dados de geologia Coleta e preparação de dados Modelo numérico Ajuste de histórico Dados de rocha e fluido Dados de produção e completação Lançamento do “grid” Digitalização dos dados Macrofluxo - estudo de reservatório ReservaReserva Reserva Denomina-se estimativa de reservas a atividade dirigida à obtenção dos volumes de fluidos que podem ser retirados do reservatório até que ele chegue à condição de abandono. A estimativa dos volumes a serem produzidos são feitas não só por ocasião da descoberta da jazida como também ao longo de sua vida produtiva, à medida que vão sendo obtidas mais informações a respeito do reservatório. Volume original −−−− quantidade de fluido existente no reservatório na época da sua descoberta. Volume recuperável − volume de óleo ou gás que se espera produzir de uma acumulação de petróleo.. Fator de recuperação − quociente entre o volume recuperável e o volume original Fração recuperada − quociente entre a produção acumulada e o volume original Reserva − quantidade de fluido que ainda pode ser obtida de um reservatório de petróleo numa época qualquer da sua vida produtiva. ReservaReserva 23% 736.000 3.200.000 Óleo Original = 3.200.000 Volume Recuperável = 736.000 m std m std ³ ³ Fator de Recuperação = 23% 336.000 400.000 Volume Original = 3.200.000 Volume Recuperável = 736.000 Produção Acumulada = 400.000 m std m std m std ³ ³ ³ (Fração Recuperada = 12,5%) Reserva = 336.000 m std³ Reserva ReservaReserva Exemplo 3600.15000.12000.4660,0 mreserva =−⋅= Qual a reserva atual de um reservatório cujo volume original seja de 46.000 m33, considerando que o volume recuperável deste reservatório seja de 60% e sua produção acumulada de 12.000 m3. ReservaReserva N óleo V Sr wiφ −(1 ) líquido V S B r wi oi φ −(1 ) N = Métodos de cálculo de reserva Analogia Método volumétrico Análise de declínio de produção Equação de balanço de materiais Simulação de reservatório
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