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Protocolo Feridas FINAL SES

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Florianópolis, outubro de 2011
PROTOCOLO PARA
PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS
AGUDAS E CRÔNICAS
Florianópolis, outubro de 2011
PROTOCOLO PARA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FERIDAS:
ELABORADO POR: 
Enfª Rosiléa Maria Silvestre
APOIO:
Enfª Carolina L. Cureau
Enfª Marta Mitterer
Enfª Nádia Morgana Klein
Enfª Neide A. de Paiva Mattos
“A enfermagem é uma arte e para realizá-la como arte, requer uma doação tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor, pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore, comparado ao tratar o corpo vivo, o templo do Espírito de Deus?”.
É uma das artes,
“Poder-se-ia dizer, a mais bela das artes.”
Florence Nightingale
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SUMÁRIO
61 - INTRODUÇAO	�
72 - OBJETIVOS	�
83 - FILOSOFIA	�
94 - PROTOCOLO	�
104.1 - Protocolo para a Realização de Curativos	�
104.1.1 - Material Necessário	�
114.1.2 - Técnica para a Realização do Curativo	�
124.2 - Coleta de Secreção	�
135 - ACESSO VENOSO PERIFÉRICO PROFUNDO	�
146 – FERIDAS LIMPAS	�
167 – FERIDAS INFECTADAS	�
178 - MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE CUTÂNEA	�
219 - CONCLUSÃO	�
10 - REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA..............................................................................23
APÊNDICE I - 24DICAS PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS	�
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1 - INTRODUÇÂO
A pele é o maior órgão do corpo humano, por ser composta pelas três camadas de tecidos que envolvem, regulam a temperatura, recebem as sensações nervosas dentre outras importantes funções.
Inúmeras alterações podem acometer a integridade desta especial estrutura, refletindo na maioria das vezes e de maneira acentuada, muitas das modificações e desajustes sofridos em diferentes órgãos, podendo ser influenciadas por diversas condições e patologias.
Entre os diferentes tipos de lesões, as mais freqüentes encontradas são as úlceras venosas, as arteriais, as hipertensivas, as de pressão, as neurotróficas, e por último e nem por isso de menor importância que são as feridas cirúrgicas infectadas ou não.
Diante da relevância do tema, conseqüências mórbidas, e por ter se transformado num importante vilão da indústria e comercialização de novas tecnologias da área da saúde, a Equipe Técnica da Gerência Técnica das Unidades Hospitalares de Santa Catarina sentindo a necessidade de atualização, direcionamento, conhecimento da relação custo – benefício e o reordenamento das ações referentes ao tratamento de feridas organizaram-se a criação do Protocolo de Pesquisa e prevenção no Tratamento de Feridas Agudas e Crônicas. O qual deu início a suas atividades no dia 29 de setembro de 2004, com revisão e adaptações a cada dois anos.�
2 - OBJETIVOS
O Protocolo tem por objetivos:
 Nortear os profissionais a desenvolver ações objetivando preservar acima de tudo a integralidade do indivíduo sob seu cuidado;
Assistir aos pacientes e/ou usuários que necessitem de cuidado humanizado e especializado em tratamento de feridas;
Promover a educação do cliente para a realização do auto-cuidado e prevenção de lesões tissulares;
Facilitar e evitar desperdícios na hora da escolha do produto;
Obter uma a avaliação contínua e sistemática da lesão;
Garantir as atualizações contínuas profissionais envolvidas no processo;
Padronizar a realização, utilização do material e produtos autorizados pelo MS, SES;
Avaliar custo-benefício do uso de materiais;
Realizar e divulgar trabalhos científicos.
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3 - FILOSOFIA 
Desenvolver a coesão e a valorização da diversidade de papéis em busca da integralidade do indivíduo;
A relação entre os profissionais e o paciente/cliente é baseada em respeito mútuo, dignidade e individualidade;
O paciente/cliente é considerado um indivíduo dotado de conhecimento inerente a sua cultura;
Auxiliar o profissional a indicar um tratamento adequado, bem como a humildade em reconhecer as próprias limitações e realizar um trabalho em parceria;
A assistência está voltada para a prevenção e tratamento, buscando orientar as atividades de auto cuidado ao encontro da melhoria da qualidade de vida;
Promover a prática, em consonância com a base científica, tendo o compromisso de aperfeiçoar recursos e oferecer qualidade na assistência;
A atualização constante e a divulgação de novos conhecimentos são princípios fundamentais dos que de maneira direta e indireta utilizam este Protocolo.
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4 - PROTOCOLO
A fim de que a implantação de um esquema terapêutico resulte na sistematização da assistência, a maximização do potencial humano e a redução de custos se fazem necessário a construção de um protocolo básico a fim de elucidar a assistência com qualidade, relacionado ao tratamento de feridas agudas e crônicas. Estando o mesmo sujeito a quantas revisões e modificações sempre que necessário.
Para (CÂNDIDO, 2006), no tratamento de ferida cutânea o mesmo produto não pode ser eficaz durante todas as fases de evolução do processo cicatricial e a todos os pacientes, daí a necessidade de acompanhamento, a fim de avaliar a necessidade de mudança da cobertura.
Há uma miscelânea de produtos no mercado, porém, como disse o saudoso CÂNDIDO, “o melhor tratamento é aquele que dispomos no momento e acreditamos ser justo”.
O profissional envolvido na assistência de portadores de lesão deve levar em consideração o estado psicológico e principalmente o nutricional do portador de solução de continuidade, considerados por estudiosos da área de grande relevância para que haja sucesso no fechamento da ferida.
Ainda para CÂNDIDO, durante o tratamento da ferida cutânea, é importante não permanecer vinculado a proposições de condutas pré-definidas, mas sim buscar metodologias e soluções, originando procedimentos eficazes e diminuindo a diferença entre vantagens e desvantagens e custo e benefício.
Portanto, ao se deparar com um portador de lesão, antes de decidir por qual cobertura utilizar, buscar sempre pelo bom SENSO e fazer uma análise acerca da integridade cutânea do paciente, por exemplo: tem propensão a lesão? Tem dificuldade de locomoção? É portador de alguma seqüela neurológica? Etc.
Quando falo “cicatrizados em vários sentidos”, quero dizer que, na maioria das vezes, quando nós, profissionais da enfermagem, tratamos das lesões, acabamos tratando também de outras feridas que envolvem esta cicatrização, feridas da alma, do coração, e também do bolso (PRAZERES, 2009).
Não existem tecnologia nem cobertura milagrosa, se o profissional cuidador não tiver uma visão holística do estado paciente antes de decidir pelo tratamento.
Durante o período de tratamento, deve-se enfatizar que a colaboração do paciente é determinante para uma cicatrização eficaz e sem seqüelas.
4.1 - Protocolos para a Realização de Curativos
4.1.1 - Material Necessário
Luva de procedimento;
Frasco de soro;
Tesoura;
Atadura de crepom;
Pacote de curativo ou luva estéril;
Gaze, chumaço ou compressa;
Cobertura de escolha;
Fita adesiva de escolha;
Saco p/ lixo;
Óculos;
Avental se necessário;
Máscara.
4.1.2 - Técnica para a Realização do Curativo (asséptica)
Realizar a anti-sepsia das mãos
Preparo do material a ser utilizado
Preparo do paciente na posição adequada
Calçar luvas de procedimento (para retirada do curativo) e estéril para realização do mesmo
Remover o curativo anterior, utilizando solução salina morna (SF o, 9%), para evitar a retirada do tecido recém formado.
Observar a ferida para posterior registro
Realizar a anti-sepsia da ferida com solução salina, utilizando frasco de soro de 100 ml perfurado, mantendo distânciade aproximadamente 10 cm da lesão
Aplicar curativo adequado conforme protocolo
Aplicar curativo secundário, fixando-o corretamente
Recomendar ao paciente os devidos cuidados
Organizar a unidade do paciente
Desprezar os resíduos
Fazer registros no prontuário
4.2 - Coletas de Secreção
4.2.2 - Material Necessário
Luva de procedimento
Frasco de soro
Seringa 20 ml
Agulha 40x12
Swab
4.2.3 - Técnica de Coleta
Limpeza da lesão com solução salina
Coleta do exsudato da ferida deslizando o swab pelo leito da mesma com técnica em Z, onde no mínimo 08 pontos dos bordos devem ser tocados.
Identificar e encaminhar o mais rápido possível ao laboratório
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5 - ACESSO VENOSO PERIFÉRICO PROFUNDO
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 Obs.: Inspecionar diariamente o sítio de inserção do cateter, e curativo, no mínimo 1x/dia após o banho.
Nota: “Não se recomenda a utilização de qualquer tipo de anti-séptico em ferida aberta” 
 (BORGES et al 2001).
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6 – FERIDAS LIMPAS
 
 NOTA: Não se esqueça de registrar sobre a ferida:
Tipo de ferida: Ulcera de pressão, úlcera varicosa, úlcera diabética, escoriações, queimaduras, incisão cirúrgica, ortopédicas e cateteres venosos.
Presença de: Sinais flogísticos – dor, calor, rubor e edema 
Grau da lesão: Grau I - Eritema sem lesão de pele; Grau II – Lesão superficial dermo-epidérmica, com formação de vesícula, abrasão e ulceração; Grau III – Lesão da pele total; Grau IV – Exposição da fácia muscular, tendões e ossos.
Característica da lesão: Necrose, granulação, fibrina e/ou esfacelo 
Tamanho da lesão, profundidade, exsudato e tempo da lesão.
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7 – FERIDAS INFECTADAS
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Notas: 
Propiciando meios para o Curativo Ideal segundo (TUNER, 1982) 
Manter alta umidade na interface ferida/curativo – favorece o desbridamento de tecido desvitalizado; processo autóptico.
Remover o excesso de exsudação - o excesso de umidade provoca a maceração da pele adjacente, além de aumentar o número de microorganismo na leão.
Permitir a troca gasosa – a hipóxia no leito da ferida cria uma área de baixa tensão de oxigênio e consequentemente estimula o crescimento de arcos capilares na ferida que trazem oxigênio com eles.
Fornecer isolamento térmico – uma temperatura constante em torno de 37(C estimula a atividade macrófoga e mitótica durante a granulação.
Ser impermeável às bactérias – impede a contaminação da ferida, impede que as bactérias escapem para o ambiente.
Ser isento de partículas e de tóxicos contaminados de feridas – partículas de algodão, gaze, pois estas renovam ou prolongam a reação inflamatória afetando a velocidade de cicatrização.
Permitir sua remoção sem causar trauma na ferida – utilizando curativos que promova meio úmido, ou seja, curativo não aderente á superfície da ferida.
8 - MANUTENÇÕES DA INTEGRIDADE CUTÂNEA
Identificação dos pacientes com risco para úlcera de pressão.
Implementação de escala para mudança de decúbito e reposicionamento do paciente.
Identificação dos pacientes portadores de incontinência urinária e/ou fecal
Utilizar sabonete com ph neutro para realizar a limpeza da região genital (sabão comum – remove os lipídeos e o manto hidrolipídico da pele)
Estar atento para o aparecimento de candidíase e outras infecções por fungos
Estabelecer rotina de verificação e possível troca de fraldas a cada 3 horas, no máximo.
Em casos de pacientes com úlceras de pressão estágio III e IV, discutir a possibilidade de cateterismo intermitente para o sexo feminino e/ou sondagem vesical de demora se houver respaldo da CCIH, até a melhora parcial da lesão.
Utilização do colchão piramidal com densidade de 28, 29 a 30 em pacientes acamados com diminuição da mobilidade, da atividade e da percepção sensorial.
Utilização de aliviadores de pressão – coxim, travesseiro, almofada de gel para região sacra, “rolinho” para as mãos e etc.
Aplicação de filmes transparente, por exemplo: (Opsite* Flexifix*) e/ou cremes ou loções, por exemplo: a base de AGE (AGE) nas áreas de risco aumentado para lesões.
Atenção especial para pacientes com: doenças neuro-degenerativas, diabetes mellitus, desnutridos, idosos, diminuição da pressão arteriolar, stress emocional, fumantes e hipodérmicos.
Pacientes com aparelhos gessados deverão ser observados em relação a: ponto de apoio do membro, pontos de pressão do aparelho gessado sobre a pele, perfusão do referido membro, integridade da pele que se mantém como apoio para o aparelho gessado.
Realizar massagem suave na pele sadia, em áreas potenciais de pressão, com loção umectante e suave, por exemplo: (AGE).
Parecer da Nutrição: Avaliação e diagnóstico nutricional, definição da terapia nutricional (necessidades dietéticas, vias de acesso e uso de nutrientes específicos ao tratamento de feridas), acompanhamento e monitorização do estado nutricional e da terapia instituída.
Manter a limpeza das roupas de cama, bem como mantê-las secas e bem esticadas.
Não utilizar lâmpadas de calor sobre a pele, pois estimulam o ressecamento da mesma.
Áreas hiperemiadas não devem ser massageadas, pois correm o risco de provocar solução de continuidade.
Em caso de dúvidas quanto à utilização de algum produto, consulte um membro da comissão.
A prescrição do curativo será realizada pelo médico e/ou enfermeiro obedecendo ao protocolo da instituição.
Feridas limpas quanto menos manipular melhor.
Quando a troca for mais de 1x/dia, avaliar a necessidade da limpeza com jato de soro fisiológico 0,9%.
Alguns fatores que influenciam a cicatrização: Tamanho da lesão, virulência do microorganismo, a toxidade de drogas, agentes químicos, a citotoxicidades, os quimioterápicos, os radioterápicos, os corpos estranhos, as necroses, as infecções, os hematomas, os edemas, seromas, tensão na linha de sutura, baixo suprimento de oxigênio, doenças metabólicas, deficiência protéica, idade, indicação inadequada do curativo, técnica do curativo incorreta, desnutrição, depressão e etc.
Não utilizar colchão d’água, principalmente em pacientes com pouca ou nenhuma mobilidade – pode causar pneumonia.
A avaliação da ferida a fim de certifica-se da eficácia do produto, deverá ser feita pelos enfermeiros da comissão no mínimo a cada 15 dias.
O não cumprimento do protocolo implicará na comunicação interna ao CCIH.
A utilização dos produtos descritos no protocolo deverá ser indicada pelo médico assistente e/ou enfermeiros da comissão de curativos, salvo os casos já avaliados e em andamento.
 O estado geral do cliente, a observação constante da ferida, a utilização correta do produto e bom entrosamento com a comissão de curativos, são essenciais para o sucesso na cicatrização.
9 - CONCLUSÂO
Cuidar de feridas seja esta, aguda ou crônica, não se restringe apenas à troca de curativos e uso de produtos. Inclui: conhecimento troca de experiências e vivências, visão multi-profissional, interdisciplinar e bom senso. 
 A ferida crônica persiste devido à resposta inflamatória crônica, a resposta inflamatória crônica persiste devido à presença de tecido desvitalizado, exsudato e bactéria, os quais são potentes agentes inflamatórios. A cicatrização não irá ocorrer até que estes agentes imunogênicos sejam removidos da ferida através de desbridamento e limpeza eficaz. A análise criteriosa do paciente, da lesão e dos pros e contras de cada técnica descrita conduzirá o profissional a escolher o/os método/s mais indicado/s paracada caso a fim de proporcionar melhores condições para reparação tecidual (GIOVANINI, 2008)
Tentar, criar, inventar, inovar, deixar de lado a soberba, e pedir ajuda quando julgar necessário, respeitando os princípios éticos, e acima de tudo ter como princípio norteador que o paciente é o foco central de todo esse empenho, fará com que o objetivo da equipe seja satisfatório, e a necessidade do cliente atendido dentro de um contexto dinâmico e humanizado.
 
10 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Condutas para Úlceras Neurotróficas e Traumática: série j. Cadernos de reabilitação em hanseníase; n. 2. Brasília, 2002. 54p.
CÂNDIDO, L. C. Nova Abordagem no Tratamento de Feridas. São Paulo: Ed. SENAC, 2001. 282 p.
CÂNDIDO, L. C. Tratamento clínico-cirúrgico de feridas cutâneas agudas e crônicas. São Paulo, Santos, 2006
CAROL, Dealey. Cuidando de Feridas. São Paulo: Ed. Atheneu, p. 256. 1996.
CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM – 2003
CCIH – HRSJ, Abril de 2006.
GEOVANINI, Tema; JUNIOR OLIVEIRA, Afeu Gomes de. Manual de Curativos. 2. Ed. Ver. E ampl. – São Paulo: Corpus, 2008
INTERVENÇÃO do enfermeiro nas úlceras de pressão não infectadas em pacientes
hospitalizados. ENFERMAGEM BRASIL. Ano 2 n.º 1 jan/fev. 2003. Pag. 17-22.
Protocolo de Prevenção e Tratamento de Úlceras Crônicas e do Pé Diabético/ São Paulo: SMS, 2010.
PRAZERES, Silvana Janning. Tratamento de feridas: Teoria e Prática. Porto Alegre: Moriá Editora, 2009.
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 APÊNDICE 
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APÊNDICE A - DICAS PARA REALIZAÇÃO DE CURATIVOS
	PRODUTO A SER UTILIZADO
	TIPO DE FERIDA
	TROCA
	COBERTURA SECUNDÁRIA
	APRESENTAÇÃO
	OBS
	
	
	
	
	
	
	SF 0,9%
“Estimula o processo de autólise do tecido desvitalizado, graças à ação de uma enzima autolítica, a hidrolase ácida”. (CANDIDO, 2002)
	Limpeza e tratamento de todos os tipos de feridas. È o único agente de limpeza totalmente seguro, e é o tratamento de escolha para a maioria das feridas. (DEALEY, 1996)
	Em média de 4/4h, evitando-se a desidratação da ferida devido à presença de sódio da solução.
	Cobertura não aderente estéril
	Frascos com 125, 250 e 500ml
	 Uso morno á temperatura corpórea evita o choque térmico, que provoca a vosoconstricção dos capilares. Evitar a limpeza mecânica, pois danifica o tecido de granulação. Possui a mesma osmolaridade de sangue. (CANDIDO, 2002)
	PVPI 10% ou
Clorexidina alcoólica 0,5%
 Clorexidina aquosa
e tópica 2%
Álcool 70%
	Antissepsia de pele integra. O uso da clorexidina e o PVPI são contra-indicados em feridas abertas, pois são citolíticos e com isso retardam o processo de cicatrização. (CANDIDO, 2002)
	Punção de cateteres
72/96h ou quando úmido
	Membranas ou filmes semipermeáveis, no caso de acesso profundo, curativo com gaze estéril nas primeiras 24h, e após, filme transparente e/ou micropore com troca sempre que úmido ou saturado.
	Frascos de 1000 ml
	Utilizar somente em pele ÍNTEGRA e de mucosas para a introdução de Peri cateteres e fixadores externos A clorexidina e o PVPI em contato com matéria orgânica perdem seu poder anti-séptico, ou seja, não agem na presença de matéria orgânica.
	TIPO DE TECIDO
	TIPO DE EXSUDATO
	QUANTIDADE DE EXSUDATO
	OPÇÕES DE COBERTURAS
	APRESENTAÇÃO
	OBSERVAÇÃO
	EPITELIZAÇÃO
	Nenhum
	Nenhum
	Ácidos graxos essenciais (AGE), após higienização
	Frasco com 200 ml
	Em áreas epitelizada, principalmente em idosos, manter pele sempre hidratada
	GRANULAÇÃO
	Seroso
Sanguinolento
	Nenhum
	Hidrocolóide transparente por 7 dias;
Hidrogel com gaze não aderente por 3 dias;
AGE 1x/dia.
	Placas
Frascos
	Na falta de um dos produtos, limpeza com SF 0,9% e papaína 2 a 4%
	GRANULAÇÃO
	Seroso Sanguinolento
	Pouco
 +
	Colágeno com gaze não aderente por 3 dias
	Placas
	Outras opções de cobertura: alginato de cálcio, hidrofibra
	GRANULAÇÂO
	Seroso Sanguinolento
	Moderado
++
	Colágeno com gaze não aderente por 3 dias;
Alginato de cálcio e sódio por 7 dias e/ou quando saturado
	Placas
Fios
	Na falta do produto, proceda a limpeza sempre com SF 0,9% morno e após gaze não aderente finalizando com gaze comum estéril
	GRANULAÇÂO
	Seroso Sanguinolento
	Grande
+++
	Hidrofibra
Hidropolímero por 7 dias e/ou quando saturado
	Placas
Fios
	Na falta do produto, proceda a limpeza sempre com SF 0,9% morno e após gaze não aderente finalizando com gaze comum estéril
	GRANULAÇÂO
	Seroso Sanguinolento
	Abundante
++++
	Hidrofibra
Hidropolímero por 7 dias e/ou quando saturado 
	Placas
Fios
	Na falta do produto, proceda a limpeza sempre com SF 0,9% morno e após chumaço estéril
	GRANULAÇÂO
	Sanguinolento
	Moderado
++
	Alginato de cálcio e sódio por 3 dias
	Placas
Fios
	Na falta do produto, proceda a limpeza sempre com SF 0,9% e após gaze não aderente finalizando com gaze comum estéril
	GRANULAÇÂO
	Sanguinolento
	Grande
+++
	Hidrofibra por 3 dias
	Placas
Fios
	Na falta do produto, proceda a limpeza sempre com SF 0,9% e após gaze não aderente finalizando com chumaço comum estéril
	GRANULAÇÂO
	Sanguinolento
	Abundante
++++
	Hidrofibra por 2 dias
	
	Na falta do produto, proceda a limpeza sempre com SF 0,9% e após gaze não aderente finalizando com chumaço comum estéril
	GRANULAÇÂO 
COM COLONIZAÇÂO OU INFECÇÂO
	Seropurulento
Purulento
Piosanguinolento
	Moderado
++
	Cobertura impregnada com prata, troca quando saturado
	Placas
	 Na presença de tendões e/ou ossos, não utilizar carvão ativado com prata
	GRANULAÇÂO 
COM COLONIZAÇÂO OU INFECÇÂO
	Seropurulento
Purulento
Piosanguinolento
	Grande
+++
	Cobertura impregnada com prata, troca quando saturado
	Placas
	Atentar para coleta de exsudato a fim de avaliar a necessidade de terapia sistêmica.
	GRANULAÇÂO 
COM COLONIZAÇÂO OU INFECÇÂO
	Seropurulento
Purulento
Piosanguinolento
	Abundante
++++
	Cobertura impregnada com prata, troca quando saturado
	Placas 
	Atentar para evolução do processo cicatricial com fotografias no mínimo 21 dias.
	
NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seroso
Sanguinolento
Serosanguinolento
	Pouco
+
	Hidrogel com filme transparente por 2 dias
	Bisnagas
Tubos
	Antes da utilização do produto, proceda a limpeza com SF o 9%
	NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seroso
Sanguinolento
Serosanguinolento
	Moderado
++
	Papaína de 4 a 6% e/ou Colagenase MONO com filme transparente
	Creme
 Pomada
Gel
	Papaína manipulada e a collagenase solicitar a farmácia
	NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seroso
Sanguinolento
Serosanguinolento
	Grande
+++
	Hidrofibra e Hidropolímero por 7 dias e/ou quando saturado
	Placas
	Na falta dos produtos, limpeza com SF o, 9% e chumaço estéril
	NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seroso
Sanguinolento
Serosanguinolento
	Abundante
++++
	Hidrofibra e Hidropolímero por 7 dias e/ou quando saturado
	Placas
	Na falta dos produtos, limpeza com SF o, 9% e chumaço estéril
	NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seropurulento
Purulento
Piosanguinoento
	Moderado
++
	Cobertura com prata, troca quando saturado
	Placas
	O enfermeiro deve atentar para a necessidade de terapia sistêmica e comunicar o médico assistente.
	NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seropurulento
Purulento
Piosanguinoento
	Grande
+++
	Cobertura com prata, troca quando saturado
	Placas
	O enfermeiro deve atentar para a necessidade de terapia sistêmica e comunicar o médico assistente.
	NECROSE ÚMIDA/ESFACELO
	Seropurulento
Purulento
Piosanguinoento
	Abundante
++++
	Cobertura com prata, troca quando saturado
	Placas
	O enfermeiro deve atentar para a necessidade de terapia sistêmica e comunicar o médico assistente.
	NECROSE SECA/ESCARA
	-
	Nenhum
	Hidrogel com filme transparente por 3 dias e papaína a 10% com filme 
	Bisnaga
Tubo
	O conhecimento do estado normal facilita identificar o anômalo.Notas : 
1- É utopia contar com todos esses produtos em nossos serviços. Não podemos esquecer de usar o bom senso. Temos de estar preparado para a improvisação. Inventar, tentar e experimentar, também faz parte do cotidiano do cuidador de feridas. (CÂNDIDO, 2002)
2 - A indicação do produto/curativo para o tratamento da ferida, será indicada pelo médico e/ou enfermeiro da comissão de curativos. Portanto, não utilize nenhum produto sem o conhecimento do médico assistente e do enfermeiro responsável pela comissão.
3 - Os antissépticos são contra-indicados no uso de feridas por vários autores por serem tóxicos para;
Os leucócitos;
Os fibroblastos e outras células ;
Substâncias que participam do processo de cicatrização (Saúde do Adulto e do Idoso, MS).
4 - Os antibióticos tópicos são contra-indicados, pois levam o desenvolvimento da resistência bacteriana.
O PVPI:
Não age em presença de matéria orgânica;
Eleva o nível sérico de iodo;
Efeito nocivo sobre a glândula tireóide, quando absorvido pela pele;
Altera o PH ótimo da pele. (Palestra proferida no dia 14 de outubro de 2004 no anfiteatro do HRSJ, pela Enfermeira Estomaterapêuta Silvana Mara J. Prazeres
FLEBOTOMIA
CATETERES
Realizar a anti-sepsia da pele com clorexidina alcóolica a 0,5%%, e/ou PVPI 10%. Após a anti-sepsia, aguardar dois minutos antes da inserção do cateter. 
ACESSO VENOSO PROFUNDO
Ferida cavitária
Hidrocolóide transparente por 7 dias;
Hidrogel com gaze não aderente por 3 dias;
AGE 1x/dia.
Colágeno com gaze não aderente por 3 dias;
Alginato de cálcio e sódio por 7 dias e/ou saturado ou Hidrofibra e
Hidropolímero por 7 dias e/ou quando saturado. 
Hidrofibra ou
Hidropolímero por 7 dias e/ou quando saturado 
Fibra de Alginato de cálcio e sódio + AGE e curativo secundário; 
Pasta de hidrocolóide + curativo secundário. 
Sem exsudato
Exsudativa
(( de 05 vezes/troca)
Secar somente a área peri-ferida. Se cavidade, retirar o excesso de solução sem esfregar.
Realizar limpeza abundante com soro fisiológico 0,9% morno, em jato.
FERIDAS LIMPAS
Realizar curativo com gaze estéril nas primeiras 24h, após, filme transparente de poliuretano com troca – 1x/semana ou qdo saturado. Fazer anti-sepsia cutânea na troca do curativo, respeitando a técnica asséptica.
Filme transparente de poliuretano – 1x/semana, se for com adesivo micropore, a cada dois dias.
No caso de punção com PICC: Não trocar o cateter rotineiramente. (CCIH – HRSJ, 2006)
CATETER
Realizar anti-sepsia da pele com álcool a 70% e/ou clorexidina alcóolica a o, 5%%, três vezes consecutivas antes da punção. Troca do dispositivo: 72/96h ou quando apresentar sinais de infecção.
 ACESSO VENOSO PERIFÉRICO
CATETER CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA - PICC
Ferida Limpa
Utilizar hidrogel com filme transparente e curativo secundário 1x/dia ou AGE + curativo secundário.
Utiliza-se carvão ativado com prata + curativo secundário. Independente das características da ferida, sempre utilizar técnica asséptica.
Hidrogel com filme transparente ou 
Papaína de 8 a 10%%, após Desbridamento cirúrgico ou mecânico a beira do leito,
Papaína 4 a 6%; (a fim de limpar a lesão)
Alginato de cálcio + Bioclusive transparente e curativo secundário até saturar ou
Hidrofibra 
Hidropolímero. 
Colagenase “MONO” até saturar.
Excesso de exsudato e odor fétido
Necrose seca
Necrose tipo esfacelo (tecido desvitalizado)
Coletar exsudato conforme rotina (swab) Encaminhar imediatamente ao laboratório.
Realizar limpeza abundante com soro fisiológico 0,9% morno, em jato.
FERIDAS INFECTADAS

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