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Caso Concreto 14

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DIREITO ADMINISTRATIVO I - CCJ0010 
Título 
SEMANA 14 
Descrição
 A Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL, nos autos da Ação Civil Pública 2005.35.00.006033-5, proposta pelo Ministério Público Federal, contra a ora agravante, a União Federal, a Americel S/A e a Telegoiás Celular S/A, agrava de instrumento da decisão da MMª Juíza Federal da 7ª Vara da Seção Judiciária de Goiás que deferiu: 
“(...) o pedido de liminar para declarar a inconstitucionalidade e ilegalidade da Norma 03/98 da ANATEL, determinando a imediata suspensão de seus efeitos, no tocante ao estabelecimento de prazo de validade para os cartões de telefonia móvel do tipo pré-pago, os quais a partir da publicação desta decisão não mais terão prazo de validade para utilização.” 
A) Determinou a Telegoiás S/A e à Americel S/A que, em 48 horas, cumprissem a decisão, sob pena de multa diária no valor de R$ 100.000,00. 
B) Afirma a agravante que a Norma 03/98 da ANATEL é legal e constitucional, ante o poder normativo que tem; e que é impossível à declaração de inconstitucionalidade de norma federal por meio de ação civil pública. 
C) Observa-se que, originariamente, a Ação Civil Pública contém pedido do conteúdo a seguir referido: 
D) Seja a presente ação julgada procedente, condenando as concessionárias acionadas a reativar o serviço de todos os usuários que tiveram-no interrompido em razão da não reinserção de créditos para revalidação dos remanescentes, no prazo de 90 dias, bem como impedindo que tanto a Telegoiás Celular S/A quanto a Americel S/A permaneçam obrigando que os consumidores façam uso dos créditos adquiridos no prazo referido (90 dias); 
E) Seja declarada a inconstitucionalidade e a ilegalidade da Norma nº 03/98 da ANATEL, pelos fundamentos de fato e de direito já demonstrados.” 
Em face da situação apresentada, responda justificadamente: 
Pode o Poder Judiciário controlar ato normativo das Agências Reguladoras? 
 Resposta: As Agências reguladoras encontram limites no art. 5º, incisos II e XXXV, da Constituição Federal, que consagram os princípios da legalidade e da inafastabilidade do Poder Judiciário.
 De fato, se, num primeiro momento, a doutrina afirmou que o Poder Judiciário deveria se limitar a apreciar a legalidade e a verificar a conformidade do ato com a norma que o rege, uma vez que o entendimento predominante era no sentido de que não poderia haver interferência na oportunidade e conveniência do ato administrativo, hoje se vislumbra evolução do pensamento, tendo sido dilatado o princípio da legalidade, para também abarcar o exame dos motivos do administrador, que deverão ser vistos e sopesados dentro de critérios de razoabilidade, moralidade e eficiência, todos inseridos na Constituição Federal do Brasil como princípios.
 Assim, conclui-se que, embora sejam as agências dotadas de poder normativo, este deve ser exercido dentro dos limites da lei e dos princípios constitucionais aplicáveis à administração pública, podendo ser, sempre, examinados pelo Poder Judiciário mediante provocação da parte interessada.
O Ministério Público em Ação Civil Pública pode requerer a declaração de inconstitucionalidade da Resolução da ANATEL em controle difuso sem usurpar a competência do STF? Caso positivo, qual seria o efeito desta sentença? 
Resposta: Sim, A sentença produz efeitos erga omnes, exceto se a ação for julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova (art. 1 6, com a redação dada pela Lei nº 9 . 494, de 10-9-97) .
Questão Objetiva 
As agências reguladoras, na qualidade de autarquias: 
(A) estão sujeitas à tutela ou controle administrativo exercido pelo ministério a que se achem vincula-das, nos limites estabelecidos em lei. 
(B) podem ter suas decisões alteradas ou revistas por autoridades da administração a que se subordi-nem. 
(C) não dispõem de função normativa. 
(D) podem ser criadas por decreto.
Resposta: Letra A

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