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Objetivo: Diluir, inativar, degradar, isolar e eliminar o agente. Seu fator prejudicial está ligado ao seu efeito nocivo ao funcionamento normal das células. 
Toda inflamação começa com uma irritação : 1) Agente biológico (PAMP – pathogen associated molecular pattern) 2) De qualquer natureza, e induz os tecidos agredidos a liberar moléculas que indicam a presença de agressão (DAMP – damage associated molecular pattern)
 Contato com o agente agressor liberação de mediadores receptores na microcirculação e leucócitos ativados Vasodilatação 
Aumento da permeabilidade vascular, vel. do fluxo sanguíneo diminui 
 cel. sanguíneas e plasma para o interstício Saída de proteínas p o espaço extravascular marginalização de leucócitos (aprisionamento, rolamento, ativação e adesão) 
Células inflamatórias: 
Leucócitos: Fagocitam e estimulam a migração de mais células de defesa para o local. 
Cel. Endoteliais: Liberação de mediadores inflamatórios e direcionamento dos leucócitos ao foco de inflamação. 
Neutrófilos: Mais abundantes no sistema imune. Atuam na infecção bacteriana 
 fagocitose. 
Eosinófilos:Reações de hipersensibilidade. Ação antiparasitária. 
Mastócitos/Basófilos: Mastócitos = tecidos, Basófilos= vasos. Reação de 
hipersensibilidade através da liberação de mediadores inflamatórios de ação 
rápida diretamente na corrente sanguínea. Contribuem Tb para a defesa imune inata e no remodelamento do tecido e fibrose. 
Linfócitos: Infecções virais. Liberação de produtos tóxicos ou que induzam a 
morte programada da célula. 
Plasmócitos: Produção de anticorpos 
Monócitos /Macrófagos; Fagocitose e liberação de substâncias. Remoção de debris necróticos. Atuam Tb no mecanismo de reparo tecidual. 
Mediadores Químicos da inflamação 
Originados de moléculas pré formadas, sintetizados por células de defesa ou 
são proteínas sintetizadas pelo fígado. Atuam em:
Vasodilatação
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade 
 Aumento da sensibilidade à dor 
 Contração do músculo liso 
 Quimiotaxia 
 Prurido
Aumento da permeabilidade
Aumento da sensibilidade à dor
Contração do músculo liso
Quimiotaxia
Prurido 
Prurido 
Prurido 
Prurido 
Purido
Principais mediadores: 
Histamina e serotonina: Aumento da permeabilidade vascular. Ação rápida, 
importantes nos processos iniciais da inflamação 
Cininas: Sustentam e intensificam ações transitórias e promovem 
broncoconstrição.
Sistema de complemento: Série de proteínas encontradas no plasma que 
atuam na defesa contra agentes microbianos. 
Metabólitos do ácido aracdônico (Prostaglandinas e leucotrienos) : O AC. 
Aracdônico é um AC, graxo oriundo do AC, linoleico ou de fontes alimentares. 
Servem como sinais intracelulares influenciando a cascata de coagulação e 
mediando as etapas da inflamação aguda. 
Radicais livres: Reativos o O2 responsáveis por potencializar a resposta 
inflamatória
Fator de ativação plaquetária (FAP): presente principalmente em basófilos. 
Ativam plaquetas alem de atuar na coagulação sanguínea. Induz a contração 
da musculatura lisa do intestino e brôn quios. 
Citocinas: Um dos mais importantes mediadores quimiotaxia dos leucócitos, 
indução da síntese de outros mediadores inflamatórios, atividade trombogênica 
e respostas sistêmicas
 Existem cinco sinais clássicos do processo inflamatório, chamados de Sinais Cardinais, são eles: edema, calor, rubor, dor e perda da função. O edema é representado pelo aumento de líquido e de células. O calor  é quando se tem o aumento da temperatura local. O rubor é a vermelhidão ou hiperemia. A dor  é originada de mecanismos mais complexos que incluem compressão das fibras nervosas locais devido ao acúmulo de líquidos e de células, já a perda de função é decorrente do edema e da dor, que dificultam as atividades locais.
Na inflamação, ocorrem os seguintes fenômenos: fenômeno irritativo que é um conjunto de pelas modificações morfológicas e funcionais dos tecidos agredidos causadas pelo agente inflamatório, que promovem a liberação de mediadores químicos, essa etapa é crucial para se definir o curso do processo e a sua intensidade e evolução. Depois, vem o fenômeno vascular que é representado por modificações hemodinâmicas e realogicas da microcirculação comandadas pelos mediadores químicos liberados durante o fenômeno irritativo, e menos frequente por ação direta do flagogeno.
Logo após, vem os fenômenos exsudativos que referem-se à marginação, para o foco inflamatório de líquidos e células que podem ser de vasos ou de tecidos vizinhos. Em seguida, vem o fenômeno resolutivo que refere-se aos mecanismos antiinflamatórios que irão inibir a ação dos prós inflamatórios. O mesmo começa nas fases iniciais do processo inflamatório e deles depende sua progressão. E vindo em seguida o fenômeno alterativo da inflamação (degeneração e necrose) são produzidos por ação direta ou indireta do agente inflamatório e pode aparecer no inicio ou no decorrer da inflamação.
E por fim, o fenômeno reparativo, onde o organismo mantem a capacidade de reparar suas perdas desde o nível celular, é controlado por fatores de crescimento que estão armazenados na matriz extracelular.
A inflamação pode ser caracterizada de duas formas: inflamação aguda, que tem duração curta de no máximo até 12 semanas e seus tipos são: catarral, pseudomembranosa, necrosantes, purulentas ou supurativas, pústula, furúnculos, carbúnculos abscesso, abscesso frio, flegmão. E a inflamação crônica, tem duração longa, caracterizada por duração acima de seis meses e seus tipos são: granulomatosas e hipertrofiantes ou hiperplásicas.
 Agentes inflamatórios agem nos tecidos e promovem uma resposta imediata de alarme, as quais induzem a liberação de outras moléculas, genericamente conhecidas como mediadores da inflamação, que resultam em modificações na microcirculação necessárias para a saída de plasma e de leucócitos dos vasos e em estímulos para reparar os danos produzidos pelas agressões. Aliás, a resposta inflamatória está também muito associada aos processos de reparo no organismo, na verdade a inflamação representa um processo ao mesmo tempo defensivo e reparador. 
SINAIS CARDINAIS
Calor: onde há hiperemia arterial (que é o aumento do volume sanguíneo no local) e, consequentemente, aumento da temperatura local. Assim como na formação da vermelhidão da inflamação, a vaso dilatação também colabora com o aumento da temperatura, pois o aumento da concentração sanguínea no local inflamado eleva um pouco colaborando com o aquecimento do tecido inflamado. Por outro lado pode-se citar que o metabolismo celular gera um gradiente de temperatura que mantém os níveis corporais estáveis, e que durante o processo inflamatório esse metabolismo celular é bastante aumentado gerando um gradiente de temperatura ainda mais elevado no local do processo, sendo este o principal mecanismo que gera o calor da inflamação.
Rubor: O rubor da inflamação (ou vermelhidão) é provocado pela maior concentração sanguínea no local inflamado, que também decorre da hiperemia, o aumento da concentração de sangue e provocado pela vaso dilatação e abertura de todos os capilares locais.
Tumor: O tumor (ou edema) é formado por um processo complexo que é o aumento da permeabilidade vascular durante a inflamação. O endotélio (camada de célulasque reveste o interior dos vasos) durante a inflamação sofre varias modificações que resultam no aumento da sua permeabilidade fazendo com que saia liquido de dentro da corrente sanguínea para dentro do tecido carregando vários componentes sanguíneos como leucócitos (uma das finalidades da formação do edema) e proteínas plasmáticas. Durante a inflamação também é comum à alternação de algumas pressões como a pressão hidrostática que é aumentada pela presença de maior concentração sanguínea dentro do vaso fazendo com que a elevação dessa pressão promova a saída do liquido sanguíneo para o tecido, ou as pressões oncóticas, que diminuem (pressão oncótica vascular, diminui pelo empobrecimento da concentração de proteínas plasmáticas causada pela saída delas do plasma para os tecidos) e aumentam (pressão oncótica tecidual, que aumenta pela maior concentração de proteínas nos tecidos, o mesmo motivo que a oncótica vascular diminui). A soma do aumento da permeabilidade com a alternação das pressões resulta na formação do edema um dos quatro sinais cardinais da inflamação.
Dor: por sua vez, é originada de mecanismos mais complexos que incluem compressão das fibras nervosas locais devido ao acúmulo de líquidos e de células, agressão direta às fibras nervosas e ações farmacológicas sobre as terminações nervosas; portanto engloba pelo menos 3 fases da inflamação (irritativa, vascular e exsudativa). A bradicinina é um mediador da dor liberado pela cascata das cininas, também age como vaso ativo causando vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular.
Perda de função: é decorrente do edema (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da dor, que dificultam as atividades locais. (CÂMARA, 2013).
 FENÔMENOS DA INFLAMAÇÃO
Fenômenos Irritativos
A intensidade e o tipo de agressão irá direcionar a resposta inflamatória. - Alguns mediadores são mais universais. -Com a progressão agentes anti-inflamatórios também são produzidos. -As células do exsudato são a principal fonte dos mediadores. - Estão próximas ao foco de irritação Mediadores liberados – pró-inflamatórios Tem meia vida curta – continuação do estímulo
Os mediadores devem ser liberados nos momentos certos para que os fenômenos subsequentes atinjam o objetivo de defesa (eliminação ou contenção da agressão) e de reparo (regeneração ou cicatrização). 
Iniciam a liberação de mediadores da inflamação 
. A inflamação progride porque os mediadores pró-inflamatórios precedem ou sobrepujam os de efeito anti-inflamatório Persistência do fator causador 3.
 Células do exsudato são importantes fonte de mediadores da inflamação . Secretam muito mais mediadores da inflamação 
Nesse sentido, há uma cronologia adequada para que os mecanismos pró-inflamatórios antecedam os antiinflamatórios, possibilitando que a inflamação aconteça e seja resolvida ou terminada. Um desequilíbrio nessa sequência pode impedir o desenvolvimento da reação inflamatória ou torná-la exacerbada, persistente e danosa. 
Tais mediadores inespecíficos, componentes da resposta imunitária inata, são complementados por mediadores produzidos pela resposta imunitária adaptativa. Essa resposta adaptativa, produzida por anticorpos, modula a resposta inflamatória tornando-a mais eficaz na eliminação do agressor. Por essa razão, as duas respostas, inata e adaptativa, estão sempre associadas na resposta inflamatória. 
 Alguns mediadores são mais universais e liberados logo no inicio de inflamações produzidas por agentes diversos; estes são mediadores pré-formados nos tecidos, ou seja, mediadores químicos de ação rápida ou cuja síntese é induzida pelas moléculas sinalizadoras de agressão, e tem os mediadores químicos de ação prolongada, que são liberados durante todo o processo inflamatório, até que o agente seja eliminado totalmente do tecido. Os mediadores possuem uma grande e importante função na inflamação, como por exemplo, a histamina, é considerada como o principal mediador da fase imediata. A histamina liberada produz vasodilatação arteriolar e aumenta a permeabilidade vascular, temos também as taquicininas, das quais a mais conhecida é a substância P, que possui mesma função da histamina e efeito quimiotático sobre PMN e macrófagos. (BOGLIOLO, p.135).
Fenômenos Vasculares
É representado por modificações hemodinâmicas e reológicas da microcirculação comandadas pelos mediadores químicos liberados durante os fenômenos irritativos e, menos frequente, por ação direta do flagógeno. (BOGLIOLO, 2009).
São representados por modificações vasculares da microcirculação comandadas por mediadores liberados durante a fase irritativa Responsáveis pelo fenômeno de rubor observado macroscopicamente 1. Vasodilatação arteriolar por ação da histamina, e mantida por prostaglandinas e leucotrienos – hiperemia ativa e fluxo sanguíneo rápido 2. Vênulas menores dilatam-se, mas as maiores sofrem pequena constrição, aumentando a pressão hidrostática, aumento da permeabilidade vascular, exsudação de plasma para o interstício
Alterações hemodinâmicas aumentam a permeabilidade vascular. Aumento da exsudação de plasma para o interstício. Começa a ocorrer hemoconcentração Hiperemia ativa se torna hiperemia passiva de fluxo lento Hipóxia local e aumento de catabólitos. Intensificação da vasodilatação e abertura de capilares. No inicio da fase de fluxo lento os leucócitos começam a sofrer marginalização. Vai auxliar no processo de adesão e diapedese
Ao caracterizar o fenômeno vascular, destacamos a vasodilatação arteriolar, produzida na maioria das vezes por ação da histamina e do reflexo axônio e mantida pela prostaglandina e leucotrienos e pelo fator de ativação plaquetária. Em consequência disso ocorre um aumento no fluxo de sangue para a área lesionada, gerando a hiperemia ativa que é a vermelhidão inicial e o fluxo sanguíneo rápido sendo seguida por uma hiperemia passiva que é por uma vasodilatação mantida, gerando a abertura dos capilares. A hiperemia passiva vai se caracterizar pelo aumento vascular e pelo fluxo sanguíneo lento. (LUIGI, 2009).
Além disso, outra características do fenômeno vascular é que irá iniciar o processo de exsudação. Devido à hiperemia caracterizada pela vasodilatação arteriolar, ou seja, sangue passará com maior pressão o que fará que as vênulas menores se dilatem, em um processo de compensação, compensação, com tudo as vênulas maiores sofrem uma pequena constrição, aumentando a pressão hidrostática da microcirculação. De modo geral, os mediadores dessas alterações hemodinâmicas aumentam a permeabilidade vascular, iniciando a exsudação de plasma para o interstício. Com isso, a hemoconcentração local e as hemácias e a tendem a se empilhar e a formar aglomerados, tornando o sangue mais viscoso e a circulação mais lenta. (BOGLIOLO, 2009).
Como resultado deste processo temos a hipóxia (diminuição de oxigênio no sangue) e o aumento de excreção de catabólicos que faz com que o processo de vasodilatação e abertura de capilares se intensifique, aumentando então a hiperemia. Esses acontecimentos favorecem o aparecimento de trombos na microcirculação e podendo agravar a inflamação. (BOGLIOLO, 2009).
Fenômenos Exudativos
O fenômeno exsudativo é caracterizado pela saída dos elementos do sangue (plasma e células) do leito vascular para o interstício. Para Bogliolo (2009, p 195) a exsudação de leucócitos é o elemento morfológico mais característico das inflamações.
Exsudação plasmática
A exsudação plasmática inicia-se nas primeiras fases da hiperemia e persiste durante o processo inflamatório. Sua principal característica é o edema. 
A exsudação plasmática consiste na saída de plasma do leito vascular para o interstício e este processo vai depender do aumento da permeabilidade vascular, principalmente nas vênulas, que então resultaram na formação de poros Inter endoteliais devido a contração do citoesqueleto dessas células que são induzidas por histamina, substância P, prostaglandinas e leucotrienos. Existem exsudações imediatas, onde seu principal mediador químico é a histamina,essa é transitória que normalmente é seguida por uma exsudação de fase tardia ou mediata que persiste por um maior período. Contudo, há algumas inflamações que essa fase imediata é mantida por mais tempo, ou inexistente, havendo apenas a fase tardia. (BOGLIOLO;LUIGI, 2009, p. 196).
Para Bogliolo (2009, p. 196) as proteínas plasmáticas exsudadas aumentam a pressão intersticial, favorecendo a retenção de água fora dos vasos. Essa então se torna o inicio da principal característica da fase exsudativa que é a presença de edema, pelo fato da circulação linfática encontrar-se sobrecarregada e seus vasos comprimidos pelo exsudato perdendo então a eficiência da drenagem ocasionando o aparecimento de edemas inflamatórios.
Exsudação celular
Na exsudação celular seu primeiro evento é a marginação leucocitária, que consiste na passagem dos leucócitos do centro para a periferia do sangue. Após isso ocorre o fenômeno de captura e rolamento que é o deslocamento sobre a superfície endotelial, que é seguido pelo fenômeno de adesão e espraiamento, onde ocorre a aderência e espraiamento das células no endotélio, e por fim migram através das paredes das vênulas passando pelas células endoteliais que é o fenômeno de migração ou diapedese. Para todos esses fenômenos existem varias células envolvidas que ativam e intensificam esse processo. Por exemplo: o endotélio quando ativado libera a PAF (fator de ativação plaquetário) que captura quimiocinas que vão ativar os leucócitos a rolarem sobre o endotélio no fenômeno de captura e rolamento. Um dos efeitos desse é a reorientação do citoesqueleto que emitirá pseudópodes a fase que reconhece a quimiocina que o estimulou iniciando o fenômeno de diapedese.
Terminada então a travessia, os leucócitos se interpõem entre a membrana basal e a célula endotelial. Os leucócitos que atravessaram a membrana basal chegando ao interstício começam a deslocarem-se com facilidade, pela ajuda de integrinas, a aderir a moléculas de fibronectina.
As células que migram em maior número são as PMN (polimorfonucleares), devido serem numerosas no sangue. E por consequência disto são as células predominantes do exsudato nas primeiras 24 horas após o início do processo. Apenas após 18 a 24 horas que os monócitos começam a sair, mas a partir daí se acumulam e passam a serem células predominantes depois de 48 horas. Células que tem sua meia vida aumentada devido à ação de citocinas. (BOGLIOLO; LUIGI, 2009 p.199).
O principal fator que altera o padrão das células do exsudato (a mudança nos tipos de células) são as quimiocinas e as moléculas de adesão. Quando há defeito nas moléculas de adesão, existe uma redução da exsudação de PMN e macrófagos aumentando então a suscetibilidade do organismo a infecções.
Agentes Quimiotáticos - Quimiotaxia
Para Robbins (1996.p. 345) Quimiotaxia: locomoção orientada das células em direção a um gradiente de concentração de uma molécula quimiotática, ou no caso, em direção ao local de inflamação ou resposta imune. Tanto substâncias exógenas (como produtos bacterianos) quanto substâncias endógenas podem atuar como quimioatratores. Os mastócitos e basófilos produzem e liberam compostos capazes de interagir com outros leucócitos, aumentando assim sua migração em direção ao local de liberação desses compostos, sendo, portanto, chamados mediadores quimiotáticos. Além de estimular a locomoção, muitos fatores quimiotáticos (principalmente quando presentes em altas concentrações), induzem outras respostas nos leucócitos, denominadas de ativação leucocitária. 
“Á medida que os leucócitos avançam, o gradiente de concentração do quimiotático aumenta” (BOGLIOLO; LUIGI, 2009, p. 199). Os leucócitos quando encontram o local de liberação dos agentes quimiotáticos, são estimulados de maneira homogenia, ou seja, igual em toda extensão do leucócito, a partir daí a células emite pseudópodes, iniciando a diapedese. 
Células do exsudato inflamatório
Segundo Bogliolo (2009, p.200) podem ser encontrados todos os tipos de leucócitos na inflamação já que eles podem expor as células de adesão ao endotélio e apresentar receptores para quimiotáticos.
Em destaque temos os fagócitos que são especializados em fagocitose, digestão intracelular e capacidade de matar microrganismos e células, e são divididos em dois grupos: os famosos PMN (polimorfonucleares) e os mononucleares. Nos PMN há um destaque maior para os neutrófilos e eosinófilos, já nos mononucleares ou macrófagos são originados de monócitos recebem denominações diferentes de acordo com o sua localização. 
Macrófagos:
As características, propriedade e estado funcional dos macrófagos variam de acordo com a localização. Por exemplo: quando então na circulação sanguínea são estimulados por quimiotáticos e chamados de monócitos, quando sai da circulação passam a ser denominados de macrófagos e apresentam algumas diferenças funcionais e fenotípicas que são induzidas por mediadores; tornam-se maiores, com mais grânulos, tem maior capacidade de adesão e de fagocitar e são chamadas de macrófagos solicitados ou exsudados. (BOGLIOLO;LUIGI 2009, p. 201).
Células dendríticas: São células que exsudam nas fases iniciais da inflamação. São células parecidas com monócitos fenotipicamente, e sua identificação no exsudato é difícil. Quanto a sua capacidade fagocitária assemelha-se aos macrófagos.
Neutrófilos:
Para Bogliolo (2009, p. 203) são da família dos polimorfonucleares. Muito importante na fagocitose e eliminação de microrganismos sobre tudo em bactérias. Adrenalina e exercícios físicos aumentam assim como os corticoides aumentam o numero de PMN na circulação, pois os mesmos removem-se da parede vascular.
Eosinófilos:
Apresentam vários receptores de superfície entre eles: moléculas de adesão, receptores para agentes quimiotáticos e receptores para Fc de IgM. Eles são formados por estímulo de fatores de crescimento produzidos por linfócitos T e estimulados por antígenos. Sua capacidade fagocitária é pequena, endocitam bactérias, fungos, partículas inertes e inumocomplexos. São então menos eficiente do que os PMN na ingestão e no poder de matar microrganismos englobados. Os eosinófilos modulam reações anafiláticas por meio de três mecanismos: a inativação de histamina por histaminase; inativação de leucotrienos C, D e E por peroxidase e inativação de heparina por MBP. (BOGLIOLO;LUIGI, 2009, p.204).
Fagocitose: É caracterizada pela ingestão de partículas maiores, pelos pseudópodes e pela presença de fagossomo ou vacúolo fagocitário. A fagocitose pode ser dividida didaticamente em cinco partes: Aproximação, Aderência ou reconhecimento, Englobamento ou ingestão, Desgranulação, Morte e Digestão da partícula englobada, esta ultima caracterizada pela explosão respiratória. (BOGLIOLO;LUIGI, 2009, p.205).
Aproximação: Depende dos estímulos de quimiotáticos. Acontece uma aproximação do ponto de invasão para o reconhecimento e fagocitose do microrganismo.
Aderência: É o processo que desencadeia a ingestão. É quando o fagócito reconhece que o agente invasivo deve ser ingerido. Há vários mecanismos de aderência, entre eles; carga eletrostática da superfície da partícula; a hidrofobicidade da partícula e os receptores das mesmas.
Englobamento: É quando os pseudópodes envolvem a partícula e forma o fagossomo, essa ingestão dura em média 20 segundos e dependem de proteínas contráteis actina e miosina. Para acontecer à ingestão os lisossomos despejam seu conteúdo, pelo fato do fagossomo ainda não está completamente fechado, há um extravasamento deste conteúdo para o meio extracelular, explicando então as lesões teciduais que ocorrem no local de ação da fagocitose.
Desgranulação: Quando os lisossomos do fagócito se fundem eliminando suas enzimas no fagossomo que agora é chamado de lisossomo secundário ou fagolisossomo. Essa fusão entre o lisossomo e o fagossomo pode ser inibida por substâncias dos microrganismos patógenos, que escapa então da ação microbicida do lisossomo secundário. 
Morte e digestão da partícula englobada
Para Bogliolo (2009,p 206). É comum a todos os fagócitos o relacionamento com geração de radicais derivados de oxigênio durante a explosão respiratória; proteínas microbicidas nos grânulos e óxido nítrico .A explosão respiratória é o conjunto de alterações metabólicas que iniciam com o estímulo para o englobamento que se caracteriza pelo consumo de O₂, por isso denomina-se explosão respiratória. A respiração respiratória produz efeito microbicida que depende de peróxido, H₂O₂ e água oxigenada. Nos PMN e macrófagos existe uma hemoproteína chamada de MPO que catalisa a oxidação de um halogênio na presença de H₂O₂ originando um hipo-halito que desnatura proteínas bacterianas. Um evento que merece destaque na fagocitose é a mudança de pH no fagolisossomo que no inicio da explosão respiratória, a geração de H₂O₂ o pH fica ligeiramente alcalino, enquanto no citoplasma aumenta a quantidade de H⁺, para ocorrer sua acidificação entram em atividade bombas de prótons. Os macrófagos podem ainda levar a geração de NO (óxido nítrico).
Células Citotóxicas Naturais
Para Bogliolo (2009, p. 208) são linfócitos diferentes dos B e T por apresentarem efeito citotóxico natural, essas exercem atividade citotóxica contra células cancerosas, infectadas por vírus ou parasitas intracelulares. Em sua membrana apresenta receptores que reconhecem os carboidratos da célula-alvo, quando a célula-alvo e o receptor se ligam se não houver a inibição a via KIR (receptor inibidor de NK), ocorre liberação de grânulos e morte da célula. Quando a via KIR é ativada inibi as células NK, isso é importante para que as NK não tenham efeito sobre as células normais.
Linfócitos:
Linfócitos T com atividade reguladora também migram para o foco inflamatório, onde exercem papel importante na resolução do processo. Linfócitos B também exsudam nas inflamações, nas quais podem proliferar e se diferenciar em plasmócitos, responsáveis pela produção local de imunoglobulinas. (BOGLIOLO; LUIGI, 2009, p. 208).
Fenômenos Alterativos
Os fenômenos alterativos da inflamação (degeneração e necrose) são produzidos por ação direta ou indireta do agente inflamatório e podem aparecer no inicio ou no decurso da inflamação. Outras vezes, degeneração e/ou necrose aparecem no transcorrer do processo inflamatório, em decorrência de trombose na microcirculação, da atividade de produtos das células do exsudato ou de fenômenos imunitários. (BOGLIOLO, 2009).
Fenômenos Resolutivos 
Até a poucos anos, admitia-se que o decréscimo da resposta inflamatória significava que, desaparecendo a irritação, diminuiria também a produção de mediadores, e, em consequência os fenômenos vasculares e exsudativos se reduziriam. No entanto, não é somente a redução dos mediadores que leva ao término da inflamação.
Durante o desenvolvimento da resposta inflamatória, surgem mecanismos anti-inflamatórios locais complexos que neutralizam o efeito dos fatores pró-inflamatórios.
A existência de mecanismos anti-inflamatórios acionados durante a inflamação é conhecida há muito tempo. Observações experimentais mostram que, em um animal no qual se produz inflamação estéril em uma pata, ocorre, nas 24horas subsequentes, inibição da inflamação se o talco é injetado na pata contralateral. Foi a partir de experimentos desse tipo que, analisando-se sangue de veias de drenagem das áreas inflamadas, se demonstrou no plasma a existência de substancias anti-inflamatórias.
Os fenômenos da resolução começam nas fases iniciais do processo inflamatório e deles depende sua progressão, com cura em tempo variável ou cronificação.
As inflamações podem ter curso agudo ou crônico. 
As inflamações agudas se instalam e terminam em alguns dias ou, no máximo, em até 12 semanas, seu tempo de cura está relacionado com a eficácia dos processos de eliminação da causa e dos mecanismos de resolução.
Já as inflamações crônicas, caracterizam-se por duração acima de seis meses. Tornam-se crônicas porque os mecanismos de eliminação fracassaram, ou porque se acompanharam de instalação de auto-agressão imunitária, nelas, os mecanismos de resolução são ineficientes. Uma inflamação crônica, principalmente de natureza infecciosa, não se cura por que:
Os mecanismos pró-inflamatórios estão parcialmente inibidos pelos mecanismos anti-inflamatórios, diminuindo a eficácia na eliminação do agente, que persiste irritando e mantendo a inflamação.
Os mecanismos anti-inflamatórios estão ineficientes, permitindo ação exagerada dos mediadores pró-inflamatórios, o que favorece a eliminação do agressor, mas também aumenta a probabilidade de autoagressão imunitária.
Falhas nos mecanismos anti-inflamatórios naturais podem ser componente importante na origem de doenças por autoagressão imunitária. 
Os mecanismos de resolução das inflamações podem ser locais ou sistêmicos. 
Os mecanismos locais de resolução das inflamações são múltiplos e complexos, em seu conjunto, envolvem:
Modificações em receptores nas células do exsudato e dos tecidos;
O início e a progressão de uma inflamação se devem não só ao predomínio dos mediadores pró-inflamatórios como também à existência de maior número de seus receptores nos leucócitos exsudados. No entanto, alguns mediadores pró-inflamatórios induzem, nos leucócitos e nas células dos tecidos agredidos, mudança na expressão de seus receptores. Nos leucócitos, há aumento de receptores que geram sinais intracelulares para reduzir a síntese e a liberação de mediadores pró-inflamatórios e para inibir a adesão e a quimiotaxia. 
Geração local de mediadores com efeito anti-inflamatório; 
Os ácidos graxos têm papel importante na inflamação, na geração de mediadores tanto pró como anti-inflamatórios. Ácidos graxos ômega 6 são mais consumidos nas fases iniciais da inflamação, sofrem ação da COX e geram prostaglandinas e leucotrienos, potentes pró-inflamatórios; já os ácidos graxos ômega 3, geradores de resolvinas, lipoxinas e proteínas, são empregados nas fases tardias, quando a inflamação está se resolvendo.
Mudança no comportamento de células do exsudato, que tendem a apoptose ou, quando sobreviventes, passam a exercer função anti-inflamatória;
Como já foi comentado, as células do exsudato dependendo de sua permeabilidade, morrem por apoptose, ou quando sobrevivem, elas passam a ter a função anti-inflamatória. 
Remoção das células exsudadas, função reguladora;
Células do exsudato liberam mais proteínas do que as outras, fazendo com que a inflamação fique pior, porem, para que elas passem a ter função reguladores, precisam estar iguais (em um mesmo plano), sendo comparadas a um feedback negativo. 
Os mecanismos sistêmicos envolvem:
A resposta sistêmica a uma agressão tem um componente aferente, nervoso e humoral, e um componente eferente, também nervoso e humoral. Estímulos de terminações nervosas aferentes por certos mediadores originam estímulos aferentes para o sistema nervoso central, onde dão sensação de dor e geram estímulos eferentes antálgicos, representados especialmente por endorfinas, que também possuem efeito anti-inflamatório, inibindo a ação de fagócitos e linfócitos. 
 Fenômenos Reparativos
São as quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento liberados pelos tecidos inflamados, em especial pelas células do exsudato, que orquestram os fenômenos de reparação, em paralelo com os fenômenos resolutivos, de modo que a resolução e a reparação se processem de modo simultâneo e coordenado (Bogliolo, 2009).
A regeneração promove a restituição da integridade anatômica e funcional do tecido. Todo o procedimento regenerativo se realiza em tecidos onde existem células lábeis ou estáveis, isto é, células que detêm a capacidade de se regenerar através de toda a vida extra-uterina (por exemplo, células epiteliais, do tecido hematopoiético etc.); por intermédio da multiplicação e organização dessas células origina-se um tecido idêntico ao original. Além dessa condição, a restituição completa só ocorre se existir um suporte, um tecido de sustentação (como parênquima, derma da pele etc.) subjacente ao local comprometido.Esse tecido é o responsável pela manutenção da irrigação e nutrição do local, fatores essenciais para o desenvolvimento da regeneração dentro dos padrões normais.
É normal no organismo a reposição de células, tipo de regeneração classificado como fisiológica, ou seja, a proliferação celular é contínua para manter a estrutura e o funcionamento dos órgãos. Um exemplo é a mucosa bucal (e as demais mucosas), em que o epitélio prolifera continuadamente para a renovação das camadas epiteliais. Há ainda a regeneração compensadora, observada nos órgãos pares (por exemplo, pulmão, rins etc.); quando um dos órgãos é destruído, o outro assume processos regenerativos mais intensos para compensar a destruição do seu par. Por fim, diz-se que há regeneração patológica quando houver destruição tecidual e perda da homeostase e da morfostase (Guidugli-Neto, 1997).
As fases da regeneração incluem um momento em que há demolição das células lesadas e inflamação, seguido por intensa proliferação (respectivamente, fases de demolição e progressão). Inúmeras hipóteses vêm sendo formuladas para explicar o processo regenerativo, envolvendo, dentre outros, elementos humorais, circulatórios etc. Atualmente sabe-se que algumas proteínas da matriz extracelular estimulam a proliferação celular, bem como existem alguns genes responsáveis pela mitose celular.
Um conceito importante a ser considerado nos processos de regeneração é a diferenciação celular, transformações que a célula desenvolve durante seu ciclo de vida pelas quais vai adquirindo especializações; assim, uma célula embrionária, para atingir o "status" de célula epitelial, passa por estágios de transformação (principalmente de suas organelas e de seu metabolismo) até assumir um comportamento de célula epitelial. Nos processos regenerativos, em geral, quanto mais diferenciada for uma célula (isto é, mais especializada), menor é seu grau de multiplicação e regeneração. Contudo, esse princípio não pode ser generalizado para todos os tipos celulares, pois a localização e a capacidade da célula de sofrer agressões influenciam em seu comportamento regenerativo. Por exemplo, as células da mucosa bucal (células lábeis) são mais facilmente regeneradas do que as de pele (também lábeis); já as células da medula óssea (novamente lábeis) têm regeneração completa.
As células estáveis (com menor poder mitótico em relação às lábeis e bem diferenciadas) possuem capacidade de regeneração bem variável de órgão para órgão. O fígado, por exemplo, regenera-se completamente, inclusive sua estrutura estromática, ou seja, vasos sanguíneos, sistema de ductos, arcabouço conjuntivo etc. Já no rim, o glomérulo não se refaz após destruição completa, mas o epitélio tubular pode se regenerar completamente. A cartilagem, por outro lado, não se refaz, assim como os ácinos das glândulas salivares. O tecido ósseo tem regeneração mais complexa, mas também pode adquirir sua estrutura original.
 Para as células permanentes (ou perenes) (com baixíssimo poder mitótico e alta especialização), a regeneração praticamente inexiste. As células nervosas, por exemplo, não se proliferam, portanto, não se regeneram. O tecido nervoso periférico, quando agredido (por exemplo, rompimento da fibra), pode se restituir não por proliferação da célula, mas pelo prolongamento do axônio mais próximo, juntamente com a ação de células satélites ao feixe vascular (as células de Schwann). Portanto, é um processo reparativo, mas não uma regeneração. Processo semelhante é visto nas células musculares, cuja reparação advém principalmente do sarcoplasma (Guidugli-Neto, 1997).
Formas de cura das inflamações
A reparação pode acontecer sob dois tipos, dependendo do estado de destruição do tecido e dos graus de transformação sofridos por este durante a flogose. São eles:
1. Regeneração: reposição de tecido idêntico ao perdido.
 2. Cicatrização: substituição do tecido perdido por tecido conjuntivo fibroso.
A contração (ou morfalaxia) dos tecidos, um fenômeno muito comum em animais inferiores, também constitui uma forma de reparação. As células se adaptam mecanicamente à nova situação do tecido após a agressão. No homem, a contração é vista somente em nível microscópico (Guidugli-Neto, 1997).
Qualquer que seja a forma de cura das inflamações é importante que se tenha conhecimento de como se processa cada tipo de reparação, com o intuito de estimular e/ou corrigir esses processos.
Tipos:
Cura com Restituição da Integridade Anatômica e Funcional – ocorre quando a destruição é discreta, a absorção do exsudato e do tecido necrosado é completa e a regeneração não ultrapassa os limites esperados. 
Cura por Cicatrização – é uma forma comum de cura de muitas inflamações, especialmente aquelas em que os fenômenos alternativos são mais intensos.
Cura por Calcificação – a calcificação inicia-se na parte periférica do exsudato ou do tecido necrótico e progride lentamente, um nodo calcificado pode ossificar-se total ou parcialmente (metaplasia óssea). 
 - MEDICAMENTOS ANTI-INFLAMATÓRIOS 
Como grande número de doenças humanas e animais são de natureza inflamatória, os médicos empregam drogas anti-inflamatórias: os esteroides (corticosteroides) e os não esteroides
Não Esteroides (AINE): São indicados para inflamações moderadas e severas. Têm propriedades analgésicas, antitérmica, anti-inflamatória e antitrombótica. São medicamentos para tratamentos sintomáticos, não interferindo com a história natural das doenças inflamatórias. Só estão indicados em processos inflamatórios clinicamente relevantes (artrite reumatoide, artrite juvenil, espondilite anquilosante e outras), em que dor, edema e disfunção decorrentes trazem desconforto ao paciente. Como para os demais anti-inflamatórios não esteroides, o uso durante a gravidez não é recomendado, pois, até o final da gravidez o uso do mesmo está associado a uma incidência maior de distócia e atonia uterina. 
Ex: Nimesulida é um fármaco anti-inflamatório não esteroide (AINE), é indicado como anti-inflamatório, analgésico ou antipirético.
*O uso de anti-inflamatórios não esteroidais bloqueiam a síntese da 
prostaglandina diminuindo a inflamação e a dor. Seu uso prolongado pode 
causar gastrites. 
Esteroides (corticosteroides): São hormônios produzidos pela suprarrenal. Atuam diretamente inibindo a fosfolipase A2, enzima que quando ativada por um estímulo lesivo libera o Ácido Aracdônico da membrana celular para o citoplasma, quebrando toda a cascata de inflamação, o que explica o seu uso muitas vezes em processos alérgicos. Tem ação anti-inflamatória e imunossupressores
Ex: Betametasona é uma associação de ésteres do mesmo, que produz efeitos anti-inflamatórios, antialérgicos e anti-reumáticos. Está indicado para o tratamento de doenças agudas e crônicas suscetíveis aos corticoides,
O conhecimento dos processos de resolução das inflamações abriu novas perspectivas para o tratamento das doenças inflamatórias. Os pesquisadores buscam desenvolver medicamentos que, em vez de inibirem os mecanismos indutores da inflamação, agem como promotores de mecanismos anti-inflamatórios naturais; em lugar de medicamentos anti-inflamatórios, serão medicamentos pró-resolução das inflamações. 
NOMENCLATURA, CLASSIFICAÇÃO, FORMAS E TIPOS DE INFLAMAÇÕES.
Uma classificação puramente etiológica é impossível porque agentes diversos causam inflamações com características anatomoclínicas semelhantes. Por outro lado, um mesmo agente pode provocar inflamações de tipo diverso, conforme estado de reatividade do organismo. 
Inflamações podem ter curso agudo ou crônico. São consideradas agudas as inflamações que duram até seis meses e crônicas as que persistem por mais de seis meses.
 INFLAMAÇÕES AGUDAS
Para Bogliolo nas inflamações agudas os sinais inflamatórios estão comumente presentes: eritema, edema e dor. Nelas, especialmente nas de curta duração, em geral predominam neutrófilos e macrófagos nos exsudato. As modificações dos leucócitos exsudatos são mais discretas. Há inflamações agudas em que predominaa exsudação plasmática, genericamente denominadas inflamações exsudativas; ocorrem, sobretudo em serosas, onde podem se caracterizar por exsudato fluido, com aspecto de soro (inflamação serosa), ou rico em fibrina que se deposita na superfície da serosa (inflamação fibrinosa), ou ainda com exsudato liquido e deposito de fibrina (inflamação serofibrinosa). Se ocorrer hemorragia, a inflamação é denominada sero-hemorragica ou serofibrino-hemorragica.
Nas mucosas, as inflamações agudas assumem aspectos morfológicos, que recebem denominações especiais. São denominadas inflamações catarrais quando há exsudação liquida e de leucócitos na superfície das mucosas, com descamação do epitélio e secreção de muco, que, juntos, formam o catarro (daí a denominação catarral). Faringites e laringites, tão comuns nas gripes e resfriados. As formas crônicas de inflamações catarrais podem se acompanhar de hipotrofia da mucosa, e são denominadas inflamações hipotróficas. (BOGLIOLO; LUIGI, 2009. p. 217).
Outro tipo de inflamação aguda em mucosas é a pseudomembranosa, geralmente de origem bacteriana, na qual o agente produz toxinas que determinam necrose do epitélio, iniciando os fenômenos de exsudação de células e fibrina. A fibrina forma uma camada espessa sobre a mucosa, tomando o aspecto de uma membrana (pseudomembrana), geralmente esbranquiçada, que, se arrancada, deixa a superfície cruenta. É a inflamação que ocorre na laringe dos pacientes com difteria. 
Tipos de inflamações: 
Inflamações necrosantes: acompanham-se de necrose extensa da área inflamada. Um exemplo é a enterocolite necrosante dos recém-nascidos, caracterizada por necrose e inflamação da mucosa intestinal.
Inflamações purulentas (supurativas): agudas ou crônicas, que podem ocorrer em qualquer órgão, tem como característica principal a formação de pus. São provocadas por bactérias (mais freqüentemente estafilococos e estreptococos, denominados bactérias piogênicas) que induzem grandes exsudações de fagócitos e fibrina,os quais se acumulam no local. 
Pústula é uma inflamação aguda purulenta, circunscrita, da pele ou mucosa, em que o pus formado se acumula entre o epitélio e o conjunto subjacente, formando uma pequena elevação, geralmente de cor amarelada. 
Abscesso é uma inflamação purulenta circunscrita, caracterizada por coleção de pus em uma cavidade neoformada, escavada nos tecidos pela própria inflamação e circundada por uma membrana ou cápsula de tecido inflamado (membrana piogênica), da qual o pus é gerado. 
Abscesso frio não se refere a uma inflamação purulenta verdadeira. A expressão é utilizada para indicar o acumulo de material necrótico, liquefeito e fluido que segue por gravidade estruturas anatômicas pré-formadas (fáscias, aponeuroses etc.) e se coleciona em local distante de sua origem; a forma mais comum é o abscesso frio do mediastino posterior, originado da tuberculose dos corpos vertebrais.
Furúnculo é um abscesso da derme e, às vezes, do subcutâneo, geralmente causado por estafilococos que penetram nos folículos pilosos e nas glândulas sebáceas. Nos pequenos furúnculos, a cura se processa com restituição da integridade; nas formas extensas e graves, com cicatrização.
Flegmão é a inflamação purulenta difusa na qual o pus se infiltra no tecido conjutivo, mas sem formar a membrana piogênica. O flegmão pútrido é produzido por associações bacterianas (com germes da putrefação); flegmão enfisematoso, por germes gasogenos. Flegmão duro indica inflamação purulenta difusa, com pouca liquefação, na qual o exsudato se infiltra nos tecidos e os torna duros. Os flegmão recebe também a denominação de antraz. (BOGLIOLO; LUIGI, 2009. p. 218).
Serosa: ocorre nos processos irritativos agudos, e por respostas alérgicas. 
Ocorre por ação de agentes de baixa virulência extravasamento acúmulo de 
fluido com baixa concentração de proteínas e leucócitos. Fluido aquoso, claro. 
Mucosa (catarral): Curta duração, tecidos ricos em cel. Caliciformes e 
glândulas mucosas. Tecido afetado contem fluido transparente e levemente 
opaco e viscoso, aspecto gelatinoso 
Fibrinosa: Observada em membranas serosas (como pleura e pericárdio) 
ação de agentes microbiológicos de alta virulência. Tecido avermelhadoe 
coberto por uma secreção inicialmente fosca e turva que com o tempo torna -se 
flocosa e filamentosa. 
Purulenta: Órgãos compactos ou cavidades. Infecções bacterianas. Liquido 
branco amarelado, denso. 
Hemorrágica: Liquido avermelhado, pouco viscoso, rico em hemácias, onde há 
grave lesão vascular. Agentes de alta virulência. 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA
Transição da inflamação aguda com longa duração. 
Inflamações Crônicas é aquela na qual, devido à persistência do agente inflamatório (Ex: Microorganismo), exposição prolongada a agentes tóxicos (Ex: Tabagismo) ou aparecimento de fenômenos autoimunitários, o processo se mantém por maior tempo. Embora não existam critérios rígidos, considera-se crônica a inflamação que dura mais de seis meses. Nela, os sinais típicos de inflamação (eritema e edema) podem não aparentes. Em uma hepatite viral crônica, por exemplo, esse conjunto de achados é bem evidente: regiões de necrose, com exsudato de linfócitos e macrófagos, e áreas de fibrose, de extensão variável. Não existem modelos experimentais simples que reproduzam as inflamações crônicas. (BOGLIOLO, 2009).
Nas inflamações crônicas, modificações das células do exsudato são frequentes. Dependendo da etiologia, linfócitos T ativados adquirem aspectos de linfoblastos, com citoplasmas abundantes, enquanto linfócitos B se diferenciam em plasmócitos. O exsudato pode organizar-se, simulando tecido linfoide, com folículos, centros germinativos e veias de endotélio alto. Macrófagos podem se organizar, adquirir aspectos epitelióide e formar granulomas, o que caracteriza as inflamações granulomatosas. (BOGLIOLO, 2009).
As inflamações granulomatosas caracterizam-se por modificações das células do exsudato, que se organizam e formam agregados circunscritos, denominados granulomas. (BOGLIOLO, 2009).
Granulomas, portanto pode ser entendido de forma simplificada como um conjunto organizado de células inflamatórias. (BOGLIOLO, 2009).
Nos granulomas típicos, induzidos por agentes imunogênicos, os macrófagos se agrupam e formam pregas interdigitantes entre-si, unindo-os de modo semelhante a células epiteliais, inclusive com diferenciação de áreas de adesão mais íntimas, por essa razão são denominados células epitelióides, que não mais fagocitam, embora permaneçam com capacidade para pinocitar e transportar vesículas endocíticas no citoplasma. (BOGLIOLO, 2009).
Granulomas Epitelióides típicos (também denominados granulomas imunogênicos) são produzidos por a gentes inflamatórios imunogênicos, particulados ou insolúveis, como a bactéria da Mycobacterium tuberculosis. (BOGLIOLO, 2009).
Agentes particulares inertes, não imunogênicos induzem granulomas mais frouxos, nos quais as células epitelióides não formam paliças típicas, sendo denominados Granulomas do tipo corpo estranho. (BOGLIOLO, 2009).
Outra característica importante dos granulomas é o aparecimento de células gigantes multinuclear. As células gigantes podem ter núcleos organizados na periferia ou distribuídos irregularmente no citoplasma, essa distribuição diferente dos núcleos está relacionado à reorganização ou não do citoesqueleto, o que parece ocorrer mais frequentemente nos granulomas imunogênicos. Os granulomas podem conter outros tipos celulares de acordo com o agente inflamatório. (BOGLIOLO, 2009).
As inflamações hipertrofiantes ou hiperplásicas são inflamações crônicas que se acompanham de acentuada neoformação conjuntivo-vascular (fenômeno reparativo cicatricial exagerado) ou hiperplasia de componentes do parênquima do órgão. Tais inflamações acometem, sobretudo mucosas, tornando mais espessas e salientes as suas formações anatômicas normais.

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