Aula 01 DF

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Informática Para Internet
Roberto Douglas da Costa
Danielle Gomes de Freitas Medeiros
Charles Cesar Magno de Freitas
2015
Natal-RN
Banco de Dados
Curso Técnico Nível Médio Subsequente
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Rio Grande do Norte
Aula 01
Conceitos Básicos de Banco de Dados
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação a Distância
GOVERNO DO BRASIL
Presidenta da República
Dilma Vana Rousseff
Ministro da Educação
Aloizio Mercadante
Diretor de Educação a Distância da CAPES
Jean Marc Mutzig
 Reitor do IFRN
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Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação
José Yvan Pereira Leite
Coordenador da Editora do IFRN
Paulo Pereira Da Silva
Diretor do Campus EaD/IFRN
Erivaldo Cabral
Diretor Acadêmico do Campus EaD/IFRN
Wagner de Oliveira
Coordenador Rede e-Tec Brasil no IFRN
Roberto Douglas da Costa
Coordenador do Curso Técnico Subsequente 
em Informática para Internet 
Charles César Magno de Freitas
BANCO DE DADOS 
AULA 01 
CONCEITOS BÁSICOS DE BANCO DE DADOS
Professor-autor
Danielle Gomes de Freitas Medeiros 
Roberto Douglas da Costa 
Charles Cesar Magno de Freitas 
Projeto Gráfico
Eduardo Meneses e Fábio Brumana
Direção da Produção de Material Didático
Rosemary Pessoa Borges
Coordenação de Produção de Mídia Impressa
Leonardo dos Santos Feitoza
Coordenação de Revisão
Wagner Ramos Campos
Revisão ABNT
Edineide da Silva Marques 
Revisão Linguística
Elizeth Herlein 
Revisão Pedagógica
Vanilton Pereira da Silva 
Diagramação
Georgio Nascimento
Este Caderno foi elaborado em parceria entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia 
do Rio Grande do Norte e o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil – e-Tec Brasil.
Ficha catalográfica
C837i Costa, Roberto Douglas da.
Informática para Internet. Banco de dados. Aula 01 : Conceitos básicos de banco de 
dados. / Roberto Douglas da Costa, Daniele Gomes de Freitas Medeiros, Charles Cesar 
Magno de Freitas. – Natal : IFRN Editora, 2015.
13 f. : il. color.
Disciplina do Curso Técnico Nível Médio Subsequente – Rede e-Tec Brasil.
1. Banco de Dados. 2. Banco de Dados - Tipos. 3. Informática - Internet. I. Medeiros. 
Daniele Gomes de Freitas. II. Freitas, Charles Magno de. III. Título.
RN/IFRN/EaD CDU 004.6
Ficha elaborada pela bibliotecária Edineide da Silva Marques, CRB 15/488
e-Tec Brasil3
Apresentação da disciplina
Nesta primeira aula, iremos abordar os conceitos de banco de dados 
relacionais, redundância de dados e sistema de gerenciamento de banco de 
dados como também o conceito de banco de dados não relacionais
e-Tec Brasil 4 Informática Para Internete-Tec Brasil 4
e-Tec Brasil
Aula 1 - Conceitos Básicos de Banco de Dados
Desenvolvendo o conteúdo 
1. Banco de dados relacionais
Você pode estar, neste momento, se perguntando, o que seria um banco de 
dados? Poderíamos desmembrar esse conceito explicando separadamente 
as duas palavras desse termo. Primeiro, vamos conceituar a palavra 
“banco” que podemos entender como local de armazenamento, como por 
exemplo, um banco comercial que nada mais é que o local onde guardamos 
dinheiro. E a palavra “dados” que podemos entender como informações ou 
conhecimentos de alguma coisa ou de alguém.
Objetivos
entender os principais conceitos de banco de dados;
identificar os tipos de banco de dados e suas diferenças;
compreender a importância de banco de dados para um sistema. 
Figura 1: Banco de Dados
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Juntando as duas palavras temos “banco de dados” que podemos 
conceituar como um local definido para armazenar (guardar) informações 
ou conhecimentos ou, ainda, como um conjunto de dados integrados que 
tem, por objetivo, atender a uma comunidade de usuários.
Esses dados armazenados podem ou não se relacionar uns com os outros. 
Quando eles se relacionam, chamamos de banco de dados relacionais, 
que podemos definir como uma coleção de informações relacionadas a 
um determinado assunto ou finalidade, como por exemplo, o controle de 
pedidos dos clientes ou manutenção de uma coleção musical.
Para entendermos melhor, vamos usar o exemplo de uma indústria que 
compra matéria-prima para fabricar certo produto e depois vendê-lo no 
mercado. Então, essa empresa manipularia três sistemas, um de compra, 
um de produção e outro de venda. O sistema de compra acompanharia as 
atividades relacionadas à aquisição da matéria-prima junto aos fornecedores, 
como cotação de preços, compra do produto, acompanhamento do seu 
fornecimento e estoque; o sistema de produção controlaria a fabricação do 
produto, como quantidade, qualidade e variedade do produto e o sistema 
de venda gerenciaria o fornecimento do produto final para os clientes, como 
quantidade a ser vendida, preços de venda e distribuição.
Observe que, nesse exemplo, os dados do produto final a ser produzido 
são utilizados pelos três sistemas. Pois, para vender, é preciso conhecer 
informações essenciais do produto como seu preço final de venda, quantidade 
em estoque, data de fabricação, etc. E para fabricá-lo, foi preciso conhecer 
o processo de produção, como o tempo gasto na sua produção e que itens 
são agregados ao produto. E, para comprar a matéria-prima, é necessário 
conhecer os componentes que se agregam ao produto final.
Se essas informações forem descritas de forma separada, ou seja, para 
cada sistema for criado um arquivo do produto sem levar em consideração 
as informações dos demais sistemas, acontecerá o que chamamos de 
redundância de dados. (Figura 2).
 
Informática Para Internete-Tec Brasil 6
1.1. Redundância de dados
Mas o que seria uma redundância de dados? É quando uma determinada 
informação está representada em um sistema computacional repetidas 
vezes. No caso do nosso exemplo, o arquivo PRODUTOS aparece de forma 
repetida nos três sistemas.
A redundância de dados pode acontecer de duas formas: redundância 
controlada de dados e a redundância não controlada de dados. A redundância 
controlada de dados acontece quando o software tem conhecimento da 
múltipla representação da informação e garante a sincronia entre as diversas 
representações. Para o usuário externo ao sistema computacional, isso 
acontece de forma transparente, sem que ele perceba, pois, para ele, é como 
se a informação existisse apenas em um único local. Esse tipo de redundância 
acontece em alguns tipos de sistemas para melhorar o desempenho geral. 
É como acontece em sistemas distribuídos, nos quais a mesma informação 
pode ser armazenada em vários computadores diferentes, o que permite o 
acesso rápido a essa informação a partir de qualquer um deles.
E a redundância não controlada de dados acontece quando a replicação 
dos dados é de responsabilidade do próprio usuário que armazena a mesma 
informação em diversos locais dentro do mesmo sistema. Esse tipo de 
redundância pode causar vários tipos de problemas ao sistema tais como: 
Redigitação de dados, que nada mais é que o usuário digitar a mesma 
informação várias vezes dentro do mesmo sistema, causando ao usuário um 
acúmulo desnecessário de trabalho e, ainda, correndo o risco de digitações 
erradas, o que levaria ao segundo problema que é a inconsistência de 
dados, que, como o próprio termo já diz, pode ocasionar informações 
Figura 2: Sistemas Isolados
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inconsistentes no sistema, que não condizem com a realidade dos dados 
contidos no sistema. No caso do exemplo da figura 2, se o usuário digitar 
uma informação referente ao produto que está armazenado no sistema de 
vendas e digitar alguma informação diferente para o mesmo produto no 
sistema de compras, ele deixa de ser o mesmo produto e, para o sistema, 
será tratado como um novo produto, causando inconsistência nos dados do 
sistema. 
Para evitar esses danos ao sistema, ocasionados pela redundância de dados 
não controlada, é que usamos o compartilhamento de dados, que pode 
ser entendido como um conjunto de arquivos associados que pode atender 
a um conjunto de sistemas, o qual podemos chamar de Banco de Dados. 
Pois, nessa forma de processamento, cada informação é armazenada em 
um repositório de dados uma única vez e pode ser acessado pelos vários 
sistemas que precisam usar essas informações no seu processamento.
1.2. Sistema de Gerenciamento de Banco de Dados (Sgb)
Um banco de dados de um sistema computacional é gerenciado por um 
conjunto de aplicações denominado de Sistema de Gerenciamento de Banco 
de Dados, conhecido pela sigla – SGBD, e a integração desses aplicativos 
nos permite definir, construir e manipular um banco de dados em suas 
diversas aplicações. O principal objetivo de um SGBD é disponibilizar um 
ambiente que seja adequado e eficiente para uso na recuperação, alteração 
e armazenamento de informações.
Figura 3: Sistemas Integrados com dados compartilhados
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Um SGBD é uma coleção de programas de propósito geral que facilita o 
processo de definir, construir e manipular bancos de dados para várias 
aplicações que incorpora as funções de criação, recuperação e alteração de 
dados em banco de dados. (MACHADO, 2004)
Então, concluindo, um banco de dados pode ser caracterizado por representar 
uma coleção lógica coerente de dados devidamente relacionados, onde os 
dados podem ser entendidos como as informações conhecidas que podem 
ser armazenadas e que possuem um significado importante.
2. Banco de dados não relacioais
Desde o seu surgimento, por volta dos anos 70, os bancos de dados relacionais 
são padrões para desenvolvimento de aplicações com base de dados por 
muitos desenvolvedores em muitas empresas espalhadas pelo mundo afora. 
Ninguém imaginava outra forma de trabalhar com uma grande quantidade 
de dados que não fosse através de um sistema que manipulasse dados 
armazenados em tabelas e de forma relacional.
Com o crescimento das aplicações WEB, a internet passou a exigir bancos de 
dados de tamanhos que antes não eram imaginados e as empresas provedoras 
de serviços via internet começaram a trabalhar com a possibilidade de criar 
bases de dados gigantescas que pudessem satisfazer seu apetite de controlar 
os cidadãos.
Nas aplicações WEB, que trabalham com um grande fluxo de dados, ocorreu 
o aumento da quantidade de informações que deveriam ser manipuladas, 
surgindo assim a necessidade da escalabilidade de servidores de banco de 
dados.
Figura 4: Sistema de Gerenciamento de Bando de Dados – SGBD
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Escalabilidade é a capacidade de um sistema de manipular uma crescente 
quantidade de dados de forma uniforme. (MACHADO, 2004)
Essa escalabilidade pode ser realizada de duas maneiras, de forma vertical, 
quando é feita uma atualização na capacidade de memória, processamento 
e armazenamento do servidor, ou a horizontal, que visa o aumento no 
número de servidores, com maiores aplicações, distribuindo, assim, a 
memória, o processamento e o armazenamento em várias máquinas.
Servidor - é um sistema de computação centralizada que fornece serviços 
a outras estações (equipamentos) ligadas a uma rede de computadores. 
(MACHADO, 2004)
Para solucionar o problema de escalabilidade do servidor, dando suporte 
a suas demandas de mercado, grandes empresas que trabalham com alto 
fluxo de informações na WEB, com é o caso da Google e Facebook, criaram 
um banco de dados não-relacional também conhecido pela sigla “NoSQL” 
que quer dizer “Not Only SQL” ou no português não apenas “SQL”.
Agora, os bancos deixaram de ser relacionais, abandonaram o padrão SQL 
e o conceito ACID (Atomicidade, Consistência, Isolamento e Durabilidade), 
esquecendo as formas normais (N1, N2, N3...) e passaram a ser não 
relacionais através da adoção de novas técnicas de modelagem visando 
sempre à velocidade de acesso e resposta às requisições priorizando a alta 
performance e alta escalabilidade.
A diferença entre eles é que no modelo convencional de banco de dados, uma 
informação está dividida em várias tabelas, reduzindo, assim, a redundância 
de informações, porém quando a quantidade de registros é muito grande, 
a busca se torna lenta, já no NoSQL, os registros encontram-se, em geral, 
agrupados, isso melhora a velocidade de busca e, em contrapartida, aumenta 
a repetição de informações.
O modelo não-relacional (NoSQL) não veio para substituir o modelo relacional, 
veio para solucionar os problemas que o atual modelo não solucionava ou 
fazia de forma não tão eficaz e muito mais trabalhosa. É importante ressaltar 
que cada modelo tem suas particularidades e atende a casos diferentes.
Informática Para Internete-Tec Brasil 10
ATIVIDADE
1) Faça uma pesquisa na internet sobre os principais bancos de dados rela-
cionais e sua importância para o mercado nos dias atuais, destacando suas 
características e depois compare com os bancos de dados não relacionais 
pesquisados por vocês.
RESUMINDO
Nesta aula, aprendemos que banco de dados é um conjunto de dados inte-
grados que tem por objetivo atender a uma comunidade de usuários. Esses 
dados armazenados podem ou não se relacionar uns com os outros. Tam-
bém vimos como se dá a redundância de dados e como se processa o siste-
ma de gerenciamento de banco de dados. Na próxima aula, estudaremos 
sobre a modelagem de dados de um banco. 
LEITURAS COMPLEMENTARES
Revista SQL MAGAZINE:
•	 http://www.devmedia.com.br/revista-sql-magazine
•	 http://www.devmedia.com.br/bancos-de-dados-relacionais-artigo-revis-
ta-sql-magazine-86/20401
Revista IMASTER
•	 http://imasters.com.br/secao/banco-de-dados/
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Referências 
COSTA, Robério Luís de Carvalho. SQL guia prático. Rio de Janeiro: Brasport, 2004.
HEUSER, Carlos Alberto. Projeto de banco de dados. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 
2001.
IANNI, Vinicius. Introdução aos bancos de dados NoSQL. [20--]. Disponível em: 
<http://www.devmedia.com.br/introducao-aos-bancos-de-dados-nosql/26044>. Acesso 
em: 30 jun. 2015.
MACHADO, Felipe Nery Rodrigues. Banco de dados: projeto e implementação. São 
Paulo: Érica, 2004.
MOURA, Paulo. NoSQL: uma nova necessidade! 2013. Disponível em: <http://devbrasil.
net/profiles/blogs/nosql-uma-nova-necessidade>. Acesso em: 30 jun. 2015.
PEREIRA, Cristian. NoSQL e o conceito de banco de dados não relacional. 2011. 
Disponível em: <http://www.fxplabs.com.br/blog/nosql-conceito-de-banco-de-dados-nao-
relacional/>. Acesso em: 30 jun. 2015.
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