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Fichamento 1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE HISTÓRIA
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS
PROFESSOR: CARLOS ALVAREZ
ALUNA: ELAINE ROSE DA SILVA – MATRÍCULA: 2014.1.00020.14
	
1º FICHAMENTO:
Que é História?
CARR, Edward Hallett.
CARR, Edward Hallett. Que é História?
Fichamento por: Elaine Rose da Silva.
I.O historiador e seus fatos:
“Não podemos ter nesta geração a história definitiva, mas podemos dispor da história convencional e mostrar o ponto a que chegamos entre uma e outra, agora que todas as informações estão ao nosso alcance e que cada problema tem possibilidade de solução.” (p. 43).
Segundo Sir George Clark (1907, p. 10-12) “Historiadores de uma geração posterior [...] esperam que seu trabalho seja superado muitas e muitas vezes. Eles consideram que o conhecimento do passado veio através de uma ou mais mentes humanas, foi ‘processado’ por elas e, portanto, não pode compor-se de átomos elementares e impessoais que nada podem alterar...” (p.43)
“Quando tentemos responder à pergunta “Que é história?” nossa resposta, consciente ou inconscientemente reflete nossa própria posição no tempo, e faz parte da nossa resposta a uma pergunta mais ampla: que visão nós temos da sociedade em que vivemos?” (p. 44)
“Os positivistas, ansiosos por sustentar sua afirmação da história como uma ciência, contribuíram com o peso de sua influência para este culto dos fatos.” (p. 45)
“A teoria empírica do conhecimento pressupõe uma separação completa entre sujeito e objeto. Fatos, como impressões sensoriais, impõem-se, de fora, ao observador e são independentes de sua consciência.” (p. 45)
“A história consiste num corpo de fatos verificados. Os fatos estão disponíveis para os historiadores nos documentos, nas inscrições, e assim por diante.” (p. 45)
“De acordo com a visão do senso comum, há certos fatos básicos que são os mesmos para todos os historiadores e que formam, por assim dizer, a espinha dorsal da história.” (p. 46)
“É comum dizer-se que os fatos falam por si. Naturalmente isto não é verdade. Os fatos falam apenas quando o historiador os aborda: é ele quem decide quais os fatos que vêm à cena e em que ordem ou contexto.” (p. 47)
“O historiador é necessariamente um selecionador.” (p. 48)
Segundo Bury (1930, p. 52) “os registros da história antiga e medieval são semeados de lacunas”. A história tem sido vista como um enorme quebra-cabeça com muitas partes faltando. (p.49)
“A figura do homem medieval como devotamente religioso, se verdadeira ou não, é indestrutível, porque praticamente todos os fatos conhecidos sobre ele foram pré-selecionados para nós por pessoas que acreditavam nisto, que queriam que outros acreditassem.” (p. 50)
Segundo Barraclough (1955, p. 14) “a história que nós lemos, embora baseada em fatos, não é, para dizer a verdade, absolutamente factual, mas uma série de julgamentos aceitos” (p. 50)
“O historiador dos tempos modernos [...] tem a dupla tarefa de descobrir os poucos fatos importantes e transformá-los em fatos da história e de descartar os muitos fatos insignificantes como não históricos.” (p.50)
“Os fatos, mesmo se encontrados em documentos, ou não, ainda têm de ser processados pelo historiador antes que se possa fazer qualquer uso deles.” (p. 52)
“O século XIX foi, para os intelectuais da Europa ocidental, um período confortável, transpirando confiança e otimismo. Os fatos eram em conjunto satisfatórios; a inclinação para perguntar e responder questões difíceis sobre eles era respectivamente fraca.” (p. 55)
“Os historiadores britânicos recusaram-se a ser persuadidos, não porque acreditassem que a história não tinha significado, mas porque acreditavam que seu significado era implícito e evidente por si próprio.” (p. 55)
“A história consiste essencialmente em ver o passado através dos olhos do presente e à luz de seus problemas, que o trabalho principal do historiador não é registrar, mas avaliar; porque, se ele não avalia, como pode saber o que merece ser registrado?” (p. 56)
“A filosofia da história não é relacionada com “o passado em si” nem com “o pensamento do historiador sobre o passado em si mesmo”, mas com “as duas coisas em suas relações mútuas””. (p. 57)
“O passado que o historiador estuda não é um passado morto, mas um passo que, em algum sentido, esta ainda vive no presente.” (p. 57)
“Os fatos da história nunca chegam a nós “puros”, desde que eles não existem nem podem existir numa forma pura: eles são sempre refratados através da mente do registrador.” (p. 58)
“Quando você lê um trabalho de história, procura saber o que se passa na cabeça do historiador. Se não conseguir, o defeito é seu ou dele.” (p. 59)
“Nós podemos visualizar o passado e atingir nossa compreensão do passado somente através dos olhos do presente. O historiador pertence à sua época e a ela se liga pelas condições de existência humana.” (p. 60)
“O fato de se enfatizar o papel do historiador na elaboração da história tende, se pressionado à sua conclusão lógica, a rejeitar todo e qualquer objetivo da história: a história é o que o historiador faz.” (p. 61)
Segundo Froude (1894, p. 21) história é “uma caixa de letras para criança com a qual nós podemos soletrar qualquer palavra que nos agrade” (p. 62)
“Conhecimento é conhecimento para algum fim. A validade do conhecimento depende da validade do propósito.” (p. 63)
“O dever do historiador de respeitar seus fatos não termina ao verificar a exatidão deles. Ele deve procurar focalizar todos os fatos conhecidos, ou que possam ser conhecidos, e que tenham alguma importância para o tema em que está empenhado e para a interpretação a que se propôs.” (p. 63)
“Na medida em que vou lendo, faço acréscimos à leitura, ou subtrações, reformulo ou cancelo. A leitura é guiada, dirigida, e tornada proveitosa pela escrita: quanto mais escrevo, mais sei o que estou procurando, compreendo melhor o sentido e a relevância daquilo que descubro.” (p. 64)
“[...] minha primeira resposta à pergunta “Que é história?” é que ela se constitui de um processo contínuo de interação entre o historiador e seus fatos, um diálogo interminável entre o presente e o passado.” (p. 65) 
II. A Sociedade e o Indivíduo
“A sociedade e o indivíduo são inseparáveis; eles são necessários e complementares um ao outro e não opostos.” (p. 67)
“Todo ser humano em qualquer estágio da história ou da pré-história nasce numa sociedade e, desde seus primeiros anos, é moldado por essa sociedade.” (p. 67)
“Os antropólogos afirmam, geralmente, que o homem primitivo é menos individual e mais completamente moldado por sua sociedade do que o homem civilizado.” (p. 68)
“O desenvolvimento da sociedade e o desenvolvimento do indivíduo caminham de mãos dadas e condicionam-se um ao outro.” (p. 68)
” O homem civilizado, como homem primitivo, é modelado pela sociedade tão eficazmente quanto a sociedade é modelada por ele. Não se pode mais ter o ovo sem a galinha, assim como não se pode ter a galinha sem o ovo.” (p. 69)
“Os direitos do homem e do cidadão proclamados pela Revolução Francesa eram os direitos do indivíduo. O individualismo foi a base da grande filosofia do século XIX, o utilitarismo.” (p. 69)
“O conhecimento do historiador não é sua propriedade individual e exclusiva: na acumulação desse conhecimento participaram homens, de muitas gerações e de muitos países diferentes.” (p. 71)
“Escreve-se a grande História precisamente quando o historiador tem do passado uma visão que penetra nos problemas do presente, tornando-se, portanto, mais iluminada.” (p. 73)
Segundo Butterfield (1931, p.31-32) “o estudo do passado com um olho, por assim dizer, sobre o presente é a fonte de todos os pecados e sofismas em história... É a essência do que queremos significar pela palavra ‘anti-histórico’.”(p. 77)
“Quando se pega um trabalho histórico,não basta procurar o nome do autor na capa do livro: procura-se também a data de publicação ou em que época foi escrito - às vezes é inclusive mais revelador.” (. p 78)
De acordo com Acton (1906, p. 33) “a história deve não apenas nos livrar da influência indevida de outros tempos, mas também da influência indevida do nosso próprio tempo, da tirania do meio e da pressão do ar que respiramos” (p.79)
“A capacidade do homem de erguer-se acima de sua situação social e histórica parece estar condicionada pela sensibilidade com que reconhece a extensão de seu envolvimento nela.” (p. 79)
“[...] antes de estudar a história, estude o historiador. [...] antes de estudar o historiador, estude seu meio histórico e social. O historiador, sendo um indivíduo, é também um produto da história e da sociedade; e é sob este duplo aspecto que o estudante de história deve aprender a considerá-lo.” (p. 79-80)
De acordo com Wedgwood (1955, p.17) “o comportamento dos homens como indivíduos [...] é mais interessante para mim do que seu comportamento como grupos ou classes.” (p. 81)
“Nenhuma sociedade é completamente homogênea. Toda sociedade é uma arena de conflitos sociais e aqueles indivíduos que se enfileiram contra a autoridade existente não são menos produtos e reflexos da sociedade do que aqueles que a sustentam.” (p. 87)
“Qual é o papel do grande homem na história? O grande homem é um indivíduo e, sendo um indivíduo de destaque, é também um fenômeno social de importância destacada.” (p. 88-89)
“[...] a antítese imaginária entre a sociedade e o indivíduo nada mais é do que uma pista falsa atravessada no nosso caminho para confundir nosso pensamento.” (p. 90)
III. História, Ciência e Moralidade.
“[...]os cientistas sociais, partindo da biologia, começaram a pensar na sociedade como um organismo.[...]A ciência não era mais relacionada com algo estático e eterno, mas com um processo de mudança e desenvolvimento.” (p. 92)
“O moinho manual nos dá uma sociedade com um senhor feudal; o moinho a vapor nos dá uma sociedade com um capitalista industrial” (p.95)
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RIO DE JANEIRO
ABRIL DE 2014

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