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Orçamento Público - AULA 2 PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS, INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA ORÇAMENTO PÚBLICO: Plano Plurianual – PPA Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO São as leis que regulam o planeja- mento dos entes públicos Lei do Orçamento Anual – LOA. federal, estaduais e municipais. Essas leis constituem etapas distintas, porém integradas, de forma que permitam um planejamento estrutural das ações governamentais. Na seção denominada “Dos Orçamentos” na Constituição Federal de 1988 tem-se essa integração, por meio da definição dos instrumentos de planejamento, os quais são de iniciativa do Poder Executivo. Art. 165 da CF/1988 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes orçamentárias; III – os orçamentos anuais. Plano Plurianual – PPA É o instrumento de planejamento de médio prazo que estabelece, de forma regionalizada... • as diretrizes; • os objetivos e • as metas. ... da Administração Pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Retrata em visão macro, as intenções do gestor público para um período de quatro anos, podendo ser revisado a cada ano. A LDO (Lei de Diretrizes Orçamentária) surgiu almejando ser o elo entre o planejamento estratégico (PPA) e o planejamento operacional (LOA). Sua relevância reside no fato de ter conseguido diminuir a distância entre o plano estratégico e as LOAS, que dificilmente conseguiam incorporar as diretrizes dos planejamentos estratégicos existentes antes da CF/88. Além dos dispositivos referentes a LDO previstos na CF/88, veja abaixo que a Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 4º, I, aumentou o rol de funções da LDO. Art. 4º - A Lei de Diretrizes Orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da CF/88 e disporá sobre: Equilíbrio entre receitas e despesas; Critérios e forma de limitação de empenho, caso a realização da receita possa não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal previsto (correspondente à diferença entre as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, não considerando o pagamento do principal e dos juros da dívida, tampouco as receitas financeiras. Já o resultado nominal é mais abrangente, pois corresponde á diferença entre todas as receitas arrecadadas e as despesas empenhadas, incluído pagamentos de parcelas do principal e dos juros da dívida, bem como as receitas financeiras obtidas). Normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos. Demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas. A LOA é um instrumento que expressa à alocação de cursos públicos, sendo operacionalizada por meio de diversos programas, onde o poder público prevê a arrecadação de receitas e fixa a realização de despesas para o período de um ano. A LOA é o orçamento por excelência ou o orçamento propriamente dito e tem a finalidade de concretização dos objetivos e metas estabelecidas no PPA, expressando as políticas desenvolvidas pela entidade pública por meio do cumprimento ano a ano das etapas do PPA, em consonância com o que foi estabelecido na LDO. A LOA compreenderá: I. o orçamento fiscal referente aos Poderes Executivos, seus Fundos, Órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta, inclusive Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II. o orçamento de investimento das empresas em que o Poder Executivo, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III. o orçamento de seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados da Administração Direta ou indireta, bem como os fundos e Fundações instituídos e mantidos pelo poder Público. Logo, os orçamentos que compõem a LOA são conhecidos como orçamento fiscal, orçamento de investimentos e orçamento de seguridade social. Princípios Orçamentários são premissas, linhas norteadoras de ações a serem observadas na concepção da proposta, consagrados pela CF/88, pelas leis, pelas normas infra legais e pela tradição. Anualidade (Lei 4.320/64) A vigência do orçamento deve ser de um ano, normalmente, coincidindo com o ano civil. Clareza O princípio da clareza estabelece que o orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e compreensível. Equilíbrio (CF/88, art 167, inc II, IV, V e art 166, § 3°, inc II) Total das despesas igual ao total das receitas, de modo a não resultar déficits espirais, coibindo a previsão de receitas fictícias. Especificação Está relacionado ao aspecto formal da peça orçamentária, tendo como objetivo vedar previsões genéricas de receitas e despesas na lei orçamentária. Assim, as receitas e despesas deverão ser consignadas no nível mínimo de detalhamento exigido, isto é, um quadro de detalhamento de despesa, também chamado de discriminação ou especialização. Exclusividade (CF/88, art 165, § 8º) A lei orçamentária não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, exceto à autorização para abertura de créditos adicionais e contratação de operações de créditos. Publicidade (CF/88, Art 37) A Lei orçamentária deve ser divulgada por meio dos mecanismos oficiais de comunicação/divulgação para conhecimento do público e para eficácia de sua validade. Unidade (Lei 4.320/64) Constitui-se em uma peça para cada esfera de governo, devendo consolidar todas as propostas orçamentárias dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, dos seus órgãos, fundos, autarquias e fundações, bem como das empresas em que o estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. Uniformidade O mesmo que consistência, ou seja, o orçamento deve manter uma padronização ou uniformização de seus dados, a fim de possibilitar que os usuários possam realizar comparações entre os diferentes anos. Universalidade (Lei 4.320/64) O orçamento é um plano financeiro global, também chamado de orçamento bruto, pois mantém as receitas e as despesas pelos seus totais. O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. Este princípio é de fundamental importância, pois possibilita ao Legislativo conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las. VERIFIQUE O QUE VOCÊ APRENDEU! Relacione os princípios orçamentários com os seus respectivos significados. 1 – Anualidade; 2 – Clareza; 3 – Equilíbrio; 4 – Especificação; 5 – Exclusividade; 6 – Publicidade; 7 – Unidade; 8 – Uniformidade; 9 – Universalidade. ( ) Constitui-se em uma peça para cada esfera de governo, devendo consolidar todas as propostas orçamentárias. ( ) Está relacionado ao aspecto formal da peça orçamentária, tendo como objetivo vedar previsões genéricas de receitas e despesas na lei orçamentária. ( ) O orçamento deve manter uma padronização de seus dados, a fim de possibilitar que os usuários possam realizar comparações entre os diferentes anos. ( ) O orçamento deve evidenciar o que o governo pretende realizar para cumprir as suas responsabilidades perante a sociedade. ( ) O orçamento é um plano financeiro global, pois mantém as receitas e as despesas pelos seus totais. O orçamento deve conter todas as receitas e todas as despesas do Estado. ( ) Total das despesas igual ao total das receitas, de modo a não resultar déficits espirais, coibindo a previsão de receitas fictícias. ( ) A vigência do orçamento deve ser de um ano, normalmente, coincidindo com o ano civil. ( ) A lei orçamentária não conterá matéria estranha à previsão da receita e à fixação da despesa, exceto à autorização para abertura de créditos adicionais e contratação de operações de créditos. ( ) A Lei orçamentária deve ser divulgada por meio dos mecanismosoficiais de comunicação/divulgação para conhecimento do público e para eficácia de sua validade.
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