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apostila execucao penal (1)

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EXECUÇÃO PENAL 
Apresentação .................................................................................................................................... 4 
Aula 1: O surgimento e a estrutura da lei de execução penal e o seu tratamento com o 
preso definitivo ou provisório ....................................................................................................... 6 
Introdução ..................................................................................................................................... 6 
Conteúdo ........................................................................................................................................ 7 
A evolução da execução penal pelo mundo ..................................................................... 7 
O processo histórico do sistema prisional brasileiro .......................................................... 8 
Pena privativa de liberdade ............................................................................................ 9 
Normas gerais de regime penitenciário ........................................................................... 9 
A divisão das ações do Direito Penal e do Direito Processual .......................................... 10 
A essência da Lei de Execução Penal ............................................................................ 11 
A lei de execução penal ............................................................................................... 12 
Princípios da personalidade, da individualidade e da humanização .................................. 13 
O preso definitivo e o preso provisório .......................................................................... 14 
A identificação penal do preso ...................................................................................... 15 
Identificação biogenética ............................................................................................. 16 
Coleta de material genético .......................................................................................... 17 
Os estabelecimentos penais no Brasil ........................................................................... 18 
Os estabelecimentos penais no Brasil ........................................................................... 19 
Pena de reclusão ......................................................................................................... 20 
Regime fechado .......................................................................................................... 20 
Regime semiaberto...................................................................................................... 20 
Regime aberto ............................................................................................................ 21 
Sobre o excesso .......................................................................................................... 22 
Sobre o desvio ............................................................................................................ 22 
Referências .................................................................................................................................. 23 
Exercícios de fixação ................................................................................................................. 24 
Chave de resposta ....................................................................................................................................................... 30 
 
Aula 2: O controle disciplinar e os direitos e deveres dos presos. A função da pena e sua 
progressividade .............................................................................................................................. 32 
Introdução ................................................................................................................................... 32 
Conteúdo ..................................................................................................................................... 33 
O controle disciplinar do apenado ................................................................................. 33 
Direitos e benefícios do apenado .................................................................................. 35 
Lei de execução penal ................................................................................................. 36 
Regalias ...................................................................................................................... 38 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
A função da pena ........................................................................................................ 38 
Princípio da Reabilitação Social ..................................................................................... 39 
As penas restritivas de direito ...................................................................................... 40 
A medida de segurança ............................................................................................... 41 
A multa....................................................................................................................... 42 
O sistema progressivo da execução .............................................................................. 42 
A vedação da progressão por salto ............................................................................... 43 
Da regressão .............................................................................................................. 44 
Da detração ................................................................................................................ 44 
A permissão de progressão de regime nos crimes hediondos ......................................... 44 
A permissão de progressão de regime nos crimes hediondos ......................................... 45 
Das conversões ........................................................................................................... 47 
Referências .................................................................................................................................. 47 
Exercícios de fixação ................................................................................................................. 48 
Chave de resposta ....................................................................................................................................................... 54 
 
Aula 3: As assistências na LEP como estratégia para inclusão social do apenado ............ 57 
Introdução ................................................................................................................................... 57 
Conteúdo ..................................................................................................................................... 58 
Autorizações de saída .................................................................................................. 58 
O trabalho do preso..................................................................................................... 59 
Trabalho interno e externo........................................................................................... 60 
A visita íntima ............................................................................................................. 61 
A prisão domiciliar ....................................................................................................... 62 
A prisão especial ......................................................................................................... 64 
Prisão especial para advogados .................................................................................... 65 
Execução provisória .....................................................................................................65 
O monitoramento eletrônico ......................................................................................... 66 
Sobre a extinção da punibilidade mediante anistia, graça e indulto ................................. 67 
A impossibilidade da concessão de indulto nos crimes hediondos ................................... 68 
Referências .................................................................................................................................. 70 
Exercícios de fixação .................................................................................................................. 71 
Chave de resposta ........................................................................................................................................................ 77 
 
Aula 4: Do sursis ao regime disciplinar diferenciado. A realidade e as expectativas de 
mudanças na lei de execução penal. .......................................................................................... 80 
Introdução ................................................................................................................................... 80 
Conteúdo ..................................................................................................................................... 81 
A suspensão condicional da pena (sursis) ..................................................................... 81 
A possibilidade da suspensão condicional da pena nos crimes hediondos ........................ 82 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
A possibilidade de apelar em liberdade nos crimes hediondos ........................................ 83 
Impedimento de pena alternativa de Liberdade na Lei de Drogas ................................... 83 
O livramento condicional .............................................................................................. 84 
Condições para o livramento condicional ....................................................................... 86 
Características do Regime Disciplinar Diferenciado ........................................................ 89 
Progressão de regime prisional ..................................................................................... 89 
A associação criminosa ................................................................................................ 90 
O colapso do sistema penitenciário brasileiro nos dias atuais.......................................... 90 
A necessária e urgente reestruturação da execução penal ............................................. 91 
As mudanças na Lei de Execução Penal e no Código Penal ............................................ 93 
Referências .................................................................................................................................. 95 
Exercícios de fixação ................................................................................................................. 95 
Chave de resposta ..................................................................................................................................................... 102 
 
Conteudista ................................................................................................................................... 105 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
É importante despertar o interesse sobre o que sucede após o trânsito em 
julgado da sentença condenatória ao se concluir a fase declarativa do processo 
penal e, para isso, a disciplina de Execução Penal deve ser encarada de modo 
prático e objetivo, contemplando não somente aspectos formais da Lei de 
Execução Penal (LEP), mas também abordando fatos que retratam a realidade 
do sistema penal brasileiro. 
 
Sem a pretensão de se fazer uma radiografia no sistema penitenciário 
brasileiro, a disciplina visa o fomento do raciocínio crítico-jurídico acerca da 
execução penal, que pode ser identificada como a terceira fase do direito, o 
direito de punir. 
 
Para atingir os objetivos desejados, carece realizar um estudo sumário do 
surgimento da LEP e de sua atual estrutura. Desta forma, a disciplina permitirá 
que se compreenda o momento presente sobre o tema, que possui projeto de 
lei em plena discussão no Congresso Nacional trazendo possíveis mudanças 
substanciais à lei vigente. 
 
Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 
 
1. Reconhecer a relevância do estudo sobre a Lei de Execução Penal, pois o 
tema está vinculado a várias garantias constitucionais do preso inseridos 
no Artigo 5º da Constituição da República. 
2. Aplicar o funcionamento do Sistema de Execução Penal, refletindo sobre 
o contraste entre o Sistema e a realidade de sua aplicação. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
3. Identificar a importância de urgentes mudanças na LEP, adequando-a à 
realidade do país, haja vista a superlotação dos presídios que abrigam 
condenados que já cumpriram sua pena. 
4. Apontar as mudanças necessárias no sistema penitenciário brasileiro, 
uma tarefa de que precisam participar os três Poderes da República, tais 
como: revisão de leis e a aplicação de práticas de administração de 
presídios mais adequados ao Princípio da Dignidade Humana. 
 
 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
 
Introdução 
A presente aula terá como objetivo verificar algumas questões históricas, visto 
que, para melhor compreensão ao estudo da execução penal no Brasil, faz-se 
necessário verificar que, antigamente, o direito era exercido através da lei do 
talião, ou seja, “olho por olho, dente por dente”, onde, nesta época, as prisões 
serviam para trancar escravos, prisioneiros de guerra e os transgressores em 
geral, não com intuito ressocializador, mas vingativo. 
 
Ainda, será objeto de análise a compreensão dos princípios da personalidade, 
da individualidade e da humanização do preso. Para tanto, será necessário 
trazer o conceito de preso, bem como verificar sua identificação legal. No que 
tange aos estabelecimentos penais, nesta aula, serão mostrados os seus tipos e 
para quem é destinado. 
 
Objetivo: 
1. Aprender sobre a evolução da execução penal pelo mundo, o processo 
histórico do sistema prisional brasileiro, a essência da lei de execução penal, 
como também sobre princípios da personalidade, da individualidade e da 
humanização; 
2. Conhecer sobre o preso definitivo e o preso provisório, a identificação penal 
do preso, os estabelecimentos penais no Brasil e sobre o excesso e o desvio. 
 
 
 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Conteúdo 
A evolução da execução penal pelo mundo 
Nos primórdios da civilização (na Era Antiga), para o exercício do Direito era 
adotada a lei de talião, que foi a primeira lei penal com base na moral 
vingativa, onde para as soluções dos conflitos utilizava-se a regra: “Olho por 
olho, dente por dente”. 
 
O encarceramento não era uma forma de pena, pois a privação de liberdade 
não era tida como sanção penal. Os cárceres (calabouços) serviam para 
preservar o encarcerado até a execução da pena (morte, marcação de ferro em 
brasa e mutilações). Na organização social em clãs e grupos, os transgressores 
eram banidos do seio social e eram denominados “bandidos”. 
 
Com o desenvolvimento econômico, cultural e social das sociedades europeias, 
na Idade Média, pode se dizer que surgiram alguns avanços no sistema 
prisional da época, pois começou a ser desenvolvida a estrutura da punição 
por encarceramento como modalidade de pena privativa de liberdade. 
Ainda, na Europa, também nesse período, a Igreja retoma o Direito Romano, 
uma vez que já tinha seus Tribunais e sua Justiça. 
 
Foi a partir do Direito Romano que a Igreja desenvolveu locais para 
cumprimento da pena, onde os transgressores dos códigos religiosos vigentesna época eram encarcerados. Nesses locais, sempre procurou tratar os 
“penitentes” dentro dos princípios cristãos para que os condenados pudessem 
se sentir estimulados a ter espírito de penitência, ou seja, voltar-se sobre si 
mesmo, com atitude de arrependimento, para reconhecer sua conduta 
inadequada socialmente (seu pecado) e dispor-se a não reincidir. Eram 
impostos aos condenados “atos de penitência”, tais como oração e 
martirização do corpo. Esses locais eram chamados de “Penitenciários”. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Em razão do desenvolvimento da sociedade industrial, ocorrido na Era 
Moderna, o Estado passou a implantar normas e legislações de proteção ao 
patrimônio. A partir desse momento, a punição por encarceramento começa a 
ser preponderante para preservar e proteger a sociedade dos delinquentes. Por 
esse motivo foram construídas as “Casas Correcionais”, que posteriormente 
foram transformadas em prisão. 
 
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a criação das Organizações das 
Nações Unidas (ONU), surgem em vários países legislações tratando da 
execução penal, pois os fatos horrendos, sobretudo, ligados aos nazistas, 
ocorridos durante os conflitos, fez eclodir apelos aos direitos humanos. 
 
Sendo assim, ocorreu uma redefinição da legislação penal em âmbito mundial 
focando em questões relevantes às relações humanas exigidas, sobretudo, pela 
Declaração Universal dos Direitos do Homem elaborada pela ONU em 1948. 
 
O processo histórico do sistema prisional brasileiro 
Em razão da chegada da Família Imperial ao Brasil, o Estado brasileiro 
implantou a legislação da punição por encarceramento em 1824. 
 
O Código de Leis Portuguesas implantado no Brasil (Ordenações Filipinas do 
Reino) decretava a colônia como local de moradia para os “degredados”. 
A pena era aplicada às pessoas que transgredissem a ordem vigente. 
 
Foi a Constituição do Império de 1824 que implantou a punição em “Casas de 
Correção”. 
 
Esses locais eram destinados à “correção” da mendicância e da vadiagem. 
As pessoas, independentes de sua idade ou sexo, que fossem flagradas 
perambulando nas ruas ou cometessem atos considerados e julgados ilícitos 
seriam recolhidos às “Casas de Correção”. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Os pobres, criminosos e os loucos que perambulavam pelas ruas e praças no 
Rio de Janeiro deveriam ser enclausurados e afastados da cidade “civilizada”. 
Como não havia prisões suficientes para acolher tanta gente, o Império cuidou 
de criar um asilo de mendigos inspirados nos presídios europeus. 
 
Em 1879, Dom Pedro II inaugurou o “Asylo da Mendicidade”, onde hoje 
funciona a Escola São Francisco de Assis, situado na Avenida Presidente Vargas, 
no Rio de Janeiro. 
 
Pena privativa de liberdade 
Com o surgimento da República e a entrada em vigor do Código Penal de 
1890, foi implantada como punição a pena por prisão em novas 
modalidades: prisão celular, reclusão com trabalho obrigatório, prisão 
disciplinar, interdição, suspensão e perda do emprego público. 
 
A Primeira Constituição da República (1891) legislou sobre a Justiça 
Federal e não atingiu o Direito Penal, mas incluiu o processo penal, tendo 
como resultado uma variedade de princípios e orientações processualistas. 
 
Em 1924, com a criação do Conselho Penitenciário, o Brasil passou a dar os 
primeiros passos para a humanização da pena privativa de liberdade, 
visto que existiam ações para regulamentar o benefício de livramento 
condicional e a homogeneização da execução da pena no país. 
 
Normas gerais de regime penitenciário 
A Constituição de 1934 inaugurou a inclusão da competência da União em 
legislar sobre as Normas Gerais de Regime Penitenciário. 
 
Foi criada a Inspetoria Geral Penitenciária que tinha a competência de aplicar 
os recursos financeiros provenientes da venda do selo penitenciário em todo o 
país. Tais recursos deveriam ser aplicados na instalação, conservação e 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
manutenção dos estabelecimentos penais, nas assistências penais, na 
administração geral penitenciária e na prevenção e repressão criminal. 
 
Ainda definindo o rumo da organização dos serviços penitenciários no Brasil, em 
1935, foi aprovado o Código Penitenciário da República com o objetivo de 
organizar o sistema penitenciário. 
 
A divisão das ações do Direito Penal e do Direito Processual 
A fase processualista do Direito brasileiro teve início com a entrada em 
vigor da Constituição de 1937, pois foi dado aos Estados brasileiros 
autonomia para legislar em matérias que não estavam previstas 
anteriormente, tais como os dispositivos específicos sobre o regime 
penitenciário. 
 
Foi, então, a partir desse período que ocorreu a divisão das ações do Direito 
Penal e do Direito Processual. 
 
Em 1940, foi promulgado o Código Penal Brasileiro e, em 1941, foi promulgado 
o Código de Processo Penal. 
 
No ordenamento jurídico brasileiro, a legislação penal vigente é formada por 
uma tríade de regras que se complementam, assegurando o pleno Estado 
Democrático de Direito. Esta tríade é composta: 
 
 Pelo Código Penal (CP); 
 Pelo Código de Processo Penal (CPP); 
 Pela Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984 - LEP). 
 
Em síntese, o Código Penal, de conteúdo substancialmente material, tipifica os 
crimes, cuida das penas, tendo, porém, a necessidade para sua aplicação a 
existência de um rito, que é tratado pelo Código de Processo Penal, que cuida 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
de cada etapa (fase processual) até a definição da sentença (de conteúdo 
absolutório ou condenatório). 
 
Dessa forma, complementando o Código Penal e o Código Processual Penal, 
vem a Lei de Execução Penal (LEP) com objetivo de garantir a eficácia da 
aplicação penal no caso das sentenças condenatórias. 
 
Vencida a fase instrutória (de conhecimento) e julgada procedente a ação penal 
(total ou parcial), faz-se necessária a execução do título executivo judicial. Em 
suma, até a condenação do réu, as regras são definidas pelo CP e o CPP. 
Depois, é a LEP que define, entre outras coisas, como serão os benefícios 
concedidos aos presos (tríade de regras). 
 
A essência da Lei de Execução Penal 
A Lei de Execução Penal (LEP) tem como objetivo a efetivação da sentença 
penal e da reinserção social do condenado ou do internado. É um diploma 
autônomo que regula o cumprimento das penas impostas aos condenados por 
sentença penal, estabelecendo a prestação de assistência aos condenados, seus 
deveres e direitos, a progressão de regime, graça, anistia e indulto. 
 
Para a LEP, o apenado é um sujeito social em condições de retorno para a 
sociedade extramuros prisional; assim, prevê a lei que, durante a etapa de 
execução da pena, o apenado deve ter assistência integral, inclusive no que se 
refere à sua condição educacional. 
 
 
Atenção 
 É importante destacar que a execução penal está sujeita aos 
princípios e garantias constitucionais, que devem ser 
observados, tais como: legalidade, jurisdicional idade, devido 
processo legal, verdade real, imparcialidade do juiz, 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
igualdade das partes, persuasão racional ou livre 
convencimento, contraditório e ampla defesa, iniciativa das 
partes, publicidade, oficialidade e duplo grau de jurisdição. 
Assinale, ainda, que os três sujeitos principais da relação 
jurídica na execução penal são: o juiz, o Ministério Público e o 
condenado. O Ministério Público e o condenado são partes. 
 
Acerca da competência do juiz, esta é tratada no Art. 66 da LEP. Por 
oportuno, é importante destacar que o juiz da execução penal, de maneira 
imparcial, deve, durante o desenvolvimento daexecução, de ofício, a 
requerimento das partes ou de outras pessoas legitimadas, cuidar para que o 
processo siga de forma regular, de modo a ser garantida efetiva 
participação das partes, com observância do contraditório, do direito de 
defesa, do direito à prova, tudo com o escopo de que, em um processo 
justo, seja cumprida a sentença condenatória e possam ser atingidos os 
fins objetivados pela Lei de Execução Penal. 
 
A lei de execução penal 
Como já dito, a sentença penal condenatória transitada em julgado finaliza o 
processo de conhecimento, transformando-se em título executivo penal; com 
este título, instaura-se o processo de execução. Assim, para que seja efetivada 
a execução penal, tem de existir uma sentença criminal que tenha aplicado 
pena (privativa de liberdade ou não) ou medida de segurança, conforme prevê 
Art. 1º da LEP. 
 
Acerca da expedição da guia de recolhimento, cabe ao juiz da condenação 
determinar a sua expedição e posterior remessa à Vara de Execução 
competente. É neste juízo, portanto, onde deverá correr a execução e onde 
devem ser feitos os pedidos a esta, os quais possam estar relacionados (Art. 
107 da LEP). 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Oportuno se torna dizer que com a última mudança na LEP, trazida pela Lei nº 
12.313/2012, a Defensoria Pública foi alçada ao status de órgão de execução, o 
que significa que, antes de se decidir sobre um processo penal, o juiz terá que 
ouvir, além do Ministério Público, a defensoria. 
 
Além disso, ninguém deverá ser recolhido, para cumprimento de pena privativa 
de liberdade sem a guia expedida pela autoridade judiciária. A guia de 
recolhimento é um título executivo que viabiliza a execução das penas (Art. 106 
LEP). 
 
Princípios da personalidade, da individualidade e da humanização 
Pelo princípio da personalidade, também denominado princípio da 
intranscendência, segundo o qual o processo e a pena, bem como a medida de 
segurança, não pode ir além da pessoa do autor da infração (Artigo 5º, XLV, da 
CRFB/88). 
 
Pela leitura do Artigo 3º, caput, da LEP, preservam-se todos os direitos do 
preso. Desse modo, observados os limites jurídicos e constitucionais da pena e 
da medida de segurança, todos os direitos não atingidos pela sentença criminal 
permanecem a salvo. 
 
Não se pode perder de vista que o preso não só tem deveres a cumprir, mas é 
sujeito de direitos, que devem ser reconhecidos e amparados pelo Estado, de 
acordo com o princípio da humanização. 
 
É fundamental que se tenha em mente o conhecimento sobre a individualização 
da pena, que é regra constitucional do Artigo 5º prevista nos incisos XLV e 
XLVI: 
 
 XLV: “nenhuma pena passará da pessoa do condenado...”; 
 XLVI: “a lei regulará a individualização da pena...”. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Tal regra constitucional é observada em três momentos distintos: 
 
1. O primeiro momento ocorre na cominação da pena, quando esta é 
elaborada pelo legislador. 
2. O segundo momento ocorre quando o julgador aplica a pena no caso 
concreto. 
3. No terceiro momento verifica-se na execução da pena, a cargo do juiz da 
execução penal. 
 
E para nortear a individualização da execução de suas penas, os presos deverão 
ser classificados e separados de acordo com seus antecedentes e 
periculosidade, conforme Artigo 5º da LEP: “os condenados serão classificados, 
segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização 
da execução penal”. 
 
Desse modo, a separação dos presos nos estabelecimentos penais deverá 
obedecer à seguinte regra: os presos provisórios devem ficar separados dos 
condenados definitivos, bem como os presos primários devem ser mantidos 
separados dos reincidentes. 
 
O preso definitivo e o preso provisório 
O preso é aquele que se encontra recolhido em estabelecimento prisional, 
cautelarmente ou em razão de sentença penal condenatória com trânsito em 
julgado. Há duas espécies de preso: 
 
 Presos definitivos: são aqueles que contam em seu desfavor com 
sentença penal condenatória transitada em julgado, à qual já não caiba 
recurso. 
 
 Preso provisório (nacional ou estrangeiro): é aquele que foi 
privado de sua liberdade por força de prisão em flagrante, prisão 
temporária, prisão preventiva ou por força de sentença condenatória 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
recorrível. Devem, os provisórios, ser mantidos separados dos 
condenados. 
 
 
Atenção 
 É importante ressaltar que os preceitos da Lei de Execução 
Penal se estendem aos presos provisórios. Em favor do preso 
provisório, milita o Princípio da Presunção da Inocência (Art. 
5º, LVII, CRFB/88), já que inexiste uma formação de culpa 
concluída, ou seja, uma sentença condenatória transitada em 
julgado. Pelo mesmo princípio, o preso provisório não tem os 
seus direitos políticos suspensos, o que só vem a ocorrer com 
os presos condenados definitivamente. 
 
A identificação penal do preso 
Nos termos do Artigo 5º, LVIII, CRFB/88, a identificação criminal no Brasil 
encontra amparo constitucional: “o civilmente identificado não será submetido à 
identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei”. 
 
A Lei nº 9.034/95, no seu Artigo 5º, regulamenta tal hipótese: “A identificação 
criminal de pessoas envolvidas com a ação praticada por organizações 
criminosas será realizada independentemente da identificação civil”. 
 
É de se verificar, porém, quando cabível, a identificação criminal será realizada 
pelo processo datiloscópico (coleta de impressões digitais) e fotográfico (Artigo 
5º, caput), de maneira a evitar, tanto quanto possível, maior constrangimento 
ao identificado. 
 
Assim, existem três formas de identificação criminal que são permitidas. São 
elas: 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
 Datiloscópica; 
 Fotográfica; 
 Perfil genético (DNA – ácido desoxirribonucleico). 
 
Pelo Artigo 3º da Lei nº 12.654/2012, que acrescentou o “Artigo 9º-A” à Lei de 
Execução Penal, corresponde à submissão compulsória ao fornecimento de 
material, nos seguintes termos: 
 
“Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de 
natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos 
no Artigo 1º da Lei nº 8.072/1990, serão submetidos, 
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante 
extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e 
indolor”. 
 
Então, na fase de execução da pena, já transitada em julgado a sentença penal 
condenatória, aqueles condenados por crimes dolosos praticados com violência 
física de natureza grave contra pessoa ou qualquer dos crimes previstos no 
Artigo 1º da Lei nº 8.072/90 (crime hediondo), serão submetidos a uma nova 
identificação criminal, agora pelo fornecimento obrigatório de material genético. 
 
Identificação biogenética 
A Lei nº 12.654/2012 permite que, além do cumprimento da pena de prisão, 
seja cumprido um novo tipo de pena a cumprir: a pena de identificação 
biogenética da pessoa, com repercussões em outras investigações. 
 
Não é mansa e pacífica a questão da extração de DNA de forma compulsória no 
corpo do condenado, ainda que por técnica adequada e indolor, com o intuito 
de obter a identificação do perfil genético do acusado, que servirá como prova 
de natureza criminal. É bem verdade que, quando não consentida, essa 
intervenção no corpo do condenado é providência desaprovada na ordem 
constitucional vigente. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Neste sentido entendem nossos Tribunais: 
 
AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL - COLETA DE PERFIL GENÉTICO - 
Artigo 9º-A DA LEP - OBRIGATORIEDADE - IMPOSSIBILIDADE - 
MANUTENÇÃO DA DECISÃODO MAGISTRADO 'A QUO' - NECESSIDADE 
- RECURSO DESPROVIDO. 
 
A coleta do perfil genético de sentenciados, mediante extração de DNA é 
prevista, de forma obrigatória, pelo Artigo 9º-A da LEP, podendo tais dados ser 
requisitados pelas autoridades policiais no caso de inquéritos instaurados. Não 
há como compelir indivíduo a fornecer material que entenda lhe ser 
desfavorável, sob pena de violação da garantia de não autoincriminação e em 
obediência ao princípio do ‘nemo tenetur se detegere (Agravo em Execução 
Penal – 10024057931461002 – TJMG). 
 
Como se nota, a intervenção no corpo do acusado somente será 
reconhecida como prova de natureza criminal se a coleta for precedida de 
seu livre consentimento, pois ele tem a garantia de não produzir prova 
contra si mesmo, extraída da melhor interpretação do Artigo 5º, LXIII, da 
CRFB/88 e do Artigo 8, II, “g”, da Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos. Em face da violação do direito de liberdade, intimidade, dignidade 
humana e intangibilidade corporal, é inconstitucional a disposição legal. 
 
É interessante dizer que o réu tem o direito de se defender falando ou não. Ele 
pode chegar ao Tribunal para depoimento e ficar calado (direito de silêncio), ou 
seja, não é obrigado a fazer nada que faça prova contra ele. 
 
Coleta de material genético 
No Brasil, não se permite a extração compulsória do DNA nem mesmo para fins 
de investigação de paternidade, como se verifica em jurisprudência firmada 
pelo Supremo Tribunal Federal: “INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE - EXAME 
DE DNA - CONDUÇÃO DO RÉU DEBAIXO DE VARA”. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Discrepa, a mais não poder, de garantias constitucionais implícitas e explícitas - 
preservação da dignidade humana, da intimidade, da intangibilidade do corpo 
humano, do império da lei e da inexecução da específica e direta de obrigação 
de fazer - provimento judicial que, em ação civil de investigação de 
paternidade, implique determinação no sentido de o réu ser conduzido ao 
laboratório, "debaixo de vara", para coleta do material indispensável à feitura 
do exame DNA. A recusa resolve-se no plano jurídico-instrumental, 
consideradas a dogmática, a doutrina e a jurisprudência, no que voltadas ao 
deslinde das questões ligadas à prova dos fatos (HC 71373/RS. Rel. Min. Marco 
Aurélio. Julgamento: 10.11.1994. DJ, 11 nov. 1996). 
 
 
Atenção 
 Em apreensão de material genético desprendido (por 
exemplo, material coletado no local do crime pela perícia 
como vestígio) do corpo do investigado ou réu (saliva, 
sangue, tecido humano) será desnecessário o consentimento 
de quem quer que seja, conforme prevê o Art. 6º, incisos I, 
II, III e IV, do CPP). 
 
Os estabelecimentos penais no Brasil 
A execução penal é uma atividade complexa da qual participam diretamente 
dois poderes: 
 
 O Judiciário, por meios das instituições judiciárias. 
 O Executivo, na administração e na manutenção da estrutura física e 
humana dos estabelecimentos penais. 
 
As administrações das instituições prisionais no Brasil, em sua maioria, estão 
sob a responsabilidade das Secretarias de Segurança Pública, no âmbito 
estadual, e o gerenciamento das unidades prisionais é normalmente função da 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
segurança pública. A LEP mantém a autonomia das direções das unidades 
prisionais e a atuação do Juiz da Execução se faz na fiscalização e no 
cumprimento dos determinantes legais para o cumprimento da pena. 
 
A penitenciária destina-se aos presos com pena de reclusão em regime fechado 
(Artigo 87, LEP). Sob o enfoque de segurança, a penitenciária se define como 
estabelecimento de segurança máxima. Na penitenciária para as mulheres, 
apenas mulheres trabalharão na segurança interna, salvo pessoal técnico 
especializado e, ainda, serão dotados de berçários, onde as condenadas 
possam cuidar de seus filhos, inclusive amamentá-los, no mínimo, até os seis 
meses de idade (Artigo 83, § 2º, LEP). 
 
Os estabelecimentos penais no Brasil 
Os tipos de estabelecimentos penais destinados ao condenado, ao internado e 
ao preso provisório são: 
 
 Penitenciária: destinada ao condenado à reclusão, a ser cumprida em 
regime fechado; 
 Colônia agrícola, industrial ou similar: Reservada para a execução 
da pena de reclusão ou detenção em regime semiaberto (Artigo 91 e 92 
LEP); 
 Casa do albergado: Prevista para colher os condenados à pena 
privativa de liberdade em regime aberto e à pena de limitação de fim de 
semana (Artigo 93 LEP); 
 Centro de observação: Onde serão realizados os exames gerais e 
criminológicos; 
 Hospital de custódia e tratamento psiquiátrico: Se destina aos 
doentes mentais, aos portadores de desenvolvimento mental incompleto 
ou retardado e aos que manifestam perturbação das faculdades mentais; 
 Cadeia pública: Para onde devem ser remetidos os presos provisórios 
(prisão em flagrante, prisão temporária ou prisão preventiva) (Artigo 87 
e ss. LEP). 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Pena de reclusão 
A pena de reclusão deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou 
aberto (Artigo 33, caput, CP). 
 
 Regime Fechado - A execução da pena em estabelecimento de 
segurança máxima ou média. 
 Regime Semiaberto - A execução da pena em colônia agrícola, 
industrial ou estabelecimento similar. 
 Regime Aberto - A execução da pena em casa de albergado ou 
estabelecimento adequado. 
 
É importante, também, dizer que não se pode modificar o regime inicial de 
cumprimento da pena pelo juízo da execução, sob pena de violação da coisa 
julgada (Artigo 5º, XXXVI, CRFB/88). 
 
Regime fechado 
Na aplicação dos regimes da pena privativa de liberdade, o regime fechado 
estará previsto para os seguintes casos: 
 
 Condenados a 8 anos ou mais; 
 Reincidentes; 
 Cumprir a pena em penitenciária; 
 Sem trabalho externo; 
 Sujeitos a penas disciplinares (RDD). 
 
Regime semiaberto 
Para reclusão em regime semiaberto, os casos previstos são: 
 
 Primários com pena maior do que 4 e menor do que 8 anos; 
 Pode frequentar cursos fora do estabelecimento prisional; 
 Reincidentes com pena até 4 anos de reclusão ou detenção; 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
 Direito a saídas temporárias; 
 Regime possível para detento que tenha cumprido 1/6 da pena em 
regime fechado; 
 Cumprimento em colônia agrícola; 
 Direito a trabalho externo. 
 
Regime aberto 
Para reclusão em regime aberto, os casos previstos são: 
 
• Para presos que vêm do regime semiaberto; 
• Presos com pena inferior a 4 anos; 
• Cumprimento em casa de albergado; 
• Possíveis o trabalho e o estudo fora; 
• Recolhe-se à noite e dias de repouso. 
 
 
Atenção 
 Existem penas que devem ser cumpridas inicialmente em 
regime fechado. É o caso dos crimes de tortura, tráfico ilícito 
de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e crimes 
hediondos (Artigo 2º, §1º, da Lei nº 8.072/1990). A Lei nº 
11.464/2007 deu nova redação ao § 1º, Artigo 2º, da Lei nº 
8.072/90, que passou a determinar que a pena decorrente de 
condenação por tais crimes será cumprida inicialmente em 
regime fechado, extinguindo o regime integralmente fechado. 
Em reforço, a mesma lei passou a permitir expressamente a 
“progressão de regime” no cumprimento de pena decorrente 
da prática de crime hediondo ou assemelhado. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Sobre o excesso 
Sempre que na execução da pena ou medida de segurança se constatar algo 
que vá além do decidido na sentença ou acórdão submetido à execução, de 
maneira que seja sempre prejudicial ao executado, haverá “excesso”. 
 
Pela melhor doutrina, ocorre excesso de execução “quando o sentenciado é 
submetidoa tratamento mais rigoroso do que o fixado na sentença ou 
determinado pela lei” (Haroldo Caetano da Silva, Manual de execução penal). 
 
Como exemplo de excesso, seguem os mais comuns: 
 
1. Submeter o executado a regime mais rigoroso do que aquele a que tem 
direito em razão do fixado na sentença ou em decisão que concedeu 
progressão; 
2. Manter em cadeia pública ou estabelecimento inadequado aquele a 
quem se impôs medida de segurança; 
3. Submeter o executado a sanção administrativa além do fixado em lei. 
 
Sobre o desvio 
A ocorrência de “desvio” é a mudança do curso normal da execução. O “desvio” 
distingue-se do “excesso” na medida em que se revela favorável 
qualitativamente ao executado, enquanto aquele lhe será danoso. 
 
Dentre outras várias hipóteses, também haverá desvio, por exemplo, se for 
concedido ao executado o benefício da permissão de saída sem estrita 
observância das regras ditadas pelo Artigo 120 da LEP. De igual forma, também 
ocorrerá desvio no caso de concessão de saída temporária fora das hipóteses 
elencadas no Artigo 122 da LEP, ou por prazo superior a 7 dias, ou, ainda que 
observado esse limite, se for renovado o benefício por mais vezes durante o 
ano do que autoriza o Artigo 124 da LEP. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Ademais, assevera o ilustre jurista Julio Fabbrini Mirabete que: “A Lei de 
Execução penal, impedindo o excesso ou o desvio da execução que possa 
comprometer a dignidade e a humanidade da execução, torna expressa a 
extensão de direitos constitucionais aos presos e internos.” 
 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre a Lei de Execução Penal, leia o texto As 
vicissitudes do liberalismo no direito penal brasileiro, 
disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
 
Referências 
JÚNIOR, Miguel Reale. Instituições de direito penal – parte geral. Rio de 
Janeiro: Forense, 2003. 
MARCÃO, Renato. Curso de execução penal. São Paulo: Saraiva. 2014. 
MARQUES, José Frederico. Tratado de direito penal. 
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal. 17. ed. São Paulo: Atlas, 
2001. v. 1. 
MIRABETE, Julio Fabbrini. Execução penal. 9. ed. São Paulo: Atlas. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais 
comentadas. 2007. 
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. São 
Paulo: Saraiva, 2003. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
No Brasil Imperial, com a finalidade de corrigir a mendicância e a vadiagem, 
para onde eram destinadas as pessoas que perambulavam pelas ruas? 
a) Calabouço 
b) Casas de correção 
c) Albergue 
d) Hospício 
e) Porão de navio 
 
Questão 2 
Após analisar cada uma das questões abaixo, verifique se elas são verdadeiras 
ou falsas: 
I – Na Antiguidade, o encarceramento já era uma forma de pena, pois a prisão 
privativa de liberdade era tida como sanção penal. 
II – Na Idade Média, surgiram alguns avanços no sistema prisional, pois o 
encarceramento passou a ter caráter de pena. 
III – Apesar do desenvolvimento da sociedade industrial, na Era Moderna, não 
surgiram normas e legislações de proteção ao patrimônio. 
IV – Foi o Artigo do Direito Romano que a Igreja desenvolveu locais para 
cumprimento da pena, as denominadas penitenciárias. 
V – A redefinição da legislação penal em âmbito mundial surgiu após a Primeira 
Guerra Mundial, baseando-se na Declaração Universal dos Direitos do Homem. 
a) F-V-V-F-F 
b) F-V-F-F-V 
c) V-F-V-V-V 
d) F-V-F-V-F 
e) V-V-V-F-V 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Questão 3 
Após analisar cada uma das questões abaixo, verifique se elas são verdadeiras 
ou falsas: 
I – Foi com a Constituição da República de 1891 que se implantaram no Brasil 
as Casas de Correção destinadas à correção de mendicância e da vadiagem. 
II – A primeira Constituição da República de 1891 não legislou sobre a Justiça 
Federal. 
III – A fase processualista do Direito brasileiro teve início com a entrada em 
vigor da Constituição de 1937. 
IV – Pode-se dizer que, no ordenamento jurídico brasileiro, a legislação penal é 
composta pela tríade de regras que é composta pelo CP, CPP e a LEP. 
V – Em 1935 foi aprovado o Código Penitenciário da República com objetivo de 
organizar o sistema penitenciário. 
a) V-F-F-V-V 
b) F-F-F-V-F 
c) F-F-V-V-V 
d) V-V-F-V-F 
e) V-F-V-F-V 
 
Questão 4 
Quanto à assistência à saúde do preso, analise as afirmações abaixo e assinale 
a alternativa correta. 
I - A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e 
curativo compreenderá exclusivamente o atendimento médico e farmacêutico. 
II - Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a 
assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante 
autorização da direção do estabelecimento. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
III - Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no 
pré-natal e no pós-Artigo, extensivo ao recém-nascido. 
a) Apenas a afirmação I está incorreta. 
b) Apenas a afirmação II está incorreta. 
c) Apenas a afirmação III está incorreta. 
d) As afirmações II e III estão incorretas. 
e) As afirmações II e III estão incorretas. 
 
Questão 5 
A assistência ao egresso consiste. 
a) Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, 
se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, 
pelo prazo de 1 (um) mês. 
b) Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, 
se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, 
pelo prazo de 2 (dois) meses. 
c) Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, 
se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, 
pelo prazo de 3 (três) meses. 
d) Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, 
se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, 
pelo prazo de 6 (seis) meses. 
e) Na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade e na concessão, 
se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, 
pelo prazo de 1 (um) ano. 
 
 
 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Questão 6 
Os presos provisórios devem ficar separados dos condenados definitivos e os 
presos provisórios separados dos reincidentes. Essa previsão encontra-se no 
Artigo 5º da LEP, que tem como princípio norteador o... 
a) Da oficialidade 
b) Da imparcialidade do juiz 
c) Da individualização da pena 
d) Da publicidade 
e) Da legalidade 
 
Questão 7 
Assinale, dentre as alternativas abaixo, qual reflete o resultado de sua análise: 
I - Quanto à identificação penal do preso, hoje existem 3 formas: processo 
datiloscópico (coleta de impressão digitais), fotográfico e perfil genético (DNA). 
II - Os presos provisórios serão submetidos à identificação criminal por meio de 
coleta de perfil genético (DNA). 
III - Ao condenado em crime doloso, com violência ou grave ameaça contra 
pessoa, ou por qualquer crime previsto na Lei nº 8.072/90 (Crime Hediondo), 
obrigatoriamente, será coletado o seu perfil genético. 
IV - A Lei nº 12.654//2012 prevê a submissão compulsória do condenado por 
crimes violentos à coleta de seu perfil genético (DNA). Entretanto, há 
divergências acerca da obrigatoriedade e um dos pontos a favor do preso é a 
garantia de não se produzir prova contra si mesmo. 
V - O material genético desprendido do corpo recolhido pela perícia no local do 
crime, como sangue, cabelo e saliva não necessitará de consentimento para 
que sirva de prova criminal. 
a) V-V-F-F-V 
b) V-F-V-V-V 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
c) F-F-V-V-Fd) F-V-V-V-V 
e) V-V-F-V-F 
 
Questão 8 
Qual o tipo de estabelecimento penal previsto para os presos provisórios? 
a) Colônia agrícola, industrial ou similar 
b) Penitenciária 
c) Hospital de custódia 
d) Cadeia pública 
e) Casa do albergado 
 
Questão 9 
Na aplicação dos regimes da pena privativa de liberdade, o regime semiaberto 
estará previsto para os seguintes casos: 
a) Reincidente com pena até 4 anos de reclusão ou detenção. 
b) Condenados a 8 anos ou mais. 
c) Presos com pena inferior a 4 anos. 
d) Sujeitos a penas disciplinares do RDD. 
e) Cumprimento em casa de albergado. 
 
Questão 10 
Analise as assertivas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
I - Nos crimes hediondos as penas devem ser cumpridas integralmente em 
regime fechado. 
II - Permite-se a progressão de regime no cumprimento de pena decorrente da 
prática de crime hediondo ou assemelhado. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
III - Sempre que na execução da pena se constatar algo que vá além do 
decidido na sentença, haverá “desvio”. 
IV - Haverá “desvio” quando ocorrer mudança no curso normal da execução. 
V - O “desvio” distingue-se do “excesso” na medida em que se revela favorável 
qualitativamente ao executado. O “excesso” é danoso, por exemplo, ao 
submeter o executado a regime mais rigoroso do que aquele a que tem direito 
em razão da sentença. 
a) V-V-F-F-V 
b) V-F-F-V-V 
c) F-V-F-V-V 
d) F-V-V-V-F 
e) F-V-F-F-F 
 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: A 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: I – Falsa (o encarceramento não era uma forma de pena e a 
prisão privativa de liberdade não era tida como sanção penal). 
III - Falsa (o Estado passou a implantar normas e legislações de proteção ao 
patrimônio). 
V - Falsa (após a segunda guerra mundial). 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: I – Falsa (foi com constituição do império de 1824). 
II – Falsa (legislou sobre a justiça federal). 
 
Questão 4 - A 
Justificativa: Dispõe o Artigo 14 da Lei de Execução Penal, que "a assistência à 
saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo compreenderá 
atendimento médico, farmacêutico e odontológico". Por sua vez, os §§ 2º 
e 3º, respectivamente, preveem que "quando o estabelecimento penal não 
estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será 
prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento" 
e que "será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no 
pré-natal e no pós-Artigo, extensivo ao recém-nascido”. 
 
Questão 5 - B 
Justificativa: Determina o Artigo 25 da LEP, in verbis: "A assistência ao egresso 
consiste: I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; II - na 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento 
adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses“. 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: Artigo 5º da LEP. 
 
Questão 7 - B 
Justificativa: 
I - verdadeiro – Artigo 9º-A da LEP. 
II - falso – Artigo 9º-A da LEP (somente aos condenados definitivamente). 
III - verdadeiro – Artigo 9º-A da LEP. 
IV - verdadeiro – Artigo 5º, LXIII, CRF e Artigo 8, II, “g” da Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos. 
V - verdadeiro – Artigo 6º, I, II, III e IV, do CPP 
 
Questão 8 - D 
Justificativa: Artigo 102 da LEP 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: Artigo 33, § 2º, do CP. 
 
Questão 10 - C 
Justificativa: 
I - falsa – Artigo 2º, §1º, Lei 8.072/90 (cumpridas inicialmente em regime 
fechado) 
II - verdadeira – Artigo 2º, §2º, Lei 8.072/90 
III – falsa (sempre que na execução da pena ou medida de segurança se 
constatar algo que vá além do decidido na sentença ou acórdão submetido à 
execução, de maneira que seja sempre prejudicial ao executado, haverá 
excesso). 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
 
Introdução 
A presente aula tem como objetivo apresentar o estudo do controle disciplinar 
do apenado, tendo em vista que tal controle é um dos mecanismos para a 
educação da conduta do preso. Na oportunidade, faz-se necessário verificar os 
direitos e deveres dos presos previstos na Constituição da República e na Lei de 
Execução Penal. 
 
Para isso, serão abordados, também, a classificação e a função da pena e o 
caráter progressivo do regime adotado pela Lei de Execução Penal. 
 
Objetivo: 
1. Aprender sobre controle disciplinar do apenado, os direitos e benefícios do 
apenado e sobre a função da pena; 
2. Conhecer as penas restritivas de direito, a medida de segurança, a multa, o 
sistema progressivo da execução, a vedação da progressão por salto, 
regressão, detração, a permissão de progressão de regime nos crimes 
hediondos, preso com várias condenações, conversões. 
 
 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Conteúdo 
O controle disciplinar do apenado 
Para a preservação da sociedade, é indispensável que haja limites aos direitos 
individuais. Por isso, o Estado tem o poder para salvaguardar a propriedade, a 
integridade física e a vida dos cidadãos. Estes, por sua vez, têm o dever de 
cumprir as normas impostas pelo Estado. 
 
O não cumprimento das “obrigações” resultará em aplicação de sanções. 
Destaca-se ainda, que para se manter a ordem, nem os condenados estão 
isentos de cumprirem regras (dentro e fora das prisões). 
 
Com isso, a Lei de Execução Penal normatiza não só os direitos, mas também 
os deveres dos apenados. Na hipótese do apenado não cumprir as regras 
estabelecidas na LEP e as normas regimentadas pelas unidades prisionais, os 
infratores sofrerão punições disciplinares. Assim, através do controle disciplinar, 
que é um dos mecanismos para educação da conduta do apenado, limitando 
seus movimentos, gestos, atitudes, com a finalidade de modelar e enquadrar 
suas ações busca-se o adestramento, ou seja, a domesticidade do preso. 
 
Sendo assim, colaborar com a ordem significa praticar observância estrita ao rol 
dos deveres do preso (Artigo 39 LEP). 
 
Por tal motivo, ao ser submetido à prisão (definitiva ou provisória), o preso 
deverá ser cientificado das normas disciplinares do estabelecimento. 
 
E, ainda, é importante destacar que o apenado disciplinado tem o mérito da 
inclusão para participar de programas e ações desenvolvidas na instituição 
prisional em prol de seu bem-estar. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Ante o exposto, faz-se necessário apontar os deveres dos condenados, 
conforme Artigo 39 da LEP, que também se aplica ao preso provisório, no que 
couber. 
 
I. Comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença; 
II. Obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva 
relacionar-se; 
III. Urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; 
IV. Conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de 
subversão à ordem ou à disciplina; 
V. Execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
VI. Submissão à sanção disciplinar imposta; 
VII. Indenização à vítima ou aos seus sucessores; 
VIII. Indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com 
sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do 
trabalho; 
IX. Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
X. Conservação dos objetos de uso pessoal. 
 
No que concerne às condutas ensejadoras de falta grave no cumprimento de 
pena privativa de liberdade, o Artigo 50 da LEP classifica alguns 
comportamentos que se enquadram nessa categoria, estendendo-os também 
aos presos provisórios no que couber como: 
 
I. Incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a 
disciplina; 
II. Fugir; 
III.Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade 
física de outrem; 
IV. Provocar acidente de trabalho; 
V. Descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI. Inobservar os deveres previstos nos incisos II e V do Artigo 39 desta lei; 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
VII. Ter em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou 
similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o 
ambiente externo. 
 
Acerca das faltas disciplinares que estão classificadas em leves, médias e 
graves, o Artigo 53 da LEP prevê as sanções disciplinares que podem ser 
aplicadas nos seguintes casos: 
 
• As faltas leves ou médias serão punidas com advertência verbal ou 
repreensão; 
• As faltas graves serão punidas com a suspensão ou restrição de direitos; 
• Isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos estabelecimentos 
que possuam alojamento coletivo, observado o disposto no Artigo 88 da 
LEP, ou, ainda, inclusão no regime disciplinar diferenciado (RDD). 
 
Convém ressaltar que o isolamento, a suspensão e a restrição de direito não 
poderão exceder trinta dias, ressalvada a hipótese do RDD (Artigo 58 LEP). 
 
Direitos e benefícios do apenado 
Como é sabido, a Lei de Execução Penal diz que o preso – tanto o que ainda 
está respondendo ao processo (preso provisório), quanto o condenado – 
continua tendo todos os direitos que não lhes foram retirados pela pena ou pela 
lei. Isso significa que o preso perde a liberdade, mas tem direito a um 
tratamento digno, direito de não sofrer violência física e moral. A Constituição 
do Brasil assegura ao preso um tratamento humano. 
 
Conforme o Artigo 5º da CRFB/88 são assegurados aos executados os 
seguintes direitos: 
 
a) Direito à liberdade e à igualdade; 
b) Direito de igualdade entre homens e mulheres; 
c) Direito à segurança e à propriedade; 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
d) Direito à inviolabilidade do direito à vida; 
e) Direito de sujeição ao princípio da legalidade; 
f) Direito de integridade física e moral, não podendo ser submetido à 
tortura nem a tratamento desumano ou degradante, entre outros. 
 
Lei de execução penal 
A LEP prevê, também, o desenvolvimento e atendimento das 
assistências ao recluso e ao egresso do Sistema Penitenciário; estas 
devem ser as estratégias para preparar o apenado para o retorno ao 
convívio social. 
 
O Artigo 12 refere-se que a “assistência material ao preso e ao internado 
consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações sanitárias”. 
 
Segundo esse enunciado, a assistência material está restrita às 
necessidades essenciais físicas. Entre os direitos do apenado, estão à 
alimentação e o vestuário adequado com suas necessidades orgânicas, 
sendo permitido, por ocasião das visitas de familiares e amigos, o recebimento 
de material para complementar essas necessidades. 
 
 
Atenção 
 Egresso é o condenado liberado definitivamente, pelo prazo 
de 1 ano a contar da saída do estabelecimento ou em 
benefício do livramento condicional, durante o período de 
prova (Artigo 26 da LEP), que tem direito à assistência 
(Artigos 25 e 27 LEP), que serão a orientação e o apoio para 
reintegração à vida em liberdade e, ainda, se necessário, 
concessão de alojamento e alimentação, pelo prazo de 2 
meses, em estabelecimento adequado. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Sobre a saúde do apenado, o tema é tratado no Artigo 14 da LEP. Alguns 
estudos indicam que as condições de confinamento humano são promissoras 
para o desenvolvimento de perturbações nas condições de saúde, permitindo a 
proliferação e/ou a eclosão de doenças físicas e mentais, as quais podem ter 
possíveis causas nas condições psicológicas e vivências sociais do apenado. 
 
Da mesma forma que a Constituição da República, a LEP também nos 
apresenta os direitos do preso (Artigo 41), que também se estende ao preso 
provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber: 
 
1. Alimentação suficiente e vestuário, atribuição de trabalho e sua 
remuneração e previdência social; 
2. Constituição de pecúlio, proporcionalidade na distribuição do tempo para 
o trabalho, o descanso e a recreação; 
3. O exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e 
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; 
4. A assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa e 
a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
5. A entrevista pessoal e reservada com o advogado, a visita do cônjuge, 
da companheira, de parentes e amigos em dias determinados e o 
chamamento nominal; 
6. A igualdade de tratamento, salvo quanto às exigências da 
individualização da pena e audiência especial com o diretor do 
estabelecimento; 
7. A representação e petição a qualquer autoridade em defesa de direitos e 
o contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da 
leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral 
e os bons costumes; 
8. O atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena de 
responsabilidade da autoridade judiciária competente. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Regalias 
Tenha-se presente que o bom comportamento do preso, sua colaboração com a 
disciplina e sua dedicação ao trabalho podem render-lhe recompensas, 
consistentes em elogio ou concessão de “regalias” (Artigo 56, I e II, da LEP). 
 
Dentre as principais regalias concedidas ao preso, temos: 
 Receber bens de consumo; 
 Visitas íntimas; 
 Assistir a sessões de cinema e teatro (atividades socioculturais em 
geral); 
 Participar de exposições de trabalho (pintura, escultura), entre outros. 
 
Quanto aos benefícios previstos na LEP, o preso tem ainda: 
• A progressão de regime prisional; 
• A concessão de trabalho interno e externo; 
• Saídas especiais, mediante apresentação de requisitos (objetivos e 
subjetivos); 
• Atendimento de suas necessidades de saúde, educação e de 
profissionalização. 
 
A função da pena 
A Política Penitenciária no Brasil não entende a pena somente como a privação 
de liberdade (prisão e detenção), pois ela possui outras espécies, num total de 
três: 
 
• As privativas de liberdade (Artigos 33 a 42 do CP); 
• As restritivas de direitos (Artigos 43 a 48 do CP); 
• A multa (Artigos 49 a 52 do CP). 
 
Ademais, a pena na LEP é entendida como mecanismo para “reeducar” a 
personalidade do condenado, transgressor dos códigos e das normas sociais. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Para Miguel Reale Junior, o significado de pena é uma coisa muito óbvia, já 
que trata de uma sanção determinada a uma pessoa infratora de uma norma 
penal. Ele conceitua pena da seguinte maneira: “pena constitui uma privação 
de direitos cominada com a lei penal e aplicada pelo juiz ao condenado, que a 
ela deve-se submeter". (REALE JÚNIOR, Miguel. Instituições de direito 
penal – parte geral. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2004, p. 43). 
 
Para a doutrina tradicional, a pena é concebida como um mal que deve ser 
imposto ao autor de um delito para que expie sua culpa. 
 
A função preventiva da pena é divida em prevenção geral e prevenção especial. 
 
• Prevenção geral 
Tem como postulado que o problema da criminalidade pode ser resolvido 
através do Direito Penal. O homem racional se absteria da prática do 
delito ao identificar que o castigo teria um custo elevado em relação ao 
possível benefício obtido com tal ação ou omissão. 
 
• Prevenção especial 
Segue o entendimento de que a pena tem como finalidade evitar a 
prática de delitos intimidando o delinquente apenas e não os demais 
atores sociais. 
 
Desse modo, a aplicação da penasegue a tese da ressocialização e da 
reeducação do delinquente, intimidando aqueles que não careçam de 
ressocialização e neutralizando os incorrigíveis. 
 
Princípio da Reabilitação Social 
Na execução da pena, tem de ser observado o princípio da reabilitação social, 
visto que o Estado deve prevenir o delito, evitando-se a reincidência, passando 
a orientar e preparar o retorno da pessoa em privação de liberdade para o 
convívio social. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
A execução da pena abrange tanto o preso definitivo quanto o provisório e, 
também, cabe ao o internado ou o submetido a tratamento ambulatorial nas 
hipóteses de medida de segurança. 
 
Na aplicação da pena, o juiz determinará o regime inicial de sua execução, que 
poderá ser fechado, semiaberto ou aberto. Quanto à pena de detenção, o 
condenado não pode iniciar em regime fechado, porém, poderá ser cumprido 
no regime fechado, se houver regressão. 
 
Pelo sistema vicariante ou unitário, aplica-se somente uma das sanções: 
Pena (Pena Privativa de Liberdade ou Pena Restritiva de Direitos) ou 
medida de segurança. 
 
Para melhor entendimento, verifica-se a aplicação da pena ou medida de 
segurança: 
 
• Pena ao imputável; 
• Medida de Segurança ao inimputável (obrigatoriamente); 
• Medida de Segurança ao semi-inimputável (facultativamente e em 
substituição à pena quando o acusado necessitar de especial tratamento 
curativo). 
 
As penas restritivas de direito 
A legislação brasileira autoriza a aplicação de 5 tipos de penas restritivas de 
direitos (Artigo 43 do CP), que são autônomas e substituem as privativas de 
liberdade (Artigo 44 do CP), quais sejam: 
 
• Prestação pecuniária; 
• Perda de bens e valores; 
• Prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas; interdição 
temporária de direitos; 
• Limitação de fim de semana. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
 
Atenção 
 É importante destacar que a “interdição temporária de 
direitos” refere-se ao exercício de cargo, função ou atividade 
pública; exercício ou atividade que dependem de licença do 
Poder Público; suspensão para dirigir veículo. A proibição tem 
caráter temporário, razão pela qual não possui qualquer 
relação com a “perda do cargo”, que é definitivo, sendo 
efeito da condenação prevista no Código Penal no Artigo 92, 
inciso I. 
 
Como ensina o Prof. Damásio E. de Jesus, as penas restritivas de direitos, 
também denominadas “penas alternativas” são: “sanções de natureza criminal 
diversas da prisão, como a multa, a prestação de serviços à comunidade e as 
interdições temporárias de direitos, pertencendo ao gênero das alternativas 
penais”. 
 
Nos termos dos Artigos 44 e 59 do CP, será de competência do juízo de 
conhecimento a verificação dos requisitos legais para a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
Na pena restritiva de direitos, o apenado fica submetido à interdição de direitos, 
à observância de condições, bem como ao cumprimento de normas de 
condutas e obrigações específicas sem recolhimento à prisão. Não se trata de 
prisão domiciliar, e sim de penas cuja execução contempla a aplicação de penas 
pecuniárias e a prestação de serviços à comunidade, em que a participação da 
sociedade e das organizações sociais são prioritárias para sua execução. 
 
A medida de segurança 
Medida de Segurança consiste em tratamento ambulatorial ou internação em 
hospital de custódia e tratamento psiquiátrico (Artigos 171 a 178 da LEP). 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
O prazo mínimo de internação ou de tratamento ambulatorial (Artigo 97, § 1º, 
CP) é de 1 a 3 anos. Quanto à duração máxima, o prazo é indeterminado, 
perdurando enquanto não for averiguada, mediante perícia, a cessação da 
periculosidade. 
 
A multa 
A pena de multa é modalidade punitiva prevista no Artigo 5º, XLVI, “c”, da 
CRFB/88. É incogitável a conversão da pena de multa (pecuniária) em prisão e 
o não pagamento do valor estipulado implicará em execução como dívida de 
valor. 
 
O sistema progressivo da execução 
A Lei de Execução Penal (Artigo 112) adota um sistema progressivo de 
execução das penas privativas de liberdade, passando do regime mais severo 
ao menos gravoso, desde que atendidos os requisitos objetivo e subjetivo. O 
requisito objetivo é cumprimento de 1/6 da pena (na generalidade dos crimes); 
o requisito subjetivo é o bom comportamento carcerário. 
 
Havendo imposição da pena privativa de liberdade, deve o juiz da condenação, 
de maneira fundamentada, fixar o regime da prisão. A Lei nº 11.464/2007 
dispõe que, para efeitos de progressão de regime para os crimes hediondos, 
exige-se o cumprimento de 2/5 da pena para os condenados primários e 3/5 
para os reincidentes. 
 
O Supremo Tribunal Federal confirmou a exigência de cumprimento de 1/6 da 
pena para a progressão de regime se aplica aos crimes hediondos praticados 
antes da vigência da Lei nº 11.464/2007. 
 
A Súmula nº 471, STJ: “Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados 
cometidos antes da vigência da Lei nº 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Artigo 112 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a progressão de 
regime prisional”. 
Sintetizando os requisitos para progressão, temos: 
 
• Cumprimento de 1/6 da pena (na generalidade dos crimes); 
• Cumprimento de 2/5 da pena (se primário em crime hediondo ou 
assemelhado); 
• Cumprimento de 3/5 da pena (se reincidente em crime hediondo ou 
assemelhado). 
 
A vedação da progressão por salto 
A característica fundamental do sistema penitenciário brasileiro é a 
progressividade de regime e sempre a ordem deve ser observada, pois é 
vedada a progressão por salto. As penas possuem 3 regimes para cumprimento 
da pena que são: 
 
• Fechado; 
• Semiaberto; 
• Aberto. 
 
É obrigatório respeitar essa ordem. 
 
Posta assim a questão, para a obtenção da progressão, o condenado que 
cumpre pena de regime fechado não poderá progredir diretamente para o 
regime aberto, pois, antes, deverá cumprir no regime semiaberto o tempo de 
pena necessário. 
 
Como se vê, a progressão por salto não é permitida, ou seja, passar do regime 
mais rigoroso para o mais brando sem passar pelo regime intermediário. 
 
A Súmula nº 491 do STJ (Superior Tribunal da Justiça) diz: “É inadmissível 
a chamada progressão per saltum de regime prisional". 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Da regressão 
Regressão, ao contrário da progressão, é a transferência do condenado para 
regime mais rigoroso, ou seja, do regime aberto para semiaberto ou semiaberto 
para fechado (Artigo 118, LEP). Assim, como não se admite a progressão por 
salto, a regressão também deverá ser escalonada, vedada sua efetivação per 
saltum. 
 
A progressão pressupõe a seguinte ordem: 
 
• Regime fechado; 
• Regime semiaberto; 
• Regime aberto. 
 
Já a regressão determina a ordem inversa: 
 
• Regime aberto; 
• Regime semiaberto; 
• Regime fechado. 
 
Da detração 
O regime inicial de cumprimento da pena sofre ainda a influência da detração 
penal (Artigo 42, do CP), que é o desconto das prisões provisórias, temporárias, 
administrativa e de internação em hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico, na pena aplicada, devendo ser considerada a “pena líquida” 
quando da imposição do regime. 
 
A permissão de progressão de regime nos crimes hediondos 
Em março de 2014, o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu possibilidade 
de progressão de regime para crimes hediondos, em julgamento do HC nº 
82959, ajuizado em 2006. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Na decisão, o Supremo declarou inconstitucionalo § 1º do Artigo 2º da Lei nº 
8.072/1990 (Lei de Crimes Hediondos), que proibia a progressão. 
 
A Corte usou o argumento de que, embora o Artigo 52, inciso X, da 
Constituição, estabeleça que o Senado deva suspender a execução de 
dispositivo legal ou da íntegra de lei declarada inconstitucional por decisão 
definitiva do STF, as decisões da Corte, ao longo dos anos, têm-se revestido de 
eficácia expansiva, mesmo quando tomadas em controvérsias de índole 
individual. 
 
Súmula Vinculante nº 26 do STF: “para efeito de progressão de regime no 
cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da execução 
observará a inconstitucionalidade do Artigo 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho 
de 1990”. 
 
Portanto, bastou a sentença do STF declarando a inconstitucionalidade do 
dispositivo sem haver a necessidade da manifestação do Congresso Nacional 
para declará-lo. 
 
A Súmula nº 471 do STJ: “Os condenados por crimes hediondos ou 
assemelhados cometidos antes da vigência da Lei nº 11.464/2007 sujeitam-se 
ao disposto no Artigo 112 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) para a 
progressão de regime prisional”. 
 
A permissão de progressão de regime nos crimes hediondos 
Para o preso que tiver várias condenações em processos distintos ou no mesmo 
processo, o regime de cumprimento será o que resultar da soma dessas penas 
(Artigo 111 da LEP, caput). Sobrevindo nova condenação durante o 
cumprimento de uma pena, a determinação do regime será feita através da 
soma do restante da que está sendo cumprida com a nova condenação (Artigo 
111, par. único, LEP). 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Havendo várias condenações por concurso formal (Artigo 70, CP) ou crime 
continuado (Artigo 71 do CP) essas penas deverão ser unificadas para fixação 
do regime prisional. 
 
No que concerne à hipótese de um delinquente cometer vários crimes em 
evidente situação de continuidade delitiva (Artigo 71, CP), não raras vezes são 
instaurados inquéritos policiais e processos criminais um para cada crime 
(distintos), quando o correto é a unidade de processo e julgamento para se ter 
uma denúncia e uma única sentença, salvo hipótese de aplicação do Artigo 80 
do CPP. 
 
Por consequência, haverá condenação em cada um dos processos e, então, em 
sede de execução penal, será preciso proceder à unificação das penas a fim de 
se ver quantificadas em ajuste com a previsão do Artigo 71 do CP, pois, do 
contrário, será aplicada a regra do concurso material (Artigo 69 do CP) com a 
soma das penas, o que resultará em enorme prejuízo ao executado (Artigo 111 
da LEP). 
 
Não se pode deixar de frisar que o limite de cumprimento de pena é de 30 
anos, conforme prevê o Artigo 75 do CP. No entanto, tal limite em uma pena 
unificada não é parâmetro ou base de cálculo para os demais direitos em sede 
de execução penal, como se verifica na Súmula nº 715 STF: "A pena unificada 
para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo Artigo 
75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, 
como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução”. 
 
Todos os benefícios (progressão de regime, livramento condicional, por 
exemplo) serão calculados com base no total da pena imposta (total) e não 
sobre o limite de 30 anos. 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Das conversões 
A conversão consiste na substituição de uma sanção por outra no curso da 
execução. 
 
Artigo 180 da LEP: “A pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, 
poderá ser convertida em restritiva de direitos, desde que: 
 
I. O condenado a esteja cumprindo em regime aberto; 
II. Tenha sido cumprido pelo menos 1/4 da pena; 
III. Os antecedentes e a personalidade do condenado indiquem ser a 
conversão recomendável”. 
 
A conversão, entretanto, continua condicionada à satisfação de 3 
requisitos objetivos: 
 
• Que a pena privativa de liberdade aplicada, seja ela de que natureza for 
(reclusão, detenção ou prisão simples), não seja superior a 4 anos; 
• Que ela esteja sendo cumprida em regime aberto (desde o início ou em 
razão de progressão); 
• Que o executado tenha cumprido pelo menos 1/4 da pena (observada 
eventual detração e/ou remição). 
 
 
Referências 
MARCÃO, Renato. Curso de execução penal. São Paulo: Saraiva. 2014. 
MARQUES, José Frederico. Tratado de direito penal. 
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Manual de direito penal. 17. ed. São Paulo: Atlas, 
2001. v. 1. 
MIRABETE, Júlio Fabbrini. Execução penal. 9. ed. São Paulo: Atlas. 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
NUCCI, Guilherme de Souza. Leis penais e processuais penais 
comentadas. 2007. 
REALE JÚNIOR, Miguel. Instituições de direito penal – parte geral. Rio de 
Janeiro: Forense, 2003. 
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Manual de processo penal. São 
Paulo: Saraiva, 2003. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Após analisar cada uma das questões abaixo, verifique se elas são verdadeiras 
ou falsas: 
I – A LEP normatiza não só os direitos, mas também os deveres dos apenados 
que deverão cumprir sob pena de sofrerem punições disciplinares. 
II – Não se aplica aos presos provisórios, em nenhuma hipótese, as regras 
disciplinares impostas aos condenados definitivos. 
III – As faltas disciplinares, previstas na LEP, são classificadas em leve, média e 
grave. 
IV – No que concerne às condutas ensejadoras de falta grave no cumprimento 
de pena privativa de liberdade, a fuga é considerada uma falta grave. 
V – O preso ter em sua posse aparelho telefônico estará enquadrado em falta 
média. 
a) F-V-V-F-F 
b) V-V-V-F-V 
c) F-F-V-V-F 
d) V-F-V-V-F 
e) V-F-V-V-V 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Questão 2 
Aquele preso liberado pelo prazo de 1 ano, a contar da saída do 
estabelecimento ou em benefício do livramento condicional, é denominado: 
a) Preso temporário 
b) Preso provisório 
c) Egresso 
d) Anistiado 
e) Primário 
 
Questão 3 
Analise as assertivas abaixo: 
I – A pena possui 4 espécies, que são: privativa de liberdade, restritiva de 
direitos, repreensão e multa. 
II – Segundo a função preventiva, a pena tem como finalidade evitar a prática 
de delitos intimidando os delinquentes. 
III – Pelo sistema vicariante ou unitário, aplica-se somente uma das sanções: 
pena (PPL / PRD) ou medida de segurança. 
IV – Quanto à pena de detenção, inicialmente, o condenado cumprirá em 
regime fechado. 
V – Será o juiz da execução quem determinará o regime inicial da execução 
(fechado, semiaberto ou aberto). 
a) V-F-F-F-F 
b) F-F-V-V-F 
c) F-V-V-F-V 
d) F-V-V-F-F 
e) F-V-F-V-V 
 
 
 EXECUÇÃO PENAL 
Questão 4 
Após analisar cada uma das questões abaixo, verifique se elas são verdadeiras 
ou falsas: 
I – Colaborar com a ordem na prisão significa praticar a observância do rol dos 
deveres do preso. 
II – As faltas leves serão punidas com repreensão. 
III – Ao preso que apresentar bom comportamento poderão ser concedidas 
regalias. 
IV – A LEP não é um mecanismo para reeducar preso, e sim castigá-lo para que 
não volte a cometer crimes. 
V – Pelo Princípio da Reabilitação Social, o Estado deve orientar e preparar o 
retorno do preso ao convívio social. 
a) F-F-V-F-V 
b) V-V-V-F-F 
c) V-V-V-F-V 
d) F-V-F-F-V 
e) V-V-F-F-V 
 
Questão 5 
Analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta. 
I - Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão 
legal ou regulamentar. 
II - As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do 
condenado. 
III - É vedado o emprego de cela escura. 
IV - São permitidas as sanções coletivas.

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