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Profª: Janaina Torres FUNDAMENTOS DA METROLOGIA Medições em Processos Industriais “A simplicidade é o último degrau da sabedoria.” Gibran Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medições no dia-a-dia: o horário em que um despertador toca, a temperatura no interior do refrigerador, o volume de leite na embalagem, o tempo e a temperatura de cozimento do pão no forno de padaria, a velocidade com que o automóvel se desloca, a pressão dos pneus, o volume de combustível adquirido no posto, o valor justo pago no mercado pelo peixe, pela batata, ... 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 2 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medições no dia-a-dia: no restaurante “por quilo”, pela quantidade de comida consumida, as contas de água e de energia elétrica, a pureza e a quantidade da matéria-prima, a regulagem e a operação das máquinas, as características das peças de reposição, e a qualidade do produto final,... são apenas alguns exemplos de medições do dia-a-dia. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 3 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medições no dia-a-dia: Medições são efetuadas com muita naturalidade em, praticamente todos os ramos da atividade humana. A agricultura, a pecuária, o comércio, a indústria e o setor de serviços não poderiam existir na forma como hoje são conhecidas sem que medições confiáveis fossem efetuadas. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 4 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): De onde veio e para onde vai a Metrologia? Na era da globalização, produtos devem ser projetados para funcionar além das fronteiras dos países. Mecanismos de precisão produzidos na Suiça devem ser integrados a um periférico de computador montado na China que comporá um sistema alemão para medição de peças produzidas por uma companhia de aviação americana. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 5 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): De onde veio e para onde vai a Metrologia? As peças devem se encaixar precisamente para que as funções do componente, do mecanismo e do produto sejam cumpridas com a qualidade necessária. Essa garantia é possível graças a adoção internacional de um sistema de metrologia maduro e estável. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 6 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): O que é medir? É o procedimento experimental pelo qual o valor momentâneo de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão e reconhecida internacionalmente. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 7 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): O que é medir? Mensurando é o objeto da medição. É a grandeza especifica submetida à medição. Ex: massa, comprimento, altura, volume, velocidade, etc. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 8 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): O que é medir? Para exprimir quantitativamente uma grandeza física, é necessário compará-la com uma medida e determinar o número de vezes que essa unidade está contida na grandeza avaliada. É fundamental que a unidade utilizada seja muito bem definida e amplamente reconhecida internacionalmente. Só assim as medições assumem caráter universal. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 9 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medir para que? Do ponto de vista técnico, a medição pode ser empregada para monitorar, controlar e/ou investigar processos ou fenômenos físicos. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 10 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medir para que? Monitorar Monitorar consiste em observar ou registrar passivamente o valor de uma grandeza. O interesse pode estar no seu valor momentâneo, no seu valor acumulado ou na sua evolução histórica. A monitoração é muito usada no comércio para atribuir valor comercial a produtos e para o controle de estoques. É também muito utilizada para revelar informações úteis sobre atividades cotidianas, fenômenos naturais ou artificiais. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 11 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medir para que? Monitorar São exemplos de monitoração: - a observação de parâmetros climáticos com barômetros (pressão), termômetros (temperatura) e higrômetros (umidade); - a medição da velocidade, volume de combustível ou temperatura do motor de um automóvel; 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 12 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medir para que? Monitorar São exemplos de monitoração: - a indicação da quantidade de energia elétrica ou do volume d´água consumidos mensalmente por uma residência; - a indicação do volume transferido por uma bomba de combustível, da massa de um peixe comprado no mercado ou da duração de uma chamada telefônica internacional. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 13 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 14 Medir para monitorar Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medir para que? Controlar A operação de controle sempre é de natureza ativa. Sistemas de controle tem por objetivo manter uma ou mais grandezas ou um processo dentro de limites pré definidos. A essência do mecanismo de ação do controle está esquematizada na Figura 1. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 15 Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 16 Figura 1 - Mecanismos de ação dos sistemas de controle. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 17 Medir para que? Controlar O mecanismo inicia-se com uma medição de uma ou mais grandezas ligadas ao processo que se pretende controlar. O valor medido é comparado como valor de referência e, em função do resultado da comparação, o sistema de controle atua sobre a(s) grandeza(s), ou sobre o processo, para mantê-lo(s) dentro dos níveis desejados. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 18 Medir para que? Controlar Vários exemplos de sistemas de controle estão presentes no dia-a-dia: - o controle da pressão do pneu de um automóvel inicia com a medição da pressão existente. Se a pressão estiver abaixodo valor desejável, o sistema é manual ou automaticamente acionado por um certo tempo para elevar a pressão do pneu... Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 19 Medir para que? Controlar Vários exemplos de sistemas de controle estão presentes no dia-a-dia: - o sistema de controle da temperatura no interior de um refrigerador envolve um sensor, o termostato, que mede a temperatura no interior e a compara com limites preestabelecidos. Se a temperatura estiver acima do limite máximo aceitável, o motor do compressor é ligado e assim permanece até que a temperatura atinja o limite mínimo, quando o motor é desligado. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 20 Medir para que? Controlar Vários exemplos de sistemas de controle estão presentes no dia-a-dia: - um míssel balístico programado para atingir um alvo possui um sofisticado sistema de controle. Pode ser separado de grandes distâncias. Sua posição instantânea é continuamente medida e sua trajetória corrigida para compensar a ação de correntes de vento laterais para desviar de obstáculos até que atinja o alvo. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 21 Medir para que? Controlar Vários exemplos de sistemas de controle estão presentes no dia-a-dia: - o sistema de posicionamento de um robô industrial envolve um sistema de controle. Os motores do robô são acionados para aplicar certos ângulos entre as juntas dos braços do robô. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 22 Medir para que? Controlar Vários exemplos de sistemas de controle estão presentes no dia-a-dia: - também faz parte dessa categoria o controle de qualidade. Envolve um conjunto de procedimentos e ações elaborados para manter a qualidade de produtos ou processos produtivos. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 23 Medir Comparar Especificações xxxx ± xx yyyy ± yy zzz ± z Agir Medir para controlar Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 24 Medir para controlar Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 25 pressão altitude temperatura rota velocidade Medir para controlar Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 26 Medir para que? Investigar A investigação requer postura proativa. Experimentos tem sido e sempre serão os meios mais valiosos para obter conhecimentos em todas as áreas da ciência e da atividade industrial. São inúmeras as descobertas científicas que foram materializadas por meio de experimentos bem planejados e bem conduzidos e graças à astúcia de mentes brilhantes que analisaram os resultados. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 27 Medir para que? Investigar Para que as conclusões certas possam ser tiradas, é necessário medir as grandezas envolvidas de forma confiável. Além da fundamental importância na área científica, a investigação também está fortemente presente na área tecnológica. Por meio de experimentos e de uma grande quantidade de medições, é possível: Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 28 Medir para que? Investigar - otimizar o desempenho de um carro de Fórmula 1 quanto à potência, consumo de combustível, estabilidade, segurança do piloto, desgaste dos pneus, etc.; - aumentar a eficiência de um aparelho de ar condicionado por meio de otimizações de geometria, materiais e formas de componentes, folgas, rotação, etc., e pela contínua medição das melhorias obtidas; Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 29 Medir para que? Investigar - aumentar a eficiência de um óleo lubrificante pela adição de quantidades controladas de produtos químicos; - otimizar a composição dos novos materiais controlando as quantidades dos elementos químicos que formam a liga e medindo seus efeitos e propriedades resultantes. - desenvolver, documentar e preservar o know-how de processo industriais. Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 30 Medir para investigar Principais Aplicações das Medidas nas Indústrias (Monitoramento, Controle e Investigação): Medir para que? Monitorar: Observar passivamente grandezas. Controlar: Observar, comparar e agir para manter dentro das especificações. Investigar: Descobrir o novo, explicar, formular. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 31 Processos de Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 32 Denomina-se processo de medição o conjunto de métodos e meios que são utilizados para efetuar uma medição. Além do sistema de medição, fazem parte do processo o operador, os procedimentos de medição utilizados e as condições em que as medições são efetuadas. As condições em que o processo de medição é efetuado devem estar perfeitamente claras para que ele possa ser repetido nas mesmas condições sempre que necessário. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 33 Por que um único sistema de unidades? A adoção de um único sistema de unidades em escala mundial traz uma série de vantagens: 1) as relações internacionais são extremamente facilitadas quando não é necessário converter unidades, cujas relações nem sempre são bem definidas ou únicas. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 34 Por que um único sistema de unidades? A adoção de um único sistema de unidades em escala mundial traz uma série de vantagens: 2) do ponto de vista tecnológico, tornam-se possíveis produtos globalizados. Partes produzidas em diferentes países podem ser combinadas para formar um sistema complexo sem problemas de compatibilidade. Torna-se muito mais fácil e eficaz a especificação das características das partes. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 35 Por que um único sistema de unidades? A adoção de um único sistema de unidades em escala mundial traz uma série de vantagens: 3) devido à coerência com que as unidades do Sistema Internacional são definidas, as equações que descrevem fenômenos físicos (pressão, velocidade, temperatura,...) são simplificadas.Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 36 Unidades do Sistema Internacional de Unidades: Três classes de unidades estão presentes no Sistema Internacional: as unidades de base, as unidades derivadas e as unidades suplementares. No conjunto, as unidades dessas três classes formam um sistema coerente. Cada grandeza tem apenas uma única unidade, obtida por multiplicação ou divisão a partir das unidades de base ou das unidades suplementares. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 37 As sete unidades de base: As unidades de base são definidas de forma clara e universal, permitindo a sua reprodução com excelente exatidão. As definições das sete unidades de base do Sistema Internacional estão apresentadas na Tabela 1. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 38 Tabela 1 - Unidades de base do Sistema Internacional de Unidades: Grandezas Fundamentais Grandeza Nome da unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente elétrica ampère A Temperatura kelvin K Quantidade da substância mol mol Intensidade luminosa candela cd Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 39 As unidades suplementares: Duas outras unidades são também usadas, em conjunto com as unidades de base, para compor as unidades derivadas. Como estas possuem definições puramente matemáticas, são denominadas unidades suplementares, conforme demonstrado na Tabela 2. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 40 Tabela 2 - Unidades suplementares: Grandezas Fundamentais Grandeza Nome da unidade Símbolo Ângulo plano radiano rad Ângulo sólido esterradiano sr Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 41 As unidades derivadas: As sete unidades de base e as duas unidades suplementares formam um conjunto suficientemente completo para, por meio de combinações descrever todas as demais grandezas existentes. A Tabela 3 ilustra algumas unidades derivadas formadas pela combinação de unidades de base. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 42 Tabela 3 - Unidades derivadas formadas por combinações diretas das unidades de base: Grandezas Derivadas Grandeza Nome da unidade Símbolo Área metro quadrado m2 Volume metro cúbico m3 Velocidade metro por segundo m/s Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s2 Velocidade angular radiano por segundo rad/s Aceleração angular radiano por segundo ao quadrado rad/s2 Massa específica quilogramas por metros cúbico kg/m3 Itensidade de campo magnético ampère por metro A/m Densidade de corrente ampère por metro cúbico A/m3 Concentração de substância Mol por metro cúbico mol/m3 Luminância candela por metro quadrado cd/m 2 Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 43 Múltiplos e Submúltiplos: Frequentemente, quantidades muito pequenas ora muito grandes das unidades são envolvidas em situações de interesse prático. Para evitar que o valor da grandeza seja escrito com um número muito grande de algarismos, o que tornaria a grafia muito mais difícil de ser lida, são usados prefixos. Eles correspondem a potências inteiras de 10 para as quais foram estabelecidos nomes e símbolos, que englobam uma ampla faixa desde 10-24 a 1024 . Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 44 Múltiplos e Submúltiplos: A Tabela 4 traz os prefixos em uso no Sistema Internacional. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 45 Fator Prefixo Símbolo 1024 yotta- Y 1021 zetta- Z 1018 exa- E 1015 peta- P 1012 tera- T 109 giga- G 106 mega- M 103 quilo- k 102 hect(o)- h 101 dec(a)- da Fator Prefixo Símbolo 10-1 deci- d 10-2 centi- c 10-3 mili- m 10-6 micro- μ 10-9 nano- n 10-12 pico- p 10-15 femto- f 10-18 atto- a 10-21 zepto- z 10-24 yocto- y Tabela 4 - Prefixos das unidades do Sistema Internacional: Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 46 Múltiplos e Submúltiplos: Algumas regras para o uso correto dos prefixos devem ser observadas: Os prefixos referem-se estritamente às potências de 10 (e não às potências de 2). Ex: um quilobyte representa 1000 bytes (mas 1024 = 210 bytes segundo a IEC - Comissão Eletrotécnica Internacional). Prefixos devem ser escritos sem espaço antes do símbolo da unidade. Ex: quilômetro - km e não k m. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 47 Múltiplos e Submúltiplos: Algumas regras para o uso correto dos prefixos devem ser observadas: Prefixos combinados não podem ser usados. Ex: 10-6 kg deve ser escrito 1 mg e não 1 kg. Um prefixo não pode ser escrito sozinho. Ex: 109/m3 não pode ser escrito G/m3. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 48 Unidades em uso e unidades aceitas em áreas específicas: Algumas unidades não pertencentes ao Sistema Internacional são tão amplamente difundidas que o seu uso é permitido. Trata-se de algumas exceções que envolvem grandezas importantes e de grande interesse prático. A Tabela 5 traz a relação dessas unidades. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 49 Tabela 5 - Unidades não pertencentes ao Sistema Internacional que são aceitas: Grandeza Nome da unidade Símbolo Valor no SI Tempo minuto hora dia min h d 1 min = 60 s 1 h = 60 min = 3600 s 1 d = 24 h Ângulo grau minuto segundo º 1º = (/180) rad 1’ = (1/60)º = (/10800) rad 1” = (1/60)’ = (/648000) rad Volume litro l, L 1 L = 1 dm3 = 10-3 m3 Massa tonelada t 1 t = 103 kg Pressão bar bar 1 bar = 105 Pa Temperatura grau Celsius ºC ºC = K - 273,16 Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 50 Unidades em uso e unidades aceitas em áreas específicas: Pela força do uso, outras unidades não pertencentes ao Sistema Internacional são aceitas em algumas áreas específicas. A Tabela 6 apresenta alguns exemplos: Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 51 Tabela 6 - Unidades derivadas formadas por combinações diretas das unidades de base: Grandezas Derivadas Grandeza Nome da unidade Símbolo Valor no SI Comprimento milha náutica 1 milha náutica = 1852 m Velocidade nó 1 nó = 1 milha náutica por hora = (1852/3600) m/s Massa carat 1 carat = 2·10-4 kg = 200 mg Densidade linear tex Tex 1 tex = 10-6 kg/m = 1 mg/m Tensão de sistema óptico dioptre 1 dioptre = 1 m-1 Pressão do corpo humano milímetros de mercúrio mmHg 1 mmHg = 133322 Pa Área are a 1 a = 100 m2 Área hectare ha 1 ha = 104 m2 Comprimento angstron Å 1 Å = 0,1 nm = 10-10 m Seção transversal barn b1 b = 10-28 m2 Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 52 Grafia correta: Além de definir um conjunto coerente e complexo de unidades para descrever todas as grandezas de interesse prático, é importante que os símbolos e as unidades sejam escritos de maneira uniforme. Algumas regras são estabelecidas pelo Sistema Internacional para a grafia correta de símbolos. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 53 Grafia correta: Grafia dos nomes e unidades: - Quando escritos por extenso, os nomes das unidades começam por letra minúscula, mesmo quando tem origem em nomes de pessoas. Ex: volt, kelvin e newton. A única exceção é a unidade de temperatura grau Celsius. - As unidades podem ser escritas por extenso ou representadas pelo seu símbolo, mas nunca por combinação entre ambos. Ex: metros por segundo e m/s. Não são permitidas as formas m por segundo ou metros por s. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 54 Grafia correta: Plural dos nomes e unidades: A formação do plural dos nomes de unidades (pronúncia e escrita por extenso) obedece às seguintes regras: - Os prefixos nunca vão para o plural. Estão erradas as formas: quilosgramas, milisnewtons. - O plural dos nomes das unidades recebe a letra “s” no final de cada palavra nos seguintes casos: Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 55 Grafia correta: Plural dos nomes e unidades: • quando são palavras simples, ex: ampères, candelas, newtons, farads, joules, kelvins, quilogramas, volts; • quando são palavras compostas, ex: metros quadrados, milhas marítimas e milímetros cúbicos; Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 56 Grafia correta: Plural dos nomes e unidades: - O plural dos nomes ou das partes dos nomes das unidades não recebe a letra “s” no final nos seguintes casos: • quando terminam com as letras s, x ou z. São ex: siemens, lux e hertz; • quando correspondem ao denominador de unidades compostas por divisão, ex: quilômetros por hora, volts por metro, watts por esterradiano. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 57 Grafia correta: Grafia dos símbolos e unidades: - Os símbolos são invariantes, isto é, sempre escritos da mesma forma: • símbolos não vão para o plural, não é permitido acrescentar um “s” ao símbolo para indicar plural. O símbolo adequado para a quantidade cem metros é 100 m. Estão erradas as formas 100 ms e 100 mts; • símbolo não é abreviatura, o símbolo não deve ser seguido de ponto a menos que esteja no final de um período; Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 58 Grafia correta: Grafia dos símbolos e unidades: • não é permitido acrescentar quaisquer sinais, letras ou índices para indicar particularidades, por exemplo, o símbolo do watt é sempre W, qualquer que seja o tipo de potência a que se refira: mecânica, elétrica, térmica ou acústica; • símbolos de uma mesma unidade podem coexistir num símbolo composto por divisão, por exemplo, mm/m, kWh/h; Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 59 Grafia correta: Grafia dos símbolos e unidades: - Símbolos são escritos no mesmo alinhamento do número a que se referem, e não como expoente ou índice. São exceções: os símbolos das unidades de ângulo plano (º que não pertencem ao Sistema Internacional), os expoentes do símbolos e o sinal do símbolo do grau Celsius (º). - Símbolos de unidades compostas por multiplicação podem ser formados pela justaposição dos símbolos componentes, desde que não causem ambiguidades. São exemplos: VA e kWh. Se houver risco de causar ambiguidades, um ponto deve ser colocado entre os símbolos na base da linha ou a meia altura. São exemplos: N.m ou N·m e m.s-1 ou m·s-1 Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 60 Grafia correta: Grafia dos símbolos e unidades: - Símbolos compostos que contém divisão em que mais de um símbolo aparece no denominador podem ser formados por qualquer uma das três maneiras exemplificadas a seguir: W/(sr·m2), W.sr-1·m-2, . Não é aceita a forma W/sr/m2. - Quando um símbolo com prefixo tem expoente, deve-se entender que esse expoente afeta o conjunto prefixo- unidade, como se esse conjunto estivesse entre parênteses. Por exemplo: dm3 = (0,1m)3 = (10-1m)3 = 10-3m3 mm3 = (0,001m3) = (10-3m)3 = 10-9m3 2·msr W Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 61 Grafia correta: Grafia dos prefixos: - Prefixos nunca são justapostos no mesmo símbolo. Está correta a grafia GWh, mas não é aceita nenhuma das formas kMWh, kkkWh ou MkWh. - Prefixos podem coexistir num símbolo composto por multiplicação ou divisão. São exemplos válidos: kN.cm, kW.mA, kV/mm, ml/km, kV/ms, mW/cm2. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 62 Grafia correta: Grafia dos números: - De acordo com o Sistema Internacional, os números que antecedem os símbolos das unidades devem ser escritos seguindo algumas regras: • na língua portuguesa, a vírgula deve ser usada como separador decimal. Quando o valor absoluto de um número é menor que um, coloca-se um zero à esquerda da vírgula; Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 63 Grafia correta: Grafia dos números: • os algarismos que representam a parte inteira ou decimal de um número podem ser agrupados em conjuntos de três algarismos a contar da vírgula para a esquerda ou para a direita. Não podem ser usados pontos para separar os grupos de três algarismos; apenas pequenos espaços são permitidos. É também admitido que os algarismos da parte inteira e os da parte decimal sejam escritos seguidamente, isto é, sem separação em grupos. Estão corretas as grafias: 25 482,2 km e 0,042 162 54 s. São também aceitas: 25482,2 km e 0,04216254 s. Não são aceitas: 25.482,2 km e 0,042.162.54 s. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 64 Grafia correta: Espaçamento entre número e símbolo: - O espaçamento entre um número e o símbolo da unidade correspondente é opcional. Valem as seguintes observações: • normalmente o espaçamento de uma meia letra é dado entre o número e o símbolo da unidade; • o espaçamento deve ser evitado se há possibilidade de fraude. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 65 Grafia correta: Enganos comuns: - Embora as regras de grafia dos símbolos e números do Sistema Internacional sejam claras, é grande o número de vezes em que são incorretamente empregadas. A Tabela 7 mostra alguns exemplos de enganos frequentemente encontrados. Unidades de Medida e o Sistema Internacional: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 66 Tabela 7 - Enganos frequentemente encontrados no uso do Sistema Internacional: Forma corretaForam incorreta km Km kg Kg m o grama a grama 30 s 30 seg ou 30 sec 200 g 200 grs 500 m 500 mts ou 500 ms 18 h 18 hs 80 km/h 80 KM 290 K 290ºK graus Celsius graus centígrados ou graus Centígrados Resultados de uma Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 67 A aplicação do sistema de medição sobre o mensurando produz um número: a indicação. Porém, o trabalho de medição não se encerra com a obtenção da indicação. Em toda a medição efetuada, existem erros de medição. É necessário considerá-los, compensar o que for possível e apresentar a faixa de dúvidas ainda remanescente no resultado da medição. Resultados de uma Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 68 O resultado da medição não é um número, é sempre uma faixa de valores, como mostra a figura a seguir: O resultado de medição (RM) é composto de duas parcelas: o resultado-base (RB) e a incerteza de medição (IM). Figura 2 - Resultado da medição: RM = RB IM. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 69 Os erros de medição sempre deixam uma parcela de dúvidas que permite determinar apenas aproximadamente o valor do mensurando, o que dá origem à faixa de valores dentro da qual o valor verdadeiro do mensurando é esperado. O resultado-base é o valor central da faixa a que corresponde o resultado da medição. É o valor que acredita-se, mais se aproxima do valor verdadeiro do mensurando. É calculado a partir da indicação ou da média de várias indicações à qual pode ser aplicada uma correção. Resultados de uma Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 70 Como o valor verdadeiro do mensurando é normalmente desconhecido, não existe uma forma mágica de verificar se o resultado da medição está correto. Entretanto, empregando as técnicas e procedimentos apropriados, é possível estimar, com considerável segurança, o resultado de uma medição. Resultados de uma Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 71 A correta determinação do resultado da medição está baseada nos três princípios básicos da metrologia: conhecimento, honestidade e bom senso. Resultados de uma Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 72 O conhecimento dos fenômenos, princípios, técnicas e mecanismos envolvidos em um processo de medição é fundamental para que o resultado-base e a incerteza de medição possam ser corretamente determinados. A honestidade é uma qualidade indispensável a um metrologista, que não pode ser tendencioso e deve estar perfeitamente convicto do trabalho que faz ao medir e transmitir o resultado da medição para terceiros. Como em qualquer outra atividade humana, o bom senso deve estar presente, mantendo o metrologista atento a efeitos inesperados e continuamente crítico em cada etapa do processo. Resultados de uma Medida: Erros de Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 73 É impossível medir sem cometer erros de medição. Para realizar uma medição sem erros, seriam necessários: (a) um sistema de medição perfeito; (b) um ambiente controlado e perfeitamente estável; (c) um operador perfeito e (d) que a grandeza sob a medição (mensurando) tivesse um valor único, perfeitamente definido e estável. Erros de Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 74 Na prática, nenhuma dessas quatro condições costuma acontecer isoladamente, muito menos simultaneamente. Como resultado, em menor ou maior grau, um erro de medição sempre estará presente. Não existem sistemas de medições perfeitos. Aspectos tecnológicos fazem com que qualquer sistema de medição construído resulte em imperfeições: suas dimensões, forma geométrica, material, propriedades elétricas, ópticas, pneumáticas, etc., não correspondem exatamente aos ideais. Erros de Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 75 As leis e princípios físicos que regem o funcionamento de alguns sistemas de medição nem sempre são perfeitamente lineares, como uma análise simplista poderia supor. A existência de desgaste e a deterioração de partes agravam ainda mais essa condição. Portanto o sistema de medição sempre gera erros. Erros de Medida: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 76 Perturbações externas, como as condições ambientais, podem provocar erros, alterando diretamente a indicação do sistema de medição. Vibrações mecânicas, variações de temperatura, campos eletromagnéticos, umidade do ar excessiva e pressão atmosférica são exemplos de fatores que podem, em menor ou maior grau, afetar o desempenho do sistema de medição e mesmo modificar o mensurando. A ação do operador, incluindo o procedimento de medição e a técnica de utilização do sistema de medição empregada, também são fatores que podem afetar o resultado da medição. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 77 A ação combinada desses diferentes efeitos afasta a resposta se um sistema de medição da ideal. Os erros de medição são inevitáveis; embora indesejável a presença dos erros de medição não impede que informações confiáveis sejam obtidas sobre o mensurando. A metrologia não nega a existência do erro de medição, mas aponta para caminhos que possibilitam conviver e delimitar a ação dos erros e ainda obter informações confiáveis. Erros de Medida: Distinção entre precisão e exatidão: 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 78 Resultado pouco preciso e pouco exato. Resultado pouco preciso e muito exato. Resultado muito preciso e pouco exato. Resultado muito preciso e muito exato. Erros de Medida: Classificação: Erros Grosseiros Erros Sistemáticos Erros Aleatórios 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 79 Erros de Medida: Classificação: Erros Grosseiros: ocorrem devido à falta de prática (imperícia) ou distração do operador. Como exemplos podemos citar a escolha errada de escalas, erros de cálculo, etc... 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 80 Erros de Medida: Classificação: Erros Sistemáticos: os erros sistemáticos são causados por fontes identificáveis, e, em princípio, podem ser eliminados ou compensados. Estes fazem com que as medidas feitas estejam consistentemente acima ou abaixo do valor real, prejudicando a exatidão da medida. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 81 Erros de Medida: Erros sistemáticos podem ser devidos a vários fatores, tais como: - ao instrumento que foi utilizado; ex: intervalos de tempo feitos com um relógio que atrasa; - ao método de observação utilizado; ex: medir o instante da ocorrência de um relâmpago pelo ruído do trovão associado; - a efeitos ambientais; ex: a medida do comprimento de uma barra de metal, que pode depender da temperatura ambiente; - a simplificações do modelo teórico utilizado; ex: não incluir o efeito da resistência do ar numa medida da aceleração da gravidade baseada na medida do tempo de queda de um objeto a partir de uma dada altura. 30/08/2013Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 82 Erros de Medida: Classificação: Erros Aleatórios ou Acidentais: são devidos a causas diversas e incoerentes, bem como a causas temporais que variam durante observações sucessivas e que escapam a uma análise em função de suaimprevisibilidade. 30/08/2013 Erros de Medida: 83Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Podem ter várias origens, entre elas: - os instrumentos de medida; - pequenas variações das condições ambientais (pressão, temperatura, umidade, fontes de ruídos,etc.); - fatores relacionados com o próprio observador sujeitos a flutuações, em particular a visão e a audição. De um modo simples podemos dizer que uma medida exata é aquela para qual os erros sistemáticos são nulos ou desprezíveis. Por outro lado, uma medida precisa é aquela para qual os erros acidentais são pequenos. 30/08/2013 Erros de Medida: 84Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação O erro é inerente ao próprio processo de medida, isto é, nunca será completamente eliminado. Poderá ser minimizado procurando-se eliminar o máximo possível as fontes de erros acima citadas. Portanto, ao realizar medidas é necessário avaliar quantitativamente os erros cometidos. Aqui devem ser diferenciadas duas situações: a primeira trata de medidas diretas, e a segunda de medidas indiretas. 30/08/2013 Erros de Medida: Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação 85 Erros em medidas diretas: A medida direta de uma grandeza x com seu erro estimado pode ser feita de duas formas distintas: Medindo-se apenas uma vez a grandeza x: neste caso, a estimativa de erro na medida, x, é feita a partir do aparelho utilizado e o resultado será obtido por: xx 30/08/2013 Erros de Medida: 86Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Erros em medidas diretas: Medindo-se N vezes a mesma grandeza x, sob as mesmas condições físicas. Descontados os erros grosseiros e sistemáticos, os valores medidos x1; x2; ...; xN não são geralmente iguais entre si; as diferenças entre eles são atribuídas aos erros acidentais. Neste caso, o resultado da medida é expresso como: x = xm ± x onde xm é o valor médio das N medidas. 30/08/2013 Erros de Medida: 87Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Erros em medidas diretas: xm é a média aritmética ou valor médio das N medidas: x é o erro ou incerteza de medida. Esta grandeza pode ser determinada de várias formas: N x N x...xxx x N 1i i N321 m 30/08/2013 Erros de Medida: 88Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Erros em medidas diretas: - Erro absoluto (x): - Desvio padrão (): - Erro relativo (): N xx N xxxxxxxx N 1i 2 im2 Nm 2 3m 2 2m 2 1m ... 100. x x %ou x x mm 30/08/2013 Erros de Medida: 89Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação N xx N xx...xxxxxx x N 1i im Nm3m2m1m Erros em medidas indiretas – propagação de erros: Geralmente é necessário usar valores medidos e afetados por erros para realizar cálculos a fim de se obter o valor de outras grandezas indiretas. Consideremos que a grandeza V, qualquer, a ser determinada esteja relacionada com outras duas ou mais, através da relação: V = f(x x; y y) Adição: V V = (xm x) + (ym y) = (xm + ym) (x + y) Subtração: V V = (xm x) - (ym y) = (xm - ym) (x + y) Multiplicação: V V = (xm x) . (ym y) = (xm . ym) (xm.y + ym.x) x.yy.x. y 1 y x yy xx VV :Divisão mm2 mm m m m 30/08/2013 Erros de Medida: 90Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Curva de Erros É um gráfico que representa a distribuição dos erros sistemáticos e aleatórios ao longo da faixa de medição do sistema de medição. A curva de erros é formada por três linhas: - (A): o limite superior da faixa, que contém os erros, calculado pela soma da tendência com a repetitividade; - (B): linha central, que contém os valores da tendência; - (C): o limite inferior da faixa, que contém os erros, calculado subtraindo-se a representatividade da tendência. Esses valores normalmente se modificam ao longo da faixa de medição; são portanto funções do valor da indicação. A forma dessas linhas é imprevisível, depende das características próprias do sistema de medição. 30/08/2013 Erros de Medida: 91Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Curva de Erros A Figura 3 mostra um exemplo de curva de erros. 30/08/2013 Erros de Medida: 92Fundamentos da Metrologia para Engenharia de Controle e Automação Figura 3 - Curva de erro se um sistema de medição.
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