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resposta a acusação rito comum

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE TAGUATINGA-DF
Processo Crim. nº. 2001.07.01.02222-5
PATRÍCIA DIANA, já qualificada nos autos do processo criminal em epígrafe, que lhe move a Justiça Pública, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência por intermédio de seu advogado devidamente constituído, procuração em anexo, dentro do prazo legal, com fulcro nos art. 396 e 396-A, ambos do Código de Processo Penal, apresentar:
 
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
pelas razões de fato e de direito a seguir:
DOS FATOS
No dia 30 de novembro de 2016, a vitima, tomou conhecimento que no dia anterior, sua secretaria do lar, ora Acusada, supostamente teria subtraído um de seus vestidos, os que supostamente teria utilizado na tarde desse mesmo dia, segundo relato de vizinhos.
Contudo conforme relato da própria Acusada, esta de fato teria utilizado o referido objeto, contudo este mesmo objeto estaria novamente em perfeito estado sob a posse da vitima.
DOS FUNDAMENTOS
Ante o exposto fático, há que se fazer menção ao tipo penal do crime de furto, no disposto no artigo 155CP.
O referido tipo penal, traz como base de conceito a subtração de coisa alheia móvel, refere-se o tipo penal ao ato de subtrair, refere-se diretamente o tipo a troca de posse, ou seja, deve-se o objeto material do tipo passar da posse original, para a posso ilícita do autos do crime ou receptador. 
Com isso faz-se referencia ao sentido da palavra subtrair, que traz o sentido de retirar, fazer desaparecer. Onde conforme entendimento consolidado faz-se menção a troca ilícita da posse. 
Imperioso informar ainda quanto ao animus da ação, para que se caracterize o furto, seria necessário o animus da Acusada em ter a posse do objeto para si, não havendo que se falar em devolução da coisa.
Ora excelência, o fato é que não há crime de furto, vez que o caso em tela não se amolda ao tipo penal de furto.
O que há de fato é um furto de uso, que não é tipificado como crime, pois não existe animo de apossamento definitivo, o que seria indispensável para o furto propriamente dito.
Então se a Acusada ao supostamente utilizar-se do objeto, devolvendo-o em perfeito estado, sem ter essa causado prejuízo à vítima, não há que se falar em crime de furto com base na falta de pressupostos que caracterizem a conduta delitiva. 
Caso V. Exa. Ainda assim entenda que trata-se de crime de furto, requer-se a ponderação quanto ao valor do objeto, observando-se o principio da bagatela. 
DOS PEDIDOS
Requer que seja aplicado o art. 386, III do Código de Processo Penal que prevê que o juiz absolverá o réu em que o fato não constitua crimedesde que conheça a existência de circunstancias que excluam o crime ou isentem o réu da pena (inciso VI) e consequentemente a aplicação do art. 397, III, CPP, com o consequente arquivamento do processo.
Nestes termos,
Pede-se deferimento.
Taguatinga, 17 de março de 2011.
Advogado ...
OAB/DF...
Rafael Mendes Alcântara
RGM: 131.891-8

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