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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
NORMAS 
REGULAMENTADORAS 
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO 
 
 
14/09/2017 
 
 
 
 
 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
1 
 
NR 01 – Disposições Gerais – Ana Toazza 
NR 02 – Inspeção Prévia - Ana Toazza 
NR 03 – Embargo ou Interdição - Ana Toazza 
NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho – Tiago Fernandes 
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Joyce Diogo 
NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI – Jéssica 
Cavalcanti 
NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – José S. 
Júnior 
NR 08 – Edificações – Takira Lima 
NR 09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – Tiago 
Fernandes 
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – Takira 
Lima 
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais – Jéssica Cavalcanti 
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos – Takira 
Lima 
NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão – Vanessa Mesquita 
NR 14 – Fornos – Gabrielle Vieira 
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – Gabrielle Vieira 
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas – Gabrielle Vieira 
NR 17 – Ergonomia – Tiago Fernandes 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
2 
 
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção – Gabrielle Vieira 
NR 19 – Explosivos – José S. Júnior 
NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis – Joyce Diogo 
NR 21 – Trabalho a Céu Aberto – Jéssica Cavalcanti 
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração – Stefania 
Almeida 
NR 23 – Proteção Contra Incêndios – Stefania Almeida 
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho – 
Stefania Almeida 
NR 25 – Resíduos Industriais – Stefania Almeida 
NR 26 – Sinalização de Segurança – Maria Letícia Cerqueira 
NR 27 – Revogada pela Portaria GM nº 262, 29/05/2008 – Registro 
Profissional do Técnico de Segurança do Tabalho no MTB – Maria Letícia 
Cerqueira 
NR 28 – Fiscalização e Penalidades – Beatriz Meinerz 
NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Portuário – Beatriz Meinerz 
NR 30 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho 
Aquaviário – Beatriz Meinerz 
NR 31 – Norma Regulamentadora da Segurança e Saúde no Trabalho 
na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura – Ana 
Beatriz Guapyassú 
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de 
Saúde – Ana Beatriz Guapyassú 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
3 
 
NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados – 
Vanessa Mesquita 
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparação Naval – Gabrielle Vieira 
NR 35 – Trabalho em Altura – José S. Júnior 
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados – Beatriz Meinerz 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
4 
 
NR 01 DISPOSIÇÕES GERAIS 
Estabelece que as Normas Regulamentadoras sobre Medicina e 
Segurança do Trabalho devem ser cumpridas por todas as empresas privadas 
e públicas, pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como 
os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam trabalhadores 
empregados de acordo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). 
Estabelece, também, que a Secretaria de Segurança e Saúde no 
Trabalho – SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, 
orientar, controlar, supervisionar e ainda fiscalizar o cumprimento dos preceitos 
legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o 
território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes 
do Trabalho – CANPAT e o Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT. 
Define ainda que, a Delegacia Regional do Trabalho – DRT é o órgão 
regional competente para executar as atividades relacionadas com a 
segurança e medicina do trabalho e determinar as responsabilidades do 
empregador e empregados. 
Determina que, cabe ao empregador cumprir, fazer cumprir e elaborar 
ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, além de informar aos 
trabalhadores sobre os riscos nos locais de trabalho; os meios de prevenção 
para tais riscos; os resultados dos exames médicos e complementares e os 
procedimentos a serem tomados em caso de acidente ou doença relacionada 
ao trabalho. 
Por fim, cabe ao empregado, cumprir as disposições legais e 
regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de 
serviço solicitadas pelo empregador; fazer o uso do EPI; assim como submeter-
se aos exames médicos previstos e colaborar com a empresa na aplicação das 
Normas Regulamentadoras. 
 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
5 
 
NR 02 INSPEÇÃO PRÉVIA 
Determina que todo o estabelecimento novo, antes de iniciar suas 
atividades deve solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do 
Ministério do Trabalho, que emitirá o Cerificado de Aprovação de Instalações – 
CAI. Caso não seja feita a inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar 
suas atividades, a empresa poderá encaminhar uma Declaração das 
Instalações do Estabelecimento Novo, ao órgão regional do Ministério do 
Trabalho. Por fim, a empresa deverá comunicar e solicitar aprovação do órgão 
regional do Ministério do Trabalho quando ocorrer modificações nas 
instalações e/ou equipamentos. 
 
NR 03 EMBARGO OU INTERDIÇÃO 
O estabelecimento, setor de serviço, máquinas e equipamentos que 
oferecerem risco grave ou iminente ao trabalhador, poderão ser 
interditados/embargados pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Durante 
a interdição ou embargo, podem ser adotadas medidas de proteção adequadas 
aos trabalhadores envolvidos. Em caso de paralisação decorrente da 
imposição de interdição ou embargo, os empregados devem continuar 
recebendo os salários como se estivessem trabalhando. 
 
NR 04 SESMET (Serviços especializados em engenharia de 
segurança e medicina do trabalho) 
 
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração 
direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam 
empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, 
obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a 
integridade do trabalhador no local de trabalho. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
6 
 
NR que se aplica a diversas áreas de uan, pois sendo promovida a 
integridade física e saúde do trabalhador a longo prazo em todos os aspectos é 
algo que dá segurança ao trabalhador para exercer sua determinada função. 
Dimensionamento 
O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da 
atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, 
constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta 
NR. 
Cruzar os dados referentes ao grau de risco analisado no quadro 1, com 
o número de empregados no quadro 2 sendo definido o número de técnicos de 
segurança do trabalho ideais, logo após acessar o site do CNPJ e com isso 
obter mais informações da empresa referente. 
As empresas que possuam mais de 50 (cinquenta) por cento de seus 
empregados em estabelecimentos ou setores com atividade cuja gradação de 
risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os 
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho, em função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II 
desta NR.O sesmet deve ser constituído quando empresas contratantes e outras 
contratadas não se enquadrarem no quadro 2. 
Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e 
registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da 
profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho 
Profissional, quando existente. 
O profissional da área de saúde que participe do sesmet, é proibido de 
exercer outra atividade na empresa durante o horário de atuação no sesmet, 
cabendo denúncia ao ministério do trabalho caso isso aconteça. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
7 
 
Importância do SESMET nas áreas de UAN - visto que muitas unidades 
de nutrição e alimentação contém um número enorme de funcionários e com 
diversos graus de risco a saúde do trabalhador, a implementação do sesmet é 
necessária em diversos momentos para que a saúde do mesmo seja 
preservada. 
QUADRO I 
(Alterado pela Portaria SIT n.º 76, de 21 de novembro de 2008) 
Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, 
com correspondente Grau de Risco - GR para fins de dimensionamento do 
SESMT. 
 
Código 
 
 Denominação 
 
Grau de risco 
 10.20-1 Preservação do pescado e 
fabricação de produtos do 
pescado. 
3 
 46.31.1 Comércio atacadista de 
leite e laticínios. 
2 
 
 56.11-2 
Restaurantes e outros 
estabelecimentos de serviço de 
alimentação e bebida. 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
8 
 
QUADRO II DIMENSIONAMENTO (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de 1987) 
 
Número de funcionários 
Grau 
de 
Risco 
 
Técnicos 
50 
a 
100 
101 
a 
250 
251 
a 
500 
501 
a 
1.000 
1.001 
a 
2.000 
2.001 
a 
3.500 
3.501 
a 
5.000 
Acima 
de 
5.000 
 
 
 
 
 1 
Técnico Seg. 
Trabalho 
- - - 1 1 1 2 1 
Engenheiro Seg. 
Trabalho 
- - - - - 1* 1 1* 
Aux. 
Enfermagem 
Trabalho 
- - - - - 1 1 1 
Enfermeiro do 
Trabalho 
- - - - - - 1* - 
Médico do 
Trabalho 
- - - - 1* 1* 1 1* 
 
 
 
 
2 
Técnico Seg. 
Trabalho 
- - - 1 1 2 5 1 
Engenheiro Seg. 
Trabalho 
- - - - 1* 1 1 1* 
Aux. 
Enfermagem 
Trabalho 
- - - - 1 1 1 1 
Enfermeiro do 
Trabalho 
- - - - - - 1 - 
Médico do 
Trabalho 
- - - - 1* 1 1 1 
 
 
 
 
3 
Técnico Seg. 
Trabalho 
- 1 2 3 4 6 8 3 
Engenheiro Seg. 
Trabalho 
- - - 1* 1 1 2 1 
Aux. 
Enfermagem 
Trabalho 
- - - - 1 2 1 1 
Enfermeiro do 
Trabalho 
- - - - - - 1 - 
Médico do 
Trabalho 
- - - 1* 1 1 2 1 
 
 
 
 
4 
Técnico Seg. 
Trabalho 
1 2 3 4 5 8 10 3 
Aux. 
Enfermagem 
Trabalho 
- - - 1 1 2 1 1 
Enfermeiro do 
Trabalho 
- - - - - - 1 - 
Médico do 
Trabalho 
 1* 1* 1 1 2 3 1 
*) - Tempo parcial (mínimo de três horas) 
(**) - O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3.501 a 
5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 2.000. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
9 
 
 
 
(*) Tempo parcial (mínimo de três horas) (**) - O dimensionamento total 
deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 
3.501 a 5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 
2.000. OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas de Saúde e 
Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) 
empregados deverão contratar um Enfermeiro do Trabalho em tempo integral. 
 
NR 05 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
Objetivo - a CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e 
doenças decorrentes do trabalho, preservando a vida e promovendo a saúde 
do trabalhador. 
Constituição - qualquer instituição que admita trabalhadores como 
empregados deve possuir uma CIPA, havendo mais de um estabelecimento de 
uma mesma empresa no mesmo município, as normas deverão ser difundidas 
para a segurança de todos. 
Organização - a CIPA será composta de representantes do empregador 
e dos empregados. Os representantes dos empregadores serão por ele 
designados, já o dos empregados serão eleitos por votação. O número de 
membros da CIPA varia de acordo com o número de funcionários de cada 
empresa e suas respectivas áreas de atuação, estando explicitado no Quadro 1 
dessa NR, quando não se for enquadrado no quadro 1 a empresa deverá 
designar um responsável para o cumprimento dos objetivos desta NR com 
ajuda dos empregados. 
O mandato dos membros da CIPA tem duração de um ano, os 
funcionários com cargo de direção não podem ser dispensados sem haver uma 
justa causa. Após protocolizadas as atas de eleição, a CIPA não poderá ter seu 
número de representantes reduzidos, mesmo com a diminuição do número de 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
10 
 
funcionários da empresa, assim como não poderá ser desativada, exceto no 
fechamento do estabelecimento. 
Atribuições - a CIPA deverá identificar os ricos do processo de trabalho, 
elaborando um mapa, criando soluções preventivas estimulando a segurança e 
saúde do trabalhador. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à 
segurança no trabalho. 
Funcionamento - a CIPA deverá ter reuniões ordinárias mensais, sempre 
assinadas pelos presentes, as atas ficam no estabelecimento a disposição dos 
Agentes de inspeção do Trabalho. Irá haver reuniões extraordinárias em caso 
de acidentes graves de trabalho ou denúncias de risco. 
As decisões da CIPA serão tomadas em consenso, não havendo um, é 
estabelecida uma votação. 
Treinamento - a empresa deverá promover um treinamento aos 
membros da CIPA dentre no máximo os 30 dias após a posse. 
Tal treinamento deve contemplar os seguintes itens: 
-Estudo do ambiente de trabalho e seus riscos; 
-Noções sobre acidentes e doenças do trabalho; 
-Noções sobre AIDS e medidas de prevenção; 
-Noções sobre legislação trabalhista e medidas previdenciárias relativa a 
segurança e saúde no trabalho. 
O treinamento terá carga horária de 20 horas e poderá ser ministrado 
pelo SESMET, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional 
que possua conhecimento sobre os temas. 
Contratantes e contratadas - sempre que duas empresas atuarem em 
um mesmo estabelecimento a empresa contratante e contratada e suas 
respectivas CIPAS deverão adotar medidas de forma integrada. A empresa 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
11 
 
contratante deverá adotar medidas de forma que todas as empresas ali 
contratadas recebam informações sobre os riscos de trabalho naquele local, 
além de suas medidas de proteção, a mesma deve acompanhar o cumprimento 
das medidas de segurança e saúde no trabalho dos contratados. 
 
NR 06 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 
Para os fins de aplicação desta NR, considera-se EPI, todo dispositivo 
ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção 
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
Certificado de aprovação 
O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à 
venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, 
expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. 
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, 
sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção 
contra os riscos de acidentese danos à saúde dos empregados. 
Recomendação do EPI adequado 
Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI 
adequado ao risco existente em determinada atividade. Nas empresas 
desobrigadas a constituir SESMT cabe ao empregador selecionar o EPI 
adequado orientado por profissional tecnicamente habilitado. 
Responsabilidades do empregador 
É de responsabilidade do empregador adquirir EPI adequado ao risco de 
cada atividade, exigir seu uso, fornecer ao trabalhador somente EPI aprovado 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
12 
 
pelo órgão nacional de proteção a segurança e saúde do trabalhador, orientar e 
treinar o trabalhador quanto ao uso correto, guardá-lo e conservá-lo, substitui-lo 
imediatamente quando extraviado ou danificado, responsabilizar-se pela 
higienização e manutenção periódica e comunicar ao MET (Ministério do 
Trabalho e Emprego) quando houver qualquer irregularidade. 
Responsabilidade do empregado 
Usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se 
pela guarda e conservação, comunicar ao empregador qualquer alteração que 
o torne impróprio para o uso e cumprir as determinações do empregador sobre 
o uso adequado. 
Deveres do fabricante nacional ou importado 
Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de 
segurança e saúde no trabalho; solicitar a emissão do CA e a sua renovação 
quando vencido; comercializar ou colocar à venda somente o EPI portador de 
CA e com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, 
manutenção, restrição e demais referência ao uso; fazer constar do EPI o 
número de lote de fabricação; providenciar a avaliação da conformidade do EPI 
no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; fornecer as informações 
referentes aos processos de limpeza e número de higienização acima do qual 
é necessário proceder a revisão ou substituição do equipamento. 
Validade para fins de comercialização do CA concedido aos EPI 
Cinco anos para equipamentos com laudos de ensaio que não tenham 
sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO e/ou do prazo vinculado à 
avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO. 
Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o 
nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, 
ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o 
número do CA. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
13 
 
Deveres do órgão nacional competente em matéria de segurança no 
trabalho 
Cadastrar o fabricante ou importador de EPI; fiscalizar a qualidade; 
receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI; 
cancelar ou suspender o cadastro da empresa fabricante ou importadora; 
estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de 
EPI. 
Deveres do órgão regional do MTE 
Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; 
recolher amostras de EPI; aplicar, na sua esfera de competência, as 
penalidades cabíveis pelo descumprimento desta RN. 
 
NR 07 PCMSO 
 
PCMSO é uma sigla que quer dizer: Programa de Controle Médico e 
Saúde Ocupacional. 
O PCMSO é responsável por especificar procedimentos e condutas a 
serem adotadas pelas empresas em função dos riscos aos quais os 
empregados se expõem no ambiente de trabalho. 
Tem como objetivo, promover e preservar a saúde do trabalhador por 
meio da prevenção, detecção precoce, monitoramento e controle de possíveis 
danos à saúde do empregado. 
Cabe aos empregadores garantir a efetiva elaboração do programa e 
implementação das ações previstas nele sem gerar nenhum tipo de ônus 
financeiro aos trabalhadores. 
Normalmente as ações previstas no PCMSO andam em consonância 
com as definidas em outro programa de segurança e saúde do trabalho: o 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 
Conforme estabelece a norma regulamentadora 09, o PPRA é parte 
integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da 
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
14 
 
articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras, em especial 
com o PCMSO. 
Ademais, o PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos 
riscos à saúde dos trabalhadores. Desta forma, é o PPRA que servirá de base 
na elaboração do PCMSO. 
Todas as empresas devem providenciar a elaboração de um PCMSO, 
independente do seu número de funcionários e grau de risco relacionado à 
atividade econômica. 
O Ministério do Trabalho através da Secretaria de Segurança e Saúde 
no Trabalho entende que todos os trabalhadores devem ter o controle de sua 
saúde de acordo com os riscos a que estão expostos. 
 
QUAL A UTILIDADE DO PCMSO? 
Previsto na NR 7, o PCMSO faz parte de um conjunto mais amplo de 
ações do empregador visando a prevenção, diagnóstico e tratamento de 
agravos à saúde relacionados ao trabalho. 
Um dos principais objetivos do PCMSO é a detecção precoce de 
doenças relacionadas ao trabalho, promovendo saúde ocupacional para evitar 
essas ocorrências. Isso sem considerar que a falta de um PCMSO dentro das 
normas legais expõe diretamente os trabalhadores ao risco de desenvolvimento 
e agravamento de doenças ocupacionais, além de ser uma falta passível de 
multa e outras sanções quando da fiscalização das autoridades competentes. 
A empresa estará prevenindo-se contra possíveis consequências 
jurídicas decorrentes do aparecimento de doenças ocupacionais, como 
processo civil, criminal e previdenciário. 
Os exames ocupacionais apresentam como resultado para o 
empregador, a redução do absenteísmo motivado por doenças, redução de 
acidentes potencialmente graves, garantia de empregados mais adequados à 
função, com melhor desempenho, além de eventuais perdas de pessoal 
qualificado, temporária ou definitivamente. 
Para os empregados, proporciona condições de saúde para o 
desempenho da função, minimizando a chance de arbitrariedades em caso de 
doença ou acidente. 
QUEM ELABORA O PCMSO? 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
15 
 
A elaboração do PCMSO é responsabilidade do Médico do Trabalho da 
empresa. Caso o SESMT da empresa, dimensionado de acordo com a NR 04, 
não conte com um médico do trabalho em seu quadro, cabe ao empregador 
indicar um médico do trabalho, funcionário ou não da empresa, para coordenar 
o programa. 
 
QUAL O PAPEL DO MÉDICO DO TRABALHO NO PCMSO? 
O médico do trabalho indicado para coordenar o PCMSO de uma 
determinada empresa deve realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 
da NR 07, que sejam: 
 Admissional: quando da entrada do trabalhador na empresa, 
antes que o colaborador seja contratado, avaliando sua 
condição física atual e a compatibilidade com a função a ser 
desempenhada; 
 Periódico: periodicidade a ser definida no PCMSO levando em 
consideração a orbrigatoriedade prevista em norma e os 
agravantes ou atenuantes devido às condições de saúde dos 
trabalhadores, de acordo com a própria NR 07 e com as 
condições verificadas no PPRA (NR 9); 
 De retorno ao trabalho: após o colaborador retornar de algum 
afastamento deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro 
dia da volta ao trabalho, de trabalhador ausente por período 
igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou 
acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto; 
 De mudança de função: quando da transferência do trabalhador 
de setor, especialmente quando os riscos à saúde sãodiferentes do setor de origem; 
 Demissional: no desligamento do colaborador, a ser realizado 
antes da homologação. 
Também cabe ao médico do trabalho definir e delegar os exames 
complementares necessários, sempre observando as definições da NR 7. 
Dentre os mais comuns podemos citar os laboratoriais (sangue, urina, 
fezes), audiométricos, radiológicos (raio x, ressonância magnética, tomografia), 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
16 
 
cardiológicos (eletrocardiograma), neurológicos (eletroencefalograma), entre 
outros. Exames de aptidão psicológica também podem ser solicitados a critério 
do médico, do empregador e em função da tarefa a ser desempenhada. 
Após a realização dos exames adequados, o médico elabora um ASO – 
Atestado de Saúde Ocupacional, que deverá concluir se o trabalhador 
encontra-se apto para exercer suas funções, ou não. 
QUAL A VALIDADE DO PCMSO? 
No PCMSO devem estar listadas atividades e planos de ação para o 
período mínimo de um ano, portanto a periodicidade da revisão do documento 
é anual. 
 
NR 08 EDIFICAÇÕES 
A NR abrange as edificações já construídas, determinando as exigências 
necessárias para o conforto, segurança e salubridade dos trabalhadores do 
local. 
Pé-direito – é a altura livre do piso ao teto, segundo o artigo 171 da CLT, 
os locais deverão ter no mínimo 3 metros. Já a NR8 é estabelecida de acordo 
com as posturas municipais. 
Pisos dos locais de trabalho – não devem apresentar depressões, a 
resistência dos pisos deve ser suficiente para suportar as cargas, pisos 
escorregadios devem possuir materiais antiderrapantes e aberturas em pisos e 
paredes devem ser protegidas. 
Proteção contra intempéries - as partes externas ou independentes das 
edificações devem possuir isolamento térmico, isolamento e condicionamento 
acústico, resistência estrutural e impermeabilidade, pisos e paredes de trabalho 
devem ser, quando necessário, impermeabilizados, e protegidos contra a 
umidade. No local de trabalho devem conter proteção contra chuva, e insolação 
em excesso ou falta de insolação. 
 
NR 09 PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
17 
 
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da 
elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e 
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de 
Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e 
da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, 
avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes 
ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a 
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 
Levando em consideração que em algumas UAN existe a exposição do 
trabalhador a riscos químicos, físicos e biológicos o PPRA deve ser 
implementados para que tais riscos não existam ou sejam evitados. Os riscos 
devem ser medidos de acordo com a intensidade, concentração e exposição ao 
risco, sendo levado em consideração o fator que mais esteja em evidencia dos 
quatro. O embargo do local deve ocorrer caso isso não aconteça. 
Dimensionamento 
As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada 
estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a 
participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade 
dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. 
Cada ambiente de trabalho diferente de uma UAN, contem graus e tipos 
de riscos diferentes, sendo estabelecido um PPRA diferente para cada âmbito. 
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que 
possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões 
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não 
ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. 
Visto que ruídos e altas temperaturas são bem comuns nas áreas de 
UAN, dar devida atenção a esses quesitos no PPRA é algo fundamental para a 
saúde do trabalhador. 
Finalização 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
18 
 
Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas 
de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza 
da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo 
organismo através da pele ou por ingestão. 
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, 
parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 
Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira 
apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos 
locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais 
riscos e para proteger-se dos mesmos. 
O contato com essas substâncias da NR 9.1.5.2 é bem comum nas 
áreas de UAN é bem comum principalmente pelas vias respiratórias por 
vapores. O contato com agentes biológicos pode acontecer caso o profissional 
responsável não tem um bom fluxo de controle de estoque e que alimentos se 
estraguem. Os empregados serem orientados pelos empregadores e 
responsáveis pelo PPRA é de fundamental importância para que exposições 
aos riscos ambientais ocorram. 
 
NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM 
ELETRICIDADE 
Essa norma estabelece as medidas de controle e prevenção, a fim de 
garantir a saúde e segurança do trabalhador direto ou indireto, em instalações 
elétricas e serviços com eletricidade. 
Campo de aplicação – aplica-se as fases de geração, transmissão, 
distribuição e consumo de energia e em trabalhos realizados nas proximidades 
de instalações elétricas. 
Medidas de controle - Medidas de proteção coletivas devem ser 
previstas e adotadas prioritariamente mediante a procedimentos, as atividades 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
19 
 
a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurança e saúde dos 
trabalhadores. A medida de proteção individual deve ser utilizada quando a 
medida coletiva for inviável. Nesse caso, deve-se fazer o uso de Equipamento 
de Proteção Individual (EPI) e vestimentas adequadas. O uso de adornos 
pessoais é proibido, devido a sua capacidade condutiva. O empregador deve 
dispor do Prontuário de Instalações Elétricas (PIE), que é um documento com 
todas as informações específicas sobre as instalações elétricas do 
estabelecimento e instruções técnicas e administrativas de saúde e segurança. 
 
NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E 
MANUSEIO DE MATERIAIS 
Estabelece medidas de prevenção a Operação de Elevadores, 
Guindastes, Transportadores Industriais e Máquinas Transportadoras. 
Trata da padronização dos procedimentos operacionais, e assim, busca 
garantir a segurança de todos os envolvidos na atividade. 
Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados 
pelos equipamentos de içamento e transportes de materiais, ocorrido com a 
crescente mecanização das atividades que motivaram um aumento da 
quantidade de materiais movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem 
a sua existência jurídica assegurada no nível de legislação ordinária, nos 
artigos 182 e 183 da CLT. 
Para operar elevadores, guindastes, transportes industriais e máquinas 
transportadoras que possuam força motriz própria, o trabalhador deve receber 
treinamento da empresa, ele deve usar um cartão com seus dados, este cartão 
tem validade de 1 (um) ano e só poderá ser restituído com um exame médico 
geral. Devem ser calculados e construídos, de modo que ofereça segurança, 
conservação e boas condições de trabalho, deve ter sua carga máxima exposta 
visivelmente e sinal de avisosonoro (buzina). Devem ter inspeção permanente, 
assim como os cabos de aço, corda, roldana e ganchos, para detecção de 
partes defeituosas e se encontradas serem substituídas imediatamente. Os 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
20 
 
poços de elevadores e monta carga, devem estar cercados totalmente e forma 
segura, menos nas portas ou cancelas dos pavimentos. E quando a cabina do 
elevador não estiver no nível do pavimento, abertura deve ser protegida por 
corrimão ou similares. Nos locais fechados ou poucos ventilados, as máquinas 
transportadoras que emitam gases nocivos, devem ser controladas para evitar 
acúmulo. Será proibido o uso de máquinas transportadoras com motores de 
combustão interna, a menos que possuam dispositivos que neutralizem 
adequadamente os gases. Máquinas de transporte de pessoas terão regras 
especiais. 
Transporte Manual de Sacos é: toda a atividade contínua ou descontínua 
essencial ao Transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é 
suportado, integralmente, por um trabalhador, compreendendo também o 
levantamento e sua operação. O transporte Manual de um saco deve ter no 
máximo 60 metros de distância e, além disso, deve ser feito com uso de tração 
mecânica. Podem ser usadas pranchas, mas para isso elas devem ter largura 
de 50 centímetros e estarem apoiadas em um vão com no máximo 1 metro. 
Deve ser evitado o transporte manual em locais escorregadios, a empresa deve 
providenciar cobertura do piso, esta deve ser de material não escorregadio, 
sem aspereza e em perfeito estado de conservação. Carga ou descarga em 
caminhões ou vagões devem ser feitas com ajudante. 
OBS: A NR 11 não especifica o peso máximo para o levantamento de 
cargas. Em 1981,o Niosh (national institute for occupational safety and health) 
desenvolveu uma equação para o cálculo do peso máximo recomendado na 
manipulação manual de carga. Em 1991, essa equação foi revista e, na sua 
versão atual, a equação Niosh para levantamento de cargas determinou o limite 
de peso recomendado (LPR) e o índice de risco associado ao levantamento 
(IL). O artigo 198 da CLT, teremos o seguinte: 
É de 60 kg o peso máximo que um empregado pode remover 
individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do 
menor e da mulher. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
21 
 
No artigo 390 da CLT temos o critério estabelecido para a mulher, a 
seguir: 
Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o 
emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho 
continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. 
 
NR 12 SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E 
EQUIPAMENTOS 
Esta norma e seus anexos definem referências técnicas, princípios 
fundamentais e medidas de proteção a fim de garantir a saúde e integridade 
física dos trabalhadores, estabelecendo requisitos mínimos para a prevenção 
de acidentes e doenças no trabalho desde a fase do projeto até o desmonte da 
máquina ou equipamento. 
O empregador é responsável pela adoção de medidas de proteção 
coletiva, administrativa e individual. Em casos onde pessoas com deficiência 
estiverem envolvidas direta ou indiretamente com o trabalho com máquinas, o 
empregador também deverá ser o responsável pela efetivação das medidas de 
proteção. 
Arranjo físico e instalações – as vias principais de circulação devem ser 
mantidas desobstruídas e demarcadas, devendo ter, no mínimo, 1,20m de 
largura, assim como as vias que conduzem às saídas. A distância mínima entre 
as máquinas deve garantir a segurança dos trabalhadores. As máquinas 
móveis que possuem rodízios devem possuir travas em pelo menos dois dos 
rodízios. Não deve ocorrer transporte e movimentação aérea de materiais em 
área onde haja trabalhadores. 
Instalações e dispositivos elétricos – as máquinas devem ser projetadas 
de modo a prevenir os perigos de choque elétrico, incêndio e explosão. Os 
quadros de energia devem possuir porta de acesso permanentemente fechada, 
sinalização quanto ao perigo de choque e identificação dos circuitos com 
proteção. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
22 
 
Dispositivos de partida, acionamento e parada – devem ser projetados 
de modo que: não se localizem em zonas perigosas, não possam ser burlados, 
impeçam o acionamento ou desligamento involuntário e possam ser acionados 
ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o 
operador. 
Sistemas de segurança – proteções fixas, móveis e dispositivos de 
segurança compõem o sistema de segurança da zona de perigo das máquinas. 
Elas devem atender os requisitos estabelecidos, (categoria de segurança, 
responsabilidade e conformidade técnica, conformidade, instalação, vigilância 
automática e paralisação de meios perigosos). 
Dispositivos de parada de emergência – devem garantir a parada da 
operação a fim de evitar situações de perigo latentes e existentes. Os 
dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como 
dispositivo de partida ou de acionamento. 
Meios de acesso permanentes – as máquinas devem possuir meios de 
acesso permanentemente fixados e seguros, são considerados meio de 
acesso: elevadores, rampas, passarelas, plataformas e escadas de degraus. 
No caso de impossibilidade dos meios previstos, poderá ser utilizada a escada 
fixa tipo marinheiro. 
Componentes pressurizados – devem ser localizados e protegidos para 
que no caso de ruptura e vazamento de fluidos não provoque acidentes de 
trabalho. As mangueiras dos sistemas pressurizados devem possuir indicação 
de pressão máxima de trabalho admissível determinada pelo fabricante. 
Transportadores contínuos de materiais – são esteiras para transportes 
de materiais, que devem possuir em toda sua extensão dispositivos de parada 
de emergência. Alguns transportadores poderão ser dispensados dessa 
exigência. A permanência e circulação de pessoas SOBRE os transportadores 
são permitidas desde que sejam feitas por meio de passarelas. A permanência 
e circulação SOB os transportadores são permitidas desde que haja proteção 
adequada contra queda de materiais. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
23 
 
Aspectos ergonômicos – levam em consideração boas condições de 
trabalho para o operário. As máquinas devem ser construídas levando em 
consideração as necessidades de adaptação e a natureza do trabalho. O ritmo 
de trabalho e a velocidade das máquinas deve ser compatível com a 
capacidade física dos operadores. 
Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparo – a periodicidade 
das manutenções preventivas devem ser determinadas pelo fabricante. 
Manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, 
ficha ou sistema informatizado, contendo informações como: cronograma, 
serviço realizado, nome do responsável, data, peças reparadas ou substituídas 
e condições de segurança do equipamento. 
Sinalização – a sinalização de segurança compreende os símbolos, 
inscrições, sinais luminosos e sonoros, e devem estar presentes em 
instalações e equipamentos. As inscrições devem indicar claramente o risco e a 
parte da máquina a que se referem, não devendo ser utilizada somente a 
inscrição de “perigo”. 
Manuais – o manual de instruções deve ser fornecido pelo fabricante do 
equipamento, e conter instruções sobre a segurança em todas as fases de 
utilização da máquina. Deve ser escrito de forma clara e objetiva e com 
disponibilidade para todos os usuários no local de trabalho. 
Capacitação – a capacitação do operário para realizar o trabalho com o 
equipamento deve ser fornecida pelo empregador, devendo ocorrer antes do 
trabalhador assumir o cargo, ter carga horária mínima (máximo de 8 horasdiárias), ter conteúdo programático e ser ministrada por trabalhadores ou 
profissionais qualificados. As capacitações de reciclagem devem ocorrer 
quando tiver modificações significativas nas instalações ou operações das 
máquinas, e devem ser ministradas dentro do horário normal de trabalho. 
 
NR 13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES 
(Última atualização: Portaria SIT n 594, de 28 de abril de 2014) 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
24 
 
Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular 
vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia. 
Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna 
ou externa, diferente da pressão atmosférica. Tubulações são os conjuntos de 
linhas destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma 
unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. Tanto as 
caldeiras quanto os vasos de pressão são equipamentos de grande utilidade 
em diversos processos industriais. No entanto, em virtude de sua operação sob 
pressão, e no caso das caldeiras, também sob calor, podem ser causas de 
graves acidentes, motivo pelo qual seu projeto, instalação, operação e 
manutenção devem observar rígidos procedimentos de segurança. A operação 
desses equipamentos também exige a instalação de diversos dispositivos de 
segurança e controle, a manutenção de registros e documentações 
atualizados, profissionais qualificados e a realização de diversas inspeções. 
No início do século XIX, inúmeros acidentes ocorridos com 
equipamentos sob pressão, principalmente caldeiras, levaram à necessidade 
de se elaborarem códigos de projeto que garantissem condições seguras de 
operação e manutenção desses equipamentos. Existem atualmente vários 
códigos de projeto de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, que são 
reconhecidos nacional e internacionalmente, como o código ASME (American 
Society of Mechanical Engineers), ANSI (American National Standards 
Institute) e JIS (Japanese Industrial Standards). Várias exigências constantes 
na NR13 têm fundamentação técnica baseada nos códigos ASME e ANSI. 
Um dos parâmetros a ser observado durante a vida útil das caldeiras e 
dos vasos de pressão é a integridade estrutural desses equipamentos, em 
razão do processo de degradação sofrido por seus componentes ao longo de 
sua vida útil. Falhas estruturais podem ocorrer também em virtude de erros de 
projeto, inobservância das especificações técnicas na fase de fabricação ou 
condições de operação e manutenção incorretas. Por esses motivos, a NR13 
estabelece os requisitos mínimos que o empregador deve adotar nos 
procedimentos de gestão da integridade estrutural das caldeiras a vapor, 
vasos de pressão e respectivas tubulações de interligação, durante todo o seu 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
25 
 
ciclo de vida de forma planejada e controlada, a fim de garantir a segurança e a 
saúde dos trabalhadores. Destaco que a avaliação da integridade estrutural 
subsidia não somente sua operação segura, mas também serve de parâmetro 
de projeção da vida remanescente e eventuais reparos para alcançá-la. No 
caso de caldeiras, um dos mecanismos que podem comprometer a integridade 
estrutural é a falta de tratamento ou o tratamento inadequado da água utilizada 
para geração do vapor, que pode provocar oxidação e incrustações nas 
paredes internas, diminuindo sua espessura e, consequentemente, alterando 
ou excedendo os limites originais de projeto. Outros fatores como fadiga, 
processos de soldagem inadequados e até mesmo mecanismos combinados 
(corrosão-fadiga) também podem comprometer a integridade estrutural. 
Destaco que a NR13não contém disposições sobre o projeto ou características 
construtivas de caldeiras, vasos de pressão ou tubulações, sendo apenas 
exigido que sejam atendidas as especificações contidas nos códigos de projeto 
pertinentes. 
Caldeiras - como vimos, as caldeiras a vapor são equipamentos 
destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, 
utilizando qualquer fonte de energia. O vapor é gerado por meio da energia 
térmica fornecida à água da caldeira pela queima do combustível (fonte de 
energia). Dessa forma, para fins de aplicação da NR13, todos os equipamentos 
que simultaneamente geram e acumulam vapor são abrangidos pela norma. As 
caldeiras devem ser projetadas conforme códigos de projeto pertinentes. 
Refervedores e equipamentos similares, apesar de gerarem vapor, não devem 
ser considerados caldeiras, pelo fato de não acumularem vapor. 
O vapor gerado e acumulado pela caldeira pode ser vapor de água ou 
outro fluido. No entanto, a maioria das caldeiras gera vapor a partir da água, 
por vários motivos, dentre eles, baixo custo de obtenção, segurança e alto calor 
específico (alta capacidade de absorção de calor). 
Existem caldeiras de vários tamanhos, que variam em função da 
capacidade de armazenamento do vapor. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
26 
 
Para gerar vapor é necessária uma fonte de calor que, segundo a NR13, 
pode ser qualquer fonte de energia. As fontes de energia utilizadas no 
aquecimento das caldeiras podem ser líquidas (caldeiras a óleo diesel), 
gasosas (caldeiras a gás), ou sólidas (caldeiras a carvão mineral ou vegetal). 
Existem também caldeiras que utilizam energia elétrica como fonte geradora de 
calor. 
Mas por que gerar vapor? Porque pelo vapor será obtido o calor que 
será utilizado em inúmeros setores da atividade econômica, por exemplo, 
hotéis, hospitais, indústrias metalúrgicas, frigoríficos, indústrias alimentícias, 
usinas de açúcar e álcool, indústrias de papel e celulose etc. Além de ser 
utilizado para aquecimento, o vapor pode ser empregado para produção de 
trabalhos mecânicos. 
Como o vapor é gerado? A produção do vapor em uma caldeira inicia-
se primeiramente com o fornecimento de calor (pela queima do combustível) à 
água, através das paredes metálicas da caldeira. Uma vez aquecida, a água 
passará do estado líquido para o gasoso, produzindo o vapor d’água, que será 
usado como agente transportador de calor. 
As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustíveis podem 
ser classificadas em dois grupos básicos, de acordo com o conteúdo nos tubos: 
- Flamotubulares: os gases quentes, resultantes da combustão, 
circulam no interior dos tubos, vaporizando a água que circula por fora destes. 
- Aquatubulares: os gases circulam por fora dos tubos e a vaporização 
da água ocorre dentro destes. 
Vasos de pressão - vasos de pressão são equipamentos que contêm 
fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da pressão atmosférica. Em 
poucas palavras, vasos de pressão são reservatórios que armazenam fluidos 
pressurizados. Esses fluidos podem ser líquidos, gases ou uma mistura deles. 
Os vasos podem ser construídos de diversos materiais (fibra de vidro, aço 
inoxidável, alumínio, entre outros) e formas geométricas variadas (esferas, 
cilindros, entre outros), dependendo do uso a que se destinam. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
27 
 
Aqui temos uma das grandes diferenças entre Caldeiras e Vasos de 
Pressão: Enquanto as Caldeiras geram e armazenam vapor, os Vasos de 
Pressão somente armazenam fluidos. 
Tal como as caldeiras, os vasos de pressão também estão envolvidos 
em vários processos produtivos e em diversos setores da atividade econômica, 
por exemplo, frigoríficos, sistemas de refrigeração, indústria automobilística, 
indústria alimentícia, metalurgia, siderurgia, mineração etc. Segundo o 
Glossário, são considerados vasos de pressão: permutadores de calor, 
evaporadores e similares; vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta 
que não estejamdentro do escopo de outras NR, nem dos itens 13.2.2 e 
13.2.1, alínea “a” da norma; vasos de pressão encamisados, incluindo 
refervedores e reatores; autoclaves e caldeiras de fluido térmico. 
Tubulações - o termo tubulações se refere ao conjunto de linhas, 
incluindo seus acessórios, projetadas por códigos de projeto específicos, 
destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma 
unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. A 
necessidade da existência das tubulações se deve ao fato de que o ponto de 
geração ou de armazenagem dos fluidos geralmente se localiza em um ponto 
distante de onde será utilizado. Nesse sentido, as tubulações servem para 
interligar, além das caldeiras e vasos de pressão, os demais equipamentos de 
um processo industrial, como tanques, bombas, trocadores de calor etc. 
 
NR 14 FORNOS 
Trata sobre a utilização dos fornos de maneira geral. De acordo com 
norma os fornos devem ser construídos separadamente e revestidos de 
material refratário para que o calor não ultrapasse os limites estabelecidos na 
norma regulamentadora 15. As fontes de calor podem ser por combustíveis 
gasosos ou líquidos, ou por energia elétrica. 
A norma determina ainda que para uma maior precaução os fornos 
devem possuir sistema de proteção para que não ocorra explosão por falha da 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
28 
 
chama no aquecimento, quando acionado o queimador e o retrocesso da 
chama em fornos que utilizam combustíveis gasosos ou líquidos. 
Destaca-se ainda que para a utilização dos fornos é recomendado a 
construção de áreas para o escapamento de ar 
 
NR 15 ATIVIDADES OU OPERAÇÕES INSALUBRES 
Atividades ou operações insalubres são aquelas que podem vir a causar 
danos ao trabalhador. Para serem consideradas atividades insalubres elas 
devem estar acima dos limites de tolerância previstos como os ruídos, calor, 
agentes químicos, radiações ionizantes, poeiras, ou comprovadas por laudo de 
inspeção realizado no local de trabalho através de laudo técnico do engenheiro 
em segurança do trabalho ou médico do trabalho devidamente habilitado. 
Segue a lista dos anexos sobre atividades insalubres: 
Anexo Titulo 
1 Limite de tolerância para ruído 
continuo ou intermitente. 
2 Limite de tolerância para ruídos de 
impacto 
3 Limite de tolerância para exposição 
ao calor 
4 Revogado 
5 Radiações ionizantes 
6 Trabalho sob condições hiperbáricas 
7 Radiaçoes não ionizantes 
8 Vibrações 
9 Frio 
10 Umidade 
11 Agentes químicos cuja insalubridade 
é caracterizada por limite de 
tolerância e inspeção no local de 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
29 
 
trabalho 
12 Limite de tolerância para poeiras 
minerais 
13 Agentes químicos 
13-A Benzeno 
14 Agentes biológicos 
OS anexos importantes em UAN são 1, 3, 7, 9,10. 
Anexo 1 
Versa sobre os ruídos contínuos ou intermitentes medidos em decibéis e 
não podem estar acima dos limites de tolerância estabelecidos em tabela fixada 
em lei. Dentro de uma Unidade de Alimentação e Nutrição os ruídos podem ser 
detectados facilmente, como a utilização de liquidificadores, batedeiras, 
centrífugas, panelas de pressão, dentre outras máquinas. 
Os limites alteram entre os decibéis e a exposição diária por horas. 
Podem ser de 85db por 8 horas por dia e até 115db por 7 minutos. 
Anexo 3: 
A exposição ao calor é avaliada por termômetros de bulbo úmido natural, 
de globo ou de mercúrio comum. As medidas são feitas no local onde o 
trabalhador atua, na altura do corpo onde o calor é mais sentido. 
As avaliações são feitas através da equação do “Índice de Bulbo Úmido 
Termômetro de Globo” Após a equação o índice obtido é comparado ao quadro 
determinado na norma. 
Anexo 7: 
A utilização de radiações não ionizantes como micro-ondas sem a 
proteção adequada será considerada uma atividade insalubre após a inspeção 
no local onde a atividade é exercida. 
 
Anexo 9: 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
30 
 
Atividades em câmaras frias, como frigoríficos, que exponham os 
trabalhadores ao frio sem a proteção adequada será considerada uma 
atividade insalubre. Em UAN’s devem se atentar a utilização correta dos EPI’s 
por trabalhadores responsáveis pela área do frigorífico. 
Anexo 10: 
A umidade é muito comum nas UAN’s e por isso a utilização de materiais como 
botas antiderrapantes de borracha como EPI’s é de extrema importância, para 
evitar acidentes. 
Será considerada atividade insalubre a exposição a umidade após laudo 
técnico. 
 
 
NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS 
Esta norma visa tratar a periculosidade da atividade exercida pelo 
trabalhador, que o põe ele em risco de vida. 
As atividades caracterizadas como perigosas são: 
1. Atividades com explosivos; 
2. Atividades com inflamáveis; 
3. Atividades com exposição a roubos, ou violência física, como 
profissionais de segurança pública; 
4. Atividades com energia elétrica; 
5. Atividades com radiações ionizantes e substâncias radioativas. 
Profissionais expostos a essas atividades perigosas recebem um 
adicional de periculosidade de 30%. 
 
NR 17 ERGONOMIA 
Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que 
permitam a adaptação das condições de trabalho às características 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
31 
 
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente. 
As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao 
levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos 
equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria 
organização do trabalho. 
Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características 
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise 
ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições 
de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. 
As analisar e avaliar as condições ergonômicas e psicofisiológicas são 
fundamentais para que conforto, segurança e desempenho eficiente sejam 
entregues, para que isso aconteça cabe ao ergonomista analisar de maneira 
individual cada setor ou função de trabalhador, pois cada trabalhador tem uma 
estrutura física diferente, ou seja, o que se aplica e se adapta a certo 
trabalhador pode não se adaptar ao outro tão bem. 
Condições psicofisiológicas também devem ser analisadas de maneira 
individual pois em algumas funções na UAN existe uma pressão maior por 
entrega de resultado, stress e outros fatores que acabam por diminuir a entrega 
de resultado do trabalhador. 
Dimensionamento 
Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do 
pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise 
ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: 
a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de 
remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as 
repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; 
b) devem ser incluídas pausas para descanso; 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
32 
 
c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento 
igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir 
um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao 
afastamento. 
Questões fundamentais para que o trabalhador "braçal" exerça seu 
serviço com devida entrega e que não venha a ocorrer lesões por esforço 
repetitivo, algo muito comum nas funções de descarregamento, empilhamento 
e armazenamento de produtos em uma UAN. 
Considerações finais- todos os serviços podem ocorrem em uma UAN 
de maneira produtiva, com conforto e segurança desde que os empregados 
tenham um ambiente adequado para que isso aconteça da melhor maneira 
possível e sejam bem orientados, com isso a saúde e produtividade dos 
trabalhadores só se beneficia. 
 
 
NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA 
INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO 
Norma que estabelece diretrizes administrativas, de planejamento, e de 
organização com o objetivo de implementar as medidas de controle e 
segurança no ambiente da indústria da construção. 
Deverá ser feita uma comunicação prévia na Delegacia Regional do 
trabalho, antes de iniciar as obras com os seguintes itens: endereço correto da 
obra, endereço correto e qualificação do empregador, contratante ou 
condomínio, tipo de obra, datas prevista de início e término da obra e número 
máximo de trabalhadores na obra. 
Estabelece a criação de um Programa de Condições e Meio Ambiente 
de Trabalho na Indústria da Construção-PCMAT. O PCMAT é obrigatório onde 
houver vinte ou mais trabalhadores contemplando a NR 18 e outros dispositivos 
de segurança que complementam esta norma. Deverá ser estabelecido por 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
33 
 
profissionais habilitados em segurança do trabalho. Cumprir as exigências 
contidas na NR 9 sobre programa de prevenção e riscos ambientais. E a 
responsabilidade de implementação é do empregador ou do condomínio. 
São estabelecidas áreas de vivência nos canteiros de obras. Estas áreas 
devem cumprir as exigências nas alíneas 18.4. 
Destacamos nessas áreas de convivência os locais para refeição e a 
cozinha que deverão obedecer as seguintes exigências. 
Dos locais para refeição: 
A) Ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; 
B) Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; 
C) Ter cobertura que proteja das intempéries; 
D) Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os 
trabalhadores no horário das refeições; 
E) Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; 
F) Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; 
G) Ter mesas com tampos lisos e laváveis; 
H) Ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; 
I) Ter depósito, com tampa, para detritos; 
J) Não estar situado em subsolos ou porões das edificações; 
K) Não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; 
L) Ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), 
ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, 
da obra. 
Ainda de acordo com a norma independente da quantidade de 
funcionários, o canteiro de obras deverá possuir uma área de segurança 
para aquecimento das refeições. 
É proibido preparar, aquecer ou fazer as refeições em canteiros de obras 
fora desse local pré-estabelecido pela norma, e é obrigatório o 
fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os trabalhadores, em 
bebedouros jatos de agua inclinado, ou outro meio parecido, porém é 
proibido a utilização de copos compartilhados. 
Da cozinha: 
A) Ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão; 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
34 
 
B) Ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), 
ou respeitando-se o Código de Obras do Município da obra; 
C) Ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente; 
D) Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil 
limpeza; 
E) Ter cobertura de material resistente ao fogo; 
F) Ter iluminação natural e/ou artificial; 
G) Ter pia para lavar os alimentos e utensílios; 
H) Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a 
cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular gêneros 
alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa 
de gordura; 
I) Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; 
J) Possuir equipamento de refrigeração para preservação dos 
alimentos; 
K) Ficar adjacente ao local para refeições; 
L) Ter instalações elétricas adequadamente protegidas; 
M) Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do 
ambiente de utilização, em área permanentemente ventilada e 
coberta. 
A utilização de gorros, luvas e aventais será obrigatória para todos que 
trabalham na cozinha. 
Além disso, os canteiros de obra devem possuir sinalização de 
segurança, identificando os locais de apoio que compõe os canteiros de obras, 
indicação de saídas por meio de dizeres ou setas, advertências contra perigos, 
riscos de queda, risco de passagens de trabalhadores em locais com o pé 
direito menor que 1,80cm, identificação de locais com uso de substâncias 
toxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas ou radioativas. 
Os treinamentos devem ser ministrados periodicamente e na admissão 
para garantir que os trabalhadores executem suas tarefas com segurança, 
utilizando adequadamente os EPI’s e EPC, além dos riscos inerentes a função. 
Os funcionários devem receber copias das operações e atividades de 
forma a serem executadas com segurança. 
 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
35 
 
NR 19 EXPLOSIVOS 
Esta NR aborda conteúdos e práticas relativos a operações e 
procedimentos para reconhecimento, análise e prevenção de risco associado 
ao transporte e manuseio de detonação de explosivos, bem como inspeção e 
utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos de 
proteção coletiva (EPCs). O treinamento é pré-requisito para iniciar atividades 
com explosivos em qualquer área da contratante. Para realizá-lo, o empregado 
deve portar habilitação para operação com explosivos dentro do prazo de 
validade. 
 
NR 20 LÍQUIDOS COMUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS 
Estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no 
trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de 
extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação 
de inflamáveis e líquidos combustíveis. 
 
 
NR 21 TRABALHOS A CÉU ABERTO 
Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de 
abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra 
intempéries. Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores 
contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos 
inconvenientes. 
Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser 
oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. Para 
os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão 
imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas 
de saúde pública. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
36 
 
Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias 
compatíveis com o gênero de atividade. A moradia deverá ter: capacidade 
dimensionada de acordo com o número de moradores; ventilação e luz direta 
suficiente; as paredes caiadas e os pisos construídos de material impermeável. 
As casas de moradia serão construídas em locais arejados, livres de vegetação 
e afastadas no mínimo 50,00m (cinquenta metros) dos depósitos de feno ou 
estercos, currais, estábulos, pocilgas e quaisquer viveiros de criação. 
O poço de água será protegido contra a contaminação. A cobertura será 
sempre feita de material impermeável, imputrescível, não combustível. 
Toda moradia disporá de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um 
compartimento sanitário. As fossas negras deverão estar, no mínimo, 15,00m 
(quinze metros) do poço; 10,00m (dez metros) da casa, em lugar livre de 
enchentes e à jusante do poço. 
Os locais destinados às privadas serão arejados, com ventilação 
abundante,mantidos limpos, em boas condições sanitárias e devidamente 
protegidos contra a proliferação de insetos, ratos, animais e pragas. 
 
 
NR 22 SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONALNA MINERAÇÃO 
 
A NR 22 regulamenta, de forma específica, os preceitos organizacionais 
e dos ambientes de trabalho que devem ser observados nas atividades de 
mineração com o intuito de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. 
Para tanto, determina que as normas descritas nesta NR devem ser aplicadas 
às seguintes atividades: (i) minerações subterrâneas; (ii) minerações a céu 
aberto; (iii) garimpos, no que couber; (iv) beneficiamentos minerais e (v) 
pesquisa mineral. 
 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
37 
 
NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
A NR 23 estabelece os procedimentos de prevenção e combate à 
incêndios, visando proteger a integridade física e saúde dos trabalhadores. 
Nesse sentido, destaca medidas especificas diversos aspectos. 
Sobre a disposição de saídas de segurança, dentre outras 
determinações especificas sobre as portas, escadas e pisos, a NR exige que 
elas sejam devidamente sinalizadas, com largura mínima de 1,2 metros de 
largura, em número e disposição adequadas para a rápida evacuação em 
casos de incidentes e que elas permaneçam destrancadas durante a jornada 
de trabalho. Além disso, caso seja impossível o acesso imediato às saídas, a 
NR determina a obrigatoriedade da existência de corredores desobstruídos 
com largura não inferior a 1,2 metros de largura, devendo, de qualquer modo, a 
distância entre elas e quaisquer local de trabalho ser de no máximo 30 metros 
nas áreas de médio/ baixo risco e de 15 metros nas áreas de alto risco. 
Quanto ao combate ao fogo, a NR determina, dentre outras disposições, 
que o sistema de alarme deve ser acionado, os bombeiros devem ser 
chamados imediatamente, as maquinas e aparelhos elétricos, se possível, 
devem ser desligados e que a evacuação se faça de forma adequada, 
garantindo-se, inclusive, que todas as áreas sejam devidamente informadas do 
incidente. 
Para garantir o efetivo sucesso da operação em caso de incêndios, a NR 
determina planos de exercícios periódicos. Em fábricas que mantenham 
equipes organizadas de bombeiros, por exemplo, os exercícios devem ser 
realizados por estes sem aviso prévio e de forma mais compatível com um real 
incêndio possível. Já em fábricas sem equipes de bombeiros, membros do 
pessoal operário, guardas e vigias devem sem der devidamente treinados para 
eventuais incidentes. 
Além disso, para a melhor aplicação das disposições acima, o fogo é 
classificado por Classes de acordo com os materiais presentes no local, sendo 
divididos em Classes A, B, C e D, sendo somente as três primeiras possíveis 
no caso das UANs. Para cada classe, a NR determina regras especificas, 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
38 
 
dentre elas, qual tipo de extintor deve ser utilizado em casos de incêndios de 
cada classe, conforme quadro abaixo: 
C
lasse 
de 
fogo: 
Descrição conforme 
tipo de materiais/ objetos 
alvo do incêndio: 
Formas de combate: 
A Materiais de fácil 
combustão com a 
propriedade de queimarem 
em sua superfície e 
profundidade, e que deixam 
resíduos, como: tecidos, 
madeira, papel, fibra, etc. 
Extintores tipo: espuma, 
dióxido de carbono (combate inicial), 
“Água Pressurizada" ou "Água-Gás” 
Outros métodos: água sob 
pressão 
B Materiais inflamáveis, 
isto é, produtos que 
queimem somente em sua 
superfície, não deixando 
resíduos, como óleo, 
graxas, vernizes, tintas, 
gasolina, etc. 
Extintores tipo: espuma, 
dióxido de carbono e químico seco; 
Outros métodos: abafamento 
por meio de areia (balde areia) e 
água pulverizada sob a forma de 
neblina 
C Equipamentos 
elétricos energizados como 
motores, transformadores, 
quadros de distribuição, 
fios, etc. 
Extintores tipo: dióxido de 
carbono e químico seco 
Outros métodos: água 
pulverizada 
D Materiais em que 
elementos pirofóricos, como 
magnésio, zircônio, titânio, 
se encontrem presentes 
Extintores tipo: químico seco 
(especial para cada material); 
Outros métodos: abafamento 
por meio de areia (balde areia) e 
abafamento por meio de limalha de 
ferro fundido 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
39 
 
Após, a NR determina que os estabelecimentos ou locais de trabalho 
devem utilizar somente extintores de incêndio que sigam as regras 
estabelecidas pelo órgão competente, o INMETRO (Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), apresentando, em seguida, 
os diferentes tipos de extintores, suas aplicabilidades (demonstradas na tabela 
acima), capacidades e limitações segundo as diferentes Classes de fogo e, por 
fim, como devem ser sinalizados e localizados. 
 
NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de 
Trabalho 
A NR 24 dispõe sobre as condições sanitárias e de conforto nos locais 
de trabalho. Inicia, para tanto, definindo termos como aparelho sanitário, 
gabinete sanitário e banheiro e determinando todas as condições específicas 
das instalações sanitárias. 
Sobre isso, determina que as instalações sanitárias devem permanecer 
limpas, ser separadas por sexo e ter no mínimo 1 metro quadrado, para cada 
sanitário, por cada grupo de 20 operários em atividade, salvo exceções. 
Após, dentre outras especificações, a NR apresenta determinações 
sobre o material e composição dos vasos sanitários, chuveiros, mictórios e 
materiais para limpeza e secagem de mãos, explicitando-se, por exemplo, a 
proibição ao uso de toalhas coletivas. 
Além das especificações gerais a quaisquer ambientes de trabalho, a NR 
faz determinações específicas em caso de algumas atividades. No caso das 
indústrias de gêneros alimentícios, por exemplo, a NR determina que o 
isolamento das privadas deverá ser o mais rigoroso possível, a fim de evitar 
poluição ou contaminação dos locais de trabalho. 
Em seguida apresenta as exigências quanto a iluminação e hidráulica, 
determinando, respectivamente, por exemplo, que a fiação deve ser protegida 
por eletrodutos e devem ser previstos 60 litros diários de água por trabalhador 
para o consumo nas instalações sanitárias. 
A NR determina também que, em locais de trabalho em que as 
atividades exijam que os funcionários troquem de roupa, deve haver vestiário 
dotado de armários individuais, observada a separação de sexos e as demais 
especificadas na NR. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
40 
 
Após, a NR determina que estabelecimentos em que trabalhem mais de 
300 (trezentos) operários devem, necessariamente, possuir refeitórios que 
cumpram com, dentre outras exigências: “a) área de 1,00m² (um metro 
quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de 
empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número 
de empregados; b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, 
e a circulação entre bancos e banco/parede deverá ter a largura mínima de 55 
cm"; piso, paredes e teto de acordo com o estabelecido na NR; água potável; 
mesas providas de tampo liso e de material impermeável; e bancos ou cadeiras 
limpas. 
No que diz respeito às cozinhas, a NR determina que elas devem ficar 
adjacentes e ligadas aos refeitórios, devendo a cozinha e depósito de gêneros 
alimentícios, ter, respectivamente, 35% e 20% da área do refeitório com pé-
direito de 3,00 (três) no mínimo. Além disso, a NR determina que as cozinhas 
devem ter: paredes e pisos revestidas de material liso, resistente e 
impermeável; portas metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00 metro 
por 2,10 metros; janelas demadeira ou de ferro, de 60 cm x 60 cm, no mínimo; 
aberturas protegidas com telas; pintura de acordo com cada tipo de material; 
rede de iluminação protegida por eletrodutos; lâmpadas incandescentes de 150 
W/4,00m² com pé-direito de 3,0 m máximo; e lavatório dotado de água 
corrente, sabão e toalhas. Por fim, em relação às cozinhas, a NR determina 
que seja realizado o adequado tratamento de lixo e que os funcionários da 
cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e utensílios, disponham 
de sanitário e vestiário próprios e que não se comuniquem com a cozinha. 
 No que diz respeito à instalação de dormitórios, por sua vez, a NR 
determina, que cada dormitório deve alojar, no máximo, 100 (cem) operários e 
devem seguir as metragens mínimas definidas na NR. Além disso, deve-se, 
dentre outras exigências, evitar o devassamento de prédios vizinhos; ter no 
máximo dois pisos; ter piso, parede e teto de materiais adequados e previstos 
na NR; ser devidamente iluminados; ter bebedouros instalados e armários 
individuais. 
Após, a NR determina a obrigação do empregador em: (i) oferecer aos 
seus trabalhadores, servidores e terceirizados, condições de conforto e higiene 
para realizar suas refeições; (ii) orientar os trabalhadores sobre a importância 
de hábitos alimentares saudáveis; (iii) garantir condições de conservação, 
higiene e os meios para o aquecimento em local próximo ao destinado às 
refeições para os funcionários que tragam sua própria alimentação; e (iv) 
fornecer recipientes ou marmitas que atendam às exigências de higiene e 
conservação. 
Em seguida, a NR: (i) determina a competência da Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes - CIPA, à Comissão Interna de Prevenção de 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
41 
 
Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR, ao Serviço Especializado em 
Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e ao Serviço Especializado em 
Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – SEPATR para promoverem a 
divulgação e zelar pela sua observância; (ii) indica que os sindicatos de 
trabalhadores como competentes para denunciar o seu descumprimento; e (iii) 
determina que as empresas que concederem o benefício da alimentação aos 
seus empregados poderão inscrever-se no Programa de Alimentação do 
Trabalhador - PAT, do Ministério do Trabalho. 
Por fim, determina (i) que os empregadores disponibilizem sempre água 
potável, em condições higiênicas; (ii) que os locais de trabalho devem ser 
mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade; e (iii) 
que os responsáveis pelos estabelecimentos industriais deem aos resíduos 
destino e tratamento que os tornem inócuos aos empregados e à coletividade. 
 
 
 
NR 25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS 
Inicialmente, a NR determina que os resíduos gasosos devem ser 
eliminados através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas e 
aprovadas, segundo o determinado pela NR 15, pelos órgãos competentes do 
Ministério do Trabalho, sendo vedado e sujeita às legislações competentes nos 
níveis federal, estadual e municipal sua liberação nos ambientes de trabalho 
acima dos limites estabelecidos pela NR 15. 
No que diz respeito aos resíduos líquidos e sólidos, a NR determina que 
deverão ser convenientemente tratados, dispostos ou retirados dos limites da 
indústria, sendo vedado e sujeita às legislações em nível federal, estadual e 
municipal seu lançamento ou disposição nos recursos naturais. 
Por fim, a NR determina que os resíduos sólidos e líquidos de alta 
toxicidade, periculosidade, os de alto risco biológico e os resíduos radioativos 
devem ser eliminados com o conhecimento e auxílio de entidades 
especializadas/públicas ou vinculadas e no campo de sua competência. 
 
 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
42 
 
NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA 
Esta norma trata sobre os parâmetros de segurança que devem ser 
adotadas em estabelecimentos ou locais de trabalho, com o objetivo de indicar 
e advertir acerca dos riscos existentes. 
Cor de segurança - devem ser adotadas cores nos locais de trabalho 
para identificar os equipamentos de segurança, advertir contra riscos, delimitar 
áreas e identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e 
gases. É importante destacar que o uso de cores deve ser o mais reduzido 
possível, evitando distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além de que, 
outras formas de sinalizações podem ser adotadas, além do uso de cores. 
Classificação, rotulagem preventiva e ficha com dados de segurança de 
produto químico - o produto químico utilizado no local de trabalho deve ser 
classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores 
de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente 
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da 
Organização das Nações Unidas. 
A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações 
escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser 
afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. A 
rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos: 
 Identificação e composição do produto químico; 
 pictograma(s) de perigo; 
 palavra de advertência; 
 frase(s) de perigo; 
 frase(s) de precaução; 
 informações suplementares. 
O produto químico não classificado como perigoso a segurança e saúde 
dos trabalhadores, conforme o GHS, deve dispor de rotulagem preventiva 
simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a informação de 
que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de 
precaução. 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
43 
 
Os produtos notificados ou registrados como Saneantes na ANVISA 
estão dispensados do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva 
(inserido pela Portaria MTE nº 704, de 28 de maio de 2015). 
O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado 
nacional deve elaborar e tornar disponível a ficha com dados de segurança do 
produto químico para todo produto químico classificado como perigoso. Se 
aplica também a produto químico não classificado como perigoso, mas cujos 
usos previstos ou recomendados derem origem a riscos à segurança e saúde 
dos trabalhadores. 
No caso de mistura deve ser explicitado na ficha com dados de 
segurança o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das 
substâncias que: representam perigo para a saúde dos trabalhadores; possuam 
limite de exposição ocupacional estabelecidos. 
O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas 
com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de 
trabalho. 
Os trabalhadores devem receber treinamento: 
 Para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de 
segurança do produto químico. 
 
 Sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro 
e procedimentos para atuação em situações de emergência com 
o produto químico. 
 
 
NR 27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA 
DO TRABALHO (REVOGADA pela PORTARIA nº 262, de 29 de maio de 2008, 
publicada no DOU de 30/05/2008) 
O exercício da profissão do TÉCNICO DE SEGURANÇA DO 
TRABALHO depende de prévio registro no Ministério do Trabalho, efetuado 
NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 
 
44 
 
pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho até que seja instalado o 
respectivo conselho profissional. 
 
 
NR 28 FISCALIZAÇÕES E PENALIDADES 
Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização 
trabalhista de segurança e medicina do trabalho, tanto a concessão de 
prazos ás empresas para a correção de irregularidades técnicas, como 
também, no que concerne ao procedimento de autuação

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