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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ NORMAS REGULAMENTADORAS MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO 14/09/2017 NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 1 NR 01 – Disposições Gerais – Ana Toazza NR 02 – Inspeção Prévia - Ana Toazza NR 03 – Embargo ou Interdição - Ana Toazza NR 04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – Tiago Fernandes NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Joyce Diogo NR 06 – Equipamentos de Proteção Individual – EPI – Jéssica Cavalcanti NR 07 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – José S. Júnior NR 08 – Edificações – Takira Lima NR 09 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais – Tiago Fernandes NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade – Takira Lima NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais – Jéssica Cavalcanti NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos – Takira Lima NR 13 – Caldeiras e Vasos de Pressão – Vanessa Mesquita NR 14 – Fornos – Gabrielle Vieira NR 15 – Atividades e Operações Insalubres – Gabrielle Vieira NR 16 – Atividades e Operações Perigosas – Gabrielle Vieira NR 17 – Ergonomia – Tiago Fernandes NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 2 NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – Gabrielle Vieira NR 19 – Explosivos – José S. Júnior NR 20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis – Joyce Diogo NR 21 – Trabalho a Céu Aberto – Jéssica Cavalcanti NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração – Stefania Almeida NR 23 – Proteção Contra Incêndios – Stefania Almeida NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho – Stefania Almeida NR 25 – Resíduos Industriais – Stefania Almeida NR 26 – Sinalização de Segurança – Maria Letícia Cerqueira NR 27 – Revogada pela Portaria GM nº 262, 29/05/2008 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do Tabalho no MTB – Maria Letícia Cerqueira NR 28 – Fiscalização e Penalidades – Beatriz Meinerz NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário – Beatriz Meinerz NR 30 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário – Beatriz Meinerz NR 31 – Norma Regulamentadora da Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura – Ana Beatriz Guapyassú NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde – Ana Beatriz Guapyassú NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 3 NR 33 – Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados – Vanessa Mesquita NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval – Gabrielle Vieira NR 35 – Trabalho em Altura – José S. Júnior NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados – Beatriz Meinerz NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 4 NR 01 DISPOSIÇÕES GERAIS Estabelece que as Normas Regulamentadoras sobre Medicina e Segurança do Trabalho devem ser cumpridas por todas as empresas privadas e públicas, pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como os órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam trabalhadores empregados de acordo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). Estabelece, também, que a Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho – SSST é o órgão de âmbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar, supervisionar e ainda fiscalizar o cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CANPAT e o Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT. Define ainda que, a Delegacia Regional do Trabalho – DRT é o órgão regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho e determinar as responsabilidades do empregador e empregados. Determina que, cabe ao empregador cumprir, fazer cumprir e elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, além de informar aos trabalhadores sobre os riscos nos locais de trabalho; os meios de prevenção para tais riscos; os resultados dos exames médicos e complementares e os procedimentos a serem tomados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho. Por fim, cabe ao empregado, cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço solicitadas pelo empregador; fazer o uso do EPI; assim como submeter- se aos exames médicos previstos e colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 5 NR 02 INSPEÇÃO PRÉVIA Determina que todo o estabelecimento novo, antes de iniciar suas atividades deve solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho, que emitirá o Cerificado de Aprovação de Instalações – CAI. Caso não seja feita a inspeção prévia antes de o estabelecimento iniciar suas atividades, a empresa poderá encaminhar uma Declaração das Instalações do Estabelecimento Novo, ao órgão regional do Ministério do Trabalho. Por fim, a empresa deverá comunicar e solicitar aprovação do órgão regional do Ministério do Trabalho quando ocorrer modificações nas instalações e/ou equipamentos. NR 03 EMBARGO OU INTERDIÇÃO O estabelecimento, setor de serviço, máquinas e equipamentos que oferecerem risco grave ou iminente ao trabalhador, poderão ser interditados/embargados pela Delegacia Regional do Trabalho (DRT). Durante a interdição ou embargo, podem ser adotadas medidas de proteção adequadas aos trabalhadores envolvidos. Em caso de paralisação decorrente da imposição de interdição ou embargo, os empregados devem continuar recebendo os salários como se estivessem trabalhando. NR 04 SESMET (Serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do trabalho) As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 6 NR que se aplica a diversas áreas de uan, pois sendo promovida a integridade física e saúde do trabalhador a longo prazo em todos os aspectos é algo que dá segurança ao trabalhador para exercer sua determinada função. Dimensionamento O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta NR. Cruzar os dados referentes ao grau de risco analisado no quadro 1, com o número de empregados no quadro 2 sendo definido o número de técnicos de segurança do trabalho ideais, logo após acessar o site do CNPJ e com isso obter mais informações da empresa referente. As empresas que possuam mais de 50 (cinquenta) por cento de seus empregados em estabelecimentos ou setores com atividade cuja gradação de risco seja de grau superior ao da atividade principal deverão dimensionar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, em função do maior grau de risco, obedecido o disposto no Quadro II desta NR.O sesmet deve ser constituído quando empresas contratantes e outras contratadas não se enquadrarem no quadro 2. Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho Profissional, quando existente. O profissional da área de saúde que participe do sesmet, é proibido de exercer outra atividade na empresa durante o horário de atuação no sesmet, cabendo denúncia ao ministério do trabalho caso isso aconteça. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 7 Importância do SESMET nas áreas de UAN - visto que muitas unidades de nutrição e alimentação contém um número enorme de funcionários e com diversos graus de risco a saúde do trabalhador, a implementação do sesmet é necessária em diversos momentos para que a saúde do mesmo seja preservada. QUADRO I (Alterado pela Portaria SIT n.º 76, de 21 de novembro de 2008) Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, com correspondente Grau de Risco - GR para fins de dimensionamento do SESMT. Código Denominação Grau de risco 10.20-1 Preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado. 3 46.31.1 Comércio atacadista de leite e laticínios. 2 56.11-2 Restaurantes e outros estabelecimentos de serviço de alimentação e bebida. 2 NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 8 QUADRO II DIMENSIONAMENTO (Alterado pela Portaria SSMT n.º 34, de 11 de dezembro de 1987) Número de funcionários Grau de Risco Técnicos 50 a 100 101 a 250 251 a 500 501 a 1.000 1.001 a 2.000 2.001 a 3.500 3.501 a 5.000 Acima de 5.000 1 Técnico Seg. Trabalho - - - 1 1 1 2 1 Engenheiro Seg. Trabalho - - - - - 1* 1 1* Aux. Enfermagem Trabalho - - - - - 1 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1* - Médico do Trabalho - - - - 1* 1* 1 1* 2 Técnico Seg. Trabalho - - - 1 1 2 5 1 Engenheiro Seg. Trabalho - - - - 1* 1 1 1* Aux. Enfermagem Trabalho - - - - 1 1 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1 - Médico do Trabalho - - - - 1* 1 1 1 3 Técnico Seg. Trabalho - 1 2 3 4 6 8 3 Engenheiro Seg. Trabalho - - - 1* 1 1 2 1 Aux. Enfermagem Trabalho - - - - 1 2 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1 - Médico do Trabalho - - - 1* 1 1 2 1 4 Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3 Aux. Enfermagem Trabalho - - - 1 1 2 1 1 Enfermeiro do Trabalho - - - - - - 1 - Médico do Trabalho 1* 1* 1 1 2 3 1 *) - Tempo parcial (mínimo de três horas) (**) - O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3.501 a 5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 2.000. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 9 (*) Tempo parcial (mínimo de três horas) (**) - O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3.501 a 5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 2.000. OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro do Trabalho em tempo integral. NR 05 COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES Objetivo - a CIPA tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, preservando a vida e promovendo a saúde do trabalhador. Constituição - qualquer instituição que admita trabalhadores como empregados deve possuir uma CIPA, havendo mais de um estabelecimento de uma mesma empresa no mesmo município, as normas deverão ser difundidas para a segurança de todos. Organização - a CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados. Os representantes dos empregadores serão por ele designados, já o dos empregados serão eleitos por votação. O número de membros da CIPA varia de acordo com o número de funcionários de cada empresa e suas respectivas áreas de atuação, estando explicitado no Quadro 1 dessa NR, quando não se for enquadrado no quadro 1 a empresa deverá designar um responsável para o cumprimento dos objetivos desta NR com ajuda dos empregados. O mandato dos membros da CIPA tem duração de um ano, os funcionários com cargo de direção não podem ser dispensados sem haver uma justa causa. Após protocolizadas as atas de eleição, a CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzidos, mesmo com a diminuição do número de NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 10 funcionários da empresa, assim como não poderá ser desativada, exceto no fechamento do estabelecimento. Atribuições - a CIPA deverá identificar os ricos do processo de trabalho, elaborando um mapa, criando soluções preventivas estimulando a segurança e saúde do trabalhador. Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança no trabalho. Funcionamento - a CIPA deverá ter reuniões ordinárias mensais, sempre assinadas pelos presentes, as atas ficam no estabelecimento a disposição dos Agentes de inspeção do Trabalho. Irá haver reuniões extraordinárias em caso de acidentes graves de trabalho ou denúncias de risco. As decisões da CIPA serão tomadas em consenso, não havendo um, é estabelecida uma votação. Treinamento - a empresa deverá promover um treinamento aos membros da CIPA dentre no máximo os 30 dias após a posse. Tal treinamento deve contemplar os seguintes itens: -Estudo do ambiente de trabalho e seus riscos; -Noções sobre acidentes e doenças do trabalho; -Noções sobre AIDS e medidas de prevenção; -Noções sobre legislação trabalhista e medidas previdenciárias relativa a segurança e saúde no trabalho. O treinamento terá carga horária de 20 horas e poderá ser ministrado pelo SESMET, entidade patronal, entidade de trabalhadores ou por profissional que possua conhecimento sobre os temas. Contratantes e contratadas - sempre que duas empresas atuarem em um mesmo estabelecimento a empresa contratante e contratada e suas respectivas CIPAS deverão adotar medidas de forma integrada. A empresa NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 11 contratante deverá adotar medidas de forma que todas as empresas ali contratadas recebam informações sobre os riscos de trabalho naquele local, além de suas medidas de proteção, a mesma deve acompanhar o cumprimento das medidas de segurança e saúde no trabalho dos contratados. NR 06 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI Para os fins de aplicação desta NR, considera-se EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Certificado de aprovação O EPI, de fabricação nacional ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentese danos à saúde dos empregados. Recomendação do EPI adequado Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT, ouvida a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA e trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em determinada atividade. Nas empresas desobrigadas a constituir SESMT cabe ao empregador selecionar o EPI adequado orientado por profissional tecnicamente habilitado. Responsabilidades do empregador É de responsabilidade do empregador adquirir EPI adequado ao risco de cada atividade, exigir seu uso, fornecer ao trabalhador somente EPI aprovado NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 12 pelo órgão nacional de proteção a segurança e saúde do trabalhador, orientar e treinar o trabalhador quanto ao uso correto, guardá-lo e conservá-lo, substitui-lo imediatamente quando extraviado ou danificado, responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica e comunicar ao MET (Ministério do Trabalho e Emprego) quando houver qualquer irregularidade. Responsabilidade do empregado Usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se pela guarda e conservação, comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso e cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. Deveres do fabricante nacional ou importado Cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; solicitar a emissão do CA e a sua renovação quando vencido; comercializar ou colocar à venda somente o EPI portador de CA e com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referência ao uso; fazer constar do EPI o número de lote de fabricação; providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso; fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e número de higienização acima do qual é necessário proceder a revisão ou substituição do equipamento. Validade para fins de comercialização do CA concedido aos EPI Cinco anos para equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO e/ou do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO. Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 13 Deveres do órgão nacional competente em matéria de segurança no trabalho Cadastrar o fabricante ou importador de EPI; fiscalizar a qualidade; receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o CA de EPI; cancelar ou suspender o cadastro da empresa fabricante ou importadora; estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos para ensaios de EPI. Deveres do órgão regional do MTE Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; recolher amostras de EPI; aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta RN. NR 07 PCMSO PCMSO é uma sigla que quer dizer: Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional. O PCMSO é responsável por especificar procedimentos e condutas a serem adotadas pelas empresas em função dos riscos aos quais os empregados se expõem no ambiente de trabalho. Tem como objetivo, promover e preservar a saúde do trabalhador por meio da prevenção, detecção precoce, monitoramento e controle de possíveis danos à saúde do empregado. Cabe aos empregadores garantir a efetiva elaboração do programa e implementação das ações previstas nele sem gerar nenhum tipo de ônus financeiro aos trabalhadores. Normalmente as ações previstas no PCMSO andam em consonância com as definidas em outro programa de segurança e saúde do trabalho: o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). Conforme estabelece a norma regulamentadora 09, o PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 14 articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras, em especial com o PCMSO. Ademais, o PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores. Desta forma, é o PPRA que servirá de base na elaboração do PCMSO. Todas as empresas devem providenciar a elaboração de um PCMSO, independente do seu número de funcionários e grau de risco relacionado à atividade econômica. O Ministério do Trabalho através da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho entende que todos os trabalhadores devem ter o controle de sua saúde de acordo com os riscos a que estão expostos. QUAL A UTILIDADE DO PCMSO? Previsto na NR 7, o PCMSO faz parte de um conjunto mais amplo de ações do empregador visando a prevenção, diagnóstico e tratamento de agravos à saúde relacionados ao trabalho. Um dos principais objetivos do PCMSO é a detecção precoce de doenças relacionadas ao trabalho, promovendo saúde ocupacional para evitar essas ocorrências. Isso sem considerar que a falta de um PCMSO dentro das normas legais expõe diretamente os trabalhadores ao risco de desenvolvimento e agravamento de doenças ocupacionais, além de ser uma falta passível de multa e outras sanções quando da fiscalização das autoridades competentes. A empresa estará prevenindo-se contra possíveis consequências jurídicas decorrentes do aparecimento de doenças ocupacionais, como processo civil, criminal e previdenciário. Os exames ocupacionais apresentam como resultado para o empregador, a redução do absenteísmo motivado por doenças, redução de acidentes potencialmente graves, garantia de empregados mais adequados à função, com melhor desempenho, além de eventuais perdas de pessoal qualificado, temporária ou definitivamente. Para os empregados, proporciona condições de saúde para o desempenho da função, minimizando a chance de arbitrariedades em caso de doença ou acidente. QUEM ELABORA O PCMSO? NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 15 A elaboração do PCMSO é responsabilidade do Médico do Trabalho da empresa. Caso o SESMT da empresa, dimensionado de acordo com a NR 04, não conte com um médico do trabalho em seu quadro, cabe ao empregador indicar um médico do trabalho, funcionário ou não da empresa, para coordenar o programa. QUAL O PAPEL DO MÉDICO DO TRABALHO NO PCMSO? O médico do trabalho indicado para coordenar o PCMSO de uma determinada empresa deve realizar os exames médicos previstos no item 7.4.1 da NR 07, que sejam: Admissional: quando da entrada do trabalhador na empresa, antes que o colaborador seja contratado, avaliando sua condição física atual e a compatibilidade com a função a ser desempenhada; Periódico: periodicidade a ser definida no PCMSO levando em consideração a orbrigatoriedade prevista em norma e os agravantes ou atenuantes devido às condições de saúde dos trabalhadores, de acordo com a própria NR 07 e com as condições verificadas no PPRA (NR 9); De retorno ao trabalho: após o colaborador retornar de algum afastamento deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho, de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto; De mudança de função: quando da transferência do trabalhador de setor, especialmente quando os riscos à saúde sãodiferentes do setor de origem; Demissional: no desligamento do colaborador, a ser realizado antes da homologação. Também cabe ao médico do trabalho definir e delegar os exames complementares necessários, sempre observando as definições da NR 7. Dentre os mais comuns podemos citar os laboratoriais (sangue, urina, fezes), audiométricos, radiológicos (raio x, ressonância magnética, tomografia), NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 16 cardiológicos (eletrocardiograma), neurológicos (eletroencefalograma), entre outros. Exames de aptidão psicológica também podem ser solicitados a critério do médico, do empregador e em função da tarefa a ser desempenhada. Após a realização dos exames adequados, o médico elabora um ASO – Atestado de Saúde Ocupacional, que deverá concluir se o trabalhador encontra-se apto para exercer suas funções, ou não. QUAL A VALIDADE DO PCMSO? No PCMSO devem estar listadas atividades e planos de ação para o período mínimo de um ano, portanto a periodicidade da revisão do documento é anual. NR 08 EDIFICAÇÕES A NR abrange as edificações já construídas, determinando as exigências necessárias para o conforto, segurança e salubridade dos trabalhadores do local. Pé-direito – é a altura livre do piso ao teto, segundo o artigo 171 da CLT, os locais deverão ter no mínimo 3 metros. Já a NR8 é estabelecida de acordo com as posturas municipais. Pisos dos locais de trabalho – não devem apresentar depressões, a resistência dos pisos deve ser suficiente para suportar as cargas, pisos escorregadios devem possuir materiais antiderrapantes e aberturas em pisos e paredes devem ser protegidas. Proteção contra intempéries - as partes externas ou independentes das edificações devem possuir isolamento térmico, isolamento e condicionamento acústico, resistência estrutural e impermeabilidade, pisos e paredes de trabalho devem ser, quando necessário, impermeabilizados, e protegidos contra a umidade. No local de trabalho devem conter proteção contra chuva, e insolação em excesso ou falta de insolação. NR 09 PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 17 Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. Levando em consideração que em algumas UAN existe a exposição do trabalhador a riscos químicos, físicos e biológicos o PPRA deve ser implementados para que tais riscos não existam ou sejam evitados. Os riscos devem ser medidos de acordo com a intensidade, concentração e exposição ao risco, sendo levado em consideração o fator que mais esteja em evidencia dos quatro. O embargo do local deve ocorrer caso isso não aconteça. Dimensionamento As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das características dos riscos e das necessidades de controle. Cada ambiente de trabalho diferente de uma UAN, contem graus e tipos de riscos diferentes, sendo estabelecido um PPRA diferente para cada âmbito. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. Visto que ruídos e altas temperaturas são bem comuns nas áreas de UAN, dar devida atenção a esses quesitos no PPRA é algo fundamental para a saúde do trabalhador. Finalização NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 18 Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. Os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos. O contato com essas substâncias da NR 9.1.5.2 é bem comum nas áreas de UAN é bem comum principalmente pelas vias respiratórias por vapores. O contato com agentes biológicos pode acontecer caso o profissional responsável não tem um bom fluxo de controle de estoque e que alimentos se estraguem. Os empregados serem orientados pelos empregadores e responsáveis pelo PPRA é de fundamental importância para que exposições aos riscos ambientais ocorram. NR 10 SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE Essa norma estabelece as medidas de controle e prevenção, a fim de garantir a saúde e segurança do trabalhador direto ou indireto, em instalações elétricas e serviços com eletricidade. Campo de aplicação – aplica-se as fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia e em trabalhos realizados nas proximidades de instalações elétricas. Medidas de controle - Medidas de proteção coletivas devem ser previstas e adotadas prioritariamente mediante a procedimentos, as atividades NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 19 a serem desenvolvidas de forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. A medida de proteção individual deve ser utilizada quando a medida coletiva for inviável. Nesse caso, deve-se fazer o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e vestimentas adequadas. O uso de adornos pessoais é proibido, devido a sua capacidade condutiva. O empregador deve dispor do Prontuário de Instalações Elétricas (PIE), que é um documento com todas as informações específicas sobre as instalações elétricas do estabelecimento e instruções técnicas e administrativas de saúde e segurança. NR 11 TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATERIAIS Estabelece medidas de prevenção a Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e Máquinas Transportadoras. Trata da padronização dos procedimentos operacionais, e assim, busca garantir a segurança de todos os envolvidos na atividade. Essa NR foi redigida devido ao grande número de acidentes, causados pelos equipamentos de içamento e transportes de materiais, ocorrido com a crescente mecanização das atividades que motivaram um aumento da quantidade de materiais movimentados no ambiente de trabalho. A NR 11 tem a sua existência jurídica assegurada no nível de legislação ordinária, nos artigos 182 e 183 da CLT. Para operar elevadores, guindastes, transportes industriais e máquinas transportadoras que possuam força motriz própria, o trabalhador deve receber treinamento da empresa, ele deve usar um cartão com seus dados, este cartão tem validade de 1 (um) ano e só poderá ser restituído com um exame médico geral. Devem ser calculados e construídos, de modo que ofereça segurança, conservação e boas condições de trabalho, deve ter sua carga máxima exposta visivelmente e sinal de avisosonoro (buzina). Devem ter inspeção permanente, assim como os cabos de aço, corda, roldana e ganchos, para detecção de partes defeituosas e se encontradas serem substituídas imediatamente. Os NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 20 poços de elevadores e monta carga, devem estar cercados totalmente e forma segura, menos nas portas ou cancelas dos pavimentos. E quando a cabina do elevador não estiver no nível do pavimento, abertura deve ser protegida por corrimão ou similares. Nos locais fechados ou poucos ventilados, as máquinas transportadoras que emitam gases nocivos, devem ser controladas para evitar acúmulo. Será proibido o uso de máquinas transportadoras com motores de combustão interna, a menos que possuam dispositivos que neutralizem adequadamente os gases. Máquinas de transporte de pessoas terão regras especiais. Transporte Manual de Sacos é: toda a atividade contínua ou descontínua essencial ao Transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua operação. O transporte Manual de um saco deve ter no máximo 60 metros de distância e, além disso, deve ser feito com uso de tração mecânica. Podem ser usadas pranchas, mas para isso elas devem ter largura de 50 centímetros e estarem apoiadas em um vão com no máximo 1 metro. Deve ser evitado o transporte manual em locais escorregadios, a empresa deve providenciar cobertura do piso, esta deve ser de material não escorregadio, sem aspereza e em perfeito estado de conservação. Carga ou descarga em caminhões ou vagões devem ser feitas com ajudante. OBS: A NR 11 não especifica o peso máximo para o levantamento de cargas. Em 1981,o Niosh (national institute for occupational safety and health) desenvolveu uma equação para o cálculo do peso máximo recomendado na manipulação manual de carga. Em 1991, essa equação foi revista e, na sua versão atual, a equação Niosh para levantamento de cargas determinou o limite de peso recomendado (LPR) e o índice de risco associado ao levantamento (IL). O artigo 198 da CLT, teremos o seguinte: É de 60 kg o peso máximo que um empregado pode remover individualmente, ressalvadas as disposições especiais relativas ao trabalho do menor e da mulher. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 21 No artigo 390 da CLT temos o critério estabelecido para a mulher, a seguir: Ao empregador é vedado empregar a mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 (vinte) quilos para o trabalho continuo, ou 25 (vinte e cinco) quilos para o trabalho ocasional. NR 12 SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS Esta norma e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção a fim de garantir a saúde e integridade física dos trabalhadores, estabelecendo requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças no trabalho desde a fase do projeto até o desmonte da máquina ou equipamento. O empregador é responsável pela adoção de medidas de proteção coletiva, administrativa e individual. Em casos onde pessoas com deficiência estiverem envolvidas direta ou indiretamente com o trabalho com máquinas, o empregador também deverá ser o responsável pela efetivação das medidas de proteção. Arranjo físico e instalações – as vias principais de circulação devem ser mantidas desobstruídas e demarcadas, devendo ter, no mínimo, 1,20m de largura, assim como as vias que conduzem às saídas. A distância mínima entre as máquinas deve garantir a segurança dos trabalhadores. As máquinas móveis que possuem rodízios devem possuir travas em pelo menos dois dos rodízios. Não deve ocorrer transporte e movimentação aérea de materiais em área onde haja trabalhadores. Instalações e dispositivos elétricos – as máquinas devem ser projetadas de modo a prevenir os perigos de choque elétrico, incêndio e explosão. Os quadros de energia devem possuir porta de acesso permanentemente fechada, sinalização quanto ao perigo de choque e identificação dos circuitos com proteção. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 22 Dispositivos de partida, acionamento e parada – devem ser projetados de modo que: não se localizem em zonas perigosas, não possam ser burlados, impeçam o acionamento ou desligamento involuntário e possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador. Sistemas de segurança – proteções fixas, móveis e dispositivos de segurança compõem o sistema de segurança da zona de perigo das máquinas. Elas devem atender os requisitos estabelecidos, (categoria de segurança, responsabilidade e conformidade técnica, conformidade, instalação, vigilância automática e paralisação de meios perigosos). Dispositivos de parada de emergência – devem garantir a parada da operação a fim de evitar situações de perigo latentes e existentes. Os dispositivos de parada de emergência não devem ser utilizados como dispositivo de partida ou de acionamento. Meios de acesso permanentes – as máquinas devem possuir meios de acesso permanentemente fixados e seguros, são considerados meio de acesso: elevadores, rampas, passarelas, plataformas e escadas de degraus. No caso de impossibilidade dos meios previstos, poderá ser utilizada a escada fixa tipo marinheiro. Componentes pressurizados – devem ser localizados e protegidos para que no caso de ruptura e vazamento de fluidos não provoque acidentes de trabalho. As mangueiras dos sistemas pressurizados devem possuir indicação de pressão máxima de trabalho admissível determinada pelo fabricante. Transportadores contínuos de materiais – são esteiras para transportes de materiais, que devem possuir em toda sua extensão dispositivos de parada de emergência. Alguns transportadores poderão ser dispensados dessa exigência. A permanência e circulação de pessoas SOBRE os transportadores são permitidas desde que sejam feitas por meio de passarelas. A permanência e circulação SOB os transportadores são permitidas desde que haja proteção adequada contra queda de materiais. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 23 Aspectos ergonômicos – levam em consideração boas condições de trabalho para o operário. As máquinas devem ser construídas levando em consideração as necessidades de adaptação e a natureza do trabalho. O ritmo de trabalho e a velocidade das máquinas deve ser compatível com a capacidade física dos operadores. Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparo – a periodicidade das manutenções preventivas devem ser determinadas pelo fabricante. Manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro próprio, ficha ou sistema informatizado, contendo informações como: cronograma, serviço realizado, nome do responsável, data, peças reparadas ou substituídas e condições de segurança do equipamento. Sinalização – a sinalização de segurança compreende os símbolos, inscrições, sinais luminosos e sonoros, e devem estar presentes em instalações e equipamentos. As inscrições devem indicar claramente o risco e a parte da máquina a que se referem, não devendo ser utilizada somente a inscrição de “perigo”. Manuais – o manual de instruções deve ser fornecido pelo fabricante do equipamento, e conter instruções sobre a segurança em todas as fases de utilização da máquina. Deve ser escrito de forma clara e objetiva e com disponibilidade para todos os usuários no local de trabalho. Capacitação – a capacitação do operário para realizar o trabalho com o equipamento deve ser fornecida pelo empregador, devendo ocorrer antes do trabalhador assumir o cargo, ter carga horária mínima (máximo de 8 horasdiárias), ter conteúdo programático e ser ministrada por trabalhadores ou profissionais qualificados. As capacitações de reciclagem devem ocorrer quando tiver modificações significativas nas instalações ou operações das máquinas, e devem ser ministradas dentro do horário normal de trabalho. NR 13 CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO E TUBULAÇÕES (Última atualização: Portaria SIT n 594, de 28 de abril de 2014) NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 24 Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia. Vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da pressão atmosférica. Tubulações são os conjuntos de linhas destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. Tanto as caldeiras quanto os vasos de pressão são equipamentos de grande utilidade em diversos processos industriais. No entanto, em virtude de sua operação sob pressão, e no caso das caldeiras, também sob calor, podem ser causas de graves acidentes, motivo pelo qual seu projeto, instalação, operação e manutenção devem observar rígidos procedimentos de segurança. A operação desses equipamentos também exige a instalação de diversos dispositivos de segurança e controle, a manutenção de registros e documentações atualizados, profissionais qualificados e a realização de diversas inspeções. No início do século XIX, inúmeros acidentes ocorridos com equipamentos sob pressão, principalmente caldeiras, levaram à necessidade de se elaborarem códigos de projeto que garantissem condições seguras de operação e manutenção desses equipamentos. Existem atualmente vários códigos de projeto de caldeiras, vasos de pressão e tubulações, que são reconhecidos nacional e internacionalmente, como o código ASME (American Society of Mechanical Engineers), ANSI (American National Standards Institute) e JIS (Japanese Industrial Standards). Várias exigências constantes na NR13 têm fundamentação técnica baseada nos códigos ASME e ANSI. Um dos parâmetros a ser observado durante a vida útil das caldeiras e dos vasos de pressão é a integridade estrutural desses equipamentos, em razão do processo de degradação sofrido por seus componentes ao longo de sua vida útil. Falhas estruturais podem ocorrer também em virtude de erros de projeto, inobservância das especificações técnicas na fase de fabricação ou condições de operação e manutenção incorretas. Por esses motivos, a NR13 estabelece os requisitos mínimos que o empregador deve adotar nos procedimentos de gestão da integridade estrutural das caldeiras a vapor, vasos de pressão e respectivas tubulações de interligação, durante todo o seu NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 25 ciclo de vida de forma planejada e controlada, a fim de garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores. Destaco que a avaliação da integridade estrutural subsidia não somente sua operação segura, mas também serve de parâmetro de projeção da vida remanescente e eventuais reparos para alcançá-la. No caso de caldeiras, um dos mecanismos que podem comprometer a integridade estrutural é a falta de tratamento ou o tratamento inadequado da água utilizada para geração do vapor, que pode provocar oxidação e incrustações nas paredes internas, diminuindo sua espessura e, consequentemente, alterando ou excedendo os limites originais de projeto. Outros fatores como fadiga, processos de soldagem inadequados e até mesmo mecanismos combinados (corrosão-fadiga) também podem comprometer a integridade estrutural. Destaco que a NR13não contém disposições sobre o projeto ou características construtivas de caldeiras, vasos de pressão ou tubulações, sendo apenas exigido que sejam atendidas as especificações contidas nos códigos de projeto pertinentes. Caldeiras - como vimos, as caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia. O vapor é gerado por meio da energia térmica fornecida à água da caldeira pela queima do combustível (fonte de energia). Dessa forma, para fins de aplicação da NR13, todos os equipamentos que simultaneamente geram e acumulam vapor são abrangidos pela norma. As caldeiras devem ser projetadas conforme códigos de projeto pertinentes. Refervedores e equipamentos similares, apesar de gerarem vapor, não devem ser considerados caldeiras, pelo fato de não acumularem vapor. O vapor gerado e acumulado pela caldeira pode ser vapor de água ou outro fluido. No entanto, a maioria das caldeiras gera vapor a partir da água, por vários motivos, dentre eles, baixo custo de obtenção, segurança e alto calor específico (alta capacidade de absorção de calor). Existem caldeiras de vários tamanhos, que variam em função da capacidade de armazenamento do vapor. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 26 Para gerar vapor é necessária uma fonte de calor que, segundo a NR13, pode ser qualquer fonte de energia. As fontes de energia utilizadas no aquecimento das caldeiras podem ser líquidas (caldeiras a óleo diesel), gasosas (caldeiras a gás), ou sólidas (caldeiras a carvão mineral ou vegetal). Existem também caldeiras que utilizam energia elétrica como fonte geradora de calor. Mas por que gerar vapor? Porque pelo vapor será obtido o calor que será utilizado em inúmeros setores da atividade econômica, por exemplo, hotéis, hospitais, indústrias metalúrgicas, frigoríficos, indústrias alimentícias, usinas de açúcar e álcool, indústrias de papel e celulose etc. Além de ser utilizado para aquecimento, o vapor pode ser empregado para produção de trabalhos mecânicos. Como o vapor é gerado? A produção do vapor em uma caldeira inicia- se primeiramente com o fornecimento de calor (pela queima do combustível) à água, através das paredes metálicas da caldeira. Uma vez aquecida, a água passará do estado líquido para o gasoso, produzindo o vapor d’água, que será usado como agente transportador de calor. As caldeiras que produzem vapor pela queima de combustíveis podem ser classificadas em dois grupos básicos, de acordo com o conteúdo nos tubos: - Flamotubulares: os gases quentes, resultantes da combustão, circulam no interior dos tubos, vaporizando a água que circula por fora destes. - Aquatubulares: os gases circulam por fora dos tubos e a vaporização da água ocorre dentro destes. Vasos de pressão - vasos de pressão são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa, diferente da pressão atmosférica. Em poucas palavras, vasos de pressão são reservatórios que armazenam fluidos pressurizados. Esses fluidos podem ser líquidos, gases ou uma mistura deles. Os vasos podem ser construídos de diversos materiais (fibra de vidro, aço inoxidável, alumínio, entre outros) e formas geométricas variadas (esferas, cilindros, entre outros), dependendo do uso a que se destinam. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 27 Aqui temos uma das grandes diferenças entre Caldeiras e Vasos de Pressão: Enquanto as Caldeiras geram e armazenam vapor, os Vasos de Pressão somente armazenam fluidos. Tal como as caldeiras, os vasos de pressão também estão envolvidos em vários processos produtivos e em diversos setores da atividade econômica, por exemplo, frigoríficos, sistemas de refrigeração, indústria automobilística, indústria alimentícia, metalurgia, siderurgia, mineração etc. Segundo o Glossário, são considerados vasos de pressão: permutadores de calor, evaporadores e similares; vasos de pressão ou partes sujeitas à chama direta que não estejamdentro do escopo de outras NR, nem dos itens 13.2.2 e 13.2.1, alínea “a” da norma; vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores; autoclaves e caldeiras de fluido térmico. Tubulações - o termo tubulações se refere ao conjunto de linhas, incluindo seus acessórios, projetadas por códigos de projeto específicos, destinadas ao transporte de fluidos entre equipamentos de uma mesma unidade de uma empresa dotada de caldeiras ou vasos de pressão. A necessidade da existência das tubulações se deve ao fato de que o ponto de geração ou de armazenagem dos fluidos geralmente se localiza em um ponto distante de onde será utilizado. Nesse sentido, as tubulações servem para interligar, além das caldeiras e vasos de pressão, os demais equipamentos de um processo industrial, como tanques, bombas, trocadores de calor etc. NR 14 FORNOS Trata sobre a utilização dos fornos de maneira geral. De acordo com norma os fornos devem ser construídos separadamente e revestidos de material refratário para que o calor não ultrapasse os limites estabelecidos na norma regulamentadora 15. As fontes de calor podem ser por combustíveis gasosos ou líquidos, ou por energia elétrica. A norma determina ainda que para uma maior precaução os fornos devem possuir sistema de proteção para que não ocorra explosão por falha da NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 28 chama no aquecimento, quando acionado o queimador e o retrocesso da chama em fornos que utilizam combustíveis gasosos ou líquidos. Destaca-se ainda que para a utilização dos fornos é recomendado a construção de áreas para o escapamento de ar NR 15 ATIVIDADES OU OPERAÇÕES INSALUBRES Atividades ou operações insalubres são aquelas que podem vir a causar danos ao trabalhador. Para serem consideradas atividades insalubres elas devem estar acima dos limites de tolerância previstos como os ruídos, calor, agentes químicos, radiações ionizantes, poeiras, ou comprovadas por laudo de inspeção realizado no local de trabalho através de laudo técnico do engenheiro em segurança do trabalho ou médico do trabalho devidamente habilitado. Segue a lista dos anexos sobre atividades insalubres: Anexo Titulo 1 Limite de tolerância para ruído continuo ou intermitente. 2 Limite de tolerância para ruídos de impacto 3 Limite de tolerância para exposição ao calor 4 Revogado 5 Radiações ionizantes 6 Trabalho sob condições hiperbáricas 7 Radiaçoes não ionizantes 8 Vibrações 9 Frio 10 Umidade 11 Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e inspeção no local de NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 29 trabalho 12 Limite de tolerância para poeiras minerais 13 Agentes químicos 13-A Benzeno 14 Agentes biológicos OS anexos importantes em UAN são 1, 3, 7, 9,10. Anexo 1 Versa sobre os ruídos contínuos ou intermitentes medidos em decibéis e não podem estar acima dos limites de tolerância estabelecidos em tabela fixada em lei. Dentro de uma Unidade de Alimentação e Nutrição os ruídos podem ser detectados facilmente, como a utilização de liquidificadores, batedeiras, centrífugas, panelas de pressão, dentre outras máquinas. Os limites alteram entre os decibéis e a exposição diária por horas. Podem ser de 85db por 8 horas por dia e até 115db por 7 minutos. Anexo 3: A exposição ao calor é avaliada por termômetros de bulbo úmido natural, de globo ou de mercúrio comum. As medidas são feitas no local onde o trabalhador atua, na altura do corpo onde o calor é mais sentido. As avaliações são feitas através da equação do “Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo” Após a equação o índice obtido é comparado ao quadro determinado na norma. Anexo 7: A utilização de radiações não ionizantes como micro-ondas sem a proteção adequada será considerada uma atividade insalubre após a inspeção no local onde a atividade é exercida. Anexo 9: NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 30 Atividades em câmaras frias, como frigoríficos, que exponham os trabalhadores ao frio sem a proteção adequada será considerada uma atividade insalubre. Em UAN’s devem se atentar a utilização correta dos EPI’s por trabalhadores responsáveis pela área do frigorífico. Anexo 10: A umidade é muito comum nas UAN’s e por isso a utilização de materiais como botas antiderrapantes de borracha como EPI’s é de extrema importância, para evitar acidentes. Será considerada atividade insalubre a exposição a umidade após laudo técnico. NR 16 ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS Esta norma visa tratar a periculosidade da atividade exercida pelo trabalhador, que o põe ele em risco de vida. As atividades caracterizadas como perigosas são: 1. Atividades com explosivos; 2. Atividades com inflamáveis; 3. Atividades com exposição a roubos, ou violência física, como profissionais de segurança pública; 4. Atividades com energia elétrica; 5. Atividades com radiações ionizantes e substâncias radioativas. Profissionais expostos a essas atividades perigosas recebem um adicional de periculosidade de 30%. NR 17 ERGONOMIA Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 31 psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho, conforme estabelecido nesta Norma Regulamentadora. As analisar e avaliar as condições ergonômicas e psicofisiológicas são fundamentais para que conforto, segurança e desempenho eficiente sejam entregues, para que isso aconteça cabe ao ergonomista analisar de maneira individual cada setor ou função de trabalhador, pois cada trabalhador tem uma estrutura física diferente, ou seja, o que se aplica e se adapta a certo trabalhador pode não se adaptar ao outro tão bem. Condições psicofisiológicas também devem ser analisadas de maneira individual pois em algumas funções na UAN existe uma pressão maior por entrega de resultado, stress e outros fatores que acabam por diminuir a entrega de resultado do trabalhador. Dimensionamento Nas atividades que exijam sobrecarga muscular estática ou dinâmica do pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, e a partir da análise ergonômica do trabalho, deve ser observado o seguinte: a) todo e qualquer sistema de avaliação de desempenho para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie deve levar em consideração as repercussões sobre a saúde dos trabalhadores; b) devem ser incluídas pausas para descanso; NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 32 c) quando do retorno do trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção deverá permitir um retorno gradativo aos níveis de produção vigentes na época anterior ao afastamento. Questões fundamentais para que o trabalhador "braçal" exerça seu serviço com devida entrega e que não venha a ocorrer lesões por esforço repetitivo, algo muito comum nas funções de descarregamento, empilhamento e armazenamento de produtos em uma UAN. Considerações finais- todos os serviços podem ocorrem em uma UAN de maneira produtiva, com conforto e segurança desde que os empregados tenham um ambiente adequado para que isso aconteça da melhor maneira possível e sejam bem orientados, com isso a saúde e produtividade dos trabalhadores só se beneficia. NR 18 CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO Norma que estabelece diretrizes administrativas, de planejamento, e de organização com o objetivo de implementar as medidas de controle e segurança no ambiente da indústria da construção. Deverá ser feita uma comunicação prévia na Delegacia Regional do trabalho, antes de iniciar as obras com os seguintes itens: endereço correto da obra, endereço correto e qualificação do empregador, contratante ou condomínio, tipo de obra, datas prevista de início e término da obra e número máximo de trabalhadores na obra. Estabelece a criação de um Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção-PCMAT. O PCMAT é obrigatório onde houver vinte ou mais trabalhadores contemplando a NR 18 e outros dispositivos de segurança que complementam esta norma. Deverá ser estabelecido por NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 33 profissionais habilitados em segurança do trabalho. Cumprir as exigências contidas na NR 9 sobre programa de prevenção e riscos ambientais. E a responsabilidade de implementação é do empregador ou do condomínio. São estabelecidas áreas de vivência nos canteiros de obras. Estas áreas devem cumprir as exigências nas alíneas 18.4. Destacamos nessas áreas de convivência os locais para refeição e a cozinha que deverão obedecer as seguintes exigências. Dos locais para refeição: A) Ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições; B) Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; C) Ter cobertura que proteja das intempéries; D) Ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; E) Ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial; F) Ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior; G) Ter mesas com tampos lisos e laváveis; H) Ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; I) Ter depósito, com tampa, para detritos; J) Não estar situado em subsolos ou porões das edificações; K) Não ter comunicação direta com as instalações sanitárias; L) Ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra. Ainda de acordo com a norma independente da quantidade de funcionários, o canteiro de obras deverá possuir uma área de segurança para aquecimento das refeições. É proibido preparar, aquecer ou fazer as refeições em canteiros de obras fora desse local pré-estabelecido pela norma, e é obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca para os trabalhadores, em bebedouros jatos de agua inclinado, ou outro meio parecido, porém é proibido a utilização de copos compartilhados. Da cozinha: A) Ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão; NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 34 B) Ter pé-direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o Código de Obras do Município da obra; C) Ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente; D) Ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza; E) Ter cobertura de material resistente ao fogo; F) Ter iluminação natural e/ou artificial; G) Ter pia para lavar os alimentos e utensílios; H) Possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura; I) Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo; J) Possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos; K) Ficar adjacente ao local para refeições; L) Ter instalações elétricas adequadamente protegidas; M) Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área permanentemente ventilada e coberta. A utilização de gorros, luvas e aventais será obrigatória para todos que trabalham na cozinha. Além disso, os canteiros de obra devem possuir sinalização de segurança, identificando os locais de apoio que compõe os canteiros de obras, indicação de saídas por meio de dizeres ou setas, advertências contra perigos, riscos de queda, risco de passagens de trabalhadores em locais com o pé direito menor que 1,80cm, identificação de locais com uso de substâncias toxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas ou radioativas. Os treinamentos devem ser ministrados periodicamente e na admissão para garantir que os trabalhadores executem suas tarefas com segurança, utilizando adequadamente os EPI’s e EPC, além dos riscos inerentes a função. Os funcionários devem receber copias das operações e atividades de forma a serem executadas com segurança. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 35 NR 19 EXPLOSIVOS Esta NR aborda conteúdos e práticas relativos a operações e procedimentos para reconhecimento, análise e prevenção de risco associado ao transporte e manuseio de detonação de explosivos, bem como inspeção e utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e equipamentos de proteção coletiva (EPCs). O treinamento é pré-requisito para iniciar atividades com explosivos em qualquer área da contratante. Para realizá-lo, o empregado deve portar habilitação para operação com explosivos dentro do prazo de validade. NR 20 LÍQUIDOS COMUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS Estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis. NR 21 TRABALHOS A CÉU ABERTO Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser oferecidos alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de saúde pública. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 36 Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias compatíveis com o gênero de atividade. A moradia deverá ter: capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores; ventilação e luz direta suficiente; as paredes caiadas e os pisos construídos de material impermeável. As casas de moradia serão construídas em locais arejados, livres de vegetação e afastadas no mínimo 50,00m (cinquenta metros) dos depósitos de feno ou estercos, currais, estábulos, pocilgas e quaisquer viveiros de criação. O poço de água será protegido contra a contaminação. A cobertura será sempre feita de material impermeável, imputrescível, não combustível. Toda moradia disporá de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um compartimento sanitário. As fossas negras deverão estar, no mínimo, 15,00m (quinze metros) do poço; 10,00m (dez metros) da casa, em lugar livre de enchentes e à jusante do poço. Os locais destinados às privadas serão arejados, com ventilação abundante,mantidos limpos, em boas condições sanitárias e devidamente protegidos contra a proliferação de insetos, ratos, animais e pragas. NR 22 SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONALNA MINERAÇÃO A NR 22 regulamenta, de forma específica, os preceitos organizacionais e dos ambientes de trabalho que devem ser observados nas atividades de mineração com o intuito de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores. Para tanto, determina que as normas descritas nesta NR devem ser aplicadas às seguintes atividades: (i) minerações subterrâneas; (ii) minerações a céu aberto; (iii) garimpos, no que couber; (iv) beneficiamentos minerais e (v) pesquisa mineral. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 37 NR 23 PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS A NR 23 estabelece os procedimentos de prevenção e combate à incêndios, visando proteger a integridade física e saúde dos trabalhadores. Nesse sentido, destaca medidas especificas diversos aspectos. Sobre a disposição de saídas de segurança, dentre outras determinações especificas sobre as portas, escadas e pisos, a NR exige que elas sejam devidamente sinalizadas, com largura mínima de 1,2 metros de largura, em número e disposição adequadas para a rápida evacuação em casos de incidentes e que elas permaneçam destrancadas durante a jornada de trabalho. Além disso, caso seja impossível o acesso imediato às saídas, a NR determina a obrigatoriedade da existência de corredores desobstruídos com largura não inferior a 1,2 metros de largura, devendo, de qualquer modo, a distância entre elas e quaisquer local de trabalho ser de no máximo 30 metros nas áreas de médio/ baixo risco e de 15 metros nas áreas de alto risco. Quanto ao combate ao fogo, a NR determina, dentre outras disposições, que o sistema de alarme deve ser acionado, os bombeiros devem ser chamados imediatamente, as maquinas e aparelhos elétricos, se possível, devem ser desligados e que a evacuação se faça de forma adequada, garantindo-se, inclusive, que todas as áreas sejam devidamente informadas do incidente. Para garantir o efetivo sucesso da operação em caso de incêndios, a NR determina planos de exercícios periódicos. Em fábricas que mantenham equipes organizadas de bombeiros, por exemplo, os exercícios devem ser realizados por estes sem aviso prévio e de forma mais compatível com um real incêndio possível. Já em fábricas sem equipes de bombeiros, membros do pessoal operário, guardas e vigias devem sem der devidamente treinados para eventuais incidentes. Além disso, para a melhor aplicação das disposições acima, o fogo é classificado por Classes de acordo com os materiais presentes no local, sendo divididos em Classes A, B, C e D, sendo somente as três primeiras possíveis no caso das UANs. Para cada classe, a NR determina regras especificas, NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 38 dentre elas, qual tipo de extintor deve ser utilizado em casos de incêndios de cada classe, conforme quadro abaixo: C lasse de fogo: Descrição conforme tipo de materiais/ objetos alvo do incêndio: Formas de combate: A Materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos, madeira, papel, fibra, etc. Extintores tipo: espuma, dióxido de carbono (combate inicial), “Água Pressurizada" ou "Água-Gás” Outros métodos: água sob pressão B Materiais inflamáveis, isto é, produtos que queimem somente em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc. Extintores tipo: espuma, dióxido de carbono e químico seco; Outros métodos: abafamento por meio de areia (balde areia) e água pulverizada sob a forma de neblina C Equipamentos elétricos energizados como motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc. Extintores tipo: dióxido de carbono e químico seco Outros métodos: água pulverizada D Materiais em que elementos pirofóricos, como magnésio, zircônio, titânio, se encontrem presentes Extintores tipo: químico seco (especial para cada material); Outros métodos: abafamento por meio de areia (balde areia) e abafamento por meio de limalha de ferro fundido NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 39 Após, a NR determina que os estabelecimentos ou locais de trabalho devem utilizar somente extintores de incêndio que sigam as regras estabelecidas pelo órgão competente, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial), apresentando, em seguida, os diferentes tipos de extintores, suas aplicabilidades (demonstradas na tabela acima), capacidades e limitações segundo as diferentes Classes de fogo e, por fim, como devem ser sinalizados e localizados. NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho A NR 24 dispõe sobre as condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho. Inicia, para tanto, definindo termos como aparelho sanitário, gabinete sanitário e banheiro e determinando todas as condições específicas das instalações sanitárias. Sobre isso, determina que as instalações sanitárias devem permanecer limpas, ser separadas por sexo e ter no mínimo 1 metro quadrado, para cada sanitário, por cada grupo de 20 operários em atividade, salvo exceções. Após, dentre outras especificações, a NR apresenta determinações sobre o material e composição dos vasos sanitários, chuveiros, mictórios e materiais para limpeza e secagem de mãos, explicitando-se, por exemplo, a proibição ao uso de toalhas coletivas. Além das especificações gerais a quaisquer ambientes de trabalho, a NR faz determinações específicas em caso de algumas atividades. No caso das indústrias de gêneros alimentícios, por exemplo, a NR determina que o isolamento das privadas deverá ser o mais rigoroso possível, a fim de evitar poluição ou contaminação dos locais de trabalho. Em seguida apresenta as exigências quanto a iluminação e hidráulica, determinando, respectivamente, por exemplo, que a fiação deve ser protegida por eletrodutos e devem ser previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas instalações sanitárias. A NR determina também que, em locais de trabalho em que as atividades exijam que os funcionários troquem de roupa, deve haver vestiário dotado de armários individuais, observada a separação de sexos e as demais especificadas na NR. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 40 Após, a NR determina que estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários devem, necessariamente, possuir refeitórios que cumpram com, dentre outras exigências: “a) área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de empregados; b) a circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação entre bancos e banco/parede deverá ter a largura mínima de 55 cm"; piso, paredes e teto de acordo com o estabelecido na NR; água potável; mesas providas de tampo liso e de material impermeável; e bancos ou cadeiras limpas. No que diz respeito às cozinhas, a NR determina que elas devem ficar adjacentes e ligadas aos refeitórios, devendo a cozinha e depósito de gêneros alimentícios, ter, respectivamente, 35% e 20% da área do refeitório com pé- direito de 3,00 (três) no mínimo. Além disso, a NR determina que as cozinhas devem ter: paredes e pisos revestidas de material liso, resistente e impermeável; portas metálicas ou de madeira, medindo no mínimo 1,00 metro por 2,10 metros; janelas demadeira ou de ferro, de 60 cm x 60 cm, no mínimo; aberturas protegidas com telas; pintura de acordo com cada tipo de material; rede de iluminação protegida por eletrodutos; lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m² com pé-direito de 3,0 m máximo; e lavatório dotado de água corrente, sabão e toalhas. Por fim, em relação às cozinhas, a NR determina que seja realizado o adequado tratamento de lixo e que os funcionários da cozinha encarregados de manipular gêneros, refeições e utensílios, disponham de sanitário e vestiário próprios e que não se comuniquem com a cozinha. No que diz respeito à instalação de dormitórios, por sua vez, a NR determina, que cada dormitório deve alojar, no máximo, 100 (cem) operários e devem seguir as metragens mínimas definidas na NR. Além disso, deve-se, dentre outras exigências, evitar o devassamento de prédios vizinhos; ter no máximo dois pisos; ter piso, parede e teto de materiais adequados e previstos na NR; ser devidamente iluminados; ter bebedouros instalados e armários individuais. Após, a NR determina a obrigação do empregador em: (i) oferecer aos seus trabalhadores, servidores e terceirizados, condições de conforto e higiene para realizar suas refeições; (ii) orientar os trabalhadores sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis; (iii) garantir condições de conservação, higiene e os meios para o aquecimento em local próximo ao destinado às refeições para os funcionários que tragam sua própria alimentação; e (iv) fornecer recipientes ou marmitas que atendam às exigências de higiene e conservação. Em seguida, a NR: (i) determina a competência da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, à Comissão Interna de Prevenção de NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 41 Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR, ao Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e ao Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural – SEPATR para promoverem a divulgação e zelar pela sua observância; (ii) indica que os sindicatos de trabalhadores como competentes para denunciar o seu descumprimento; e (iii) determina que as empresas que concederem o benefício da alimentação aos seus empregados poderão inscrever-se no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT, do Ministério do Trabalho. Por fim, determina (i) que os empregadores disponibilizem sempre água potável, em condições higiênicas; (ii) que os locais de trabalho devem ser mantidos em estado de higiene compatível com o gênero de atividade; e (iii) que os responsáveis pelos estabelecimentos industriais deem aos resíduos destino e tratamento que os tornem inócuos aos empregados e à coletividade. NR 25 RESÍDUOS INDUSTRIAIS Inicialmente, a NR determina que os resíduos gasosos devem ser eliminados através de métodos, equipamentos ou medidas adequadas e aprovadas, segundo o determinado pela NR 15, pelos órgãos competentes do Ministério do Trabalho, sendo vedado e sujeita às legislações competentes nos níveis federal, estadual e municipal sua liberação nos ambientes de trabalho acima dos limites estabelecidos pela NR 15. No que diz respeito aos resíduos líquidos e sólidos, a NR determina que deverão ser convenientemente tratados, dispostos ou retirados dos limites da indústria, sendo vedado e sujeita às legislações em nível federal, estadual e municipal seu lançamento ou disposição nos recursos naturais. Por fim, a NR determina que os resíduos sólidos e líquidos de alta toxicidade, periculosidade, os de alto risco biológico e os resíduos radioativos devem ser eliminados com o conhecimento e auxílio de entidades especializadas/públicas ou vinculadas e no campo de sua competência. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 42 NR 26 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA Esta norma trata sobre os parâmetros de segurança que devem ser adotadas em estabelecimentos ou locais de trabalho, com o objetivo de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. Cor de segurança - devem ser adotadas cores nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, advertir contra riscos, delimitar áreas e identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases. É importante destacar que o uso de cores deve ser o mais reduzido possível, evitando distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Além de que, outras formas de sinalizações podem ser adotadas, além do uso de cores. Classificação, rotulagem preventiva e ficha com dados de segurança de produto químico - o produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas. A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos: Identificação e composição do produto químico; pictograma(s) de perigo; palavra de advertência; frase(s) de perigo; frase(s) de precaução; informações suplementares. O produto químico não classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores, conforme o GHS, deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de precaução. NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 43 Os produtos notificados ou registrados como Saneantes na ANVISA estão dispensados do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva (inserido pela Portaria MTE nº 704, de 28 de maio de 2015). O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar disponível a ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico classificado como perigoso. Se aplica também a produto químico não classificado como perigoso, mas cujos usos previstos ou recomendados derem origem a riscos à segurança e saúde dos trabalhadores. No caso de mistura deve ser explicitado na ficha com dados de segurança o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das substâncias que: representam perigo para a saúde dos trabalhadores; possuam limite de exposição ocupacional estabelecidos. O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho. Os trabalhadores devem receber treinamento: Para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico. Sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para atuação em situações de emergência com o produto químico. NR 27 REGISTRO PROFISSIONAL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO (REVOGADA pela PORTARIA nº 262, de 29 de maio de 2008, publicada no DOU de 30/05/2008) O exercício da profissão do TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO depende de prévio registro no Ministério do Trabalho, efetuado NORMAS REGULAMANTADORAS-MTE 44 pela Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho até que seja instalado o respectivo conselho profissional. NR 28 FISCALIZAÇÕES E PENALIDADES Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalização trabalhista de segurança e medicina do trabalho, tanto a concessão de prazos ás empresas para a correção de irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação
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