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Semana 2 para turma (relação de trabalho e emprego)

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DIREITO DO TRABALHO I – AULA II – Relação de trabalho e emprego 
RELAÇÃO DE TRABALHO E A EC/45/2004
Ampliação da competência da justiça do trabalho para processar e julgar ações oriundas das relações de trabalho, art. 114, da CF/1988. Após a EC/45 passou a justiça do trabalho julgar qualquer relação de trabalho e não só relação de emprego. A mais importante inovação trazida pela EC 45/2004 foi a ampliação da competência da Justiça do Trabalho para processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho (art. 114, I, da CF/1988). A Justiça do Trabalho passa a ter competência para análise de todos os conflitos decorrentes da relação de trabalho em sentido amplo.
RELAÇÃO DE TRABALHO: Toda relação jurídica caracterizada por ter sua prestação essencial centrada em uma obrigação de labor humano. Qualquer vínculo jurídico por meio do qual uma pessoa natural executa obra ou serviços para outrem, mediante o pagamento de uma contraprestação. Quando se fala, portanto, em relação de trabalho, incluem-se a relação de emprego, a relação de trabalho autônomo, eventual, avulso, voluntário, estágio e a relação de trabalho institucional. Gênero e relação de emprego é espécie. Quando se fala, portanto, em relação de trabalho, incluem-se a relação de emprego, a relação de trabalho autônomo, eventual, avulso, voluntário, estágio e a relação de trabalho institucional.
RELAÇÃO DE EMPREGO: Toda a relação de emprego corresponde a uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego. A CLT alcança e faz a proteção jurídica somente os empregados detentores de subordinação – (relações de emprego). Só será empregado o trabalhador que reunir todos os requisitos essenciais a esta relação. Podemos relacionar os requisitos caracterizadores da relação de emprego a seguir enumerados. Trabalho por pessoa física; Pessoalidade; Não eventualidade; Onerosidade; Subordinação; Alteridade.
REQUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
PESSOA FÍSICA / PESSOALIDADE – Para a caracterização da relação de emprego, o serviço deverá ser prestado sempre por pessoa física ou natural, não podendo o obreiro ser pessoa jurídica. Contrato de emprego é pessoal, indivíduo escolhido pelas suas qualificações pessoais. Contrato é firmado com pessoa certa e determinada. Pessoalidade ou caráter intuitu personae. A pessoalidade refere-se ao contrato (empregado). A relação de emprego, no que atine ao obreiro, reveste-se de caráter de infungibilidade, devendo o laborante executar os serviços pessoalmente.
NÃO EVENTUALIDADE – Não é tarefa das mais fáceis para os operadores do Direito. Trabalhador não eventual é aquele que trabalha de forma repetida e permanente nas atividades permanentes da empresa, integrando seus fins sociais. Não eventual, é diferente de contínuo. Ex. se trabalha todo final de semana na mesma empresa é empregado não eventual. O obreiro passa a fazer parte integrante da cadeia produtiva da empresa, mesmo que desempenhando uma atividade-meio, caracteriza o trabalho não eventual.
SUBORDINAÇÃO – Imposição de ordem, submissão, dependência, hierarquia, aplicar punições. Devendo o trabalhador acatar as ordens e determinações emanadas, nascendo para o empregador, inclusive, a possibilidade de aplicar penalidades ao empregado (advertência, suspensão disciplinar e dispensa por justa causa), em caso de cometimento de falta ou descumprimento das ordens emitidas. É o requisito mais importante da relação de emprego. O empregador é dotado de poder diretivo. A subordinação varia em grau mínimo e máximo, dependendo da natureza do trabalho. A subordinação adotada no Brasil é a subordinação jurídica ou hierárquica.
ONEROSIDADE – Vantagens recíprocas – pois o contrato de trabalho é bilateral. Tendo duas obrigações na relação de emprego. Principal obrigação do empregado é a prestação dos serviços contratados. Em contrapartida, seu principal direito é o do recebimento da contraprestação pelos serviços prestados (remuneração). A relação de emprego impõe a onerosidade, o recebimento da remuneração pelos serviços executados.
RISCO DO NEGÓCIO DO EMPREGADOR (ALTERIDADE) – Os riscos da atividade econômica pertencem única e exclusivamente ao empregador. O empregado não assume os riscos da atividade empresarial desenvolvida. Se o empregado corre o risco do negócio, empregado não será, art. 2º da CLT. Logo, tendo laborado para o empregador, independente da empresa ter auferido lucros ou prejuízos, as parcelas salariais sempre serão devidas ao obreiro, o qual não assume o risco da atividade econômica. A própria CF/1988 (art. 7.º, XI) e a Lei 10.101/2000 preveem a possibilidade da participação do empregado nos lucros da empresa. Contudo, jamais o empregado assumirá os riscos do negócio, sendo os resultados negativos da empresa suportados exclusivamente pelo empregador. OBS: Exclusividade não é um requisito essencial para caracterizar a relação de emprego. Assim, vale dizer que, um empregado pode possuir mais de um emprego registrado em carteira de trabalho, desde que, os horários de trabalho sejam compatíveis entre si.
TRABALHADORES ESPECIAIS
TRABALHADOR EVENTUAL – Trabalho caracterizado pela descontinuidade, temporário, não relacionado com a atividade fim da empresa. Não possui caráter de permanência, sendo esporádico. “bicos”, sem habitualidade. Exemplo: um eletricista é chamado para trocar os fios do elevador de um prédio, mesmo que o trabalho demore 2 meses, ele é eventual, pois é um serviço acidental, não é uma necessidade permanente da empresa. caso de um técnico chamado momentaneamente para reparar o elevador de um estabelecimento comercial. Trata-se de um trabalho ocasional à fonte para a qual o serviço é prestado.
TRABALHADOR AVULSO – PORTUÁRIO E NÃO PORTUÁRIO – É uma modalidade de trabalhador eventual que oferta sua força de trabalho, por curtos períodos de tempo, a distintos tomadores, sem se vincular especificamente a nenhum deles. Subespécie do trabalhador eventual. Oferece sua mão de obra para curtos períodos de tempos, a distintos tomadores. A diferença é que aqui existe a necessária intermediação do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) ou Sindicato. Os avulsos possuem os mesmo direitos dos empregados permanentes, garantia dada pela CF – (Art.7º, XXXIV). PORTUÁRIO: Lei nº 12.815/2013 – Art. 40 – trabalho de estiva, conferência de carga, vigilância de embarcação, será realizado por trabalhadores portuários com vínculo empregatício e por trabalhadores avulsos. O operador portuário deve criar o OGMO para fazer o controle da mão de obra. O OGMO arrecada e repassa aos beneficiários os valores devidos pelos operadores relativos à remuneração. Cabe ao OGMO, recrutar, selecionar, treinar, cadastrar, registrar, organizar, escalar e REMUNERAR o trabalhador portuário. NÃO PORTUÁRIO – É o trabalhador avulso não intermediado pelo OGMO e sim por sindicato da categoria profissional. -São os trabalhadores avulsos em atividades de movimentação e mercadorias em geral – Lei nº12.023/2009. Exemplo: carga e descarga de mercadoria, limpeza. Conceito: Art. 9º, VI do Decreto nº 3048/99�, que regulamenta a previdência social.
TRABALHADOR AUTÔNOMO – Trabalhador que explora seu ofício ou profissão com habitualidade, por conta e risco próprio, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não, liberdade. Exemplo: taxistas, e os profissionais liberais de maneira geral que podem possuir curso superior ou técnico, como os o advogado, médico, dentista, arquiteto, engenheiro, vendedor, representante comercial, dentre outros. Diferenciam da relação de emprego por falta de subordinação e, em alguns casos, por falta também da pessoalidade.
TRABALHADOR VOLUNTÁRIO – É nos termos do art. 1º da lei 9.680/1998 “...atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social...” NÃO EXISTE AQUI INTENÇÃO ONEROSA É SERVIÇOBENEVOLENTE. Não pode haver pagamento pelos serviços prestados. O ressarcimento de reais despesas necessárias ou funcionais ao efetivo cumprimento do serviço não desfaz o caráter gratuito do labor. Deve ser benevolente também a causa da existência de tal tipo de prestação de serviços, ou seja, o tomador deverá ser entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos.
REPRESENTANTE COMERCIAL – Realização de negócios mercantis, de forma autônoma a pessoa jurídica ou pessoa física, sem relação de emprego, em caráter não eventual. Lei. 4.886/65 em seu artigo 1º, a mesma dispõe que, “exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou a pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios”. O representante comercial pode ser um agente autônomo com modesta capacidade (pessoa física) ou com grande estrutura (pessoa jurídica). Diferente do vendedor.
TRABALHADOR COOPERADO – Associação voluntária de pessoa que contribuem com seus esforços pessoas e suas econômicas, a fim de obter para si as vantagens que o grupamento possa propiciar. Podem ser de crédito, consumo e produção. Em regra, não portanto, relação de emprego entre a cooperativa e seus cooperados, salvo quando ele cumular também a função de empregado. Cooperado é trabalhador autônomo. Constituídas por pessoas físicas, trabalhadores autônomos ou eventuais, de uma determinada profissão, ou de ofício, ou de ofício vários de uma mesma classe, que tem como finalidade primordial melhorar os salários e as condições de trabalho de seus associados, dispensando a intervenção de um patrão ou empresário, e que se propõem a contratar obras, tarefas, trabalhos e serviços, públicos ou particulares, coletivamente por todos ou por grupos de alguns, em regime de autogestão democrática e de livre adesão. Há uma presunção relativa de ausência de vínculo empregatício entre a cooperativa e seus associados e entre estes e os tomadores de serviços daquela. Nesse sentido, dispõe o parágrafo único, do artigo 442 da CLT: “Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela”. O verdadeiro cooperado apresenta uma dupla condição em relação à cooperativa, pois, além de prestar serviços, deverá ser beneficiário dos serviços prestados pela entidade.
ESTAGIÁRIO – Estágio é a modalidade de relação de trabalho regulada pela Lei nº 11.788/2008, o art.1º diz: “Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos.” O estágio pode ser obrigatório ou não obrigatório, variando em cada curso. Art. 2º. O estágio, se regular, não cria vínculo de emprego com o tomador. Os requisitos para configuração do estágio lícito - Art.3º da lei. Art. 3º  O estágio, tanto na hipótese do § 1º do art. 2º desta Lei quanto na prevista no § 2º do mesmo dispositivo, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, observados os seguintes requisitos: I – matrícula e freqüência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino;  II – celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino;  III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. § 1º O estágio, como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientador da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art. 7º desta Lei e por menção de aprovação final. § 2º O descumprimento de qualquer dos incisos deste artigo ou de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. deve haver, em primeiro lugar, um termo de compromisso entre o educando, a instituição de ensino onde o mesmo estuda, e a empresa onde o mesmo realizará o estágio, trazendo as condições e as atividades desenvolvidas no estágio. DIREITOS DO ESTAGIÁRIO: Seguro contra acidentes pessoais – art.9º, IV; Limitação de jornada, que deve ser compatível com as atividades escolares – art.10. A duração do estágio não pode ser superior a 2 anos, exceto se for portador de deficiência – art.11. É obrigatória a concessão de auxílio transporte, vedado o seu desconto. Art.12 A concessão de transporte, alimentação e saúde não configura vínculo de emprego. Art. 12, §1º. Recesso de 30 dias para estágios iguais ou superiores a 1 ano. Art. 13 Direito a garantia de segurança e saúde do trabalhador – Art.14.
RESUMO DA MATÉRIA
1. Relação de trabalho é gênero da qual relação de emprego é espécie; 2. Requisitos da relação de emprego o trabalho prestado por pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, subordinação jurídica, onerosidade e alteridade; 3. Após a EC 45/2004, passou a Justiça do Trabalho a ter competência para processar e julgar qualquer relação de trabalho e não só a relação de emprego (nova redação do art. 114 da CF/1988). Nesta esteira, um pedreiro, um pintor, um marceneiro ou qualquer outro profissional autônomo que não receber pelos serviços prestados, embora não seja empregado do tomador de serviços em função da ausência de subordinação, ajuizará eventual demanda perante a Justiça laboral. Logo, o Poder Judiciário Trabalhista passa a ter competência para análise de todos os conflitos decorrentes da relação de trabalho em sentido amplo.
� Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: VI - como trabalhador avulso - aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, nos termos da Lei nº 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, ou do sindicato da categoria, assim considerados:

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