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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: PEDAGOGIA.
DISCIPLINA: ASPECTOS ANTROPOLÓGICOS E SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO.
PROFESSOR (A) TUTOR (A): DANIELE CRUZ DA SILVA FIGUEREDO LUZ.
 
TÍTULO DA ATIVIDADE ESTRUTURADA:
“VALÃO: FOI UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA. ” UMA ANALISE SOCIÓLOGICA E EDUCATIVA ENTRE A SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE.
ALUNO (A) AUTOR (A) DA ATIVIDADE: RAQUEL FERREIRA DE JESUS. 
DATA: 20 DE SETEMBRO 2017.
INTRODUÇÃO
	Nesta análise, abordaremos as questões socioambientais da cidade de Mesquita, mais precisamente da rua Natália com rua Hercília onde encontra-se um valão a céu aberto, onde alguns moradores, de idade mais avançada, dizem ter sido um rio límpido, onde havia peixes e animais nativos e hoje há uma degradação de dejetos incalculáveis.
Retrataremos as dificuldades vividas por moradores que vivem adjacentes ao escoadouro e que acabam por falta de informação sobre educação ambiental mantendo os mesmos costumes de seus antepassados degradando o ecossistema. 
Aludiremos os aspectos antropológicos relacionados ao meio ambiente segundo os pensadores, Max Weber e Karl Marx, dando ênfase no modelo de sociedade capitalista apontado por Karl Marx como ponto de partida para a análise da crise ambiental contemporânea.
E por fim, relataremos quais são os projetos de melhoria para localidade segundo os moradores e qual a abordagem sociológica para restabelecer o encontro da sociedade com a ambiência. 
DESENVOLVIMENTO
	O prosseguimento desta pesquisa inicia-se com uma frase que geralmente é atribuída ao físico Albert Einstein – “ O meio ambiente é tudo que não sou eu”. Com base nessa afirmativa, podemos entender qual é o significado de meio ambiente segundo Einstein. Porém, essa assertiva encontra-se defasada, tendo em vista a era em que vivemos. Vivemos num mundo onde o acesso a informação e tecnologia tem sido quase que inerente ao nosso dia a dia. Levando um aumento na produtividade e gerando um número incontável de dejetos fruto do consumismo capitalista. Fazendo com que a afirmação da frase supracitada nos faça pensar se realmente o “meio ambiente é tudo que não sou eu” ou se “o meio ambiente é tudo o que nos circunda e interage inerentemente ao ser humano, como uma espécie de harmonização para o perfeito funcionamento do nosso sistema”.
	Se analisarmos a frase de Einstein começamos, talvez, a entender porque o homem trata a natureza como se fosse algo “a parte” do seu eu/eu social.
	Na rua Natália, esquina com a rua Hercília, foi constatado através de entrevistas com moradores próximos ao valão o quanto a falta de saneamento e conscientização deixa a desejar, fazendo com que o mínimo de cuidado por parte de alguns moradores, seja inútil, tendo em vista que não só as populações anexas ao local depositam seus lixos ali.
	Uma das entrevistas foi uma Sra. chamada Lídia de Paula, Mesquitense, 59 anos, moradora da rua Hercília há 22 anos. Ela narra que em 1995, ano que se mudou para onde está atualmente, via-se peixes, sapos e até algumas plantações alimentícias perto do, até então, rio. De acordo com o decorrer do tempo e com um número muito grande de pessoas que migraram para lá, (por conta do assentamento de terra), o acúmulo de sujeira foi aumentado a medida que novos vizinhos chegavam. Conta também que gasta muito dinheiro com produtos aromatizantes (por causa do odor recorrente) e com inseticidas (produtos esses que também degrada o meio ambiente), pois o número de insetos é altíssimo (a mesma contraiu dengue duas vezes). 
	O segundo morador questionado foi o Sr. Edmilson Santos, 78 anos, Capixaba, morador da rua Natália, possui um comercio varejista em frente ao valão e segundo ele, primeiro morador da região. Quando interpelado sobre como era a região quando se mudou, abriu-se um imenso sorriso e exprimiu: - “ Aqui era o paraíso”. 
Expos, que plantava aipim, tomate, alface e até mamão; alimentos esses que colhia e servia a sua família. Hoje, lamenta-se profundamente o ponto que se chegou e a falta que esses alimentos faz a sua mesa. Comunicou que quando começou o seu comercio era com a plantação que tinha feito no terreno bem próximo ao antigo rio. E que com o passar dos anos, a terra foi ficando contaminada e ele teve que mudar o ramo, para que não falisse. Foi então que passou a vender bebidas e cigarros, pois mesmo comprando mantimentos em outros lugares para revender, o número de ratos e baratas era imenso devido aos alimentos estocados. Retratou também que sua bisneta de 3 anos, adquiriu alergia nos olhos, doenças na pele e diarreia, devido à falta de tratamento na agua e a ausência de saneamento, tendo em vista que o esgoto da população local é todo despejado ali.
	Quando indagados, sobre se há alguma mobilização por parte das autoridades ou dos próprios vizinhos para que haja uma conscientização da importância de se manter o local “limpo”, tanto Sra. Lídia, quanto o Sr. Edmilson, foram categóricos: “ Ninguém quer saber”. 
	Porém, foi percebido no desenrolar do diálogo que os mesmos fazem sim, de acordo com suas capacidades, algumas modificações para a melhora do ambiente. Como vasinhos de planta que a Sra. Lídia dispõe a beira do valão, com pequenos tomates que a mesma diz utilizar no tempero de sua comida. E o seu Edmilson, que coloca placas com dizeres conscientizando a população sobre a importância de não se jogar lixo naquele local.
No final do século XX, a educação ambiental surgiu na conjuntura de uma crise ambiental que tem como fundamento minimizar os impactos negativos ecossistêmicos. Tendo em vista melhorar a qualidade do sistema em que vivemos.
A análise sobre a crise ambiental vem de encontro com alguns dos pensamentos do Clássico da sociologia, Karl Marx, conforme elucidado em:
“Uma vez alcançado certo nível de desenvolvimento, a apropriação privada da natureza se manifesta como supérflua e nociva. Em MARX: uma vez alcançado certo nível de desenvolvimento, a propriedade do solo se manifesta como supérflua e nociva...” (MARX, [18941 1981:801).
Sabemos que a didática ambiental tem ganhado força nas últimas décadas, porem só com o exercício diário de conscientização, conseguimos manter um equilíbrio através do nosso comportamento para com o meio ambiente.
 
CONCLUSÃO
	 Em virtude dos argumentos apresentados é imprescindível que todos se conscientizem que o meio ambiente é “como uma espécie de harmonização para o perfeito funcionamento do nosso sistema”. Tendo em vista os exemplos citados em nossa pesquisa pode-se perceber que os moradores trabalham cada um a sua forma para melhorar os aspetos nocivos que este valão traz para a suas vidas. Sendo assim, em virtude de tudo o que foi analisado pode-se concluir que a educação é a melhor forma de se estruturar um ecossistema que funcione de acordo com o exórdio da natureza. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIMA, G.F.C. Educação ambiental no Brasil: formação, identidades e desafios. Campinas: Papirus, 2011.
MARX, Karl. El capital. Tomo III, v. 8. México : Siglo XXI. [1894] 1981.
	 
JACOBI, Pedro - USP LUZZI, Daniel – USP educação e meio ambiente, um diálogo em ação. http://www.anped.org.br/sites/default/files/t2211.pdf 
FOLADORI, Guillermo - Marxismo e meio ambiente - Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, n.25, p. 82-92, abril de 1999 - https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/viewFile/23683/21275

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