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Escolas Macroeconômicas Clássicos Pressupostos: • Concorrência perfeita; • Agentes otimizadores; • Informação perfeita; • Preços e salários nominais flexíveis; • TQM (os preços e os salários nominais são determinados pela oferta de moeda. Já os preços e os salários reais são determinados pelo equilíbrio de mercado). Clássicos Principais Conclusões: • Fatores do lado da oferta determinam o emprego e o produto de equilíbrio; • Os mercados sempre em equilíbrio (inclusive no curto prazo); • Variações da demanda agregada afetam somente os preços; • Ineficácia das políticas (monetária e fiscal); • A moeda não afeta o produto, somente os preços; • Taxa de juros determinada pela oferta e demanda de fundos de empréstimos: a taxa de juros é uma variável real. Keynes e os Keynesianos • Na Anpec, a interpretação de Keynes é mais ortodoxa (da síntese neoclássica). • Armadilha de liquidez; • Investimentos em função da taxa de juros e das expectativas (para Keynes); • Eficiência marginal do capital. • Rigidezes; • Microfundamentos. ESCOLA MONETARISTA Caracterização: • Contrapõe parcialmente a Keynes (para os monetaristas não só a política fiscal, mas a monetária também é importante); • Incorpora a macro de Keynes e a microeconomia clássica; • Segue parcialmente a macroeconomia clássica; • Discorda de que o produto, no curto prazo, é determinado completamente por fatores do lado da oferta (o produto pode ser determinado por fatores do lado da demanda). ESCOLA MONETARISTA Pressupostos: • Demanda por moeda estável; • Os agentes (trabalhadores) podem ter percepções equivocadas (a informação não é perfeita); • Destaque para a moeda (a variação da moeda é muito importante). Uma mudança na quantidade de moeda, no curto prazo, eleva o nível de produto, mas, no longo prazo, somente os preços aumentam. Isto é chamado de dicotomia monetarista. Isto ocorre porque os trabalhadores têm percepção equivocada. • Expectativas adaptativas. ESCOLA MONETARISTA Principais Conclusões: • IS plana, LM muito inclinada (os investimentos são muito sensíveis à taxa de juros); • Taxa natural de desemprego: curva de Phillips de curto e de longo prazo; • Perturbações monetárias como a principal causa das flutuações econômicas; • Ceticismo quanto a capacidade do governo de estabilizar a economia (os economistas não sabem quanto que as mudanças na oferta de moeda afetam o produto. Uma política monetária pode impactar o produto quando, talvez, não seja mais necessário.); • Não se deve tentar estabilizar a economia com política monetária (defende a política monetária como regra); ESCOLA NOVO CLÁSSICA Caracterização: • Criticam os neoclássicos porque eles usam fundamentos microeconômicos muito fracos; • Criticam os neoclássicos e os monetaristas porque eles assumem “agentes estúpidos” (cometem erros sistemáticos), que não acompanham a evolução das variáveis o tempo todo; sempre erram. • Os principais autores desta escola são: Wallace, Lucas e Sargent. ESCOLA NOVO CLÁSSICA Pressupostos: • Os mesmos da macroeconomia clássica, exceto informação perfeita porque consideram em seu lugar as expectativas racionais; • Os agentes não cometem erros sistemáticos; • Os agentes tomam as melhores decisões possíveis com base nas informações disponíveis; • Procuram construir modelos macro com fundamentos micro; • Crítica de Lucas: nos anos de 1960 vinham sendo utilizados modelos computacionais. Lucas criticou estes modelos (crítica à estabilidade de parâmetros, ao mudar as variáveis, mudam os parâmetros porque os agentes mudam as informações). Esta crítica foi precursora da econometria das séries temporais. ESCOLA NOVO CLÁSSICA • Versão da Curva de Phillips de Lucas; • Modelo de percepção equivocada (modelo de ilhas). Se os agentes forem pegos de surpresa, eles irão errar. Por exemplo, se o governo faz política monetária sem aviso prévio. Os agentes não sabem se o aumento de preços foi real (mudança dos preços relativos) ou se foi uma mudança no nível geral de preços. Os agentes extraem o sinal de que houve um aumento de preços relativos e aumentam a produção, mas, depois de algum tempo eles percebem que foi um aumento no nível geral de preços e reduzem a produção para o nível de pleno emprego. Assim, política monetária só afeta o produto quando ela é inesperada. ESCOLA NOVO CLÁSSICA Principais conclusões: • A política monetária somente afeta o produto quando ela é inesperada; • Curva de Phillips de longo prazo; • Quando a política monetária é prevista, não afeta o produto, apenas gera inflação. • Problema: Os novos clássicos não explicam a persistência da recessão. Os defensores da Teoria dos Ciclos Reais de Negócios (novos clássicos radicais) vão dizer que a recessão não existe! TEORIA DOS CICLOS REAIS DE NEGÓCIOS • (“novos-clássicos radicais”, que para explicar a recessão eles dizem que não existe recessão). Pressupostos: • Equilíbrio sempre (“ou quase sempre”); • Neutralidade da moeda sempre; • Produto sempre no nível de pleno emprego (isso não quer dizer que o produto não flutua. Não ocorrem flutuações em torno do produto potencial. Ocorrem flutuações do produto potencial); • Agentes sempre em posição ótima. TEORIA DOS CICLOS REAIS DE NEGÓCIOS Explicação: • Produtos determinado apenas pelo lado da oferta (tanto no curto quanto no longo prazo); • Os agentes respondem aos estímulos; • Origens das flutuações: • Choques tecnológicos; • Lei ambiental; • Variações de preços de insumos; • Variações das taxas de juros. TEORIA DOS CICLOS REAIS DE NEGÓCIOS • São adeptos da equivalência Ricardiana. • A tecnologia define a produtividade do trabalho. Se houver um choque tecnológico desfavorável, o trabalho se torna menos produtivo e o salário real cai. A queda do salário real faz o lazer se tornar mais barato e os agentes ofertarem menos mão-de-obra. Reduz-se o produto potencial. • Lei ambiental - penaliza a empresa porque a externalidade se torna custo interno. O aumento do custo reduz o produto potencial. • Variação dos preços dos insumos – o aumento dos preços dos insumos aumenta o custo de produção e alguns setores têm queda nos preços relativos. E, estes que tiverem redução dos preços relativos trabalham menos, reduzindo o produto potencial. TEORIA DOS CICLOS REAIS DE NEGÓCIOS • Variação na taxa de juros – Se os agentes aumentarem a taxa de desconto em relação ao futuro, só poderão poupar se receberem uma maior taxa de juros. Se a taxa de juros está aumentando, os trabalhadores vão trabalhar mais para poupar mais e consumir mais no futuro. O produto potencial aumenta. • Política fiscal – não influencia no modelo. A política tributária pode afetar o produto potencial. Se houver um aumento no tributo sobre a hora extra de trabalho os agentes vão trabalhar menos reduzindo o produto potencial. NOVOS KEYNESIANOS Caracterização: • Buscar micro fundamentos para a macro; • Expectativas racionais. Pressupostos: • Mercados imperfeitos: 1. existência de oligopólios no mercado de bens; 2. assimetria de informações no mercado de trabalho (salário de eficiência e salários de contratos justapostos); 3. no mercado financeiro os agentes não possuem as mesmas informações; • Há rigidez de preços e de salários; NOVOS KEYNESIANOS • Custos de menu. Este custo é mais do que o custo de alterar preço. A redução de preços de imediato não atrai novos compradores, mas o aumento de preço diminui a quantidade de compradores. Às vezes o ganho adicional obtido pelo aumento do preço é muito pequeno e não consegue “cobrir” o custo de menu. Pode ocorrer de um vendedor em particularreduzir seu preço, mas seus concorrentes não reduzirem (falha de coordenação entre os agentes) e este vendedor não ganhar mais com esta ação. Se a economia começar a crescer, vai ter que aumentar o preço para maximizar o lucro e tem grande risco de perder consumidores. Assim, a tendência é ter rigidez de preços; NOVOS KEYNESIANOS • Os preços são mais rígidos em recessão econômica porque nem todos os concorrentes reduzem os seus preços e não se consegue internalizar todo o ganho de uma redução de preços; • Os preços são mais flexíveis em expansão econômica porque as transações ocorrem com maior rapidez e os agentes recebem um maior número de informações. • Falta de coordenação entre os agentes econômicos: a assimetria de informações leva à falta de coordenação. NOVOS KEYNESIANOS Principais conclusões: • A moeda afeta a economia; • No longo prazo ocorre apenas o aumento dos preços; • Mesmo com preços e salários flexíveis pode haver impactos no produto no curto prazo; • O mercado não está sempre em equilíbrio.
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