Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lesão celularLesão celular DegeneraçõesDegeneraçõesDegeneraçõesDegenerações Profa. Fabiana Lessa Silva Hipetrofia Hiperplasia Atrofia Metaplasia Relação entre células miorcárdicas normais, adaptadas, lesadas de modo reversível e mortas. Se uma forma específica de estresse induz adaptação ou causa lesão reversível ou irreversível, depende não apenas da natureza e gravidade do estresse, masnatureza e gravidade do estresse, mas também de várias outras variáveis, que incluem o metabolismo celular basal e o suprimento sanguíneo e nutricional � Causas de lesão celular ◦ Privação de oxigênio � Isquemia � Doenças pulmonares (ex: pneumonia) Hipóxia Respiração oxidativa aeróbica � Redução da capacidade do sangue em transportar oxigênio ◦ Anemia ◦ Envenenamento por monóxido de carbono (CO) � Causas de lesão celular ◦ Agentes químicos � Toxinas, inseticidas, drogas, etc. ◦ Agentes biológicos � Vírus, riquétsias, bactérias, algas, fungos, protozoários, parasitos ◦ Agentes físicos � Traumas, frio, calor, radiação, choque elétrico, alterações de pressão atmosférica � Causas de lesão celular ◦ Reações imunológicas � Doenças autoimunes, reações alérgicas ◦ Fatores genéticos ◦ Desequilíbrios nutricionais � Defic. protéico-calórica, def. vitaminas e minerais (ex: vitamina E e selênio) � Excessos nutricionais Relações entre função celular, morte celular e alterações morfológicas da lesão celular DegeneraçõesDegeneraçõesDegeneraçõesDegenerações Lesão reversível secundária a alterações bioquímicas que resultam no acúmulo de substâncias no interior das células � 1) Degenerações por acúmulo de água e eletrólitos - degeneração hidrópica; � 2) Degenerações por acúmulo de proteínas – degeneração hialina e mucóide; 3) Degeneração por acúmulo de lipídeos –� 3) Degeneração por acúmulo de lipídeos – esteatose e lipidose; � 4) Degeneração por acúmulo de carboidratos - glicogenoses e mucopolissacaridoses. � Degeneração hidrópica • Sinonímia: tumefação turva, tumefação celular, hidropsia celular, edema intracelular* • Conceito: lesão celular reversível caracterizada pelo acúmulo de água e eletrólitos no interior dapelo acúmulo de água e eletrólitos no interior da célula, tornando-a tumefeita, aumentada de volume. A degeneração hidrópica é provocada por distúrbios no equilíbrio hidroeletrolítico. O trânsito de eletrólitos através de membranas depende de mecanismos de transporte feito por canais iônicos – bombas eletrolíticas � Requisitos para o funcionamento adequado das bombas eletrolíticas: ◦ Energia (ATP) – transporte ativo ◦ Estrutura da membranas ◦ Integridade das proteínas que formam o◦ Integridade das proteínas que formam o complexo enzimático da bomba � Causas ◦ Hipóxia, desacopladores da fosforilação mitocondrial, inibidores da cadeia respiratória e agentes tóxicos que lesam a membrana mitocondrial produção de ATP ◦ Hipertermia exógena e endógena (febre) consumo de ATP � Causas ◦ Toxinas com atividade de fosfolipase e agressões geradoras de radicais livres lesão de membrana ◦ Substâncias inibidoras da ATPase Na+/K+ dependente Retenção de sódio, redução de potássio e aumento da pressão osmótica intracelular � Aspectos morfológicos ◦ Varia de acordo com a intensidade da lesão � Macro ◦ Aumento de peso e volume ◦ Coloração mais pálida – compressão de capilares � Aspectos morfológicos � Micro: ◦ Microscópio de luz � Células tumefeitas, citoplasma de aspecto granuloso e mais acidófilo – lesão discreta � Vacúolos de água distribuídos pelo citoplasma – lesão mais avançada Degeneração hidrópica - fígado � Aspectos morfológicos � Micro ◦ Microscópio eletrônico � Redução de microvilosidades � Formação de bolhas na membrana citoplasmática � Dilatação do retículo endoplasmático� Dilatação do retículo endoplasmático � Contração da matriz mitocondrial � Expansão da câmara mitocondrial externa � Condensação da cromatina A. Hepatócitos normais. B. Hepatócito com degeneração hidrópica –distensão do retículo endoplasmático. � Degeneração hialina ◦ Conceito: Acúmulo de material protéico e acidófilo no interior das células (do grego hyálinos=vidro) ◦ Origem das proteínas que se acumulam◦ Origem das proteínas que se acumulam � Condensação e filamentos intermediários e proteínas associadas � Material de origem viral* � Proteínas endocitadas Degeneração e necrose hialina de células musculares esqueléticas de camundongo infectado com Trypanosoma cruzi. DOENÇA DO MUSCULO BRANCO BOVINO Corpúsculos de Negri - Raiva � Degeneração mucóide ◦ Hiperprodução de muco (glicoproteínas) por células mucíparas dos tratos digestório e respiratório ◦ Síntese exagerada de mucinas por células de◦ Síntese exagerada de mucinas por células de adenomas e adenocarcinomas � Esteatose ◦ Sinonímia: metamorfose gordurosa, deposição ou transformação gordurosa, degeneração e infiltração gordurosa ◦ Conceito: Acúmulo de gorduras neutras (mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de(mono, di ou triglicerídeos) no citoplasma de células que, normalmente, não as armazenam. ◦ Comum no fígado, epitélio tubular renal e miocárdio; ocorre também na musculatura esquelética e pâncreas. � Esteatose ◦ A lesão ocorre quando há interferência com o metabolismo de ácidos graxos � Aumento da captação ou síntese � Dificuldade na utilização, transporte ou excreção ◦ Causas variadas – agentes tóxicos, hipóxia, alterações na dieta, distúrbios metabólicos Dieta Lipólise Lipoproteínas (exportação) TG Ácidos graxos Energia (ATP) + corpos cetônicos Lipídeos complexos (fosfolípídeos), glicerídeos Colesterol e seus ésteres Acetato AG Etiopatogenia da esteatose hepática 1. Incremento da síntese de triglicerídeos devido ao maior aporte de ácidos graxos para os hepatócitos por ingestão excessiva ou lipólise acentuada (Stress nutricional em animais bem nutridos ou obesos)* TOXEMIA DA PRENHEZ (ovinos) CETOSE (bovinos de leite) ESTEATOSE HEPÁTICA (felinos) DIABETES MELLITUS Etiopatogenia da esteatose hepática 2. Redução da utilização dos ácidos graxos para a síntese de lipídeos mais complexos devido à deficiência de ATP Anemia Insufic. cardíaca Insufic. respiratória Hipóxia Redução da síntese de ATP Etiopatogenia da esteatose hepática Redução de ATP Aumento da síntese de ácidos graxos a partir do Diminuição da utilização de ácidos para a síntese de graxos a partir do excesso de Acetil-CoA para a síntese de lipídeos complexos Excesso de αααα- Glicerofosfato (glicólise acelerada) que se combina com os ácidos graxos formando TG Etiopatogenia da esteatose hepática 3. Menor formação de lipoproteínas pela deficiência na síntese de lipoproteínas. Ex: desnutrição protéica ◦◦ Etiopatogenia da esteatose hepática 4.Distúrbios no deslocamento e fusão de vesículas que contêm as lipoproteínas com a membrana plasmática, em decorrência de alterações funcionais no citoesqueleto. Ex: etanol ◦ Etiopatogenia da esteatose hepática 4.Hepatoxinas que causam alteração das funções mitocondriais e microssomais – ppte em toxicoses com curso clínico prolongado Ex: plantas tóxicasEx: plantas tóxicas � Aspectos morfológicos � Macro ◦ Aumento do volume e do peso ◦ Diminuição da consistência e aumento da friabilidadefriabilidade ◦ Coloração amarelada* ◦ Gorduras emulsionadas na faca ao corte* � Aspectos morfológicos � Micro ◦ Vacuolização citoplasmática (diferenciar de degeneração hidrópica e glicogenose) ◦ Hepatócitos: vacúolos pequenos e múltiplos(fase mais precoce) que podem coalescer formando um único e volumoso, deslocando o núcleo para a periferia (célula em anel de sinete). Podem ocorrer rupturas (cistos gordurosos). Esteatose hepática - cão � Aspectos morfológicos � Micro ◦ Epitélio dos túbulos renais: vacúolos basais ◦ Miocárdio: vacúolos entre miofibrilas, geralmente pequenos e múltiplos � Microscopia – técnicas especiais ◦ Corantes especiais � SUDAM III (vermelho) � OIL RED O ◦ Cortes de congelação � Evolução/consequências • Reversibilidade – agressões leves • Morte celular • Rupturas, formação de cistos gordurosos • Embolia gordurosa • Insuficiência (hepática, cardíaca, renal) � Lipidoses (lipoidoses) � Conceito: Acúmulos intracelulares de outros lipídeos que não os triglicerídeos (colesterol e seus ésteres, esfingolipídeos e gangliosídeos – raros) � Localizadas ou sistêmicas � Lipidoses � Depósito de colesterol e seus ésteres ◦ Nas artérias (aterosclerose e arteriolosclerose) ◦ Na pele (xantoma)◦ Na pele (xantoma) ◦ Em sítios de inflamação crônica e necrose � Lipidoses � Inflamações crônicas e necrose ◦ Macrófagos espumosos (colesterol e fosfolipídeos) � Lipidoses � Aterosclerose ◦ Depósitos de colesterol e seus ésteres e, em menor quantidade, de fosfolípideos e glicerídeos, na íntima de artérias de médio e grande calibresgrande calibres ◦ Causa importante de doenças isquêmicas do coração e encéfalo – homem ◦ Etiologia multifatorial Núcleo de ateroma recente, com abundante colesterol extracelular, depositado na forma de cristais rombóides. � Lipidoses � Xantomas ◦ Lesões em forma de placas ou nódulos encontradas na pele ◦ Coloração amarelada quando superficiais◦ Coloração amarelada quando superficiais ◦ Micro: acúmulo de macrófagos espumosos � Lipidoses � Esfingolipidose ◦ Doença de armazenamento de esfingolipídeos e seus produtos ◦ Doenças genéticas sistêmicas◦ Doenças genéticas sistêmicas ◦ Deficiência ou falta de enzimas lisossômicas ◦ Depósitos intralisossômicos � Glicogenose � Acúmulo intracelular anormal de glicogênio reversível, conseqüência de desequilíbrios da síntese ou catabolismo do mesmo • Afeta o fígado, rins, músculos esqueléticos e coração – doenças genéticascoração – doenças genéticas • Causa básica: deficiência de enzimas que atuam no processo de degradação. Exceção: reabsorção de glicose pelos túbulos renais nos casos de diabetes. � Glicogenose � Macro ◦ Pouco significativas ◦ Discreto aumento de volume e palidez � Glicogenose � Micro ◦ Vacuolização citoplasmática ◦ Obs: grânulos citoplasmáticos (Ácido Periódico de Schiff – PAS)de Schiff – PAS) ◦ ME: Rosetas citoplasmáticas ou no interior de fagossomos Hepatopatia glicocorticóide no fígado de cão portador de carcinoma de córtex adrenal e hiperadrenocorticismo � Mucopolissacaridoses ◦ Depósitos anormais de poliglicanos e/ou proteoglicanos – doenças metabólicas; ◦ Resultam de deficiências enzimática ◦ Acúmulo intralisossômico de poliglicanos e/ou catabólitos
Compartilhar