PETIÇÃO INICIAL ESTAGIO 1

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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITACOATIARA DO NORTE DO ESTADO AMAZONAS.
	ASTOLFO LUIS, brasileiro, solteiro, cirurgião dentista, portador da cédula de identidade nº 12345 – SSP-AM, inscrito no CPF sob o nº 567890, com endereço de e-mail, astolfo.luis@cirurgiao.com.br, residente e domiciliado na Rua Jardim Florestal, 25, bairro Centro, Itacotiara do Norte/AM, cep 12344.567, vem, com o devido acatamento, por intermédio do advogado que esta subscreve, com endereço profissional a Rua Fiuza de Pontes, 25, bairro Centro, Fortaleza/CE, cep 60140.170, com endereço de e-mail sabrinaeosantiago@gmail.com, onde recebe intimações perante Vossa Excelência, propor a presente AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE C/₢ TUTELA PROVISÓRIA DE EVIDÊNCIA em face de JOAQUIM SOARES DOS REIS, brasileiro, solteiro, servidor público federal, portador da cédula de identidade 09876 - SSP-AM, inscrito no CPF sob o nº 345678, com endereço de e-mail joaquimsoares.reias@bol.com.br, residente e domiciliado na Rua J Manoel, bairro Anamã, Itacotiara do Norte/AM, cep 123345.098, pelos motivos fáticos e jurídicos que passa a discorrer para, ao final, postular:
JUSTIÇA GRATUITA 
	A parte autora, inicialmente, postula os benefícios da gratuidade da justiça, em razão de não ter condições de arcar com as despesas processuais e os honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, estando, assim, enquadrado na situação legal de necessitado, nos termos do art. 98 e ss. Do Código de Processo Civil.
			DA AUDIÊNCIA DE CONCILIÇÃO OU MEDIAÇÃO
	Por atenção a busca da celeridade processual e visando prestigiar a composição amigável dos conflitos, o Promovente vem manifestar interesse na realização de audiência de conciliação ou medição, nos termos do art.319, inc. VII do Código de Processo Civil.
					DOS FATOS
	O Requerente celebrou contrato de promessa de compra e venda com o requerido, de imóvel situado no município de Itacoatiara do Norte/AM, no valor de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais). No referido contrato restou ajustado que o pagamento seria feito da seguinte forma: uma entrada de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) no ato da assinatura do contrato, que ocorreu dia 08/01/2016 e outras quatro parcelas de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) nos dias 08/02; 08/03; 08/04 e 08/05 de 2016.
	Rezava ainda o contrato que, após o pagamento da entrada e da primeira parcela o Autor entregaria as chaves ao Réu para que o mesmo desfrutasse da posse do bem, porém a transferência cartorária e escritura pública somente ocorreriam com a total quitação dos valores pactuados. Ocorre que após o pagamento o demandante não entregou as chaves e a posse do referido imóvel.
	Desta forma, após o pagamento da segunda parcela o demandado ingressou com medida judicial objetivando uma Tutela Provisória de Urgência em caráter Antecedente, para o ingresso e posse de tal imóvel, sendo está concedida e diante da inércia do autor ocorreu à estabilização da tutela provisória com a consequente extinção da ação sem julgamento de mérito, dia 05/04/2016.
	Acontece que diante de tal decisão o Réu não realizou o pagamento da terceira parcela de R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais) dia 08/04/2016 como também já informou ao Autor que não pagará a quarta parcela, no mesmo valor, que se vencerá dia 08/05/2016, pois o mesmo está seguro de que a tutela estabilizada lhe permite permanecer indefinitivamente na posse do imóvel.
	Assim, o Promovente está imensamente prejudicado uma vez que além de não ter mais a posse de bem, não houve o pagamento das parcelas restantes, tendo, por conquência, o peticionante, sofrido diminuição patrimonial.
					DO DIREITO
DA REINTEGRAGRAÇÃO DE POSSE
	Possuidor é todo aquele que tem de fato o exercício, pleno dos poderes inerentes à propriedade, é o que dispõe o art. 1.196 do Código Civil, ademais dispõe o Código de Processo Civil, em seu art. 560 que o possuidor tem direito a reintegração em caso de esbulho.
	Sobre o assunto, faz se relevante o conceito de esbulho, por Sílvio de Salvo Venosa (2011, p 28). Vejamos: 
 “esbulho existe quando o possuidor fica injustamente privado da posse. Não é necessário que o desapossamento decorra de violência. Nesse caso, o possuidor está totalmente despojado do poder de exercício de fato sobre a coisa”. 
	Enfrentando o assunto, outro não foi o posicionamento dos Tribunais pátrios. 
“(...) REINTEGRAÇÃO DE POSSE - PROVA DA POSSE E DO ESBULHO PRESENTES - LIMINAR – POSSIBILIDADE - Existindo a comprovação da posse, do esbulho, da data da sua ocorrência, bem como da perda da posse, nos exatos termos do artigo 927 do CPC, cogente resta a concessão de liminar de reintegração de posse” (TJMG, proc. 1.0433.15.026671-9/001, Rel. Des. Pedro Aleixo, DJ de 18/03/2016).
	Por todos os motivos supramencionados, melhor atitude não há, senão a procedência do pedido formulado.
DA TUTELA PROVISÓRIA DE ANTECEDENCIA
	Nos termos do art. 311 do Código de Processo Civil, “a tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo”, nas hipóteses aplicáveis ao vertente caso, quando “a petição for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.”
	Sendo assim, faz o pedido de tutela de evidência quando não restará qualquer dúvida quanto à sua inadimplência ante a inexistência de comprovantes de pagamento das parcelas ajustadas no contrato, concedendo-se a tutela de reintegração de posse, antecipadamente, o que desde já se requer. 
					DO PEDIDO
	EX POXITIS, é a presente para requerer que Vossa Exelência, digne-se:
A conceder a gratuidade da justiça, uma vez que a parte outrora de amolda perfeitamente a situação legal de necessitados, não podendo, assim, arcar como pagamento das custas processual e honorário advocatício sem prejuízo do sustento próprio e de sua família;
Que seja designada audiência de conciliação ou mediação e consequentemente citação do réu para comparecer em audiência de conciliação ou mediação, ficando ciente de que não havendo acordo, iniciará o prazo da lei;
Ao fina, ver declarada a procedência do pedido de REINTEGRAÇÃO DE POSSE , ao autor, bem como a concessão da TUTELA PRVISÓRIA DE EVIDÊNCIA acarretado ao mesmo, de acordo com previsto pela legislação aplicável ao caso.
Condenar ao Requerido ao pagamento de verbas de sucumbência, isto é, custas processuais e honorários advocatícios.
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do art. 369 do CPC, especialmente a documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do réu.
Dá-se o valor da causa o valor de R$50.000,00 (cinquenta mil reais) para efeitos de lei.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local/Data
Sabrina Santiago
OAB 123/CE