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DIREITO NATURAL OU JUSNATURALISMO 1.Contextualização dos modelos de ideologias jurídicas 1.1. IDEALISMO Jusnaturalismo Criticismo kantiano Idealismo hegeliano Idealismo jurídico contemporâneo 1.2. EMPIRISMO Escola da Exegese Escola Histórica Escola Sociológica Dogmatismo normativista de Kelsen Egologismo existencial de Cossio 1.Contextualização dos modelos de ideologias jurídicas 1.1. IDEALISMO Jusnaturalismo Criticismo kantiano Idealismo hegeliano Idealismo jurídico contemporâneo 1.2. EMPIRISMO Escola da Exegese Escola Histórica Escola Sociológica Dogmatismo normativista de Kelsen Egologismo existencial de Cossio 1.Contextualização dos modelos de ideologias jurídicas 1.3. OUTRAS CORRENTES Materialismo histórico Tridimensionalismo Jurídico de Reale Crítica ao dogmatismo empirista e idealista: a dialética jurídica EMPIRISMO CONCEITO Corrente filosófica da área de teoria do conhecimento, que afirma ser a experiência a origem de todas as ideias (latim “ empiria”, que significa experiência) PRINCIPAIS TEÓRICOS 1. John Locke (1632-1704), filósofo inglês • Não existem ideias inatas em nossa mente, pois qualquer ideia que temos não nasce conosco, mas se inicia na experiência. A experiência não são as experiências de vida, mas sim as nossas sensações (sentidos). Diz ele: “só a experiência preenche o espírito com ideias”. Exemplo da Maçã: não nascemos sabendo o que é uma maçã, mas formamos a ideia de maçã a partir dos sentidos. Assim, ao nascer, somos “uma folha em branco”. Nossos sentidos é que irão preencher essa folha. 2. David Hume (1711-1776), filósofo escocês • A existência das coisas está atrelada à sua percepção. Todas as relações que fazemos entre o que conhecemos não são conhecimentos verdadeiros. IDEALISMO CONCEITO • Corrente filosófica que afirma que o mundo perfeito está no plano das ideias (o mundo tangível é imperfeito), visto que os sentidos humanos deformam o objeto de análise impedindo que ele seja conhecido em si mesmo ORIGEM • Platão (428/427 a.C. – 348/347 a.C.) PRINCIPAIS REPRESENTANTES • Immanuel Kant (1724 – 1804) • Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 – 1831). CORRENTES JURÍDICAS IDEALISTAS CONCEITO Escola de pensamento jurídico-filosófico que aborda o Direito desvinculado das questões sociais CARACTERÍSTICAS 1. Desconsidera o caráter histórico-social do fenômeno jurídico, alienando-o das condições concretas em que ele surge nos diferentes contextos de cada sociedade 2. Considera como essência do Direito: a. Verdades reveladas b. Ordem natural c. Princípios válidos em si mesmos d. Princípios apriorísticos e metafísicos • Santo Agostinho e Santo Tomas de Aquino (cidade de Deus: regida pela lei divina; cidade dos homens: regida pela lei humana – cabe ao Direito incorporar a lei divina na lei humana) • Lei Eterna – regula o ordem cósmica (céu, estrelas etc) • Lei Natural – decorrente da Lei Eterna • Duas Fases principais : 1) Natureza é a fonte da Lei; e 2) Razão é o princípio do Direito. JUSNATURALISMO Corrente jurídica idealista que acredita na existência de um “universo já legislado”, pois há uma lei natural eterna e imutável. A origem dessa lei pode ser: • Da inteligência divina • Da ordem natural das coisas • Da razão humana • Do instinto social do homem O Direito Natural: • Independe do legislador humano, pois é imanente à natureza humana. As demais normas elaboradas pelos legisladores não são naturais, embora sejam aplicações dos princípios naturais • Tem validade em si, é anterior e superior ao Direito Positivo JUSNATURALISMO ORIGEM E REPRESENTANTES DO DIREITO NATURAL ORIGEM • Grécia Antiga (contribuição: evidenciar o elo do Direito com as forças da natureza) PRINCIPAIS REPRESENTANTES • Grotius (1583 – 1645) * • Pufendorf (1632 – 1694)* • Thomasius (1655 – 1728) * Maior contribuição: libertar o Direito do conteúdo teológico. Com Grotius se inicia o processo de laicização do Direito. FASES DO JUSNATURALISMO 1. Teológica: Idade Antiga e Idade Média – O direito natural ligava-se à Religião. Deus é o legislador. 2. Humana: versão intermediária do direito natural na Idade Média, de cunho tomista, divide o direito natural em: normas eternas, naturais, humanas (criadas pela razão humana) e divinas (criadas por Deus) 3. Racionalista: os princípios do direito natural são frutos da razão e não de Deus ou da natureza (laicização do Direito – holândes Hugo Grotius, também conhecido por Hugo Grócio) Outros racionalistas: Thomas Hobbes, Rousseau, Locke, Leibniz, Spinoza, Kant e Puffendorf. 4. Contemporâneo: como o século XX é dominado pelo positivismo científico, falta espaço para as especulações abstratas e metafísicas do direito natural. John Mitchell Finnis (filósofo, nasceu na Austrália em 1940), teve importante contribuição. Sua obra tornou-se um marco para a teoria dos direitos naturais nos séculos XX e XXI. Sua teoria tem recebido maior atenção no Brasil após 2007, quando ele esteve em Porto Alegre/RS proferindo palestras na PUC/RS e UFRGS. Nesse mesmo ano foram lançadas duas traduções brasileiras de suas obras: Direito Natural em Tomás de Aquino (Safe: 2007, 128 p.) e Lei Natural e Direitos Naturais (Unisinos: 2007, 403 p.). FASES DO JUSNATURALISMO ASPECTOS POSITIVOS DO JUSNATURALISMO • Rompimento com a escolástica (*) • Libertação da alienação social oriunda da carga teológica • Tratamento axiológico para o direito, discutindo a questão da justiça • Influência para a Declaração da Independência dos Estados Unidos e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (*) método de ensino usado nas universidades durante a Idade Média (conciliação entre fé cristã e razão – ambas vinham de Deus – São Tomas de Aquino) • Culto demasiado na razão • Pensamento jurídico fechado • Crença no Direito supra-social, desvinculado do contexto em que o homem vive • Comprometimento das exigências de ordem e segurança jurídica, ao afirmar que a norma jurídica vale se for justa CRÍTICAS AO JUSNATURALISMO REFERÊNCIAS BÁSICA: • MARQUES NETO, Agostinho Ramalho. A ciência do Direito: conceito, objeto, método. 2.ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. COMPLEMENTAR: • CELETI, Felipe Rangel. O empirismo. In: - http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/filosofia/empirismo.htm > acesso em 22.04.2017 • XAVIER, Carlos Eduardo Rangel. O Jusnaturalismo em 5 passos. In: - https://www.youtube.com/watch?v=ESDR46OPICA&spfreload=5 >acesso em 23.04.2017
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