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CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 105 - POTÊNCIA EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL 1. Considerações iniciais: Sabemos que uma tensão al ternada da forma: v(t) = 2 V cos(t + ) , possui uma correspondência biunívoca com um n0 complexo dado por: VV , onde o módulo do no complexo é tomado como sendo o valor eficaz da tensão alternada, e a fase do no complexo é a própria fase tensão alternada; analogamente podemos entender que existe também uma correspondência biunívoca entre uma corrente alternada da forma: i(t) = 2 Icos(t + ) para com um n0 complexo dado por II ; nestas condições teremos: v(t) = 2 V cos(t + ) VV i( t) = 2 I cos( t + ) II Com estas premissas, consideremos uma impedância de valor ZZ ; note-se que Z e são características intrínsecas da impedância Z , constantes para uma determinada freqüência e independentes de V e de I : Se: )tcos(I2)t(iII )tcos(V2)t(vVV de posse das funções v (t) e i(t) determinemos a função potência p(t) sobre a carga dada em qualquer circunstância por: p(t) = v(t). i (t); teremos: p(t) = 2 V cos(t + ) . 2 I cos( t + - ) = 2VIcos(t + ). cos( t + - ) mas pela trigonometria sabemos que :cosa.cosb = 2 1 cos (a + b) + 2 1 cos (a - b) ; portanto a função potência p(t) aplicada à carga Z resulta em: p(t) = VIcos(2t + 2 - ) + VI cos CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 106 - Análise da função potência p (t) aplicada à carga Z : Para construirmos o gráfico da função p(t) notar que a mesma é constituída de uma parcela variável com o tempo : VI cos(2t + 2 - ) , e de uma parcela constante : (VI cos ) : p(t ) = V Icos(2 t + 2 - ) + VIcos VIcos VI. cos + 1 VI. cos - 1 t para melhor compreensão do que ocorre, analisemos os gráficos de v(t), i (t) e p(t) simultaneamente: v(t ) = 2 Vcos( t + ) i ( t ) = 2 I cos( t + - ) p(t ) = V Icos(2 t + 2 - ) + VIcos VIcos VI. cos + 1 VI. cos - 1 2 V 2 V 2 I 2 I - - t t t tt t t t t t t t 1 1 2 21 3 3 2 3 Observemos por exemplo os intervalos de tempo t1 , t2 e t3 : Em função do angulo que provoca a defasagem entre a tensão e a corrente notemos que entre t1 e t2 temos CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 107 - tensão e corrente positivas fornecendo portanto como produto uma potência positiva, ao passo que entre t2 e t3 temos tensão negativa e corrente positiva fornecendo portanto como produto uma potência negativa . Lembremos então que estamos analisando a potência aplicada a uma carga , e que portanto interpretaremos como potência positiva a potência recebida pela carga, e ainda como sendo potência negativa a potência devolvida pela carga Para uma melhor compreensão analisemos então o comportamento da carga Z por exemplo entre os instantes t1 e t2 ; note-se que neste intervalo de tempo considerado, a tensão v(t) é posit iva, a corrente i(t) é posit iva, sendo portanto o produto p(t) das duas funções positivo; significando que a carga realmente se comporta como receptora (Absorvendo potência) .Em termos de comportamento elétrico teremos para a carga Z : a) t1 t t2 : v(t) 0 ; i (t) 0 p(t) 0 Carga se comportando como receptor (Potência positiva = potência absorvida) Analisemos então agora o comportamento da carga Z entre os instantes t2 e t3 ; note- se que neste intervalo de tempo considerado a tensão v(t) torna-se negativa, ao passo que a corrente i (t) é ainda positiva sendo, portanto, o produto das duas funções p(t) negativo; significando que a carga neste intervalo de tempo se comporta como um gerador ( Fornecendo ou devolvendo potência); Em termos de comportamento elétrico teremos para a carga Z : b) t2 t t3 : v(t) 0 ; i (t) 0 p(t) 0 Carga se comportando como gerador (Potência negativa = potência fornecida ou potência devolvida) CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 108 - 3) Considerações sobre a potência Média aplicada à carga Z : o valor médio da função p(t) = VIcos(2t + 2 - ) + VIcos , é dado por: Pm = VIcos . Analisemos então o valor médio de p(t) em alguns casos: a) Se a fase da impedância Z for nula ( = 0 ), teremos: VV e II (A tensão e corrente possuindo a mesma fase). Como comportamento no tempo teremos: v(t) = 2 V cos(t + ) ; i (t) = 2 I cos( t + ) e finalmente p(t) = VIcos(2t + 2 ) + VIcos00 , cujo valor médio é dado por : Pm = VI ; para os gráficos de v(t) , i (t) , e p(t) respectivamente teremos: v( t ) = 2 Vcos( t + ) i ( t ) = 2 Icos( t + ) p(t ) = V Icos(2 t + 2 ) + VI P = V I 2VI 2 V 2 V 2 I 2 I - - t t t Note-se que em nenhum instante p (t) se torna negativa com = 0 ; portanto em nenhum instante existe potência devolvida pela carga CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 109 - b) Se a fase da impedância Z for 900 ( cos = 0 ) ; neste caso teremos VV II 90 v(t) = 2 Vcos(t + ) ;i (t) = 2 Icos(t + 900) e: p(t) = VIcos(2t + 2 900 ) + VI cos 900 , cujo valor médio é Pm = 0 ; para os gráficos de v(t) , i (t) , e p(t) teremos: v( t) = 2 Vcos( t + ) i ( t ) = 2 Icos( t + 90 ) p(t ) = V Icos(2 t + 2 90) P = 0 VI -VI 2 V 2 V 2 I 2 I - - t t t +- Note-se então que ao longo do tempo as áreas positivas de p(t) são iguais às áreas negativas, ou seja a potência absorvida pela carga é igual à potência devolvida; ou seja ao longo do tempo, a potência média absorvida pela carga é nula. Por outro lado, se = 900 isto significa que a carga Z possui comportamento puramente indutivo, ou puramente capacitivo; o que nos faz concluir que um indutor, ou um capacitor absorvem e devolvem potência seqüencialmente. CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 110 - 4. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES: a) Ao longo do tempo, a potência média efetiva absorvida por uma carga qualquer Z = Z é dada por: Pm = VI cos , onde: V = Valor eficaz da tensão v(t) aplicada à carga Z ; I = valor eficaz da corrente i (t) que percorre a carga Z e , sendo a fase da impedância Z ; b) O valor eficaz da tensão v(t) mede-se através de voltímetro C.A.; o valor eficaz da corrente i(t) mede-se através de amperímetro C.A.; o valor médio da potência p (t) mede-se através da utilização de um wattimetro ; c) A potência média absorvida por uma carga Z ; é diretamente relacionada com a energia consumida por esta carga ou diretamente relacionada com o trabalho por ela realizado; ou seja: se não há potência média, não existe trabalho realizado , ou energia consumida pela carga; d) O produto VI ( valor eficaz de tensão por valor eficaz de corrente) não traduz a potência média efetivaabsorvida pela carga Z e não possui relacionamento com a energia ou com o trabalho realizado. Nestas condições não convêm denominarmos o produto VI de potência, e pelas razões expostas o produto VI será denominado de potência aparente ( VI = Pa p ); e) O cos , será denominado de Fator de Potência da carga Z (cos = FP) ; em função do seu valor, teremos a quantidade percentual de potência aparente que será ativa. 5.CONSIDERAÇÕES MATEMÁTICAS - POTÊNCIA COMPLEXA: Imaginemos uma impedância Z = Z submetida a uma “tensão complexa”: V = V ; como conseqüência imediata teremos uma “corrente complexa” dada por I = I - ou seja: V = V Z = Z I = I - . . . Nestas condições definimos potência complexa aplicada à carga Z como sendo: * IVP (definição fundamental) CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 111 - ou ainda considerando-se que: * I = I - teremos: * IVP = V I - P VI (definição fundamental) Notando-se que P é um no complexo apresentado na forma polar, vamos representa-lo através de um diagrama fasorial e decompo-lo em coordenadas retangulares; ti remos algumas conclusões: P = V I . Im R e Q = V Is e n P = V Ic o s m VI = P ap temos: P VI = VIcos + jVIsen Notemos que: a) o módulo do complexo P é a potência aparente da carga Z ( P = Pa p = VI) b) a fase de P é a mesma fase da impedância Z c) a parte real de P , é a potência média absorvida pela carga Z d) a parte imaginária de P : VI sen é denominada de potência reativa; tal componente possui significado meramente matemático. Esta componente é relacionada com a potência devolvida, embora seja numericamente diferente da mesma; ou seja: podemos interpretar que se existe potência reativa (VI sen 0), certamente teremos devolução de potência pela carga Z ; reciprocamente se VI sen = 0, podemos afirmar que não existirá devolução de potência pela carga Z . CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 112 - 6. Propriedade e Unidades a) Unidades: Pa p = P = VI ; em Voltampères (VA) (Ou KVA) Pm = Pa p cos = VI cos ; em watts ( W ) (Ou KW) Q = Pa psen = VI sen ; em : 0o90 900 :Se)KVArcOu(VArc :Se)KVAriOu(VAri o Resumindo: b) Propriedades: observando-se que P é um no complexo, são validas todas as propriedades dos nos complexos para um conjunto de cargas tanto na forma cartesiana, como na forma vetorial, ou seja: PPPPP 321T PmT = Pm1 + Pm2 + Pm3 Pm QT = Q1 + Q2 + Q3 Q ERRO IMPERDOÁVEL! : 321T ap3ap2ap1apapT PPPPP CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 113 - 7. Considerações e correção do F.P. Para melhor compreensão da importância do F.P. e da sua correção imaginemos duas impedâncias (cargas) em mesmas condições de alimentação, com a mesma potência média entretanto com potências aparentes diferentes; ou seja: Representemos então vetorialmente as si tuações das cargas A e B : Note-se que o consumo de A é o mesmo que B; o trabalho realizado ( sem levarmos rendimento em conta ), ou a energia consumida pelas duas cargas é a mesma, pelo fato da potência média das duas cargas ser igual. Entretanto notemos que: A B ; QA QB ; portanto: PapA PapB ; e finalmente: IA IB Observe-se então que a carga A solicita uma corrente maior do que a carga B, sem nenhuma realização adicional de trabalho ; observe-se ainda que a carga A poderia realizar o mesmo trabalho que a carga B através de uma corrente de valor eficaz menor ( através da correção de A ). Considerando-se que: a) Os condutores elétricos são predominantemente dimensionados em função da corrente; b) Em função do valor eficaz da corrente da carga A ser mais alto do que deveria ser, o valor eficaz da corrente total , possivelmente será mais elevado do que o normal ; CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 114 - c) Os condutores de alimentação não sendo ideais, possuirão uma queda de tensão maior do que o normal em função do aumento adicional da corrente IT , comprometendo nestas condições a l inha de alimentação e o funcionamento da carga B; d) Se A e B em vez de serem duas cargas, fossem duas empresas, a empresa A seria multada pela concessionária de energia elétrica em função da situação por ela causada, (descri ta no item c). Em função então de todos os itens anteriormente descritos é que procede-se à correção do F.P. que nada mais consiste em mudar ao ângulo de A de uma situação de baixo para alto fator de potência. Mostramos abaixo a seqüência de fases para correção: a) determinação da b) determinação da situação atual si tuação ideal Im I mI m Re R eR e Q Q P P P m m P = V I P = V I ap ap , , , , I apC + = a) A determinação da situação atual de uma carga, ou de um conjunto de cargas, consiste na determinação de: Pap ( VI ), cos , Q e Pm; b) A determinação da situação ideal consiste, mantendo-se a mesma potência média ( para que não haja alteração na energia consumida, ou no trabalho realizado ), na determinação de Q’ e Pap’ a partir de um novo FP’desejado. Se entendermos o valor Pap como sendo a resultante vetorial dos vetores Q e Pm, notemos que para passarmos da situação a) para a situação b) bastará alterarmos a componente Q para Q’; isto será conseguido adicionando-se à situação a) uma impedância que a nível de potência possua somente componente reativa, ou seja uma capacitância de potência aparente PapC (como o ângulo de um Capacitor é –900 , e o mesmo não possui Potência média, a sua potência aparente é a própria potência reativa) CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 115 - DETERMINAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CORREÇÃO DO F.P.: a) sendo conhecido o novo FP desejado: FP’ ’ = arcos( FP’) b) de posse de ’ determinar Q’ através de: tg ’ mP 'Q Q’ = Pm . tg ’ c) de posse de Q’ determinar PapC : Q - PapC = Q’ PapC = Q - Q’ d) com PapC conhecido determinar o valor da capacitância necessária à correção do FP observando-se que: PapC = VC . IC ; mas: IC = CV C V Z V C C C C 1 PapC = VC . VC . C PapC = 2CV . C ; portanto: 2 C C V paPC (É Aconselhável conhecer de memória esta ultima formula deduzida) EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO NOTAS INICIAIS: a) sempre que necessário utilize = 377 rd/s; b) para a solução básica de qualquer exercício envolvendo potência complexa, procure sempre caracterizar cada carga com duas informações em potência. c) No caso de dúvida entre carga capacit iva ou indutiva, adote carga indutivapor ser a mais comum. CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 116 - 1º) O gráfico abaixo representa a potência instantânea p( t) aplicada a uma carga qualquer; nestas condições pede-se determinar a potência reativa da carga em questão. (OBS: QUESTÃO DE ENADE) SOLUÇÃO: Retomemos os estudos iniciais de potencia instantânea , no começo deste capitulo onde t ínhamos: p ( t ) = VI cos(2t + 2 - ) + VI cos ; cu jo gráf ico ao longo do tempo era : p(t ) = V Icos(2 t + 2 - ) + VIcos VIcos VI. cos + 1 VI. cos - 1 t Por mera comparação obtemos: 100VIcosVI 800VIcosVI Ao somarmos as duas equações obtemos de imediato: 2VIcos = 700 ; donde: Pm = VIcos = 350 (W) ; e ainda ao subtrai rmos as duas equações obtemos: 2VI = 900 ; donde: P a p = VI = 450(VA) ; Lembrando que a potencia reativa somente possui existência matemática e é dada por: 2 m 2 ap PPQ ; teremos: VAr8,282350450Q 22 t p(t) (VA) 800 -100 CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 117 - 2o) - Para o circuito abaixo pede-se: a) Pap e FP vistos pelo gerador; b) O valor eficaz da corrente TI ; c) A impedância equivalente vista pelo gerador. SOLUÇÃO: Carga no 1: Sendo: A55 4 V2204304 111 IZZ o Pap1 = 220V. 55A Pap1 = 12.100VA ; ou ainda: Pap1 = 12,1 KVA , com: 1 = 30o Carga no 2: I2 = 50A ; Pap2 = 220V . 50A Pap2 = 11.000VA = 11KVA , com : Pm2 = 8KW Carga no 3: Pap3 = 10KVA ; FP3 = 0,5 3 = arcos(0,5) 3 = 60o 3 = + 60o Carga no 4: I4 = 50A ; Pap4 = 220V . 50A Pap4 = 11.000VA = 11KVA , com : Q4 = 5KVAri De posse de duas informações em termos de potência, para cada carga, passemos à construção dos gráficos fasoriais, para as mesmas e para o conjunto; teremos: Carga n. 1 Carga n. 2 Carga n. 3 Carga n. 4 CONJUNTO: CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 118 - PORTANTO: a) Determinação do FP e da Potência Aparente vista pelo gerador: irQ Pm kVA26,27566,855,705,6 kW28,338,95848,10 T T KVA02,43)26,27()28,33( 22TPap e ainda: 77,0o3,393,39 28,33 26,27 )(socsocPFgtcra TT o T b) Determinação do valor eficaz da corrente IT: Sendo: PapT = V.IT , teremos: 43,02.103 = 220. IT IT = A55,195 220 10.02,43 3 c) Determinação da impedância vista pelo gerador: Sendo: Ze = 125,1A55,195 V220 e T Z I V eZ = 1,125 39,3o ( PORQUANTO A FASE DA POTÊNCIA É IGUAL À FASE DA IMPEDÂNCIA!) 3o) Para o circuito abaixo, sabendo-se que o FP visto pelo gerador é 0,866(indutivo), pede-se determinar: a) O valor da impedância da carga no 3 ; e: b) A impedância equivalente vista pelo gerador SOLUÇÃO: a) Conjunto: V = 220V ; IT = 100A PapT = 22KVA ; FPT = 0,866 T = 30o b) Carga no 1: LZ = L 90o LZ = oo 90490 377 4.377 ; RZ = R 0o RZ = 3 0o CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 119 - portanto: eZ = 3 + 4j = 5 53o A44 5 V220I Pap1 = 220V x 44A Pap1 = 9,68KVA ; 1 = 53o Carga no 2: 10HP = 7,46KW ; nrof litú P P P f orn ec i da = P e l é t r i ca = Pm2 0,8 7,46 = 9,33KW FP2 = 0,5 2 = 600 Carga no 3: Como a carga é a incógnita, admitiremos a existência de Pm3 , Q3 , Pap3 e 3 ; portanto teremos: Donde pode-se concluir que: 3 3 Q16,167,7311 Pm9,335,8319,05 Pm3 = 3,89KW ; Q3 = -12,89KVAri O resultado obtido para Q3 = -12KVAri , ou ainda: Q3 = + 12KVArc nos faz entender que Q3 é uma carga capacitiva; portanto: Donde: Pap3 = 22 )12,89()(3,89 = 13,46KVA ; 3 = -arctg ( 3,89 12,89 ) = -73,20 CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 120 - Mas: Pap3 = V.I3 13,46 x 103 = 220.I3 I3 = 61,18A ; Logo: Z3 = A61,18 V220 = 3,60 3Z = 3,60 -73,20 b) Impedância equivalente vista pelo Gerador: Temos que: IT = 100A e: T = 300 (dado do problema) ; portanto teremos: ZT = A100 V220 = 2,2 ; Logo: TZ = 2,2 300 4o) Dado o circuito abaixo pede-se: a) Pap e FP vistos pelo gerador ; b) O valor eficaz da corrente IT ; c) A impedância equivalente vista pelo gerador ; d) PapC e C necessários para corrigir o F.P. visto pelo gerador para 0,866 (Indutivo) ; e) O valor eficaz de IT após a correção do F.P. ; f) A impedância equivalente vista pelo gerador após correção do F.P. Solução: inicialmente determinemos o valor eficaz da tensão do gerador: pela carga 2 : Pap2 = 10 KVA; teremos: Pap = VI ; portanto 10 x 103 = V. 50 V = 200 V ; e em seguida tem-se: carga 1 : V = 200 V ; I1 = 50 A Pap1 = 10 KVA, com: Q1 = 5 KVAri ; carga 2 : Pap2 = 10 KVA ; FP2 = 0,707 2 = 450 carga 3 : V = 200V ; I3 = 50A Pap3 = 10KVA, com: Pm3 = 5KW ; Portanto: CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 121 - Portanto teremos:(item a) KVAri20,73Q8,667,075Q KW20,73Pm57,078,66Pm TT TT PapT = kVA32,29)20,73()20,73( 22 ainda: T = arctg ( 20,73 20,73 ) = 450 ; logo: FPT = cos(T) = 0,707 b) sendo PapT = 29.32 KVA e Pap = V.IT com: V = 200V tem-se: 200 1029,32I 3 T IT = 146,6A c) Determinação da impedância equivalente vista pelo gerador : Ze = A146,6 V200 = 1,36 ; sendo a fase da potência vista pelo gerador de 450 , teremos para a impedância equivalente: eZ = 1,36 450 d) Correção do F.P: Analisemos a situação atual, e a situação que queremos ter após a correção; teremos: P' = 0,866 ' = 300 ; Q' = Pm. tg ' = 20,73 tg 300 = 11,97 KVAri ; PapC = Q - Q' = 20,73 - 11,97 = 8,76 KVA ; logo, sabendo-se que: C = 2 CV. CpaP , i remos ter: C = 2 3 )200(377. .108,76 = 5,81 x 10 -4 F = 581 F CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 122 - e) Determinação do valor eficaz de I'T após a correção do F.P: Após correção temos: Pap'T = 22m )'()( QP = 22 )11,97()20,73( = 23,94KVA Mas: Pap'T = V. I 'T I'T = 200 .1094,32 3 = 119,7A observe-se a redução da corrente de linha após correção do F.P. f) Determinação da impedância equivalente após correção do F.P: Z'e = 67,1 A7,119 V200 portanto: 'eZ = 1,67 300 5o) No circuito a seguir, sabendo-se que a potência reativa vista pelo gerador é de 15 KVAri pede-se: a) A impedância da carga 2Z b) determinar Papc e C necessário para corrigir o F.P. visto pelo gerador para 1,0 c) determine o consumo de energia do circuito após 20 mde funcionamento. Solução: pelos dados da 1a carga determinemos inicialmente o valor eficaz da tensão do gerador: Pap = VI ; portanto 10 x 103 = V. 50 V = 200V ; e em seguida tem-se: a) conjunto: V = 200V ; I = 150A ; PapT = 30KVA ; QT = 15KVAri b) 1a Carga: Pap1 = 10KVA ; 10 HP = 7,46 KW 0,8 = mP 46,7 Pm = 9,33KW c) 2a Carga: assumimos: Pap2 , Pm2 , Q2 e 2 d) 3a Carga: LZ = L 900 = 377 . 5,305 . 10 -3 900 = 2 900 = 2j ; ainda: CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 123 - RZ = R 00 = 2 00 = 2 ; portanto: 3Z = 2 + 2j = 2,83 450 ; logo: I3 = 83,2 V200 = 70,7A Pap3 = 200V . 70,7A = 14,14kVA , com: 3 = 450 Portanto: logo: KVAri4,1Q10Q6,315 KW65,6Pm10Pm33,998,25 22 22 Pap2= 22 )4,1()65,6( = 6,8KVA e ainda: 2 = arctg 65,6 4,1 = 11,890 ; sendo: Pap2 = V.I2 teremos: I2 = 200 10.8,6 3 = 34A Z2 = A34 V200 = 5,88 Portanto : 2Z = 5,88 11,890 b) Correção do FP: 10K VA 10 - (9,33) =2 2 30 - 15 =2 2 9,33KW Q2 14,1cos45 =0 14,1sen45 =0 10KW 10KVAri 15KVAri Pm2 2 30K VA + + = 450 3,6KVAri 25,98KW Pa p 2 14 ,14 KV A ' = 0 + = Pm = 25,98KW Pm = 25,98KW 30K VA Q = 15KVAri PapC a) Situação atual: b) Situação após correção do F.P. FP' = 1 Q' = 0. .. CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 124 - sendo então PapC = 15KVA , teremos: C = 2 3 )200(.377 10.15 = 995F c) O consumo de energia será caracterizado somente pela Potência média: E = Pm. t (Em qualquer circunstância) ; portanto tem-se: E = 25,98KW . 60 20 h = 8,66KWh 6o) No circuito abaixo sabe-se que se fecharmos a chave ch, o amperimetro passa a indicar 80A . Nestas condições determine o valor da capacitância C. Solução: facilmente percebe-se que com a chave aberta é como se capacitor não existisse, portanto nestas condições teremos para a carga Z : 2 V220I = 110A Pap = 220V x 110A = 24,2KVA , com = 600 , pois a fase da impedância é a mesma que a potência. Ao fecharmos a chave ch, teremos a contribuição do capacitor. Sabemos nestas condições que I = 80A , portanto com um Pap' = 220 x 80 = 17,6 KVA. Lembrando que a contribuição de um capacitor não al tera a potência média, poderemos facilmente entender o que ocorre ao fecharmos a chave ch. Em termos vetoriais iremos ter: + = Pm = 24,2cos60 Pm = 12,1KW 24 ,2K VA 17,4 6KVA = 20,96KVAri = 12,78KVAri PapC a) Com a chave aberta: b) Com a chave fechada: 600 Q = 24,2sen60 Q' = (17,46) - (12,1) 2 2 = 12,1KW CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 125 - Com esta comparação facilmente percebe-se que: Papc = 20,96 -12,78 = 8,18 KVA ; como C = 2 C )V(. CpaP C = 2 3 )(. 220377 10.18,8 = 448F 7o) No circuito abaixo sabe-se que com a chave ch aberta o F.P. visto pelo gerador é 0,5; Ao fecharmos a chave, sabe-se que o F.P. visto pelo gerador passa a ser de 0,866. Nestas condições pede-se determinar a impedância Z . Solução: com a chave aberta, é como se o capacitor não existisse, portanto o F.P. visto pelo gerador é o próprio F.P. da impedância Z ; nestas condições sabemos então que a fase da impedância (ou da potência complexa) é de 600 (F.P. = 0,5). Em termos de vetoriais teremos: Por outro lado, consideremos qual será a contribuição de C quando a chave ch est iver fechada. Teremos: C = 500F CZ = 610.500.377 1 C 1 = 5,305 IC = A47,41 305,5 V220 Ainda: PapC = VC . IC = 220V . 41,47A PapC = 9,12KVA Ao fecharmos a chave ch, teremos então esta contribuição do capacitor. Sabemos também que com a chave fechada teremos um novo FP' = 0,866 , portanto com um ' = 300 . Lembrando que a contribuição de um capacitor não altera a potência média, CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 126 - poderemos facilmente entender o que ocorre ao fecharmos a chave ch. Em termos vetoriais iremos ter: Ao analisarmos os diagramas vetoriais anteriores, podemos concluir facilmente que: a) com a chave fechada: Pm Q360tg 0 b) com a chave fechada: m 0 P 12,9Q 3 130tg ; teremos portanto o seguinte sistema de equações: 3 1 P 12,9Q 3 Pm Q m 3 12,9Q Q 3Q - 27,36 = Q Q = 13,68KVAri ; sendo: 3 Pm Q 3 68,13Pm = 7,9KW Portanto: Pap = 22 )()( 68,139,7 = 15,80KVA I = A81,71 220 10.80,15 3 logo: Z = 06,3 A81,71 V220 e finalmente: Z = 3,06 600 8o) No circuito abaixo, sabe-se que com a chave ch aberta, o amperímetro indica 100A ; ao fecharmos a chave, o amperímetro passa a indicar 80A . Nestas condições pede-se determinar a impedância Z + = Pm Pm PapC a) Com a chave aberta: b) Com a chave fechada: 600 Q Q' = Q - 9,12 = 9,12KVA 300 CIRCUITOS ELÉT RICOS 1; PROF MASSIMO ARGENTO ED.2017 - 127 - Solução: com a chave aberta, é como se o capacitor não existisse, portanto a Pap vista pelo gerador é dada por Pap = 220V.100A = 22KVA ; ainda nestas condições sabemos que o módulo da impedância Z será dado por : 2,2 A100 V220Z ; Por outro lado, consideremos qual será a contribuição de C quando a chave ch estiver fechada. Teremos: C = 400F CZ = 610.400.377 1 C 1 = 6,63 IC = A18,33 63,6 V220 Ainda: PapC = VC . IC = 220V . 33,18A PapC = 7,3KVA Sabemos também que com a chave fechada teremos uma nova corrente I' = 80A, portanto com uma nova Pap' = 220V.80A = 17,6KVA . Lembrando que a contribuição de um capacitor não altera a potência média, poderemos facilmente entender o que ocorre ao fecharmos a chave ch. Em termos vetoriais iremos ter: a) c/ ch aberta: P2 m + Q2 = 222 b) c/ ch fechada: P2 m + (Q - 7,3)2 = 17,62 222 2 m 2 QP - 14,6Q + 7,32 = 17,62 222 - 14,6Q + 7,32 = 17,62 Q = 15,58KVAri Pm = 22 )( 58,1522 = 15,52KW ; donde: = arctg 52,15 58,15 = 45,110 Portanto: Z = 2,2 45,110
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