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Gestão ambiental

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AVALIAÇÃO A1 – Gestão Ambiental
Tutor: Renato Cosmi 
Nome: 
	
Questões com 50% do primeiro módulo. 
01) Correlacione o termo “ambientalismo” com o processo da Gestão Ambiental.
O ambientalismo é o alicerce de sustentação da vida no nosso mundo. Nenhum animal conseguiu, na história do planeta Terra, alterar tanto o meio ambiente como fez o ser humano. E o ponto triste de tudo isso é que a grande maioria das mudanças que o homem produziu foram predatórias. Gestão ambiental é um sistema de administração empresarial que dá ênfase na sustentabilidade. Desta forma, a gestão ambiental visa o uso de práticas e métodos administrativos que reduzir ao máximo o impacto ambiental das atividades econômicas nos recursos da natureza.
02) Produza com suas palavras um pequeno texto que insere os seguintes elementos: pobreza, América Latina, degradação do meio ambiente.
A sociedade latino-americana vem experimentando, desde os anos oitenta, mudanças profundas, derivadas do processo de globalização do capitalismo. Ganha relevância duas de suas características: a) o surgimento de uma nova pobreza, e b) o assombroso grau de degradação do meio ambiente.
As populações pobres são as mais afetadas pela destruição ambiental, pois a um só tempo sofrem o impacto do aumento do desemprego estrutural e da devastação ambiental, com a proliferação de doenças, a favelização urbana, a falta d´água e de saneamento básico. Nesse sentido, é possível concluir que o surgimento da nova pobreza e a devastação ambiental são duas faces do mesmo processo de produção destrutiva da nova fase do capitalismo globalizado e refletem um momento histórico de crise civilizacional.
03) Quando falamos em Políticas Ambientais, estamos tratando de um processo de reorganização no que tange ao meio e seus aspectos sistemáticos: as entidades, as leis, movimentos, documentos e etc.
a) Em relação a essas políticas, fale o que venha ser Agenda XXI, quando foi criada e qual sua importância. 
A Agenda 21 foi um dos principais resultados da conferência Eco-92 ou Rio-92, ocorrida no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992. É um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas socioambientais. Cada país desenvolve a sua Agenda 21 e no Brasil as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e da Agenda 21 Nacional.
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversão da sociedade industrial rumo a um novo paradigma, que exige a reinterpretação do conceito de progresso, contemplando maior harmonia e equilíbrio holístico entre o todo e as partes, promovendo a qualidade, não apenas a quantidade do crescimento.
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF, internacionalmente, que tornou possível repensar o planejamento. Abriu-se o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano de ação e de um planejamento participativo em âmbito global, nacional e local, de forma gradual e negociada, tendo como meta um novo paradigma econômico e civilizatório.
As ações prioritárias da Agenda 21 brasileira são os programas de inclusão social (com o acesso de toda a população à educação, saúde e distribuição de renda), a sustentabilidade urbana e rural, a preservação dos recursos naturais e minerais e a ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável. Mas o mais importante ponto dessas ações prioritárias, segundo este estudo, é o planejamento de sistemas de produção e consumo sustentáveis contra a cultura do desperdício. A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, por organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta o meio ambiente. Não houve resistência dos países para a liberação do acordo
b) Quais os temas abordados na discussão da Conferência Ambiental Rio +10? 
Além dos aspectos ambientais, um dos pontos mais importantes da conferência foi a busca por medidas para reduzir em 50%, o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza (com menos de 1 dólar por dia) até 2015. Foram debatidas questões sobre fornecimento de água, saneamento básico, energia, saúde, agricultura e biodiversidade, além de cobrar atitudes com relação aos compromissos firmados durante a Eco-92, principalmente colocar em prática a Agenda 21 (documento composto por 2.500 recomendações para atingir o desenvolvimento sustentável).
04) Após estudar e analisar criticamente as leis brasileiras elabore 03 (três) questões acerca das leis que aparecem no conteúdo. 
1- Ao fazer o estudo bibliográfico sobre um determinado assunto do conteúdo programático do vestibular da Universidade de Pernambuco (UPE), um vestibulando encontrou e anotou a seguinte definição: “É aquele que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”
 
Trata-se da definição CORRETA de
a) Crescimento neomalthusiano ambiental.
b) Desenvolvimento sustentável.
c) Ecodesenvolvimento neoliberal.
d) Desenvolvimento ambiental.
e) Ecodesenvolvimento darwinista.
2- Como ficou conhecida a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável ocorrida em 2012, que contribuiu para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas?
a) Mundo sustentável.
b) Rio para Todos.
c) Rio + 20.
d) Rio Sustentável.
e) Rio + Meio Ambiente.
3- Rio+20 aprova texto sem definir objetivos de sustentabilidade
Os 188 países participantes da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável adotaram oficialmente o documento intitulado "O futuro que queremos", nesta sexta-feira (22).
O propósito da Rio+20 era formular um plano para que a humanidade se desenvolvesse de modo a garantir vida digna a todas as pessoas, administrando os recursos naturais para que as gerações futuras não fossem prejudicadas.
Uma das expectativas era de que a reunião conseguisse determinar metas de desenvolvimento sustentável em diferentes áreas, mas isso não foi atingido. O documento apenas cita que eles devem ser criados para adoção a partir de 2015.
Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/rio20-termina-sem-definir-objetivos- de-desenvolvimento-sustentavel.html. Acesso: 25 maio 2013.
 
A respeito das conferências e dos acordos internacionais da área ambiental, assinale no cartão-resposta a soma da(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01. Formulado na década de 1990, o Protocolo de Quioto passou a vigorar apenas a partir de 2005, quando a Rússia aderiu aos seus termos. Essa demora se deve principalmente à posição dos Estados Unidos, que se recusaram a aderir ao acordo sob alegação de que sua economia seria prejudicada.
02. A Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável foi também denominada como Rio+20, por ser o primeiro evento sobre meio ambiente realizado após a Eco-92, que também ocorreu no Rio de Janeiro.
04. No ano de 2002, a Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul. Conhecida como Rio+10, essa reunião foi marcada pela forte tensão dos blocos capitalista e socialista.
08. Durante a década de 1990, formulou-se o Protocolo de Quioto, que visava a reduzir a emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa.
16. A Agenda 21, principal documento aprovado no Rio de Janeiro durante a Eco-92, recebeu duras críticas por responsabilizar unicamente os países pobres pela emissão de gases causadores do efeito estufa.
32. O impasse registrado nas conferências sobre meio ambiente e desenvolvimento sustentável deve-se principalmente à disputa de hegemonia entre Estados Unidos e os países da União Europeia, principais antagonistas das discussões realizadas.
 
Resposta: 1 + 8 = 9
AVALIAÇÃO A2 – Gestão AmbientalTutor: Renato Cosmi 
Nome: 
		
A segunda avaliação do primeiro módulo são os slides modulo1.ppt que estão em anexo aos arquivos deste curso.
AVALIAÇÕES DO SEGUNDO MODULO 
Atividade B – 1
Elabore um texto (contexto crítico) em relação ao PLANEJAMENTO AMBIENTAL.
O planejamento ambiental é um processo político, social, econômico e tecnológico, de caráter educativo e participativo, onde líderes políticos, institucionais e comunitários, em conjunto com o Poder Público federal, estadual e municipal, devem escolher as melhores alternativas para a conservação da natureza, gerando o seu desenvolvimento equilibrado e compatível com o conceito de meio ambiente (HIDALGO, 1991).
Almeida et al (1993) referem-se com clareza ao planejamento ambiental, quando afirmam que este não possui definição muito precisa: "ora se confunde com o próprio planejamento territorial, ora é uma extensão de outros planejamentos setoriais mais conhecidos (urbanos, institucionais e administrativos), que foram acrescidos da consideração ambiental".
Segundo Lanna (1995), planejamento ambiental é um processo organizado de obtenção de informações, reflexão sobre os problemas e potencialidades de uma região, definição de metas e objetivos, definição de estratégias de ação, definição de projetos, atividades e ações, bem como definição do sistema de monitoramento e avaliação que irá retroalimentar o processo. Este processo visa organizar a atividade socioeconômica no espaço, respeitando suas funções ecológicas, de forma a promover o desenvolvimento sustentável. A necessidade de se organizar o uso da terra, de compatibilizar esse uso com a proteção dos ambientes ameaçados e de melhorar a qualidade de vida das populações surgiu em função da competição por terras, águas, recursos energéticos e biológicos.
O planejamento ambiental como a planificação de ações com vistas a recuperar, preservar, controlar e conservar o meio ambiente natural de determinada região. Incluindo-se parques, unidades de conservação, cidades, regiões, etc. Definição esta, que pode englobar também o planejamento ambiental empresarial, feito por empresas e outras organizações como tentativa de buscar melhorias ambientais.
Mas o planejamento ambiental como política pública envolve um pouco mais de questões como o levantamento de dados sobre a região para a qual se pretende fazer o planejamento e, a mais complicada: a análise integrada das diversas variáveis envolvidas.
Atividade B - 2
Encontre um trabalho científico na Internet que aborde o tema GESTÃO AMBIENTAL e relate a sua opinião sobre o mesmo. 
GESTÃO AMBIENTAL E ESCOLA: a construção de uma atitude ambiental
João Paulo Gomes de Vasconcelos Aragão* 
Karolina Maria Bezerra Santos** 
Marlene Maria da Silva***
RESUMO 
O trabalho trata da gestão ambiental nas escolas a partir de experiências de educação ambiental. Analisar em que medida a implantação de um sistema simplificado de gestão ou um projeto de educação ambiental pode contribuir ao desenvolvimento organizacional e educacional é, na contemporaneidade, tarefa de suma importância diante da permanente necessidade de a escola contribuir na formação de cidadãos com atitudes conscientes e críticas. Nessa perspectiva, toma-se como eixo a experiência docente dos autores e a discussão teórico-reflexiva acerca das diferentes contradições e debates que permeiam o meio educacional quando a temática é a educação ambiental e sua inserção no contexto escolar. A temática em questão insere-se no âmbito da gestão ambiental, bem como se apresenta à luz da contemporaneidade de maneira holística, entre todas as áreas do saber, sendo passível de apreciação pelo público em geral, quer acredite ou se contraponha a uma excelência da prática ambiental no espaço escolar. Palavras-Chave: Gestão Ambiental. Escolas. Atitude ambiental. 
Palavras-Chave: Gestão Ambiental. Escolas. Atitude ambiental
ABSTRACT 
Environmental Management And School: The Contruction Of An Environmental Attitude This study deals with environmental management in schools, based on experiences in Environmental Education. To analyze how the implementation of a simplified management system or a project in Environmental Education can contribute to the organizational and educational development is a fundamental task since the school needs to contribute to develop citizens who have conscious and critical atitudes.
Keywords: Environmental management. Schools. Environmental attitude.
______________________________________________________________________________
* Licenciado em Geografia e Especialista em Gestão Ambiental - UFPE/Campus Mata Norte; Mestrando em Desenvolvimento e Meio Ambiente - PRODEMA. E-mail: jp-aragao@bol.com.br. ** Graduanda do Curso de Licenciatura em Pedagogia pela Universidade de Pernambuco – UFPE/Campus Mata Norte. E-mail: karolina_m16@yahoo.com.br. *** Doutora em Geografia pela Universidade de São Paulo - USP. Docente da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. E-mail: mms@truenet.com.br.
INTRODUÇÃO
 A gestão ambiental “consiste em um conjunto de medidas e procedimentos que permite identificar problemas ambientais gerados pelas atividades da instituição, como a poluição e o desperdício, e rever critérios de atuação (normas e diretrizes), incorporando novas práticas capazes de reduzir ou eliminar danos ao meio ambiente” (DIAS, 2006, p. 28). Para D’avingnon apud Souza (2010), a gestão ambiental seria “a função gerencial de tratar, determinar e implementar políticas ambientais”, seja na esfera empresarial pública ou privada. Acreditamos, contudo, que o atual momento da humanidade, que é de crise, indica a gestão ambiental como um processo mais que meramente optativo para vê-lo, conforme expõe Dias (2006), como processo indutório da transformação evolucionária da sociedade. 
O contexto que certifica a importância dessa nova indução como um processo não só adequado, mas também urgente , é expresso por realidades como a da falta de água e a da existência de conflitos no mundo atual, em virtude da escassez do recurso. É ainda Dias (2006, p. 16) quem alerta que “hoje somos a espécie dominante na Terra e temos nos transformado em uma praga, devido ao nosso comportamento predatório, egoísta, imediatista, de querer tudo, sempre mais e agora”. 
Além disso, sabe-se de outras mazelas, como as alterações climáticas, a perda de solos férteis, o desaparecimento de florestas e animais, o surgimento de novas doenças, os danos à qualidade de vida humana e o encolhimento dos tempos. Conforme Dias (2006), antes do progresso humano, a sociedade estaria promovendo um suicídio coletivo da própria espécie, consolidando na contemporaneidade uma efetiva problemática ambiental. A respeito dos problemas que afetam o equilíbrio ambiental, Bigotto (2008, p. 29) defende que:
Uma das principais causas da problemática ambiental foi atribuída à ciência moderna e à revolução industrial, que fizeram a distinção das ciências, o fracionamento do conhecimento e a compartimentalização da realidade em campos disciplinares confinados. Assim, iniciou-se uma busca por um método que fosse capaz de reintegrar estes conhecimentos dispersos num campo unificador do saber; um projeto para pensar as condições teóricas e para estabelecer práticas de interdisciplinaridade.
As bases da alienação humana mostram-se, contudo, muito lúcidas, à medida que identificamos, no discurso dos atores hegemônicos, as justificativas que alimentam o atual modelo de produção e consumo. Esse padrão de crescimento apoia-se ainda na manipulação das mentes, realizando um modelo social que, antes do desenvolvimento (em termos práticos, do crescimento econômico), gera, em mão única e perversa, a exclusão e a opacidade das percepções de mundo. 
A incapacidade dos atores sociais controlada pelos atores econômicos hegemônicos resulta na legitimação dos processos de degradação ambiental. O que é constatado pela grande pressão sofrida pelosrecursos naturais, ao terem sua capacidade de suporte suprimida pelas imposições do capital. Tem-se, na verdade, uma relação “bancária” na qual os depósitos humanos, a sua base natural, são extraordinariamente inferiores às retiradas de recursos do meio. Acerca disso, Dias explica que “a perda da qualidade de vida ocorre de uma forma generalizada, em todo o mundo. Essa perda se traduz de forma diferenciada entre os diversos povos, grupos sociais e pessoas” (2006, p. 17). É nesse contexto que a gestão ambiental surge como um processo de gerenciamento ou de revisão dos moldes de produção, do reconhecimento do homem enquanto parte de um todo, do reencontro dos saberes e do comportamento humano frente à realidade. 
Fio indutor para essa nova realidade, a gestão deve incorporar tal missão como parte de seu fazer, concebendo as necessidades internas e externas em todos aqueles meios onde se exerça sua prática. Não alheia à “nova” condição, a escola surge como um dos contextos aludidos. Em sua função de realizar, em padrões formais, a educação e contribuir para a formação de cidadãos, constitui-se em um espaço-chave para o desafio da gestão ambiental de contribuir com a mudança de comportamentos diante da vida. 
Nessa perspectiva, estaria a escola cumprindo o seu papel em relação às novas demandas sociais e, principalmente, ambientais? Com base em nossas experiências no ensino privado e, especialmente, no público, acreditamos que a escola, enquanto instituição social, permanece presa a problemas de ordem estrutural e legitimados pela ineficiência das leis vigentes. 
O presente trabalho é fruto de nossas preocupações enquanto profissionais do ensino e reflexo de leituras dirigidas a autores da gestão e da educação, mas, especialmente, de questões imbricadas e interrelacionadas no mesmo ambiente. Trata-se de um esforço que visa atender uma demanda crescente por trabalhos reflexivo-analíticos acerca do dia a dia escolar e sua inserção dentro da temática ambiental e da incorporação teórica e prática na gestão educacional.
1 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS 
Optamos em iniciar a análise proposta com a seguinte pergunta: quem deve fazer gestão ambiental? Indústrias, prefeituras, instituições governamentais, instituições não governamentais, empresas privadas, organismos internacionais... Na maioria das vezes, são as respostas mais apresentadas. Poderíamos, então, nos questionar em relação a quem teve a ideia ou a qual foi a causa para limitar a tão poucas atividades ou contextos das relações humanas missão de tamanha importância. A gestão ambiental não possui remetente nem destinatário. Ela surge como fruto de um processo histórico que indica para o ser humano, em sua essência, uma necessidade que não é nova. Durante muito tempo, foram preocupações do ser humano o “quanto produzir” e o “para quem produzir”. Como nova necessidade, aparece, então, o “como produzir”, mas que na realidade pode ser traduzido como “até onde produzir”. Esse redirecionamento já se constitui como rearranjo das posturas frente ao quadro de degradação ambiental. 
A crise de percepção causada pela imposição das prioridades econômicas contribuiu para a analfabetização ambiental do ser humano, o qual parecia ter ganho uma autonomia frente à natureza, suficiente para se tornar dono de si e do mundo. A realidade, porém, começou a aparecer em feridas cruas e visíveis, inclusive, para a própria ciência, que se viu sem forças para combater os novos problemas. Sob tal perspectiva, observamos que a gestão ambiental exige também uma reflexão sobre os moldes científicos do ensino e da educação, uma vez que os mesmos devem contribuir, conforme Morin (2004), para articulação dos saberes e não para sua fragmentação. Morin (2004, p. 16) destaca que:
Devemos, pois, pensar o problema do ensino, considerando, por um lado, os efeitos cada vez mais graves da compartimentação dos saberes e da incapacidade de articulá-los uns aos outros; por outro lado, considerando que a aptidão para contextualizar e integrar é uma qualidade fundamental da mente humana, que precisa ser desenvolvida, e não atrofiada.
Na ótica do autor, a gestão ambiental na escola deve, assim como nas demais esferas organizacionais da vida humana, buscar novos valores culturais, traduzidos em ferramentas teóricas e ações práticas que, além de garantirem a eficiência econômica da gestão dos recursos financeiros, por exemplo, garantam também uma integração das áreas do conhecimento, possibilitando aos atores escolares uma nova atitude frente ao mundo.
2 A GESTÃO AMBIENTAL NAS ESCOLAS: DO CAMPO DAS CONTRADIÇÕES AO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL E ORGANIZACIONAL 
Apesar dos esforços vigentes, a prática da gestão ambiental nas escolas tem se mostrado um campo de conflitos, configurado por contradições e repleto de desafios. As práticas da educação ambiental, formalizadas no Brasil em 25 de junho de 2002, a partir do decreto Nº 4.281, o qual regulamentou a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, e instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental são exemplos do antagonismo a que nos referimos. 
Ferramenta fundamental para o desenvolvimento de uma gestão educacional atrelada aos valores ambientais, a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) apresenta diretrizes para o desenvolvimento da educação ambiental. O Art. 5º da PNEA afirma em seu texto:
Na inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino, recomenda-se como referência os Parâmetros e as Diretrizes Curriculares Nacionais, observando-se: I – a transversalidade, continuidade e a permanência3 II – A adequação dos programas vigentes de formação continuada de professores.
Na Política Nacional de Meio Ambiente, Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, tem-se que, conforme o art. 2º inciso X, a educação ambiental deve ser desenvolvida em “todos os níveis de ensino”. Carvalho (2006) apresenta-a como ação educativa, um ramo da educação4 , responsável pela formação de atitudes e sensibilidades ambientais. A autora indica ainda que, de acordo com a legislação, são aspectos fundamentais a transversalidade, a continuidade e permanência, a interdisciplinaridade, a obrigatoriedade em todos os níveis de ensino e a composição em caráter de urgência e essencial ao ensino fundamental. 
A práxis das normas da educação ambiental nas escolas, porém, revela contradições em sua aplicabilidade. Mais que indicar uma perda nas exigências das leis federais e estaduais que a instituíram, as práticas no espaço escolar evidenciam um quadro de descomprometimento e incoerência das várias esferas do poder público e de despreparo organizacional das unidades escolares no sentido de promover a transformação do ensino. 
Nossas experiências na Escola Municipal Manoel Joaquim de Sousa, em Limoeiro-PE, tiveram grande importância para a argumentação aqui apresentada.
A Escola Manoel Joaquim de Souza está localizada no interior do município de Limoeiro, Estado de Pernambuco, numa comunidade denominada “Duas Pedras”. A população de estudantes advém de famílias de classe média e pobre, com pais e mães trabalhadores rurais, comerciantes ou autônomos. Muitos alunos dividem as obrigações escolares com as necessidades básicas de sua família, dentre elas, o trabalho e os serviços domésticos. 
Nossos esforços em levar para as aulas de Arte e Educação, Direitos Humanos e Cidadania (EDHC) reflexões e práticas que guiassem os atores escolares em uma reconstrução de saberes foram consideráveis. Realizamos inúmeros trabalhos de campo cujo objetivo era o reconhecimento da comunidade escolar, e a identificação dos principais problemas ambientais no entorno da escola. Dentre os problemas percebidos, destacamos a questão da disposição indevida de lixo às margens do rio Capibaribe e nas áreas do entorno da escola. A intervenção dos alunos ocorreu a partir do reaproveitamento dos materiais selecionados (pneus e garrafas plásticas) nas aulas de Arte e EDHC. O reaproveitamento dos materiais coletados se deu em várias etapas, todas realizadasdurante as aulas citadas. Os pneus foram lavados e utilizados na montagem de bancos para o pátio da escola, carente de assentos para as crianças. As garrafas plásticas foram utilizadas especialmente na construção de brinquedos e artigos de decoração como, por exemplo, “os bois”. Porém, a busca pela sensibilização diante dos problemas ambientais enfrentados pela comunidade e para a conservação e melhoria do espaço físico da escola, com uma proposta interdisciplinar, foi preenchida por consideráveis empecilhos. 
A inexistência de uma prática constante, voltada ao diálogo entre as disciplinas, nos diferentes níveis de ensino, evidencia um impasse à prática da transversalidade encontrado na escola trabalhada. Contrariasse, portanto, o Art. 5º da PNEA, segundo o qual “a transversalidade, continuidade e a permanência” configuram aspectos importantes. O exercício das mesmas exige, todavia, uma série de condições intra e extra escolares. Os professores, por exemplo, não dispunham de ferramentas e, conforme o que eles apontavam em relação às exigências advindas da Secretaria Municipal de Educação, de “tempo para este tipo de trabalho”. Boa parte deles trabalhava em mais de uma escola. Tratasse de uma necessidade para poder dispor de um orçamento suficiente para garantir o sustento familiar. Nesse contexto, o trabalho cotidiano da escola era baseado em eventuais projetos de curta duração e na exposição de aulas aos alunos, os quais, em muitos casos, frequentavam a escola em busca de interesses diversos além do “aprender”: por exemplo, a merenda ou, em outras palavras, a primeira refeição do dia. O quadro descrito é a realidade de muitos alunos.
A partir de tal panorama, cabe perguntar quais as propostas e ferramentas necessárias à mudança? Com certeza, as soluções não estão na realização de projetos internos e não integrados à realidade externa à escola; assim como a gestão dessa realidade também não se resume a escola e a seus atores. De todo modo, Aranha (2006, p. 47) frisa que, no contexto em questão, “espera-se que o profissional da educação seja um sujeito crítico, reflexivo, um intelectual transformador, capaz de compreender o contexto social-econômico-político em que vive”, não se corrompendo frente às contradições e não se deixando levar pelo vício do “é assim mesmo”. A classificação “tipo de trabalho”, dada para a nossa proposta de interdisciplinaridade, em conversa com professores em exercício na escola onde trabalhava, já se mostra indicativa da falta de estímulos e base crítica e/ou de tempo profissional dos que estavam envolvidos no âmbito da docência daquela escola. Tal como indica Morin (2006), a qualificação do profissional do ensino é necessária à superação das sequelas deixadas pelo crescimento ininterrupto do conhecimento, expressas, dentre outras marcas, pela fragmentação do saber. Além disso, a construção de condições de trabalho adequadas é importante para o coerente exercício da função. A vida escolar de alunos, professores e funcionários não está desligada da vida social. 
Outro problema identificado foi a carência de conhecimento de trabalhos e ações mais atuais de gestão, demonstrada pela esfera administrativa e organizacional da escola. Os projetos nela desenvolvidos ganhavam caráter muito mais temporal e de “atividade para nota”, do que propriamente de formação cidadã. Apesar dos esforços e da grande comunhão entre os atores escolares, o aspecto pontual e descontínuo de tais projetos era evidente, fato mais do que confirmado pela ausência de propostas anteriores à nossa chegada e recorrente durante as barreiras enfrentadas em nossa permanência. 
As dificuldades encontradas na escola que integramos, contudo, não se restringiam ao campo de atuação dos professores ou dos gestores escolares. As barreiras surgiam em virtude de problemas estruturais do sistema de gestão das escolas municipais. O referido sistema de gestão, por sua vez, é parte componente de uma rede mais ampla de falsas propostas de integração entre a escola e a sociedade e que incorpora outros municípios, outros estados e até mesmo outros países, com diferentes dosagens de dominação e descaso social. É na sociedade onde pensamos existir o maior de todos os estorvos: o desnivelamento social. O fator apontado ainda é o responsável pela saída prematura de muitos estudantes pobres da escola, sem mencionar que contribui negativamente para o processo de formação cidadã, o qual inclui o aluno na participação em atividades interdisciplinares, contínuas e com significativa ligação ao seu mundo externo, possibilitando novas leituras e trazendo para a própria escola as leituras que ele faz do mundo. Todavia, o diálogo desejado não aconteceu como deveria. A articulação deteve-se de forma dificultosa, com escassa juntura entre a escola e a secretaria municipal, e de maneira descontínua, no que tange ao encerramento do projeto e à mudança da equipe de docentes que trabalhava na escola no fim do ano corrente. Os projetos vivenciados pela escola em destaque bem como as aulas de Arte e EDHC não tiveram continuidade. 
Os problemas estruturais identificados em nossa vivência numa escola de nível fundamental não se resumem, contudo, ao nível da educação básica. Em uma ampla análise da gestão ambiental nas escolas, Dias (2006, p. 38) estabelece relações com o ensino universitário e aponta a contrária contribuição que os meios de nível superior têm oferecido para a perpetuação do panorama:
as universidades, catalisadoras do metabolismo intelectual, imersas em suas preocupações acadêmicas, focadas na produção científica para fins autopromocionais, ainda reagem de forma tímida, como se nada tivesse mudado. As suas práticas, em sua maioria, ainda revelam uma visão autocentrada, fragmentada e desconectada dos reais desafios socioambientais da sociedade.
Por outro lado, Carvalho (2006, p. 24) salienta que nas universidades
tem sido expresso o crescimento dos cursos de formação de especialistas ambientais, tais como gestor, educador, analista, auditor, etc. Na pós-graduação stricto sensu, ou seja em nível de mestrado e doutorado, vêm se estruturando os programas de pós-graduação, os quais, com diferentes ênfases ambientais, formam um conjunto multidisciplinar
Diante do quadro apontado, que ainda permeia parcela significativa do ensino formal brasileiro, haveria a possibilidade de se criar estratégias efetivas para uma gestão ambiental nas escolas? De que forma mecanismos, tais como a educação ambiental, poderiam se constituir em início, meio e fim desse processo? 
Para Genebaldo Freire Dias (2006), é objetivo afirmar que todas as instituições de educação e ensino já deveriam abrigar, em sua estrutura e função, uma política ambiental definida, com programas de educação ambiental como instrumento de gestão. 
Todavia, Bigotto (2008, p. 38), em trabalho de dissertação que analisou o desenvolvimento de práticas de educação ambiental, lembra que a
educação ambiental está longe de ser uma atividade tranquilamente aceita e desenvolvida, pois ela implica em mudanças profundas, principalmente nos modos de pensar e agir já consolidados pela modernidade, mas que quando é bem realizada, ela pode levar a mudanças de comportamento, atitudes e principalmente valores de cidadania que podem ter fortes influências sociais.
Mesmo assim, Dias (2006) sugere algumas etapas ou ações práticas que poderiam ser pensadas em conformidade com as necessidades da escola, para a criação de uma tipologia alternativa de sistema simplificado de gestão ambiental:
-> Caracterização do perfil ambiental da instituição (materiais, valores, costumes, estrutura, função, dinâmica); 
-> Diagnóstico sócio-ambiental (indicar prioridades no momento do estabelecimento dos objetivos); -> Elaboração do projeto e estratégias (citando ainda os recursos técnicos e institucionais);
-> Seleção dos indicadores para avaliação e estabelecimento de metas. 
A proposta em discussão reforça a educação ambiental como importante elemento articulador entre a esfera educacional/organizacionale o campo ambiental que lhe é próprio, pois faz dialogarem a crise ecológica e as novas reflexões e concepções. A base da referida proposta está na construção de novos valores nos atores escolares a partir de sua vivência com o espaço escolar. Logo, criam-se possibilidades para a construção de um terreno mais firme e com horizontes voltados à formação de novos sujeitos... sujeitos ecológicos (CARVALHO, 2006). 
Concordando com a ideia de que a escola necessita incorporar novas estratégicas no âmbito organizacional e educacional, iremos, a seguir, propor duas categorias teóricas, a nosso ver, ferramentas necessárias para a consolidação das ações práticas da educação (como as listadas anteriormente), em um contexto amplo de gestão ambiental nas escolas. Não se trata de uma prerrogativa para a implantação de um projeto de educação ambiental ou para a elaboração de um sistema ao menos simplificado de gestão ambiental, mas de um suporte teórico e reflexivo acerca da gestão (ambiental) nas escolas, que pode ser consolidado e aprofundado em posteriores discussões.
2.1 A construção de categorias teóricas para uma nova atitude ambiental e para uma nova gestão e educação ambiental nas escolas 
A educação ambiental, em sua matriz jurídica, pode ser considerada coerente com as demandas contemporâneas para a formação de um homem ecológico. Sua prática, no entanto, encontra-se lotada em um espaço utópico e ambíguo. 
Apesar disso, acreditamos que ela pode iniciar nas escolas uma ação de dentro para fora, especialmente, no que tange a formação de sujeitos com atitudes ecologicamente pensadas. Para tanto, por parte de seus atores, precisa dar sentido às coisas, fazê-las perceptíveis aos olhos daqueles que as enxergam todos os dias e não daqueles que querem continuar a dominar. Conforme Libâneo et al (2005. p. 53), a escola contribui para o desenvolvimento de “conhecimentos, capacidades e qualidades para o exercício autônomo, consciente e crítico da cidadania”. Propomos, então, o trabalho com duas categorias, que chamaremos aqui de “espaço da intelectualidade” e “espaço da praticidade”, buscando contribuir para a formação de atitudes e repensar valores a partir da visão daqueles que vivem a escola. 
A nosso ver, o “espaço da intelectualidade” configura o imaginário abstrato de alunos, professores, gestores e funcionários da escola, construído com o desenvolvimento transversal e contínuo de uma educação ambiental efetivamente transversal e contínua, por meio de vivências de todos os atores escolares com a realidade circundante da própria escola, sendo necessária a interdisciplinaridade do currículo escolar, os debates com a comunidade, as palestras, entre outras ações. Esse espaço, que detém certa subjetividade é, todavia, materializado pelo e a partir do espaço físico da escola, que não é apenas referência dos atores escolares no dia a dia, mas é o espaço onde acontece a reflexão, os debates e o planejamento educacional e organizacional. 
O “espaço da praticidade” expressa a vivência, que faz da escola uma instituição atuante na sociedade e que se expande além de seus muros e cercas, constituindo-se em um espaço da consolidação da escola enquanto parte componente da sociedade e, como tal, encharcada de compromissos para o processo de mudança das estruturas sociais. No âmbito das coisas materiais, trata-se do espaço do concreto, das ações nitidamente objetivas. É quando a prática, fundamentalmente reflexiva e teórica, advinda do espaço da intelectualidade, transforma-se em um conjunto de ações práticas e ambientalmente positivas, como a elaboração de oficinas de arte, exposição, mutirões para manutenção e conservação dos equipamentos físicos da escola, compostos por alunos, professores, gestores e funcionários da escola, entre outras ações. 
Acreditamos que, fazendo a ligação entre esses espaços, o do “intelecto” (expresso pelos sentimentos, pela reflexão teórica, pela percepção de mundo dos atores escolares) e o da “praticidade” (com sua exteriorização feita de modo direto no espaço físico da escola e na sociedade circundante), a escola muda seu modo de ser e agir. Além disso, deixa de ser fragmentada e inicia uma nova organização enquanto instituição ou empresa (pública ou privada) que também é.
A mudança em questão, que não pode ser superficial, pois é na essência estrutural, ambiental, que é capaz de trazer para a escola contribuições a sua gestão. No âmbito interno, têm-se como possibilidades o desenvolvimento da estrutura organizacional, a interatividade entre escola e comunidade, a eficiência e a responsabilidade sócio-ambiental. Criam-se as bases para um saber ambiental (LEFF, 2009), referenciado em novas identidades e interesses, de onde surgem os atores sociais que mobilizam a construção de uma racionalidade ambiental. No plano externo da gestão, as ações escolares entram em comum acordo com as funções sociais da escola e, em diálogo com a vida, é estabelecida uma convergência com os espíritos e as atitudes das pessoas que vivem a realidade do lugar. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A gestão ambiental, na condição de indutora da transformação social, não pode ser colocada à margem da função social da escola de formar indivíduos conscientes de sua realidade. A gestão ambiental pode contribuir com o conhecimento dessa realidade e para a instituição de novas posturas frente ao ambiente, a começar pelo próprio espaço escolar. 
Os pontos positivos desta que, cedo ou tarde, tenderá a não ser mais uma opção de escolha, são inúmeros; aos já citados, podemos ainda acrescentar: boas relações escola – comunidade; fortalecimento da imagem e da participação no mercado; aprimoramento do controle de custos; redução dos incidentes que impliquem responsabilidade civil; demonstração de atuação cuidadosa; conservação de matéria-prima e energia; estímulo ao desenvolvimento e ao compartilhamento de soluções ambientalmente corretas; redução de gastos (energia elétrica, água, combustível, equipamentos, compras e outros); melhoria da imagem institucional; conservação dos espaços físicos da escola e comprometimento com uma gestão ambiental demonstrável. 
Os inúmeros desafios, reflexos das contradições políticas que retiram a vida prática de nossas leis, são barreiras consideráveis no caminho aqui trabalhado. Apesar disso, acreditamos que, quando a continuidade desses aspectos, no dia a dia escolar, e a socialização de experiências semelhantes à mencionada começarem a fazer parte de nossos comportamentos e constituírem-se em ações articuladas em todo o ensino, transbordando para as micro e macrorrelações sociais, os homens estarão mais próximos de seu verdadeiro patamar no orbe terrestre: o de integrantes naturais e racionais do ambiente.
REFERÊNCIAS 
ARANHA, M. L. de A. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 2006. 
BIGOTTO, A. C. Educação Ambiental e o desenvolvimento de atividades de ensino na escola pública. Dissertação de Mestrado. São Paulo: USP, 2008. 
CARVALHO, I. C. de M. Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez, 2006. 
D'AVIGNON, A. L. A. Sistemas de gestão ambiental e normalização ambiental. Segmento da apostila utilizada no curso sobre Auditorias Ambientais da Universidade Livre do Meio Ambiente. Curitiba: ULMA, 1996. In: ALPERST, G. D; QUINTELLA, R. H; SOUZA, L. R. Estratégias de gestão ambiental e seus fatores determinantes: uma análise institucional. Rev. adm. empres. vol.50 no.2 São Paulo Apr./June 2010. 
DIAS, G. F. Educação e Gestão Ambiental. São Paulo: Gaia, 2006. 
GOVERNO FEDERAL. Política Nacional de Educação Ambiental. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 15 maio de 2011. _____. Política Nacional de Meio Ambiente, Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Disponível em: . Acesso em: 15 maio de2011. 
LEFF, E. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Rio de Janeiro: Vozes, 2009. 
LIBÂNEO, J. C; OLIVEIRA, J. F; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2005. 
MORIN, E. A cabeça bem feita: repensar a reforma e reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
Opinião
O debate, a discussão acerca de um possível diálogo entre a Educação Escolar (EE) e a Educação Ambiental (EA). Trata-se de compreendermos que os professores devem empenhar-se na busca da melhoria do planeta mediante a busca pela melhoria da qualidade de vida e pelas melhores condições ambientais via campo da Educação Ambiental. Entende-se que a Educação Ambiental pode mudar hábitos, transformar a situação do planeta terra e proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas. E isso, só se fará com uma prática de educação ambiental, onde cada indivíduo sinta-se responsável em fazer algo para conter o avanço da degradação ambiental.
Gestão Ambiental
Módulo - III
Tutor: Renato Cosmi 
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01) Após ter estudado sobre os conteúdos do 3° módulo, em seus aspectos da implantação do SGA (Sistema de Gestão Ambiental), descreva sobre os itens essenciais na fase inicial no processo de implantação da Gestão Ambiental em uma empresa.
Planejar (P) - Formular um plano para cumprir a política ambiental. 
Desenvolver (D) - Desenvolver capacitação e os mecanismos de apoio necessários para atender a política, seus objetivos e metas ambientais. 
Checar (C) - Mensurar, monitorar e avaliar o desempenho ambiental Análise Crítica Gerencial 
(A) - Analisar criticamente e aperfeiçoar continuamente o Sistema de Gestão Ambiental, com o objetivo de aprimorar o desempenho ambiental global.
02) De acordo com a implantação do SGA numa determinada empresa (seja ela de qualquer atividade) ao se implantar o SGA, o que você faria sobre “O Planejamento de Contingência?”
O Plano de Contingência é um plano previamente elaborado para orientar as ações de preparação e resposta a um determinado cenário de risco, caso o evento adverso venha a se concretizar.
Deve ser elaborado com antecedência para:
- facilitar as atividades de preparação;
 - otimizar as atividades de resposta.
Vou usar o exemplo de expansão da LUZ, quando se pensava em desenvolver a nossa plataforma de cursos online. Naquele momento utilizamos a análise SWOT para entender a realidade que tínhamos em mãos e foi mais ou menos isso que encontramos:
Forças:
Equipe com conhecimento de Excel
Blog da LUZ sobre Excel
Fraquezas:
Ecommerce não preparado para cursos
Know how de produção de cursos
Oportunidades:
Clientes da LUZ são usuários de Excel
Pouca qualidade de cursos e tutoriais online
Pouca acessibilidade ao conhecimento em cursos presenciais
Ameaças:
Concorrentes (cursos gratuitos ou pagos)
Falta de conhecimento de como gravar cursos
Escolha da plataforma de hospedagem de cursos
Esses dados geraram a seguinte matriz SWOT com suas devidas pontuações:
Apesar dessas informações serem essenciais para nosso conhecimento, elas ainda não nos proporcionava um plano de contingência que pudéssemos trabalhar em caso de reais problemas acontecendo. Por isso nos aprofundamos ainda mais utilizando a planilha de análise SWOT e fazendo o cruzamento de forças e fraquezas com as ameaças.
Para as ameaças de concorrentes iríamos mensurar o nível de satisfação com o curso. Em caso de insatisfação grande (coisa que felizmente não aconteceu), tínhamos um plano de fazer novos testes de nível de conhecimento, da plataforma em si e ainda do design/qualidade dos vídeos gravados.
Além da análise das forças, talvez a parte mais importante para a organização do plano de contingência seja o cruzamento das fraquezas com ameaças. Quase sempre é nesse momento que você encontra ameaças com grande potencial de acontecer e de realmente prejudicar o seu negócio ou projeto.
Neste caso, delinei algumas ações importantes como contratação de um produtora audiovisual e contato com plataformas de hospedagem de vídeos.
Durante as primeiras semanas realizamos uma série de gravações internas, sem a ajuda de uma produtora e foi justamente nesse momento que encontramos nossos primeiros problemas. A qualidade dos vídeos gravados não ficou legal e o nosso foco de ter um curso de Excel diferenciado foi se perdendo.
Como esse era um problema com impacto direto em nosso resultado projetado, acionamos uma das ações do nosso plano de contingência e contratamos uma produtora audiovisual para fazer todo o processo de gravação, direção e edição do nosso primeiro curso de Excel.
Como eu falei no começo, o plano de contingência serve para você colocar em prática quando um problema que você já analisou e sabe da existência acontece. No nosso caso, acabamos perdendo alguns dos prazos que havíamos traçado por conta da mudança realizada, mas em contra partida, tivemos um resultado do qual nos orgulhamos: os melhores cursos de Excel do Brasil (na nossa humilde opinião).
03) Quando é que um efeito ou impacto ambiental torna-se significativo, é quando podemos destacar:
A( ) quando a empresa não produz em quantidade em sua produção.
B( ) quando a empresa utiliza meios de recuperação através do processo de conscientização, o efeito da Educação Ambiental, regido através de projetos.
C(X) quando ela implica uma considerável transformação do ambiente e ou fere a Legislação composta de elementos que prevêem todas essas ações.
D( ) quando o órgão competente é notificado da ação, independente dos resultados, uma vez que, caso a empresa emite seus relatórios de danos, essa estará excluída de qualquer responsabilidade ambiental.
E(X) quando a comunidade local se omite a denunciar os efeitos negativos que a empresa causa no ambiente. 
04) Conceitue e descreva a importância sobre o Sistema de Documentação do SGA. 
Os documentos requeridos pelo sistema da gestão ambiental e por esta Norma devem ser controlados. Registros são um tipo especial de documento e devem ser controlados de acordo com os requisitos estabelecidos em 4.5.4.
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para
a) aprovar documentos quanto à sua adequação antes de seu uso,
b) analisar e atualizar, conforme necessário, e reprovar documentos,
c) assegurar que as alterações e a situação atual da revisão de documentos sejam identificadas,
d) assegurar que as versões relevantes de documentos aplicáveis estejam disponíveis em seu ponto de uso,
e) assegurar que os documentos permaneçam legíveis e prontamente identificáveis,
f) assegurar que os documentos de origem externa determinados pela organização como sendo necessários ao planejamento e operação do sistema da gestão ambiental sejam identificados e que sua distribuição seja controlada, e
g) prevenir a utilização não intencional de documentos obsoletos e utilizar identificação adequada nestes, se forem retidos para quaisquer fins.
No seu Anexo A, há as orientações para o uso. No caso da documentação, recomenda-se que o nível de detalhamento da documentação seja suficiente para descrever os elementos principais do sistema da gestão ambiental e sua interação, fornecendo orientação sobre fontes de informação mais detalhadas sobre o funcionamento de partes específicas do sistema da gestão ambiental. Essa documentação pode ser integrada com as de outros sistemas implementados pela organização, não precisando estar na forma de um único manual. A extensão da documentação do sistema da gestão ambiental pode diferir de uma organização para outra, dependendo:
a) do porte e tipo de organização e suas atividades, produtos ou serviços,
b) da complexidade dos processos e suas interações, e
c) da competência do pessoal.
05) Como se deve utilizar e gerir a Auditoria Ambiental.
Um instrumento de gestão, como a Auditoria Ambiental, deve permitir fazer esta avaliação não só nos sistemas de gestão mas também, como indicaValle (1995), sobre odesempenho dos equipamentos instalados em um estabelecimento de uma empresa, para fiscalizar e limitar o impacto de suas atividades sobre o Meio Ambiente.
Para a Comissão Européia, a Auditoria Ambiental, além de contribuir para salva guardar o meio avalia o cumprimento de diretrizes da empresa, o que incluiria o atendimento da exigências de órgãos reguladores e normas aplicáveis.
Quanto à sua periodicidade, nos lembra Malheiros (1996), os procedimentos de auditoria podem ser também ocasionais, principalmente quando relacionados às atividades ambientais de uma empresa, sendo considerados como instrumentos de aprimoramento de seu desempenho ambiental e das ações relativas a essa questão.
06) Crie um vocabulário com palavras e ou termos de Gestão Ambiental, (mínimo 10), que aparecem no conteúdo com seu respectivo significado. O mesmo pode ser constituído a partir de pesquisas. Caso seja pesquisado em sites, livros, revistas, artigos etc, inserir ao término, a fonte bibliográfica.
	
- Agenda 21
Concebida durante a Rio-92 com a colaboração de 179 países, a Agenda 21 objetiva o desenvolvimento sustentável, priorizando o meio ambiente. O documento brasileiro foi elaborado com base na conservação ambiental, justiça social e crescimento econômico do país.
- Alimentos Transgênicos
São alimentos produzidos com organismos geneticamente modificados, normalmente com a introdução de genes de outra espécie em seu genoma. O objetivo geral do desenvolvimento de transgênicos é tornar as plantações mais resistentes a pragas e a condições ambientais adversas, como períodos de secas, além de aumentar a produtividade das lavouras. A técnica ainda gera polêmicas, pois as consequências que esses alimentos podem trazer ao organismo humano ainda são desconhecidas.
- Antropogênico 
Resultado dos impactos da atividade humana na qualidade ambiental.
- Aterro sanitário de resíduos sólidos urbanos 
Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à segurança , minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho, ou a intervalos menores, se necessários.
- Avaliação de Impacto Ambiental
Processo de avaliação dos impactos ecológicos, econômicos e sociais que podem advir da implantação de atividades antrópicas (projetos, planos e programas), e de monitoramento e controle desses efeitos pelo poder público e pela sociedade.
- Biodiversidade
A palavra nasceu nos anos 1980, ao mesmo tempo em que se difundia a preocupação com sua perda. Um dos primeiros a usar a expressão diversidade biológica foi Thomas Lovejoy, biólogo americano que durante vários anos fez pesquisas na floresta Amazônica. A expressão depois foi simplificada por outro biólogo americano, Edward O. Wilson, que a contraiu em um só vocábulo: biodiversidade, um valor para ser conservado. Assim como o nome sugere, trata-se da diversidade da vida, ou seja, do número de plantas, animais, fungos e microorganismos existentes na Terra ou numa determinada região.
- Capital Natural 
Conceito que altera teorias econômicas tradicionais, onde a natureza era considerada dádiva infindável. Por exemplo: uma floresta nativa derrubada para venda da madeira era contabilizada como renda no cálculo do PIB – Produto Interno Bruto, sem levar em conta a depreciação do meio ambiente, ou o custo da recomposição, como se faz em relação às máquinas. Para formar o tripé – capital natural, capital e trabalho – inclusive em avaliações custo/benefício – a dificuldade é: como calcular a depreciação. Ou seja, no exemplo acima: como dar um preço à destruição/reconstituição do ecossistema, causada pela derrubada de árvores.
- Desenvolvimento sustentável
Este conceito surgiu pela primeira vez em 1987, com o relatório Brundtland, e foi amplamente adotado no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, Eco-92. Em termos gerais, representa o crescimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atendimento às das gerações posteriores. Para isso, deve-se realizar um planejamento e reconhecer que os recursos naturais não são infinitos.
- Eutrofização
Fenômeno que altera o equilíbrio do ecossistema da água, limitando a sua utilização. Consiste na adição excessiva de nitrogênio e fósforo à água. Esse processo traz como consequência uma abundante proliferação de algas e micro vegetais que consomem todo o oxigênio existente e matam as demais espécies aquáticas.
- ISO 14.000
Norma internacional da ISO (International Standardization for Organization ) que auxilia as organizações na introdução e no aperfeiçoamento de seu Sistema de Gestão Ambiental. A série 14.000 foi criada em 1995 e estabelece padrões internacionais de manejo sustentável de recursos naturais.
Referência
http://essetalmeioambiente.com/meio-ambiente-de-a-a-z/
AVALIAÇÃO D1 – Gestão Ambiental – módulo IV
Tutor Renato Cosmi
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01 – O que é EIA e RIMA no Licenciamento Ambiental?
O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente são um conjunto, a diferença entre estes dois documentos é que apenas o RIMA é de acesso público, pois o EIA contém maior número de informações sigilosas a respeito da atividade. Assim, o texto do RIMA deve ser mais acessível ao público, e instruído por mapas, quadros, gráficos e tantas outras técnicas quantas forem necessárias ao entendimento claro das consequências ambientais do projeto.
O EIA/RIMA é feito por uma equipe multidisciplinar, pois deve considerar o impacto da atividade sobre os diversos meios ambientais: natureza, patrimônio cultural e histórico, o meio ambiente do trabalho e o antrópico.
O EIA/RIMA cumpre o princípio da publicidade, pois permite a participação pública na aprovação de um processo de licenciamento ambiental que contenha este tipo de estudo, através de audiências públicas com a comunidade que será afetada pela instalação do projeto.
O conteúdo de um EIA/RIMA é estipulado por termo de referências dos órgãos ambientais competentes e pela legislação pertinente, como demonstra o extrato abaixo da Resolução CONAMA no 001 de 1986.
02- Cite as atividades (e ou projetos) que necessitam de estudo de EIA/RIMA?
De acordo com o artigo 2° da Resolução Conama, a elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e respectivo relatório de impacto ambiental (RIMA), a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, devem ser realizados para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
II - Ferrovias;
III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66;
V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;
VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);
IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração;
X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW;
XII - Complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI;
XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;
XV - Projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
XVI- Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia;
XVII - Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental.
03 – Faça uma análise crítica do termo “Produção Mais Limpa” com as formas de produção capitalista e em quais aspectos se podem aplicar tal nomenclatura.
Produção Mais Limpa (P+L) é a expressão consagrada para designar práticas preventivas. Segundo a Divisão de Tecnologia, Indústria e Economia do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP em Inglês), P+L é a “aplicação contínua de uma estratégia ambiental integrada e preventiva para processos, produtos e serviços, para aumentar a eficiência global e reduzir os riscos às pessoas e ao meio ambiente” (UNEP, 2009).
A P+L aplica-se a processos, produtos e serviços. Aos processos, através da conservação de matérias-primas, água e energia, eliminação de matérias-primas tóxicas e redução, na fonte, da quantidade e toxicidade das emissões e dos resíduos gerados; aos produtos, pela redução dos seus impactos negativos ao longo de seu ciclo de vida, desde a extração de matérias-primas até a sua disposição final; aos serviços, pela incorporação das questões ambientais em suas fases de planejamento e execução.
04 – Cite que tipo de natureza empresarial que investe no Sistema de Gestão Ambiental (SGA).
Grupos que mais investem na gestão ambiental
Empresas exportadoras que sofrem discriminação por barreiras não-tarifárias ambientais, técnicas ou de certificação
Empresas dependentes de financiamento de bancos internacionais, que exigem avaliação de impacto ambiental para a liberação de recursos financeiros
Empresas multinacionais voltadas ao mercado interno, suscetíveis a exigência ambientais por parte de acionista, consumidores externos e da legislação no país de origem
Empresas que sofrem pressão da comunidade e dos órgãos de regulação
05 - Quais são as ações básicas no processo de gerenciamento de resíduos sólidos domiciliares?
Estimular o estabelecimento de parcerias entre o Poder Público, setor produtivo e a sociedade civil, através de iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável, através da destinação final adequada dos resíduos sólidos urbanos de forma compatível com a saúde pública e conservação do meio ambiente,
Adotar soluções regionais no encaminhamento de alternativas ao acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. 
Implementar a gestão diferenciada para resíduos domiciliares, comerciais, rurais, industriais, construção civil, de estabelecimentos de saúde, podas e similares e especiais, bem como programas de capacitação e educação ambiental, em especial os relativos a padrões sustentáveis de consumo,
Instalar grupos de trabalhos permanentes para acompanhamento sistemático das ações, projetos, pesquisa, desenvolvimento, apropriação, adaptação, aperfeiçoamento e uso efetivo de tecnologias adequadas ao gerenciamento integrado de resíduos sólidos, licenciar, fiscalizar e monitorar a destinação adequada dos resíduos sólidos, de acordo com as competências legais, promover a recuperação do passivo ambiental, oriundos da disposição inadequada dos resíduos sólidos.
Estimular a implantação de programas de coleta seletiva e reciclagem, com incentivo a segregação integral de resíduos sólidos na fonte geradora (o uso, reuso e reciclagem, com a implantação de usinas, unidades de tratamento e destinação final de resíduos industriais), visando reaproveitamento dos resíduos inertes da construção civil.
Preservar a qualidade dos recursos hídricos pelo controle efetivo e pelo levantamento periódico dos descartes de resíduos em áreas de preservação ambiental. 
Estimular ações relacionadas aos resíduos gerados nas zonas rurais (agropecuária), priorizando o destino das embalagens vazias de agrotóxicos.
06 – Descreva a técnica de gestão dos Resíduos sólidos em serviços de saúde (RSS) segundo a Resolução RDC n. º 33, de 25 de fevereiro de 2003 – ANVISA e sua classificação. 
No Brasil, o tratamento e a disposição final dos RSS, conhecidos comumente como resíduo hospitalar, vem sendo objeto de estudos, discussões e normatização. De forma resumida os RSS podem ser classificados, segundo a Resolução RDC n.º 33, de 25 de fevereiro de 2003 – ANVISA, como :
•GRUPO A – Potencialmente Infectantes.
•GRUPO B – Químicos.
•GRUPO C – Rejeitos Radioativos.
•GRUPO D – Resíduo Comum.
•GRUPO E – Perfurocortantes.
Quanto ao tratamento (desinfecção e redução do volume) e destino dos RSS podemos lançar mão dos seguites métodos:
A) Desinfecção
• autoclave
• microondas
• tratamento químico
• radiação ionizante
B) Redução de volume 
incineração
pirólise (processo onde ocorre uma ruptura da estrutura molecular original de um determinado composto pela ação do calor. Este sistema é bastante utilizado pela indústria petroquímica e na fabricação de fibra de carbono).
plasma térmico
07 – Reconhece-se que muitas das questões quanto à composição atmosférica são objeto de acordos internacionais como a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio, de 1985; o Protocolo de Montreal sobre Substâncias que destroem a Camada de Ozônio, de 1987, em sua forma emendada; a Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima, de 1992; e outros instrumentos internacionais, inclusive regionais. No caso das atividades cobertas por acordos resultantes desses encontros, ficou entendido que os Governos tem por obrigação tomar medidas que atendam ao disposto nos instrumentos legais, não obstante, os Governos estão livres para aplicar medidas adicionais compatíveis com eles.
Quais as responsabilidades do Poder Público, bem como das ONGs, na cooperação de organizações intergovernamentais e não governamentais organismos competentes das Nações Unidas e do setor da iniciativa privada? 
 Os Governos, com a cooperação de organizações intergovernamentais e não-governamentais organismos competentes das Nações Unidas e do setor privado devem:
Promover pesquisas relacionadas aos processos naturais que afetam a atmosfera e são afetados por ela, bem como aos elos básicos entre desenvolvimento sustentável e mudanças atmosféricas, inclusive suas conseqüências para a saúde humana, ecossistemas, setores econômicos e sociedade.
Assegurar uma cobertura geográfica mais equilibrada do Sistema Mundial de Observação do Clima e de seus componentes, inclusive da Vigilância da Atmosfera Global, facilitando, inter alia, o estabelecimento e funcionamento de estações adicionais de observação sistemática e contribuindo para o desenvolvimento, utilização e acessibilidade desses bancos de dados;
Promover a cooperação em desenvolvimento de sistemas de pronta detecção de mudanças e flutuações na atmosfera; estabelecimento e melhoria de capacidades de prever tais mudanças e flutuações e de avaliar os impactos ambientais e sócio-econômicos decorrentes;
Cooperar na pesquisa voltada para o desenvolvimento de metodologias e identificar níveis fronteiriços de poluentes atmosféricos, bem como níveis atmosféricos de concentração de gases de efeito estufa, que provocariam perigosas interferências antrópicas no sistema climático e no meio ambiente como um todo, bem como os ritmos de mudanças que não permitiram aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente; 
Promover, e cooperar para a formação da capacitação científica, o intercâmbiode dados e informações científicos, e a facilitação da participação e treinamento de especialistas e pessoal técnico, especialmente nos países em desenvolvimento, nas áreas de pesquisa, compilação, coleta e análise de dados, e na observação sistemática relacionada à atmosfera;
Analisar as diversas fontes atuais de abastecimento de energia para determinar como aumentar, de forma economicamente eficiente, a contribuição conjunta dos sistemas energéticos ambientalmente saudáveis, levando em conta as características únicas do ponto de vista social, físico, econômico e político de cada país, e examinando e implementando, quando apropriado, medidas para superar toda e qualquer barreira a seu desenvolvimento e uso;
Fomentar a execução, nos planos local, nacional, sub-regional e regional, de programas de ensino e tomada de consciência sobre o uso eficiente da energia e sobre sistemas energéticos ambientalmente saudáveis e,
Estabelecer ou aumentar e fiscalizar, conforme apropriado, em cooperação com o setor privado, programas de rotulagem de produtos com vistas a oferecer informações aos responsáveis pela tomada de decisões e consumidores sobre as oportunidades de se fazer um uso eficiente da energia
08 – Quais são as vantagens e as desvantagens no processo de produção de Compostagem? 
Vantagens do processo de compostagem: 
a) Não formação de gases com cheiro desagradável; 
b) Redução do volume, peso e teor de umidade dos resíduos, facilitando o transporte, o armazenamento e aplicações; 
c) Inativação de patógenos; 
d) Transformação dos resíduos sólidos em adubos orgânicos;
e) Reciclagem de nutrientes contidos nos resíduos 
f) Aproveitamento de lixo urbano; 
g) Educação ambiental. 
Desvantagens do processo de compostagem (lixo urbano): 
a) Custo elevado de investimento; 
b) Necessidade de dispor os rejeitos em aterro
 c) Necessidade de estudo de mercado para usar o composto
 d) Necessidade de pessoal treinado para a operação 
 e) Contato direto dos operários com o lixo
09 – Relacione a questão do resíduo com a existência de focos de doenças epidemiológicas e que providências devem ser tomadas. 
 As relações entre resíduos e saúde não se esgotam nos efeitos diretos da poluição, na atração e disseminação de vetores de doenças ou no risco de acidentes. Ficam cada vez mais evidentes os aspectos sociais, culturais e econômicos como determinantes do grau de exposição e de diferenciação de grupos específicos, conforme suas condições de moradia, trabalho, estudo, acesso a serviços de saúde e saneamento.
Não há mais como ignorar que a questão dos resíduos está intimamente ligada aos grandes problemas ambientais da atualidade, manifestos através do crescente esgotamento dos recursos naturais e da degradação ambiental. Nesse contexto, verifica-se a urgência na redefinição de prioridades na busca de um modelo de desenvolvimento que considere não apenas a redução da geração de resíduos, comuns e perigosos, mas a busca de alternativas de produção e consumo sustentáveis.
OBS: 50 % do valor da nota.
AVALIAÇÃO D2 – Gestão Ambiental – módulo IV
Tutor Renato Cosmi 
Nome: 
01) ELABORE UM PEQUENO ESTUDO DE CASO DE SUA REALIDADE (CIDADE/REGIÃO ETC), DESCREVENDO A (S) FONTE (S) POLUIDORAS, APONTANDO POSSÍVEIS ALTERNATIVAS NO PROCESSO DE MINIMIZAÇÃO E OU RESOLUÇÃO DO PROBLEMA. (inserir alguns dos elementos e ou conhecimentos no contexto dos conteúdos dos módulos). 
O tratamento de resíduos poluidores das indústrias é, na maioria das vezes, uma prática relativamente complexa. Cada indústria tem suas particularidades. Existem muitas variáveis envolvidas que dificultam a padronização de processos de tratamento. Entre essas variáveis, podemos citar: as diferentes matérias-primas, os diversos processos de produção, as condições climáticas, a disponibilidade de água, etc. Sendo assim, raramente, as soluções para tratamento de efluentes podem ser transplantadas de uma unidade industrial para outra. As indústrias alimentícias são vistas como pequenas fontes de produção de resíduos. 
Os resíduos industriais líquidos, em sua grande maioria, são formados por restos das matérias-primas utilizadas nos processos produtivos e que não são aproveitadas totalmente. Usualmente, a solução para este problema tem sido a utilização de sistemas de tratamento de efluentes adequados para diminuir o potencial poluidor destes resíduos. No entanto, devido aos custos destes sistemas de tratamento, e no caso particular das regiõs semi- árida do Nordeste Brasileiro, com grande escassez de água potável, utilizada, inclusive, como ingrediente dos produtos dessas indústrias alimentícias, tem provocado um interesse entre os técnicos do setor e ambientalistas em geral, de melhorar os processos produtivos, visando a reduzir ao mínimo a emissão de efluentes líquidos, reutilizando a água ao máximo em outras atividades ou fazendo-a voltar ao processo industrial, sem prejudicar o produto qualitativamente.
O setor de laticínios descarrega resíduos, em sua maioria orgânicos, na água. Na pesquisa de Pomeroy et. al (1994), menciona-se que a importância que tem adquirido o lactosoro ou soro de queijo nos últimos anos, acontece por dois fatos: a poluição que causa nas águas dos rios e esgotos, quando é lançado nelas sem o devido tratamento, cada vez em maior quantidade pelo aumento da produção de queijo nos últimos anos e, contraditoriamente, porque esse “resíduo” tem um alto valor nutritivo.
A redução de volume de efluentes, bem como da carga poluidora gerada nos processos industriais, tem-se mostrado de fundamental importância na compatibilização das atividades produtivas com o meio ambiente. Deve-se considerar indissociável a redução de efluentes dos conceitos de produtividade. As atividades de minimização de efluentes deve envolver desde a escolha dos processos industriais até os procedimentos práticos de redução de vazões e cargas poluidoras. No passado, assistiu-se à implantação de empreendimentos em que a escolha do sistema de tratamento de efluente foi definida apenas a pouco tempo do início de operação da indústria. Atualmente, e considerando-se os preceitos básicos de desenvolvimento sustentável e os conceitos de prevenção à poluição (P2) e de produção limpa, a escolha do processo industrial deve ser realizada, considerando-se os aspectos ambientais. No que se refere a efluentes industriais, a análise dos processos produtivos deve ter início na avaliação detalhada do fluxograma de processo, o qual deverá indicar os pontos de uso de água e de geração de despejos, com indicação clara, ponto a ponto, das vazões e cargas poluidoras a serem descartadas.

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