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Resumo de Direito Civil II

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Resumo de Direito Civil II
AV1:
Conceito de obrigação: é um vínculo jurídico que confere ao credor o poder de exigir do devedor o cumprimento de certa prestação de natureza patrimonial.
 CREDOR (accipiens) DEVEDOR (solvens)
 
 PRESTAÇÃO	
Obrigações: (débito + responsabilidade) Elementos intrinsecos. A obrigação que não tiver os dois elementos será considerada imperfeita.
Vínculo jurídico / fontes geradoras de obrigações: Lei – Contratos – Titulos de crédito – Atos Unilaterais – Atos ilícitos. Elementos extrinsecos. Exemplos:
1.Obrigação alimentar decorrente de parentesco. Lei.
2.Obrigação de indenizar uma pessoa que foi atropelada. Ato ilícito.
3.Pagar uma recompensa. Ato unilateral – art. 854 a 860 do cc.
 4.Pagar o café comprado na cantina durante o intervalo. Contrato.
 5.Pagar uma nota promissória. Titulo de crédito.
O objeto da obrigação : a) imediato – a forma como a obrigação vai ser cumprida ( dar [entregar ou restituir] , fazer ou não fazer).
b) mediato – aquilo que tem que ser dado, feito ou não feito. 
*Algumas obrigações tem prestações de ambas as partes. São chamadas bilaterais ou sinalagmaticas. Deve ser analisada a obrigação base (ou originária).
Se não se sabe quem é o credor e o devedor, analisa-se o objeto, a prestação.
Obrigações patrimoniais pessoais: 
Vincula pessoas / são relativas (só atinge quem está envolvido) / transitórias.
São transitórias pois já nascem para um dia morrer, a “ morte” é o cumprimento da obrigação.
Obrigações patrimoniais reais: 
Pessoas vinculadas a coisas / absolutas, erga omnes / perpétuas. São perpétuas porquê começam mas não tem prazo para terminar.
*Classificação das obrigações
- Civil : é a que permite que seu cumprimento seja exigido pelo próprio credor, mediante ação judicial. 
Ex.: a obrigação da pessoa que vendeu um carro de entregar a documentação referente ao veículo.
- Natural: permite que o devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua prestação. Entretanto, se o devedor realizar o pagamento da obrigação, não terá o direito de requerê-la novamente, pois não cabe o pedido de restituição. 
Ex.: Arts. 814, 882 e 564, III do Código Civil. 
- Principais: são aquelas que existem por si só, ou seja, não dependem de nenhuma obrigação para ter sua real eficácia. 
Ex.: Entregar a coisa no contrato de compra e venda.
- Acessórias: subordinam a sua existência a outra relação jurídica, sendo assim, dependem da obrigação principal. o bem acessório segue o principal, salvo disposição especial em contrário (acessorium sequeatur principale) – princípio da gravitação jurídica.
Art 184 CC: “a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal”.
Ex.: Pagamento de juros por não ter realizado o pagamento do débito no momento oportuno.
- Simples: apresenta todos os elementos no singular, ou seja, um sujeito ativo, um sujeito passivo e um objeto. 
- Complexas: contrária a primeira, apresenta qualquer um dos elementos, ou todos, no plural. Por exemplo: um sujeito ativo, um sujeito passivo e dois objetos. Esta, por sua vez, divide-se em: 
 Cumulativas: os objetos aparecem relacionados com a conjunção "e". Somando-se, então, os dois objetos. 
Ex.: "A" deve dar a "B" um livro e um caderno. 
 Alternativa: os objetos aparecem relacionados com a conjunção "ou". Alternando então, a opção por um ou outro objeto. 
Ex.: "A" deve dar a "B" R$ 10.000,00 ou um carro. 
 - Facultativa: Trata-se de obrigação simples, em que é devida uma única prestação, ficando, porém, facultado ao devedor, e só a ele, exonerar-se mediante o cumprimento de prestação diversa e predeterminada. É obrigação com faculdade de substituição. O credor, nesta modalidade de obrigação, só poderá exigir a prestação obrigatória. *Aparenta ser complexa mas é simples*
- Fracionária: Neste tipo de obrigação, quase regra quando se trata de sucessões; cada um sujeito é responsável somente por uma parte do objeto; (se não definido em contrato de outra forma, a obrigação complexa em relação aos sujeitos presume-se fracionária )
Existe a fracionariedade ativa, passiva e mista.
Na fracionariedade ativa, encontramos mais de um credor, e apenas um devedor – cada credor só pode cobrar uma parte do objeto; assim, se A,B e C são credores fracionários do devedor e o objeto de tal dívida é 900 reais, cada credor só pode cobrar, no máximo, 300 reais.
Na fracionariedade passiva existe um único credor, e mais de um devedor, cada um só devendo uma parte do objeto. Assim, se X,Y e Z são devedores fracionários de 1.500 reais, cada um só está obrigado a pagar 500 reais, nada mais.
Na fracionariedade mista temos pluralidade de credores e de devedores. E cada credor só pode cobrar uma fração do objeto e, ainda assim, só na fração correspondente da dívida do devedor solidário. Se Z,B e C são credores solidários de X, Y e Z, com objeto de 600 reais, e A encontra Z na rua, só pode cobrar deste 1/3 de 1/3 do objeto, ou seja, 66,66, pois o credor só pode cobrar um terço (200) e cada devedor só é instado a pagar um terço disto (66,66)
- Subsidiária: é aquela que só passa a ser cobrada quando a obrigação originária não é cumprida. Uma empresa terceiriza um serviço e a empresa que foi contratada não paga os empregados - a empresa que contratou a outra garantirá subsidiariamente os créditos dos empregados.
 - Execução imediata/ instantânea: a entrega é no presente e em um momento único.
- Execução diferida: a entrega é no futuro e em um momento único.
- Execução periódica/ trato sucessivo: futuro e em momentos diversos.
*DA OBRIGAÇÃO DE DAR
Entregar / Restituir
Coisa certa – determinado (individualizado)
Coisa incerta – determinável. Em regra deverá ter especificado ao menos quantidade e gênero. Em exceção poderá ter só gênero.
REGRAS DE INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA:
Art 233 - a obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso. * Lembrar da regra do art 184.
Art 234 – Perda SEM culpa = a obrigação se resolve (equivalente implicito).
 Perda COM culpa = o devedor responderá pelo equivalente mais perdas e danos. 
Obs: Perdas e danos : Danos emergentes, lucros cessantes; art 402 CC.
Art 235 – Deterioração SEM culpa = A obrigação se resolve ou o credor a aceita abatido do seu preço o valor que se perdeu.
 Deterioração COM culpa =  Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos. 
Art 237 - Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
Art 238 - Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda. RES PERIT DOMINO (a coisa perece para o dono)
Ex de direitos ressalvados: 6 meses de locação, a casa ruiu com 5 meses, se o devedor estava em atraso de 2 meses o credor não terá direito na casa, mas nos aluguéis atrasados sim.
Art 239 - Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. 
Art 240 - Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.
Art 241 -  Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa,sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. 
Art. 242 - Se para o melhoramento, ou aumento, empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se regulará pelas normas deste Código atinentes às benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de má-fé.
Parágrafo único. Quanto aos frutos percebidos, observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé.
REGRAS DE INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA:
Art 243 – A coisa incerta será indicada ao mesnos pelo gênero e pela quantidade. *em exceção poderá ter só gênero
Art. 244 - Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.
Art. 245 - Cientificado da escolha o credor, vigorará o disposto na Seção antecedente. *Após a escolha a obrigação vira certa, por isso observar-se-á as regras das obrigações de dar coisa certa.
Art. 246 - Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito. Genus nunquan perit
*Das obrigações de fazer ou não fazer:
A obrigação de fazer pode ser conceituada como uma obrigação positiva pela qual o devedor se obriga ao cumprimento de uma tarefa, atribuição ou prestação de serviço. Pode ser observada na prestações de serviço em geral. Ex: Pintar um quadro.
Dependendo da natureza da prestação, ela poderá ser fungível ou infungível, que significa dizer que a obrigação de fazer pode ser personalíssima ou não.
Obrigação fungível - impessoal : A obrigação será fungível sempre que o devedor ou a coisa puderem ser substituídos, por não haver necessidade de determinadas qualidades para o cumprimento da obrigação. 
Obrigação infungível – pessoal : A obrigação sempre será infungível quando a pessoa for contratada em razão de suas condições pessoais, de suas qualidades técnicas ou artísticas. O credor ainda pode dispor, nesse tipo de contrato, que somente aquele devedor poderá cumprir a obrigação. Então, pode-se dizer que há duas hipóteses de obrigações de fazer infungíveis:
• quando é evidente que a pessoa foi contratada em razão de suas qualidades pessoais (exemplo: contrato de show com um artista conhecido);
• quando houver cláusula expressa, no contrato, dizendo que somente o devedor poderá cumprir a obrigação.
Obrigações de meios: O que se contrata é conhecimento técninco do profissional que deve utilizar-se de todos os recursos em busca do resultado, mas não sendo por ele responsável. Tem a obrigação de fazer o melhor possível para atingir o resunto, mas não o garante.
Obrigações de resultado:  é aquela que o sujeito passivo não somente utiliza todos os seus meios, técnicas e conhecimentos necessários para a obtenção do resultado, como também se responsabiliza caso este seja diverso do esperado. Sendo assim, o devedor (sujeito passivo) só ficará isento da obrigação quando alcançar o resultado almejado. * Somente mediante prova de algum fato inevitável capaz de romper o nexo de causalidade, equiparado à força maior, ou de culpa exclusiva da vítima, pode o devedor exonerar-se caso não tenha atingido o fim a que se propôs. Como exemplo para este caso temos os contratos de empresas de transportes, que têm por fim entregar tal material para o credor (sujeito ativo) e se, embora utilizado todos os meios, a transportadora não efetuar a entrega (obter o resultado), não estará exonerada da obrigação.
De execução imediata/ instantânea: A entrega é no presente e em um único momento
Ex.: Compra e venda à vista, pela qual o devedor paga ao credor, que o entrega o objeto. "A" dá o dinheiro a "B" que o entrega a coisa.
De execução diferida: A entrega é no futuro e em um momento único.
Ex.: Partes combinam de entregar o objeto em determinada data, assim como realizar o pagamento pelo mesmo.
De execução continuada/ Periódica/ Trato sucessivo: A entrega será realizada no futuro e em momentos diversos. 
Ex.: As prestações de serviço ou a compra e venda a prazo.
REGRAS DE INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES DE FAZER:
Art 247 –  Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível. * OBRIGAÇÃO INFUNGÍVEL
Art 248 – Se a prestação do fato se torna impossivel SEM culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação, se por culpa dele, responderá por perdas e danos.
Art 249 - Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Na hipótese do caput, ainda que a obrigação seja fungível, a contratação de um terceiro pelo credor em razão da mora dependerá de autorização judicial, visto que o caso não é de urgência. No parágrafo único, havendo a prestação caráter urgente, o credor poderá agir sem autorização judicial, podendo futuramente cobras os prejuízos advindos do inadimplemento.
*Obrigação fungível
*Caput: não urgente / com autorização judicial
*§ú: Urgente/ sem autorização judicial – auto tutela civil. O credor contrata um terceiro cabendo ao devedor arcar com os custos
A Obrigação de não fazer impõe ao devedor um dever de abstenção, ou seja, de não praticar o ato que poderia livremente fazer se não tivesse obrigado
REGRAS DE INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER:
Art. 250 - Extingue-se a obrigação de não fazer, desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne impossível abster-se do ato, que se obrigou a não praticar.
Art. 251 - Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
Alternativa: os objetos aparecem relacionados com a conjunção "ou". Alternando então, a opção por um ou outro objeto. Necessariamente complexas em razão do objeto.
Ex.: "A" deve dar a "B" R$ 10.000,00 ou um carro. 
REGRAS DE INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS:
Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 1- Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.
§ 2- Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período. Ex.: 1- café 2- feijão 3...
§ 3 - No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4 - Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.
Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, subsistirá o débito quanto à outra.
Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.
Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexeqüíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.
Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.
 
REGRAS DE INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES DIVÍSIVEIS E INDIVISÍVEIS:
Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível,esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores. *Obrigação complexa em razão dos sujeitos, prestação divisível, cada um responde por sua cota- parte / obrigação fracionária.
Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.
Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.
Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores. * o credor tem que dar ao devedor ou devedores uma garantia de quele receberá todo valor e repassará ao outro ou outros credores suas cota-partes.
Art. 261. Se um só dos credores receber a prestação por inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total.
Art. 262. Se um dos credores remitir (perdoar) a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.
Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
§ 1 - Se, para efeito do disposto neste artigo, houver culpa de todos os devedores, responderão todos por partes iguais.
§ 2 - Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.
A obrigação solidária não depende da divisibilidade do objeto, pois decorre da lei ou até mesmo da vontade das partes. Pode ser solidariedade ativa ou passiva, de acordo com os sujeitos que se encontram em número plural dentro da relação. 
Havendo pluralidade de sujeitos, poderá cobrar ou ser demandado sozinho pelo pagamento integral da prestação, ainda que não tenha direito a sua totalidade. Ex.: "A" e "B" são sujeitos passivos de uma obrigação. "C", sujeito ativo, demanda o pagamento total da dívida a "A", que cumpre a prestação sozinho e pode, posteriormente, cobrar de "B" a parte que pagou a mais.  
REGRA DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS:
Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes.
Art. 266. A obrigação solidária pode ser pura e simples para um dos co-credores ou co-devedores, e condicional, ou a prazo, ou pagável em lugar diferente, para o outro.
REGRAS DA SOLIDARIEDADE ATIVA:
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar. *Se houve demanda judicial o devedor só poderá pagar a quem o demandou.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. *Se a metade da dívida foi paga essa está extinguida, devendo ainda a outra metade.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível. *Se for indivisível, um só poderá cobrar a divida toda.
O primeiro efeito da morte de um dos credores é a extinção da solidariedade que existia entre o credor falecido e o devedor. Seus herdeiros farão juz a cota- parte correspondente a herança, porém, cada um só poderar cobrar sozinho sua cota- parte, tendo em vista que a relação dos herdeiros com o devedor é fracionária. Única hipótese de cobrança integral: prestação divisível.
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade. *perda com culpa do devedor / a cobrança continua igual, mas agora para o equivalente mais perdas e danos.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros. * inoponibilidade de exceção pessoal contra terceiros / ninguém pode usar a defesa do outro em seu favor e ninguém pode opor uma defesa que tem contra alguém contra outra pessoa. A exceção pessoal só pode ser direcionada a quem guarda relação com o vício. 
Art. 274.  O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles
REGRAS DA SOLIDARIEDADE PASSIVA:
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. * A renuncia só pode ser experessa.
Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente. *Se houver insolvência de um dos devedores, contribui também o exonerado da solidariedade.
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
Na relação interna entre os codevedores, se algum deles pagar, inteiramente, divida que, a despeito de solidária, beneficiem exclusivamente, pelo título ou pelas circunstâncias, a um dos devedores, este responderá, integralmente, pelos dispêndios efetuados. Podem ser ilustrados com a relação entre fiador e/ou avalista e o devedor principal, em que este é o maior beneficiado pelo cumprimento da prestação por seus garantidores.
AV2:
Adimplemento das obrigações:
Pagamento significa cumprimento ou adimplemento de qualquer espécie de obrigação.Pode ser direto (entrega da prestação devida) e indireto (novação, dação em pagamento, compensação, confusão etc.).
Constitui o meio normal de extinção da obrigação.
A obrigação pode se extinguir por meios anormais (sem pagamento), como nos casos de nulidade ou anulação.
Predomina o entendimento de que o pagamento tem natureza contratual, ou seja, resulta de um acordo de vontades, estando sujeito a todas as suas normas.
 Elementos do pagamento:
a) a existência de um vínculo obrigacional;
b) a intenção de solvê-lo (animus solvendi);
c) o cumprimento da prestação;
d) a pessoa que efetua o pagamento (solvens);
e) a pessoa que o recebe (accipiens).
Quem deve pagar (SOLVENS): arts. 304 a 307.
Solvens - Quem pode realizar o pagamento?
1)          Devedor;
2)          Representante do devedor;
3)          Terceiro:
3.1- Interessado (pode ser afetado pelo inadimplemento, como o fiador e o avalista) = tem direito à sub-rogação legal (substitui-se na posição do credor originário).
3.2 – Desinteressado:   Deve-se verificar o recibo de quitação:
3.2.a) pagou em nome próprio = tem direito ao reembolso
3.2.b) pagou em nome do devedor = obrigação natural [ex. pagamento de fiança criminal].
6) A quem se deve pagar (ACCIPIENS) (arts. 308 a 312):
O pagamento deve ser feito ao credor, a quem de direito o represente (por determinação legal ou por deliberação contratual) ou aos sucessores daquele, sob pena de não extinguir a obrigação (art. 308).
O pagamento há de ser efetuado a pessoa capaz e autorizada a fornecer a devida quitação, sob pena de não valer (art. 310). “Quem paga mal, paga duas vezes”.
EXCEÇÕES: mesmo feito de forma indevida, o pagamento será eficaz:
a) se o credor ratificar o pagamento (art. 308, parte final)
b) se o devedor provar que o credor foi beneficiado (art. 308, parte final e art. 310)
c) se o pagamento for feito de boa-fé ao credor putativo, isto é, àquele que se apresenta aos olhos de todos como o verdadeiro credor (art. 309).
O pagamento se regula, quanto ao objeto (PRESTAÇÃO), por dois princípios:
- princípio da exatidão: Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
- princípio da identidade física da prestação: Art. 314. Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou.
Prova do pagamento (arts. 319 a 326):
Pagamento não se presume, e sim se prova pela regular quitação fornecida pelo credor.
O devedor tem o direito de exigi-la, podendo reter o pagamento e consigná-lo se não lhe for dada (arts. 319 e 335, I).
A quitação pode ser dada por instrumento público ou particular. Os requisitos que a quitação deve conter encontram-se especificados no art. 320: “... o valor e a espécie da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a assinatura do credor, ou do seu representante”.
Entretanto, ainda sem os referidos requisitos, “valerá a quitação, se de seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido paga a dívida” (art. 320, prg. único). É o princípio da relativização da quitação.
Lugar do pagamento (arts. 327 a 330):
Em alguns contratos, o local do cumprimento da obrigação é determinado pela lei ou pelas circunstâncias.
- Exemplo de domicílio estabelecido pela lei: art. 328 do CC: “se o pagamento consistir na tradição de um imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, farseá no lugar onde situado o bem”.
- Exemplo de domicílio estabelecido pelas circunstâncias: contratos de empreitada, em que a prestação prometida é cumprida no local em que se realiza a obra.
Quando estão ausentes tais determinações, o lugar do pagamento pode ser livremente escolhido pelas partes e constar expressamente do contrato.
Se a lei não o fixar, nem as circunstâncias, nem o contrato, o pagamento deverá ser feito no domicílio do devedor (a dívida é quérable ou quesível, devendo o credor buscar o pagamento no domicílio do devedor).
Quando se estipula como local do cumprimento da obrigação o domicílio do credor, a dívida é portable ou portável.
QDPC (Quérable = Devedor ;Portable = Credor).
Art. 330. O pagamento reiteradamente feito em outro local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto no contrato.
Dessa forma, extrai-se o seguinte de tal dispositivo: há presunção relativa (juris tantum) de que o credor renunciou (supressio) ao lugar da prestação quando reiteradamente o devedor o realiza em lugar diverso do pactuado, fato que faz surgir, com igual validade, o direito subjetivo do devedor em continuar a fazer o pagamento em local diverso do contratado (surrectio), não podendo o credor a isso se opor, pois houve a perda do direito pelo decurso do tempo.
Inadimplemento das obrigações 
Relativo, parcial ou mora: é a hipótese em que há apenas um descumprimento parcial da obrigação, que ainda pode ser cumprida. Cumprimento inexato: tempo/lugar/forma. A mora é o atraso, o retardamento ou a imperfeita satisfação obrigacional. 
O principal efeito da mora do devedor (mora solvendi, debitoris ou debendi) é a responsabilização do sujeito passivo da obrigação por todos os prejuízos causados ao credor, mais juros, atualização monetária e honorários do advogado, no caso de propositura de uma ação específica. (purgação da mora)
A mora não será purgada nos casos de caso fortuito ou força maior ( imprevisibilidade e inevitabilidade, respectivamente.
A mora poderá ser: 
- Ex Re ou automática: não cumpriu a obrigação no vencimento automáticamente entra em mora. Ex: art 390 do CC. Se é por ato ilícito, no dia em que o cometeu.
- Ex Persona ou pendente: é uma mora que para sua caracterização o devedor tem que ser notificado. (art 397, §ú) termo: acontecimento futuro e certo.
Absoluto: é a hipótese em que a obrigação não pode mais ser cumprida, tornando-se inútil ao credor.
O inadimplemento relativo se torna absoluto quando: 
- A obrigação ainda pode ser cumprida mas não interessa mais ao credor. Ex: entregar os salgados após a festa. OBS.: o devedor pode solicitar em juízo a comprovação de que a obrigação não interessa mais ao credor.
- É a possibilidade de se estabelecer em contrato uma cláusula resolutiva. O não cumprimento da obrigação na data estipulada implicará no inadimplemento absoluto. 
A mora do credor (MORA ACCIPIEND, CREDITOTIS OU CREDENDI) se faz presente nas situações em que o creder se recusa a aceitar o adimplemento da obrigação no tempo, ligar e forma pactuados, sem ter justo motivo para tanto. Para a sua configuração basta o mero atraso ou inadimplemento relativo do credor, não se discutindo a culpa deste. A mora do credor gera três efeitos, nos termos do art. 400 do CC:
Perdas e danos:
As perdas e danos configuram-se no direito da vitima em receber uma indenização de natureza patrimonial em virtude de um ilícito contratual ou não. Quando esse dano tiver uma projeção imediata se chamará dano emergente, devendo a indenização ser integral. Se a projeção for para o futuro será chamado de lucros cessantes e a reparação será pautada no princípio da razoabilidade.
Ex: colisão no veiculo do táxista – danos no carro: emergente Três meses sem poder trabalhar – lucros cessantes.
Cláusula penal:
A cláusula penal pode ser conceituada como sendo a penalidade, de natureza civil,imposta pela inexecução parcial ou total de um dever patrimonial assumido. É cláusula acessória e depende de autonomia de vontade. Pode ser moratória, no caso de inadimplemento parcial ou compensatória no caso de inexecução total obrigacional.
Na multa moratória é possivel ao credor exigi-la juntamente com a obrigação bem como cumular com eventuais perdas e danos. Não afasta as consequências do inadimplemento.
A multa compensatória tem a função de antecipar as perdas e danos. O credor não será obrigado a comprovar prejuízo tendo o direito de exigir a multa imediatamente ao inadimplemento absoluto. Em regra, não poderá cobrar prejuízo excedente (indenização suplementar) se tal possibilidade não estiver prevista no contrato, em caso positivo deverá comprovar o prejuízo excedente (art 416 cc).	
Arras:
As arras podem ser conceituadas como sendo o sinal, garantia, em dinheiro ou bens móveis, dada por um dos contratantes com a finalidade de firmar a presunção de acordo final e tornar obrigatório o contrato. Podem ser:
a) Confirmatórias- serve para que a parte confirme o seu interesse em fechar o negócio, de ambas as partes. (pode gerar perdas e danos se alguém quiser desistir do contrato). Se houver arrependimento implica perdas e danos, além da perca do sinal. Sem cláusula de arrependimento, com perdas e danos.
c) Penitenciárias- dá direito as partes de se arrependerem do negócio, criando o direito de arrependimento. As partes podem se arrepender livremente, sem implicação em perdas e danos, há somente a perca do sinal e a devolução em dobro por parte de quem recebeu. Com cláusula de arrependimento, sem perdas e danos.

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