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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Unidade II Conflitos Trabalhistas e Formas de Solução. Do Judiciário Trabalhista Plano de Aula 02 Autodefesa, Autocomposição, Heterocomposição e Comissão de Conciliação Prévia Aula 01 I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS: Conflito, etimologicamente falando, advém da expressão latina conflictus, cujo significado é: combater, lutar. SÉRGIO PINTO MARTINS assevera que: [...] dentro de um contexto sociológico, pode-se dizer que as controvérsias são inerentes à vida humana, sendo uma forma de desenvolvimento histórico e cultural da humanidade [...] Muitos conflitos são gerados por questões sociais ou problemas econômicos, decorrentes da desigual distribuição de riquezas.� Na seara trabalhista podemos dizer que os conflitos são as controvérsias, as contendas, que envolvem a relação de trabalho. Os conflitos de interesse podem ser individuais ou coletivos. II. FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS: AMAURI MASCARO NASCIMENTO aponta três formas de solução dos conflitos trabalhistas: autodefesa, autocomposição e heterocomposição. Já OCTÁVIO BUENO MAGNANO indica a jurisdição, a autocomposição e a autodefesa como sendo as formas de solução dos conflitos trabalhistas. Com amparo nos pré-citados doutrinadores, abordaremos a seguir as formas de solução dos conflitos trabalhistas, de maneira objetiva, a fim de situar o acadêmico acerca da questão, lhe fornecendo os subsídios necessários para o conteúdo vindouro da disciplina. II.1. DA AUTODEFESA: Nesta modalidade de solução dos conflitos, as próprias partes evolvidas na contenda empreendem a defesa dos seus interesses. Por este modelo o conflito se resolvia quando uma das partes sucumbia à outra. II.2. DA AUTOCOMPOSIÇÃO: Forma de solução dos conflitos empreendida pelas próprias partes, sem a intervenção de terceiros, podendo ser unilateral ou bilateral. II.2.1. COMISSÕES DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - CCP: A Lei nº. 9.958, de 12/01/2000 inseriu na CLT os artigos 625-A a 625-H, que trouxe como uma de suas novidades as Comissões de Conciliação Prévia, que poderiam ser organizadas a nível de empresa e/ou de sindicato. O art. 625-D da CLT estabelece a obrigatoriedade de subsunção do conflito trabalhista à CCP, sob pena de caracterizar requisito processual negativo de validade do processo, conferindo a tal subsunção verdadeira condição da ação, o qual não atendido poderia implicar na extinção do feito sem o exame do mérito da causa, na forma do disposto no art. 267, inciso IV do CPC. O art. 625-E da CLT confere eficácia liberatória à decisão proferida pela CCP. O art. 625-G da CLT ainda estabelece a suspensão do prazo prescricional. II.3. DA HETEROCOMPOSIÇÃO: Neste caso a solução dos conflitos trabalhistas é solucionada por um terceiro. II.3.1. MEDIAÇÃO: Ocorre quando o terceiro que irá solucionar o conflito de interesses é requisitado pelas partes. Este procedimento geralmente é extrajudicial. No entanto, pode ocorrer no processo quando as partes assim o desejarem. Neste caso chama-se conciliação. II.3.2. ARBITRAGEM: Nesta modalidade de solução de conflitos, um terceiro e/ou um órgão, escolhido pelas partes, intervém no conflito no intuito de resolve-lo. A decisão dada pelo árbitro é chamada de Laudo Arbitral. II.3.3. JURISDIÇÃO: Neste caso, o Estado avoca para si a responsabilidade pela solução dos conflitos de interesse, por meio do Poder Judiciário, que exercita a Jurisdição, sendo que no que pertine às contendas trabalhistas, tal atribuição pertence ao Poder Judiciário Trabalhista, que será objeto de Estudo em nossa próxima aula. � MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. Altas: São Paulo, 2001, p. 70. Prof. Luiz Augusto Bellini�E-mails: � HYPERLINK "mailto:luizaugusto.bellinilessa@gmail.com.br" ��luizaugusto.bellinilessa@gmail.com� ou � HYPERLINK "mailto:Luiz.bellini@metodistaes.edu.br" ��luizaugusto@bellinilessa.adv.br� ��
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